segunda-feira, 7 julho 2025
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Com coronavírus, comércio já demite; cortes podem atingir 5 milhões no País

Em meio às ordens para fechamento de shopping centers ao redor do País e após três dias de isolamento voluntário da população, como tentativa de conter a escalada dos casos de coronavírus nas principais cidades, os varejistas refazem as contas, renegociam pagamentos a fornecedores e dizem que, inevitavelmente, começarão a demitir seus funcionários a partir da semana que vem.

Estimativas de entidades patronais, como a Associação Brasileira das Lojas Satélites (Ablos), que reúne as lojas maiores dos shoppings, e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), falam em até 5 milhões de desempregados no comércio pelo País, até o fim de abril.

Segundo Paulo Solmucci, da Abrasel, os empresários já vêm de um longo período de vendas fracas e não têm, neste momento, caixa para manter impostos, aluguel de ponto e folha salarial com os empreendimentos fechados. “A situação já estava péssima, agora ficou dramática”, diz.

Já Tito Bessa Júnior, da Ablos, afirma que o capital de giro dos comerciantes mal consegue suprir um mês fraco de vendas, o que dirá cinco semanas sem faturamento – a maioria das ordens de fechamento vão da semana que vem até o fim de abril. “Eu mesmo vou demitir cerca de 40% dos meus funcionários a partir da semana que vem”, diz Bessa Júnior, que também é dono da rede TNG, com 170 lojas e 1.600 funcionários.

UOL

Coronavírus sofreu mutações no Brasil após início da transmissão comunitária

A equipe de cientistas que realizou o trabalho também é responsável pelo sequenciamento do genoma do primeiro paciente confirmado no Brasil

Após cientistas sequenciarem o genoma do coronavírus em pacientes do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, foi constatado que o vírus Sars-CoV-2, em alguns pacientes, já apresenta características diferentes do coronavírus introduzidos no primeiros casos. O processo é resultado da transmissão comunitária confirmada pelo Ministério da Saúde na sexta-feira, 20.

O trabalho foi feito em 48 horas por cientistas do Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O objetivo é rastrear mutações que possam significar aumento ou diminuição da gravidade, além do funcionamento da transmissão. O mesmo grupo também sequenciou o genoma do vírus do primeiro paciente confirmado no Brasil.

Para o estudo, foram usados os genomas completos de 19 pacientes em hospitais de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás. Dois de origem asiática e o restante proveniente da Europa. As informações são do Jornal O Globo.

Entre os vírus estudados, há marcas no genoma que indicam a mudança desde que chegou ao Brasil. Segundo uma das autoras do trabalho, Ana Tereza Vasconcelos, isso significa que o coronavírus já está presente no País há um tempo e na quantidade suficiente para que as alterações fossem tão visíveis. Sendo um vírus de RNA, o material genético é simples e altamente sujeito à mutações.

Os cientistas vão continuar o acompanhamento, porque, segundo eles, ainda há vírus entrando no País. Os pesquisadores também vão analisar amostras de Sars-CoV-2 de pacientes em estado grave. A investigação vai se concentrar em identificar se no material genético desses vírus há algum indício que possa apontar para a gravidade da doença. Ainda não existem estudos que comprovem essa teoria.

O Povo

Aneel suspende por 90 dias cortes de energia; no Acre, Energisa vai cumprir medida

Começou a valer a partir de quarta-feira (25) a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de suspender durante 90 dias o corte no fornecimento de energia elétrica dos consumidores residenciais urbanos e rurais e também de atividades essenciais no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O prazo poderá ser prorrogado, casos haja necessidade.

A decisão foi tomada ontem pela diretoria da agência em reunião extraordinária, realizada por meio virtual, e se aplica às distribuidoras de energia elétrica. Além da proibição da suspensão do fornecimento de energia elétrica, a Aneel também autorizou as distribuidoras a suspender o atendimento presencial e determinou que elas tomem medidas para priorizar os atendimentos telefônicos das solicitações de urgência e emergência e intensifiquem o uso de meios automáticos de atendimento ao consumidor.

Além da suspensão do atendimento presencial, a Aneel também determinou outras medidas para evitar a circulação de profissionais que prestam serviços para as distribuidoras, como a suspensão da entrega da fatura mensal impressa no endereço dos consumidores e a permissão para que as distribuidoras realizem a leitura de consumo em horários diferentes do usual ou mesmo a suspensão da leitura.

Ao adotar a suspensão da entrega da fatura impressa, as distribuidoras deverão enviar fatura eletrônica ou o código de barras aos consumidores, por meio de canais eletrônicos ou disponibilizá-las em seu site ou aplicativo.

