quinta-feira, 28 agosto 2025
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Jesus Sérgio apresenta PL para ENEM ser realizado após cumprimento do ano letivo

O deputado federal Jesus Sérgio protocolou nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei n° 2783/2020, que determina a realização do ENEM 2020 após o cumprimento da carga horária anual de 800 horas/aula, de acordo com as regras da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para assim colocar todos os estudantes em igualdade de condições para fazer a prova do ENEM.

A proposta ainda prevê adiar o ENEM em qualquer período que o Brasil estiver enfrentando o Estado de Calamidade Pública.

“Muitos alunos estão sem acesso à internet e sem frequentar aulas presenciais, por causa do novo coronavírus, o que inviabiliza estudar para o ENEM, então, nada mais justo que adiar a prova até que todo o calendário do ano letivo seja cumprido e todos os alunos estejam em condições iguais para realizar o exame”, destacou Jesus Sérgio.

Vale ressaltar que a proposta do deputado Jesus Sérgio impede que o Ministério da Educação realize o ENEM sem que os estudantes tenham tido acesso ao conteúdo programático. O projeto não prevê apenas o adiamento, mas também o cumprimento do ano letivo.

Assessoria

Acre bate novo recorde com 335 novos casos de Covid; 3 pessoas morrem nas últimas 24h

O mais recente levantamento sobre o avanço do novo coronavírus no Acre, publicado nesta quarta-feira, 20, no boletim parcial da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), aponta um novo recorde de casos positivos em menos de 24 horas: 335, totalizando 2.817 diagnósticos confirmados para Covid-19 desde o início da pandemia no estado.

O acréscimo de novos casos supera em 87 o registrado na terça-feira, 19. O número de óbitos pela Covid-19 no Acre também teve um aumento nesta quarta, passando de 73 para 76. As informações são do Centro de Infectologia Charles Mérieux, repassadas ao Departamento de Vigilância em Saúde, órgão da Sesacre.

Os três novos registros de morte por coronavírus são:

Um homem, cujas iniciais do nome são R. A. B. S, de 73 anos, e que tinha dado entrada na UPA do Segundo Distrito. Ele apresentava hipertensão arterial e tinha histórico de diabetes. O idoso faleceu nesta terça-feira, 19.

Um homem, F. B.C., de 91 anos, morador de Cruzeiro do Sul que deu entrada no Hospital do Juruá no dia 18 de maio. Ele faleceu nesta quarta-feira, 20. No seu histórico de agravos há doença pulmonar obstrutiva crônica e diabetes.

Uma mulher de 94 anos, U. M. N. C., que deu entrada na Pronto-Clínica de Rio Branco, sem informações de data de ingresso e tendo falecido na terça-feira, 19. A idosa tinha agravo de hipertensão arterial, entre outra comorbidade.

Mais informações no boletim completo, a partir das 16 horas.

“Temos que evitar que novas pessoas vão para o caixão”, diz Calegário

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 O deputado Fagner Calegário, sem partido, disse na sessão reproduzida pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 20, que os deputados da Casa devem tentar ao máximo possível salvar vidas e não buscar acabar com a saúde pública do Acre.

“Temos que tentar evitar ao máximo que as pessoas vão para o caixão. Por isso, digo temos que retirar o projeto dessa que trata da terceirização da saúde”, disse.

Segundo o parlamentar, faz-se necessário que o governador retire esse projeto da pauta de votação e que somente seja votado após a pandemia do Covid-19. 

Ministério da Saúde libera protocolo para uso de cloroquina em casos leves de COVID-19

Após promessa do presidente Jair Bolsonaro, pasta dá sinal verde no SUS para o uso do medicamento. Paciente terá que assinar termo de consentimento que não dá garantia de eficácia do remédio

O Ministério da Saúde liberou, na manhã desta quarta-feira (20), o protocolo que autoriza o uso da cloroquina para casos leves de coronavírus. O sinal verde para a utilização do medicamento, que até então estava com aval somente para casos graves da doença, foi dado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A liberação do uso do medicamento foi assinado pelo ministro-interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, que está no cargo desde quando Nelson Teich deixou o comando da pasta, na última sexta-feira (15). Um dos pontos determinantes para a saída de Teich foi justamente a utilização da cloroquina, ferrenhamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Antecessor de Teich no cargo, Luiz Henrique Mandetta também saiu da pasta por discordâncias a Bolsonaro.

