segunda-feira, 18 agosto 2025
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Coronavírus: 14 pessoas que tiveram contato com casal contaminado estão isolados no Juruá

Três pessoas que tiveram contato com casal que atestou positivo para a doença apresentaram sintomas da doença e fizeram exame, informou a Saúde do município.

Após a confirmação dos dois primeiros casos de Covid-19 em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, 14 pessoas que tiveram contato com o casal foram para para o isolamento social. Deste grupo, três apresentaram sintomas da doença e foram encaminhados ao Hospital Juruá, nesta segunda-feira (13), para fazer teste.

Os dois primeiros casos do novo coronavírus foram confirmados no município pelo prefeito Ilderlei Cordeiro e a secretária de saúde, Juliana Pereira, na noite de domingo (12). Os casos também foram confirmados pela assessoria da Secretaria estadual de Saúde.

“Desde quando recebemos o resultado, entramos em contato com a família que nos ajudou a fazer uma lista, que é hoje de 14 pessoas, que tiveram contato direto com essas duas pessoas. Quem apresentou sintomas foi orientado a procurar o hospital para fazer a coleta do exame”, informou a secretária.

Juliana disse que as pessoas que tiveram contato direto com o casal já estão em contato com a Vigilância Epidemiológica do município e está sendo feito o monitoramento delas.

“Três pessoas foram encaminhadas para fazer a coleta do exame. Os outros 11 estão de quarentena por 14 dias, isolamento social e recebendo todas as orientações da Vigilância Epidemiológica do município, que é de não ter contato com outras pessoas”, acrescentou a secretária.

A secretária disse que os outros que tiveram contato com o casal ainda não fizeram o teste porque existe uma orientação ao município que deve ser feito o exame apenas de quem apresenta os sintomas da doença.

Mas, uma reunião deve ocorrer, ainda na tarde desta segunda-feira (13), com o governo para definir se eles devem ou não fazer o exame, informou a secretária.

Transmissão

Quando anunciou a confirmação dos casos, Ilderlei revelou que a família fez uma festa em casa no sábado (11). “Ontem [sábado,11] fizeram uma festa sem saber o resultado positivo da Covid-19. Olha o que pode acontecer? Envolveu vários colegas do seu filho”, disse o prefeito.

A secretária de Saúde explicou que a mulher chegou de viagem no dia 31 de março e foi recebida no aeroporto de Rio Branco pelo marido e o filho.

“A esposa esteve numa cidade que tem a transmissão comunitária, um alto número de casos, e chegou a Rio Branco no dia 31 de março. O marido e o filho buscaram a mulher no aeroporto. Chegaram dia 4 de abril em Cruzeiro do Sul, no dia 9 ela fez o exame, porque apresentava sintomas como febre e mal estar, e o esposo também. Quando foi hoje (domingo) recebemos o resultado como positivo,” explicou.

Covid-19 no Acre

O Acre teve a terceira morte confirmada por Covid-19. O idoso Andre Avelino, de 82 anos, morreu dentro do Lar dos Vicentinos, em Rio Branco, no sábado (11) e o exame que comprovou a causa da morte saiu na noite de domingo (12).

A primeira vítima fatal foi a idosa Antônia Holanda, de 79 anos, no último dia 6 de abril. No dia seguinte, Maria Lúcia Pismel de Paula, de 75 anos, morreu por complicações após ser diagnosticada com Covid-19.

O último boletim da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), divulgado no domingo (12), apontou 77 casos de Covid-19 no estado.

Nesta segunda-feira (13), o Iapen confirmou também mais dois policiais penais testados positivos para Covid-19. Com eles, sobe para quatro o número de agentes infectados.

G1

Bocalom é exonerado do governo Gladson e deve disputar prefeitura da capital

Com as eleições chegando, o ex-prefeito de Acrelândia, Tião Bocalom, pediu para sair do comando da Emater. Na ediação do Diário Oficial desta terça-feira, 14, o governador Gladson Cameli (PP) atendeu seu pedido e assinou sua exoneração.

O gestor ainda não sinalizou com o substituto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Acre – EMATER. 

Rumores apontam que Bocalom pode ser o candidato do Progresistas ao cargo de prefeito da capital. No entanto, diante da pandemia do coronavírus, ainda não se sabe se haverá eleições em outubro deste ano.