Já na hipótese de suspensão da leitura do consumo, o faturamento será feito com base na média aritmética do consumo nos últimos 12 meses. “A distribuidora deverá disponibilizar meios para que o consumidor possa informar a auto-leitura do medidor, em alternativa ao faturamento pela média”, disse a Aneel.

Outra medida aprovada pela agência foi a suspensão dos prazos para que os clientes realizem pedidos de ressarcimento por danos em equipamentos, em razão de problemas no fornecimento de energia. Segundo a Aneel, a medida é necessária, “uma vez que o processo de ressarcimento envolve a circulação de técnicos até a casa do consumidor para verificar o dano.”

Energisa vai cumprir medida

A companhia elétrica Energisa Acre se pronunciou por meio de nota, e diz considerar de extrema relevância o posicionamento da ANEEL nesse momento.

Ressalta que vai cumprir a determinação da Aneel de não realizar cortes em consumidores residenciais e de serviços essenciais à população durante os próximos 90 dias.

De acordo com a empresa, o faturamento dos clientes continuará sendo feito normalmente, e os canais digitais estarão à disposição, como Whatsapp pelo número 68 99233-0341, o site energisa.com.br e 0800 647 7196.

Gladson amplia lista de estabelecimentos que podem abrir durante isolamento; motéis estão liberados

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O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), reeditou o decreto que proíbe que setores comerciais do Acre abram as portas durante o período de isolamento social determinado pelo próprio governo do Estado.

De acordo com publicação na edição do Diário Oficial do Acre, as mudanças no decreto aumenta a lista de empreendimentos que deve ficar fechados durante a quarentena.

A decisão partiu após reunião de representantes do governo com empresários e membros de entidades comerciais do estado.

Segundo o novo decreto, podem continuar funcionando os estabelecimentos médicos, hospitalares, farmacêuticos, veterinários, psicológicos e odontológicos, os laboratórios de análises clínicas e as clínicas de fisioterapia.

As empresas que participem, em qualquer fase, da cadeia produtiva, da distribuição de produtos e da prestação de serviços de primeira necessidade para a população, tais como alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e higiene, água, gás, combustíveis, entre outros, estão liberadas para funcionar.

Outros setores do comércio que podem continuar funcionando durante o isolamento são: transporte fluvial em balsas, restaurantes localizados em rodovias, oficinas localizadas em rodovias, agropecuárias, lavanderias, borracharias, call center, chaveiros, bancos e lotéricas, construção civil, hotéis, para os clientes já hospedados ou para novos, desde que no interesse da administração pública, motéis, funerária, telecomunicações e manutenção de redes elétricas e de telefonia e internet.

Empreendimentos como óticas, concessionárias de veículos, oficinas mecânicas urbanas e petshops devem atender seus clientes mediante a agendamento e redução no número de funcionários no local.

Coronavírus: governadores pedem aplicação de lei que prevê renda básica para todos os brasileiros

Reunidos em videoconferência, 26 dos 27 governadores também aprovaram pedido de suspensão por 12 meses do pagamento das dívidas dos estados, além de outras reivindicações

Governadores reunidos na tarde desta quarta-feira (25) em videoconferência aprovaram uma carta com uma série de reivindicações ao governo federal (leia a íntegra ao final desta reportagem) para fazer frente à crise do coronavírus. Entre essas reivindicações, está a aplicação da lei que institui uma renda básica de cidadania para todos os brasileiros.

Sancionada em 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei prevê o “direito de todos os brasileiros residentes no País e estrangeiros residentes há pelo menos 5 (cinco) anos no Brasil, não importando sua condição socioeconômica, receberem, anualmente, um benefício monetário”.

A lei diz que caberá ao Poder Executivo estipular o valor do benefício e prevê o pagamento de parcelas mensais, de mesmo valor, para todos os cidadãos, a fim de atender “às despesas mínimas de cada pessoa com alimentação, educação e saúde, considerando para isso o grau de desenvolvimento do País e as possibilidades orçamentárias”.

Os governadores também querem a suspensão por 12 meses do pagamento das dívidas dos estados com a União e bancos públicos, além da “abertura da possibilidade de quitação de prestações apenas no final do contrato” e a “disponibilização de linhas de crédito do BNDES para aplicação em serviços de saúde e investimentos em obras”.