O Ministério da Saúde, no protocolo anterior, publicado em março, liberou o uso da cloroquina somente em pacientes em estado grave em função do coronavírus. O medicamento era fornecido como complemento a outros métodos utilizados no tratamento de pessoas com COVID-19, como assistência ventilatória, que nada mais é que o uso dos respiradores.

Com o novo protocolo, casos leves de coronavírus poderão ser enfrentados com a cloroquina, mediante assinatura de um termo de consentimento por parte do paciente. O documento, no entanto, ressalta que não há garantia de resultados positivos e que não há estudos que comprovam a eficácia do medicamento.

O paciente que assinar o termo de consentimento, de acordo com o documento, deve estar ciente que a cloroquina pode causar efeitos colaterais que podem resultar em “disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito”.

Na noite dessa terça (19), Bolsonaro, em entrevista ao Blog do Magno, afirmou que “toma o remédio quem quer”, fazendo até uma piada com o medicamento.

“Quem for de direita toma cloroquina, quem for de esquerda toma Tubaína”, disse o presidente.

Também na data de ontem, o Brasil registrou um triste recorde de novas mortes, com 1.179 vidas perdidas notificadas pelo Ministério da Saúde em 24 horas. O país já contabiliza 17.971 óbitos. Ao todo, 271.628 casos confirmados de COVID-19.

Estudos apontam baixa eficácia

De acordo com os resultados dos dois maiores estudos já realizados com a cloroquina para o tratamento do coronavírus, o medicamento não trouxe benefícios práticos, como a redução na letalidade ou no tempo de internação. Outro problema são os efeitos colaterais, como a arritmia cardíaca, que levaram a Associação Médica Americana a emitir um comunicado pedindo que o uso da cloroquina fosse limitado a estudos clínicos e dentro de hospitais sob rigoroso controle.

Conforme publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), uma dessas pesquisas analisou dados de 1.438 pacientes infectados pelo coronavírus entre 15 de março e 24 de abril em hospitais de Nova York. O objetivo era saber se havia diferença na taxa de mortalidade entre quatro grupos: os que foram tratados apenas com a hidroxicloroquina (derivado da cloroquina com menor toxicidade); os que receberam o medicamento associada à azitromicina (um antibiótico); os que tomaram apenas a azitromicina; e os que não receberam nenhum medicamento. A conclusão deste estudo é que não houve diferença significativa entre a taxa de letalidade observada entre os quatro grupos.

O outro estudo foi publicado no New England Journal of Medicine (NEJM). Realizado com 1.376 pacientes americanos infectados pelo coronavírus, foi observado o resultado de tratamentos com e sem hidroxicloroquina. Assim, 811 pacientes foram medicados por cerca de cinco dias com a hidroxicloroquina e 565 pacientes não receberam o remédio. A pesquisa foi concluída em 25 de abril, quando os autores indicaram que pacientes com e sem o tratamento apresentavam o mesmo risco de morrer. Apesar disso, ambos os estudos usaram uma metodologia limitada, sem um controle de classificação dos grupos, sendo necessárias pesquisas complementares para confirmar os resultados. Levantamentos deste tipo estão em andamento em diversos países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não existe nenhum tratamento comprovado contra o coronavírus.

Estado de Minas

“Ou o Bolsonaro cria coragem e governa o Brasil ou renuncia”, diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou de uma entrevista através de live à Radio Brasil Atual para tratar sobre o combate ao coronavírus no Brasil e comentar a atuação do presidente Jair Bolsonaro.

Lula afirmou que este é o momento de Bolsonaro para de tentar achar culpados para crise e governar o país de verdade.

“O Bolsonaro está demonstrando que não estabilidade emocional e política para governar este país. O presidente precisa ser uma maestro. Tem que ter boa relação com a Câmara, Senado e respeite o STF. Tem que olhar com um certo carinho para o povo brasileiro”, diz Lula.

Lula também comentou sobre a presença de um general no comando do Ministério da Saúde após saide de Nelson Teich.

“Ele não deve cuidar apenas de soldados, mas de todos os brasileiros”, diz Lula sobre general no Ministério da Saúde.

Edvaldo Magalhães diz que medidas do governo não estão surtindo efeito contra coronavírus

O deputado estadual Edvaldo Magalhães, do PCdoB, fez uma fala bastante forte na sessão desta quarta-feira, 20, com relação às medidas de isolamento do governo do Acre. Para ele, elas não estão funcionando como esperado para redução de casos.
 