Diretores do Sindmed detectam falhas no PS que podem resultar no aumento de casos de coronavírus

Os diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) encontraram problemas no fluxo de casos suspeitos de coronavírus dentro do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Na visita realizada na tarde desta segunda-feira (13), os sindicalistas verificaram um problema no fluxo de pacientes suspeitos de Covid-19 que os coloca em proximidade aos pacientes pediátricos e pacientes com queixas ortopédicas, oftalmológicas e cirúrgicas.

Os membros do Sindmed-AC ainda receberam queixas da falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), a falta de medicamentos, além de encontrar furos nas escalas de trabalho do Serviço de Emergência Clínica (SEC), agravando ainda mais a situação.

A situação ainda se agrava com a instalação da sala vermelha, área reservada para tratamento dos casos de Covid-19 que fica quase de frente à sala de trauma, espaço que recebe pessoas acidentadas.

“Os servidores expressaram preocupação pela proximidade entre as salas e a possibilidade de contato entre os próprios pacientes e servidores que circulam pelos corredores e área de espera. A falta de uma separação total dos casos de coronavírus está colocando em risco todos os trabalhadores e demais pacientes que buscam outros tratamentos, podendo ampliar a quantidade de pessoas infectadas”, alertou a primeira-secretária dos Sindmed-AC, Jacqueline Fecury.
O temor dos trabalhadores é a paralisação de todos os serviços em decorrência da contaminação coletiva de boa parte da área do prédio antigo do Huerb.

Os membros do Sindicato ainda verificaram que as mudanças estão sendo realizadas sem a troca das placas indicativas, o que poderá causar uma confusão para os acompanhantes de pacientes.

Os sindicalistas ainda encontraram possíveis problemas com a mudança do leito de internação pediátrica que passou a dividir o mesmo espaço dos adultos, sendo separado apenas por divisórias sem a vedação completa da ventilação de ar entre os setores, podendo colocar em risco as crianças que forem internadas no local.

“Nossos filiados reclamaram muito também da falta de máscaras, aventais, óculos e luvas para o atendimento, EPIs importantíssimos para o primeiro atendimento, principalmente quando existe a necessidade de intubação, quando aumenta o contato com secreções. Os trabalhadores estão sendo obrigados a comprar os próprios equipamentos temendo o contágio por Covid-19”, alertou o vice-presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.

Todos os problemas farão parte de um relatório que solicitará a Secretaria de Estado de Saúde as melhorias reivindicadas, enviando, também, uma cópia ao Ministério Público Estadual (MPE) para que haja o acompanhamento do caso.

Assessoria

Gladson abre mão do salário e pede que secretários façam o mesmo para comprar cestas básicas

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), usou as redes sociais nesta segunda-feira (13) para anunciar que vai abrir mão do seu salário como governador para doar a quantia para comprar cestas básicas para as famílias que estão enfrentando necessidades durante o isolamento social por causa do coronavírus.

“Nessa crise que estamos passando por causa do coronavírus todos temos que dar exemplo. Por isso estou abrindo mão do meu salário nos próximos três meses para a compra de cestas básicas para as famílias atingidas pela baixa da nossa economia”, diz o governador.

Cameli pediu ainda que os seus secretários de Estado sigam seu exemplo e também abram mãos de seus salários para comprar alimentos para as famílias carentes do estado.

“Também estou orientando que todos os secretários do governo façam o mesmo. Esse dinheiro será usado na compra de equipamentos e materiais para profissionais da saúde”, diz.

“Se o coronavírus entrar nas aldeias ocorrerá genocídio em massa”, diz líder indígena

A morte por coronavírus do jovem Yanomami é o reflexo do enfraquecimento institucional dos órgãos públicos que deveriam promover o direito à saúde e à proteção territorial dos indígenas. É desta forma que avalia o líder indígena Dinamam Tuxá, vice-presidente da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), em entrevista à Amazônia Real.

“O reflexo [desse enfraquecimento] acaba sendo as mortes. O coronavírus veio para aclarar essa realidade que ocorre no Estado brasileiro em relação aos povos indígenas”, disse Dinamam Tuxá.

Ele apontou também a recusa do governo brasileiro em “reconhecer a vulnerabilidade social dos povos indígenas e de não oferecer proteção territorial para conter o avanço do coronavírus”.

“O coronavírus age de forma sorrateira. Muitas vezes não é identificado em tempo hábil para fazer o tratamento correto no doente. As estruturas do Estado não estão preparadas para lidar com a especificidade dos povos indígenas. Estamos temerosos, porque sabemos que a estrutura estatal vem sendo enfraquecida e um vírus como esse, ao adentrar numa área indígena, vai causar um genocídio em massa”, alertou.