Concluída a reunião, os governadores tiveram um tempo para avaliar e aprovar as propostas, o que aconteceu no início da noite, segundo informou a assessoria do governo do estado de São Paulo. Participaram do encontro 26 dos 27 governadores – o único ausente foi o do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) – e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

As propostas a serem apresentadas ao governo federal são as seguintes:

Suspensão por 12 meses do pagamento das dívidas dos estados com a União, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e disponibilização de linhas de créditos do BNDES para aplicação em serviços de saúde e investimentos em obras
Viabilização emergencial e substancial de recursos “livres” do governo federal
Mudanças no regime de recuperação fiscal e aprovação do chamado Plano Mansueto. Pelo plano, enviado em junho do ano passado ao Congresso, a União propõe dar aval para estados com baixo nível de endividamento contratarem empréstimos junto ao setor financeiro e concede prazo de até cinco anos aos estados que estão descumprindo os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para que possam se reenquadrar nos limites estabelecidos.
Redução da meta de superávit primário para evitar ameaça de contingenciamento (bloqueio) orçamentário
Aplicação da Lei 10.835/2004 que institui a renda básica da cidadania
Na carta, os governadores dizem desejar que o presidente Jair Bolsonaro “tenha serenidade e some forças” com eles para enfrentar os efeitos da crise do coronavírus.

Os governadores dizem no documentos que continuarão adotando medidas de acordo com as orientações de profissionais de saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essas orientações preveem isolamento social como método para evitar a disseminação do vírus e conter a expansão da doença Covid-19. O presidente Jair Bolsonaro contesta essas orientações e, em vez do “confinamento em massa”, defende somente o “isolamento vertical” de grupos de risco, entre os quais os idosos, a reabertura de escolas e do comércio e a retomada do funcionamento da economia. Em videoconferência com governadores do Sudeste nesta quarta-feira, Bolsonaro atacou o governador de São Paulo, João Doria, a quem chamou de “demagogo”.

“No que diz respeito ao enfrentamento da pandemia global, vamos continuar adotando medidas baseadas no que afirma a ciência, seguindo orientação de profissionais de saúde e, sobretudo, os protocolos orientados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, diz o texto da carta dos governadores.

No encontro dos governadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ser necessário distinguir as medidas que devem ser adotadas a curto, a médio e a longo prazos.

Para Maia, o “ambiente” entre o governo federal e o parlamento “não é dos melhores” e, diante disso, Congresso e governadores devem definir as medidas de curto prazo.

“A gente precisa resolver no curto prazo, garantindo emprego, a renda dos municípios e dos estados para que eles possam continuar funcionando. Emprego e renda para os mais pobres e condições para os municípios continuarem funcionando”, afirmou.

G1

Bolsonaro inclui atividades religiosas em lista de serviços essenciais

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Com decisão, setor fica autorizado a funcionar mesmo durante ações de isolamento contra o coronavírus, desde que cumpra orientações do Ministério da Saúde

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que inclui as atividades religiosas na lista de serviços essenciais. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 26, e tem validade imediata, sem necessidade de aprovação no Congresso.

Na prática, ao ser considerado essencial, a atividade fica a autorizada a funcionar mesmo durante as medidas de isolamento e distanciamento social aplicadas para combater o surto do novo coronavírus no país.

De acordo com o texto, são consideradas essenciais as “atividades religiosas de qualquer natureza, obedecidas as determinações do Ministério da Saúde”, isto é, fica mantida a orientação para que se evite aglomerações. Os encontros religiosos vinham sendo limitados por medidas de governadores estaduais. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria (PSDB) havia recomendado a suspensão de cultos e missas no estado.

Como VEJA mostrou, a medida foi comunicada com antecedência a lideranças de igrejas pentecostais e neopentecostais em reunião com o secretário da Saúde, José Henrique Germann, no Palácio dos Bandeirantes, na quinta-feira 19.

Alguns líderes pentecostais anunciaram que resistiriam à ideia de cancelar cultos, como é o caso do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, cuja sede fica no Rio de Janeiro, mas tem três filiais em São Paulo. “Enquanto o transporte coletivo estiver funcionando, a minha igreja vai estar aberta. Governador e prefeito nenhum podem fechar a minha igreja, só a Justiça. Os templos são o último reduto de fé e esperança da população”, disse o pastor, apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Veja

LATAM terá apenas três voos semanais no Acre por causa do coronavírus

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A manutenção de um voo da Gol e os três semanais da LATAM no Acre só foi possível depois de um acordo entre as companhias aéreas com o Governo Federal

A LATAM terá voos de Rio Branco para Brasília e São Paulo apenas aos sábados, terças e quartas-feiras. O ac24horas mostrou com exclusividade que a Gol cancelou os voos no Acre em função da queda no número de passageiros transportados em função do avanço do coronavírus. A LATAM só terá voos no Acre na próxima terça-feira (31/03).