“As medidas não estão surtindo efeitos. A curva não está sendo achatada como deveria após as medidas. Quero dizer que não há vagas em UTIs nem em Rio Branco em muito menos no Juruá”, disse.

Edvaldo sugeriu que o governo do Acre possa dispor de um avião para levar as pessoas em estado de saúde crítico das regiões isoladas para a capital.

“Alguém em estado grave naquelas regiões precisa de ajuda. Eu quero refazer o apelo que fiz ontem, que vossa excelência convoque uma reunião online com toda a bancada do Juruá e federal para discutir a situação na região”, relatou.

‘Ainda bem’ que ‘monstro’ do coronavírus veio para demonstrar necessidade do Estado, diz Lula

Para ex-presidente, “determinadas crises” só são resolvidas pelo Estado. ‘”inda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus”.

No mesmo dia em que o Brasil registrou pela primeira vez mais de mil mortes pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (19) que “ainda bem” que o “monstro” da Covid-19 apareceu.

O comentário de Lula aconteceu durante uma entrevista por videoconferência ao jornalista Mino Carta, da revista “Carta Capital”. O ex-presidente celebrou a aparição do novo coronavírus para mostrar a necessidade de uma maior presença do Estado. “Quando vejo essas pessoas acharem bonito que ‘tem que vender tudo o que é público’, que o ‘público não presta nada’, ainda bem que a natureza contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises. Essa crise do coronavírus, somente o Estado é que pode resolver isso”, disse Lula.

Além da polêmica declaração, Lula também comentou sobre o ex-presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt, que liderou o país entre 1933 e 1945. Na época, aconteceu a Segunda Guerra Mundial. Na oportunidade, Lula questionou se Roosevelt “estava preocupado com o orçamento da União” ou com o “déficit fiscal” quando os Estados Unidos entraram no conflito

Pela primeira vez desde o início da pandemia, o Brasil ultrapassou a marca de mil mortes pela Covid-19 em 24 horas. De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 1.179 óbitos em um dia, elevando o número total a 17.971.

Após vencer a Covid, casal de idosos é recepcionado por vizinhos com faixa no AC: ‘Bem-vindos ao lar’

Casal de idosos Fátima Amaral, de 64 anos, e João Tavares, de 72, foi recebido pelos vizinhos com homenagens, após receber alta do hospital, na segunda (18).

O casal Fátima Amaral, de 64 anos, e João Tavares, de 72, pode dizer, literalmente, que nasceu de novo. Os dois, que moram Rio Branco, passaram por 11 longos dias de angústia e sofrimento após terem contraído a Covid-19. Mas, nessa segunda-feira (18), eles tiveram duas surpresas, receberam a tão sonhada notícia de que teriam alta e uma homenagem amorosa dos vizinhos do Conjunto Manoel Julião.

Muito amados pelos vizinhos, pois estão sempre presentes na vida dos amigos, eles foram recepcionados quando chegaram em casa com três faixas.

“Sejam bem-vindos ao lar”, uma faixa com essa frase foi afixada na entrada da casa deles. Uma outra foi colocada do outro lado da rua e dizia: “Nós te amamos, baby: assina as Donas do Pedaço” e outra com os dizeres: “A Ele toda honra e toda glória”. E foi assim que dona Fátima, como é conhecida, chegou em casa após ficar internada no Hospital Santa Juliana, na capital acreana.

Fátima disse que se emocionou muito quando chegou em casa e viu a homenagem.

“Quando cheguei em casa e vi minha amigas em frente da minha casa me esperando, mesmo nesse momento tão delicado em que todos nós vivemos de distanciamento social, me senti muito feliz, foi muita emoção, tive muita alegria em saber que elas se preocuparam comigo, são mulheres amadas do Senhor e do meu coração”, agradeceu.

A professora Maria do Socorro Gomes Magalhães foi a idealizadora da surpresa. Ela, que é amiga da dona Fátima há mais de 20 anos, conta que ficou muito preocupada quando soube que sua parceira estava doente.

“Não gosto nem de pensar, fiquei sem dormir, a gente ama muito ela, é e uma pessoa maravilhosa, muito amada por todos. Minha baby, como eu a chamo, sempre me deu apoio nos momentos bons e ruins da minha vida, temos uma amizade linda”.