O líder destacou que este “processo genocida” dos povos indígenas vem ocorrendo há muito tempo no país e se agravou no atual governo, levando o Estado brasileiro a não conseguir agir “de forma hábil para tentar amenizar o impacto do coronavírus no povos indígenas.”

“Estamos preocupados, porque a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) vem em um processo de enfraquecimento e não está tendo apoio para que desenvolva trabalhos essenciais no combater ao vírus nas terras indígenas. Assim como o jovem Yanomami veio a óbito, tememos que haja uma explosão de óbitos em outros indígenas”, afirma.

Dinamam Tuxá diz que outro temor é quanto a uma possível tentativa dos órgãos governamentais em omitir os dados sobre infecção do coronavírus nos povos indígenas para “negar o avanço [da covid-19] nas terras indígenas” no intuito de esconder “mais um novo genocídio que se iniciou anos atrás e concretizado no governo atual”.

Ele também relatou dificuldades do movimento indígena em participar dos debates sobre a pandemia da covid-19 no gabinete de crise do governo federal e a apontou a indiferença dos governos estaduais às medidas solicitadas e protocoladas pela APIB. Apenas dois governos responderam confirmando o recebimento aos ofícios enviados pela Apib – de São Paulo e do Rio Grande do Norte -, mas sem nenhuma sinalização efetiva se vão atender as recomendações.

“Não há plano de contingenciamento. O gabinete de crise do governo estava recusando a entrada dos povos indígena nessa discussão. Hoje está sendo cumprida essa medida de entrada no gabinete, através do Fórum de presidentes do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena), por causa da recomendação do MPF. Tudo que nós pleiteamos está sendo feito através de medidas no âmbito no judiciário. Não há um acordo entre os povos indígenas e o governo para traçar estratégias para tentar amenizar esses impactos”, afirmou ele.

Ele também criticou a postura das autoridades estaduais e municipais de apresentarem um “bloqueio histórico à presença indígena” e de negar apoio logístico às aldeias. “Dizem que é tudo competência da Sesai. Mas os poderes são harmônicos. Se a Sesai não está tendo subsídios suficientes para garantir aquisição de materiais, de insumos, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), etc, o município tem sim dever, assim como o governo estadual, de suprir essa ausência do governo federal”.

Sem uma atuação conjunta entre os diferentes entes federativos, diz Tuxá, o resultado será a “a mortandade de nossos povos”.

“Estamos atentos para acionar para quem for de direito, para impetrar as devidas ações, para conseguir e combater esse vírus que veio para dizimar nossas comunidades. Estamos politicamente e espiritualmente preparados para conseguir avançar e combater de forma apropriada, buscando órgãos de controle para garantir a integridade física, cultural, territorial dos povos indígenas”, afirmou o líder indígena.

Amazônia Real

Mara Rocha pede supressão de artigo do Plano Mansueto, que proíbe reajuste e progressão de carreira de militares e servidores

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A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana o Projeto de Lei Complementar que prevê auxílio emergencial a estados e municípios.

A proposta substitui o chamado Plano Mansueto e traz medidas para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal a enfrentar a pandemia de Covid-19 e a consequente queda de arrecadação fiscal.

Esses entes federativos serão autorizados a suspender o pagamento das dívidas refinanciadas pela União e receber auxílio para recompor perda de arrecadação. Entretanto, umas das contrapartidas exigidas é que Estados e Municípios não concedam aumento salarial a servidores neste ano.

Diante da possibilidade do congelamento salarial para Policiais Militares e profissionais de saúde, a Deputada Federal Mara Rocha (PSDB/AC) pediu ao relator a retirada desse artigo da proposta.

“É óbvio que os governos precisam ter uma trava nas suas despesas, mas acho injusto que o congelamento e a não progressão de carreira salarial, atinja as categorias que estão na linha de frente da luta de combate à pandemia. Policiais, servidores de saúde, dentre outras categorias, estão trabalhando ativamente, colocando em risco a própria saúde e a de seus familiares. Isso me motivou a procurar o Líder do PSDB, Deputado Carlos Sampaio, para pedir a supressão do artigo que determina a não promoção e o congelamento salarial”, esclareceu Mara Rocha.

“Estou participando ativamente de videoconferência com os líderes partidários, negociando a retirada desse artigo. Temos que encontrar formas de proporcionar uma economia das finanças públicas, mas isso não pode ser feito às custas dos profissionais que estão enfrentando o risco do contágio para manter a ordem pública, como é o caso das forças de segurança pública. Estou muito feliz, pois o relator se mostrou sensível aos nossos argumentos e deve suprimir esse artigo”, finalizou a parlamentar tucana.