No próximo sábado, 28/03 as companhias LATAM e Gol não terão voos em Rio Branco. A Gol decidiu manter apenas 8% de seus voos nacionais. A companhia voltou atrás e decidiu manter um voo de Brasília para Rio Branco às terças-feiras. A mesma aeronave da Gol retorna da capital do estado para Brasília na madrugada de quarta-feira.

A manutenção de um voo da Gol e os três semanais da LATAM no Acre só foi possível depois de um acordo entre as companhias aéreas com o Governo Federal. As empresas aéreas assumiram compromisso de manter voos em todos os estados. Quem comprou passagens e desistiu de voar, poderá receber o valor daqui a 12 meses.

Cruzeiro do Sul é a mais prejudicada

Os maiores prejudicados com a decisão da Gol são os passageiros do Cruzeiro do Sul. Além de transportar passageiros, a aeronave é usada para levar medicamentos e insumos para postos de saúde e em seu porão. Outras cargas, como peças e alimentos, também eram transportados para Cruzeiro do Sul nos aviões da Gol. Os voos da Gol estão suspensos até 30 de abril deste ano.

AC24horas

Mulher é presa ao tentar matar marido com marteladas na cabeça em Rio Branco

Homem teve afundamento de crânio e foi levado para o pronto-socorro de Rio Branco. Tentativa de homicídio ocorreu nesta terça-feira (24), no Ramal do Panorama.

Uma mulher foi presa ao tentar matar o marido com golpes de martelo, nesta terça-feira (24), no Ramal do Panorama, região do bairro São Francisco, em Rio Branco. Segundo a Polícia Militar, foi relatado que o casal estava em uma briga quando a mulher desferiu os golpes contra a vítima.

Lindomar Ricardo de Oliveira, de 41 anos, foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após os primeiros socorros no local, ele foi levado para o pronto-socorro de Rio Branco com afundamento de crânio e hematoma na boca.

Testemunhas contaram à polícia que o casal costuma brigar diariamente, inclusive na frente dos dois filhos, de 4 e 2 anos. Além disso, essa não seria a primeira vez que a mulher tentou matar Oliveira.

Ela foi presa em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio e em seguida levada para a sede da Delegacia de Flagrantes de Rio Branco, onde deve ser ouvida.

G1

Em meio à pandemia de Covid-19, acreanos não conseguem voo de volta e ficam ‘presos’ em Maceió

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Grupo alega que já teve a volta remarcada duas vezes. Latam diz que está operando de forma reduzida no país

Um grupo de acreanos está enfrentado uma verdadeira saga para conseguir retornar ao Acre e sair da cidade de Maceió, em Alagoas, em meio à pandemia de Covid-19. A dificuldade, segundo os passageiros, é devido ao cancelamento dos voos por parte da companhia aérea Latam.

Eles alegam que a empresa aérea remarca o voo sem avisá-los. Há aproximadamente 100 pessoas tentando conseguir voos da capital alagoana para o Acre, de acordo com o grupo.

“A Latam está direto desmarcando nossas passagens, colocando outras pessoas em nossas vagas. Todo dia sai voo para Rio Branco com vagas, de duas, três ou cinco cadeiras, as pessoas tiram fotos e mostram pra gente, mas, mesmo assim, não estão nos levando para o Acre. Estamos aqui, colocaram a gente no hotel, que está fechando e não sabemos o que fazer”, criticou a presidente do Sindicato dos Técnicos em Educação do Acre, Antônia Souza.

Ela está em Maceió desde o dia 14, quando viajou para o tratamento de saúde da filha. Elas deveriam voltar para Rio Branco na segunda-feira (23), mas a sindicalista disse que foi surpreendida com o cancelamento da viagem sem ela solicitar.

“Na hora do voo minha passagem estava desmarcada e simplesmente não avisam, comunicam e nem tem respeito pela gente. Estamos sem saber o que fazer em Maceió, querendo voltar para nosso estado. Tem pessoas que não tem condições de pagar hotel, alimentação. Nossa situação está muito difícil”, lamentou.

Hotel vai fechar

Também na cidade alagoana desde o último dia 14, o policial militar acreano Renilson Conceição curtia as tão sonhadas férias planejadas durante um ano com a mulher e as duas filhas. Só que ele não imaginava o transtorno para tentar voltar para casa.

“Nosso voo estava marcado para retornar dia 21, passaram para o dia 23, quando chegamos aqui dia 23 passaram para o dia 29. Agora, olhamos no site e as passagens estão todas canceladas. Estamos na loja da Latam, em Maceió, tentando resolver a situação, mas o negócio está complicado”, acrescentou.