Essa não foi a única surpresa do dia, Fátima, João e outros cinco pacientes que receberam alta no mesmo dia foram homenageados ao saírem do Hospital Santa Juliana.

“A primeira surpresa eu tive foi quando saí do hospital. Os profissionais fizeram uma homenagem, foi muito lindo, você não sabe o medo que a gente tem e a felicidade que é sair com homenagem porque sobreviveu, foi o corredor da felicidade, então, eu já comecei a me emocionar no corredor do hospital”, lembra.

Sobre a saudade do marido e do confinamento, Fátima diz que falava com amigos, parentes e com o marido por mensagem de celular.

“Ficamos em apartamentos separados, mas era um na frente do outro. Agente não podia se ver e os enfermeiros falavam dele para mim, e de mim para ele”.

Seu João, que é mais tímido, contou que sempre esteve confiante e otimista em relação à sua recuperação, da esposa e da cunhada. “Ela ficou mais preocupada por causa da nossa idade, mas eu sabia que a gente ia conseguir”, falou.

Amiga do peito

Sobre a surpresa, Socorro disse que as vizinhas criaram um grupo no whatshapp com o nome “As Donas do Pedaço” onde dona Fátima também faz parte, ela, então, fez outro grupo, explicou a ideia da homenagem e chamou as demais vizinhas para participar.

“Combinamos de fazer as faixas, queríamos algo mais, mas como não pode por causa do distanciamento, fizemos a surpresa dentro das normas. Mas, foi lindo, ela adorou. Algumas amigas não puderam participar por serem do grupo de risco, mas ficaram vendo de dentro de casa. Usamos máscaras de proteção e ficamos do outro lado da rua”, falou.

A amiga diz que ficou dando apoio através de ligações e mensagens e quando soube da alta e Fátima ficou muito feliz.

“Ela mandava uns áudios e eu via que ela estava com a voz muito lenta, muito sofrida, me preocupava muito, ela tossia, deixei de ligar para não forçar muito e também porque ele foi para o oxigênio, mas minhas orações estavam sempre com ela. O que a gente queria era demonstrar todo o nosso apoio, carinho e amor por ela”.

Descoberta da doença

Dona Fátima tem três filhas mas, a do meio, Elicintia do Amaral Gomes de Araújo, foi a que tomou a frente e foi para a casa da mãe quando descobriu que ela, o padrasto e a tia, que tem 79 anos e também é idosa, estavam com a Covid-19.

“Suspeitei no dia 28 de abril que eles estavam doentes. Minha tia é de Manaus e veio visitar a gente em março. Quando eu fui na casa da mãe no dia 27 eu cheguei e ela falou que seu João estava gripado, fiquei preocupada e comecei a manter uma certa distância. Com isso, já conversei com ela e perguntei se estava bem. No dia seguinte, liguei e ela disse que a tia estava com febre alta e a mãe com dor no corpo, mas elas achavam que era só gripe”.

Depois, Cintia, como é chamada, conta que os sintomas foram só piorando. “Comecei com a medicação que uma amiga médica receitou. No início, eu comprei só medicação para gripe”.

A filha diz que a tia foi melhorando, mas a mãe e o padrasto estavam ficando piores e foi então que no dai 7 de abril eles foram internados. “Fui na consulta sozinha e a médica viu o resultado da tomografia e a doutra detectou que estava tudo alterado. Eles foram internados e eu fiquei na casa cuidando da minha tia”.

Cintia fala que sabia do risco quando foi para a casa da mãe cuidar da tia, mas que não não pesou duas vezes e foi. “Fiquei em casa, fiz a desinfecção e fiquei cuidando da tia. Não peguei a Covid-19. Lembro que quando a doutora disse que eles precisavam internar me deu medo, ainda bem que eles três ficaram bem, agora é seguir”.

Fátima lembra que desconfiou que poderia estar doente quando começou a sentir falta de ar e se preocupou por ter problemas respiratórios.

“Comecei a sentir falta de ar forte, aí milha ligou para a médica e ela pediu exames e, graças a Deus, a médica já me levou para o hospital.Senti medo, chorei, achava que não ia mais voltar, porque essa é a notícia que a gente ouve por aí, mas eu venci”.

Mas, Fátima deixa um recado e pede que todos tenham cuidado, mantenham o isolamento e que aos sentir os mínimos sintomas da doença já procurem um médico. Se não tivesse agido rápido acho que eu não estava mais aqui. É difícil quando a gente se sente sozinho em um apartamento. Minhas filhas e minhas amigas me ajudaram muito e oravam por mim. As orações delas me ajudaram”, finaliza.