Assessoria

Em videoconferência, Ilderlei Cordeiro e promotores discutem novas regras de isolamento social

Após a confirmação de dois casos em Cruzeiro do Sul, o prefeito Ilderlei Cordeiro fez uma reunião, por meio de uma vídeo conferência, com representantes da Saúde e promotores do Vale do Juruá.

Segundo o prefeito, as regras de isolamento social serão fortalecidas para evitar a transmissão e contágio do COVID-19 em Cruzeiro do Sul.

“Conversamos sobre todas as novas medidas que terão no decreto, ajustamos as necessidades de um isolamento mais rígido. Foi uma reunião muito proveitosa. Não tenho dúvidas que faremos tudo que é possível para combater esse mal pela raiz”.

Assessoria

Jenilson Leite visita Fundação Hospitalar e pede reabertura de ambulatório

O deputado estadual Jenilson Leite (PSB), médico infectologista, visitou a Fundação Hospitalar (Fundhacre) para saber da direção do hospital quais medidas estavam sendo adotadas para que pacientes sejam atendidos, após o fechamento do ambulatório. O fechamento ocorreu para evitar aglomeração devido a pandemia do Covid-19.

Questionado, o diretor-executivo da fundação, Dr. Childevando Hassen, disse ao deputado que as consultas foram suspensas para evitar aglomeração como preceitua as normas da OMS, mas que pessoas com doenças crônicas, que requer urgência estão sendo atendidas. Além disso, o médico disse que os atendimentos serão retomados aos poucos, todavia, funcionará da seguinte forma: alguém vai ao hospital marcar a consulta e a equipe ambulatória fará o agendamento e informará o dia e a hora da consulta do atendimento via telefone, assim, controlará a quantidade de pessoas no local.

O deputado Jenilson Leite, que é médico infectologista, disse que compreende a gravidade do momento, mas há muitos pacientes com doenças crônicas que estão se descompensando e precisam voltar com seu médico. Para os pacientes que estão no interior do Estado, o deputado sugeriu ao diretor- executivo a recomendação do CFM, isto é, a fundação passe a realizar o atendimento de forma remota via telemedicina, sendo assim o paciente não precisa se deslocar de sua casa para o hospital. “Um paciente que mora no interior e possui doença crônica, além de ser dificultoso sua locomoção até a capital, neste momento é perigoso. Por isso, nossa sugestão é o atendimento via telemedicina, o médico o paciente aonde ele está. Uma solução temporária e necessária”, acrescenta o parlamentar.

Assessoria

Gladson nomeia ex-vereador Raimundo Vaz como diretor da Funtac

Na edição do Diário Oficial , o governador Gladson Cameli (PP) nomeou para assumir o cargo de diretor da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), o ex-vereador Raimundo Vaz, que assume no lugar de Carlito Cavalcante, exonerado em Março.

Vaz pertence ao grupo da base de Gladson Cameli. O político tem grande influência na região do Calafate em Rio Branco.

O político deve não mais disputar as eleições deste ano pelo PL da missionária Antônia Lúcia.

Demissão em massa: afiliada da Rede TV em RO vai demitir 40 funcionários por causa do Covid-19

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Em Rondônia, a afiliada da Rede TV tem preparado uma lista com os nomes de 40 funcionários que vão ser demitidos até a próxima segunda-feira (13). 

Na lista estão apresentadores, repórteres, cinegrafistas, produtores e equipe interna. Essa será a maior demissão ocorrida pela emissora do Grupo Gurgacz no Estado desde a fundação da emissora, há 16 anos. 

Na lista com nomes de possíveis demitidos está o do repórter Emerson Barbosa. O jornalista faz reportagens da Região Norte para a matriz da Rede TV em São Paulo que são vinculadas nacionalmente com frequência.  Esta coluna tentou contato com o jornalista, mas ele preferiu não falar do assunto por ainda não ter sido comunicado.

A direção da emissora, desde março, após o anúncio da quarentena, resolveu suspender boa parte dos contratos dos funcionários o que pegou a todos de surpresa.

Em uma nota divulgada, internamente, a direção da  Rede TV em Rondônia, alegou que por conta da pandemia do (covid-19) não poderia honrar com a folha de pagamentos. O Sindicato dos jornalistas de Rondônia (Sinjor) não se pronunciou sobre o assunto.