A preocupação é maior ainda porque, segundo o PM, os hotéis da cidade devem suspender as atividades no próximo dia 30 para ficar em quarentena.

“A gente não viaja e o pessoal do hotel não quer ficar com a gente. Estamos desesperados, não sabemos mais o que fazer, buscando ajuda de várias formas”, pediu.

Operações reduzidas

Em nota ao G1, a Latam confirmou que está operando de forma reduzida no país, como foi anunciado em 16 de março.

“O grupo Latam Airlines já reduziu 90% de todas as suas operações internacionais e 40% de todas as operações domésticas do Grupo no Brasil, Chile, Argentina, Peru, Colômbia e Equador. A Latam não está medindo esforços para apoiar os passageiros impactados por esta situação”, diz.

Abaixo, veja os procedimentos que os passageiros devem seguir, segundo a empresa:

O Grupo Latam Airlines flexibilizou as suas regras para alterações de passagens tanto para voos cancelados quanto para demais voos ainda programados pela companhia. As regras para alterações estão disponíveis no site da companhia.
Para evitar longas esperas por atendimento, a empresa recomenda que os passageiros deem preferência para alteração de suas viagens diretamente no site, acessando o site.
Clientes com viagens programadas para as próximas 48 horas e que tenham dificuldade de reagendar pelo site devem entrar em contato com a Central de Atendimento.

G1

Venezuelanos refugiados no AC temem Covid-19 e pedem ajuda do governo: ‘não estamos instruídos’

Em coletiva, na segunda-feira (23), governo diz que estuda como atender esse público. Venezuelanos pedem kits de higienização e orientações sobre a doença

Há meses, o Acre tem sido porta de entrada para muitos imigrantes. Porém, durante a pandemia de Covid-19, a questão passou a preocupar o governo e também os imigrantes que ficam nas ruas da capital acreana, Rio Branco.

Em Assis Brasil, a prefeitura decretou situação de emergência por conta do número de imigrantes que ficaram retidos na cidade após o fechamento da fronteira entre Acre e Peru.

Na capital, os venezuelanos que pedem ajuda nas ruas vivem em condições precárias e sobrevivem com o mínimo. Neste momento em que o novo coronavírus assusta o mundo todo, a situação ficou ainda mais delicada.

“É uma pandemia e não sabemos como controlar. Saímos todos os dias com cartazes para pedir dinheiro e alimentar nossas famílias. Isso também nos preocupa porque não queremos contaminar nossas famílias”, conta o venezuelano Atônio Agostine.

Eles reclamam também que o governo não passou nenhuma orientação após decretar calamidade pública no estado. No abrigo improvisado onde passam os dias, não tem energia e as condições são precárias.

O também venezuelano Redericl Antônio diz que todos estão perdidos e não sabem como lidar com a situação.

“Não veio ninguém do governo para nos explicar, nos dar uma instrução eficiente para como evitar [a Covid-19], quais são os meios que devemos usar para evitar propagar a doença. Como fazer com as roupas que chegamos? Devemos lavar as mãos? Devemos imediatamente lavar as roupas quando chegamos em casa? Nada nos explicaram”, reclama.

O medo, segundo o imigrante, é que, sem informação, eles acabem sendo infectados pela doença e também acabem passando isso para quem está no abrigo.

“É perigoso, pode se espalhar aqui facilmente. Nossa principal preocupação é que o vírus de uma pandemia chegue aqui e nós não estamos instruídos, nem para evitar que a pandemia se propague dentro do nosso núcleo familiar, dentro da nossa habitação”, reclama.

Com medo das doenças, muitos deles evitam as ruas, mas é lá que conseguem ajuda para sobreviver no estado. Sem saber o que fazer, eles pedem ajuda do poder público.

Uma das poucas coisas que sabem é que água e sabão ajudam na prevenção da doença. Mas, até os itens de higiene são escassos no local.

“Não temos trabalho e temos que sair na rua para pedir por nossas crianças, por isso, temos que sair. Estamos em uma situação muito difícil agora e peço ao governador e a prefeitura que nos ajudem com produtos de higiene pessoal e de limpeza para nossas crianças e para nós”, diz Jesus Zapata.

Em coletiva, na segunda-feira (23), o governador Gladson Cameli abordou a questão de ajuda humanitária e disse que está estudando uma forma de atender esse público.

“Vamos fazer o que está dentro de nossas possibilidades, estamos em contato com o governo federal, mandamos kits de sacolões e queremos colocá-los em abrigos para que possam ser atendidos melhor, estamos fazendo parceria. Com o fechamento das rfonteiras podemos dar uma melhorada no quis diz respeito à entrada”, disse.

G1