G1

Idoso com Covid que se emocionou ao receber alta no AC morre dias depois à espera de UTI

Raimundo Antônio de Souza, de 75 anos, morreu na tarde desta terça-feira (19). Ele tinha recebida alta no último dia 12.

Uma semana depois de ter recebido alta da UPA do 2ª Segundo Distrito, em Rio Branco, o aposentado Raimundo Barreto de Souza, de 75 anos, morreu na tarde desta terça-feira (19) sem conseguir um leito de UTI. No mesmo dia, o governo informou que o sistema de saúde estava entrando em colapso.

No último dia 12, a Rede Amazônica no Acre mostrou o momento em que o idoso recebeu alta da UPA após ficar internado por alguns dias. Muito emocionado, ele comemorou a volta pra casa.

“Não tem preço! Deus me livre, se você ver o negócio aí dentro. Sim [nasci de novo], outra vez”, disse antes de cair no choro ao dizer que estava feliz em poder reencontrar a família.

Antes disso, ele contou que ficou assustado com a doença. “Era como algo tivesse comendo meus pulmões, era de se desesperar. Não gosto nem de lembrar”, contou em reportagem exibida no dia 12.

Cinco dias depois, no dia 17, ele precisou voltar à unidade de saúde na ambulância, cansado e debilitado.

Desde domingo internado e à espera de um leito de UTI, o aposentado não resistiu e morreu na tarde de terça. A filha dele, Francisca Souza, chegou a gravar um vídeo emocionado fazendo um apelo pedindo o leito para o pai.

“Eu estou, por meio desse vídeo, pedindo encarecidamente que nos cedam um leito. A vida do meu pai depende disso. Nós precisamos desse leito, pelo amor de Deus, consigam esse leito para o meu pai”, pede entre lágrimas.

Mesmo com o apelo da família, não houve tempo para a transferência. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) informou que o quadro da vítima evoluiu muito rápido e que havia sido liberado porque não não tinha critérios para internação.

“Justamente por não estar necessitando permanecer internado, ele foi pra casa, uma vez que a unidade não tem como manter pessoas que não estão em situação grave”, diz a nota.

A Sesacre alegou ainda que o idoso seria levado à UTI do Instituto de Traumatologia e Ortopedia no Acre (Into-AC) ainda na noite de terça. Um levantamento da Sesacre mostra que em todo o estado há 39 leitos de UTI.

Deste total, quatro estão no PS, 28 no Into e sete no Hospital do Juruá. Dos 39 leitos de UTI, 34 estão ocupados, sendo que há cinco vagas apenas no Into.

O G1 tentou ouvir a família, mas foi informado que todos estão ainda muito abalados e resolvendo as questões burocráticas do enterro.

G1/AC

Mara Rocha cobra maior agilidade da Caixa para pagamento do auxílio emergencial

A deputada federal Mara Rocha (PSDB/AC) encaminhou ofício ao Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães e ao Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, cobrando maior agilidade no pagamento das parcelas do Auxílio Emergencial de R$ 600,00.

A parlamentar questionou a portaria da CEF que determinou a abertura obrigatória de contas digitais, mesmo para quem já possui contas de poupança naquele banco: “Essa exigência de abertura de contas digitais causará enormes embaraços, estamos tratando de pessoas vulneráveis, sem grande experiência com transações bancárias por aplicativo e a nova burocracia foge totalmente ao objetivo da lei que criou o Auxílio, que buscou trazer tranquilidade para os brasileiros pobres em um período de tanta incerteza”.

“Não é demais lembrar que, para receber o dinheiro, o beneficiário terá de ter acesso a um celular capaz de gerar um dispositivo digital de segurança, ou terá de ir à agência para resolver a situação. E isso deve ser outra fonte de preocupação, já que várias localidades do interior não possuem agências bancárias. Isso levará a uma corrida aos maiores centros urbanos, gerando ainda mais aglomeração nas agências e, consequentemente, aumentando o risco de contaminação por Covid-19”, explicou a deputada.

“Estamos vivendo um momento de grave crise sanitária e de isolamento social, essa é a única fonte de renda para milhões de brasileiros e a burocratização no repasse dos recursos pode gerar o caos em uma parcela da população que está entre a incerteza e a desesperança”, finalizou Mara Rocha.

Ascom