sexta-feira, 11 julho 2025
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“Se o coronavírus entrar nas aldeias ocorrerá genocídio em massa”, diz líder indígena

A morte por coronavírus do jovem Yanomami é o reflexo do enfraquecimento institucional dos órgãos públicos que deveriam promover o direito à saúde e à proteção territorial dos indígenas. É desta forma que avalia o líder indígena Dinamam Tuxá, vice-presidente da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), em entrevista à Amazônia Real.

“O reflexo [desse enfraquecimento] acaba sendo as mortes. O coronavírus veio para aclarar essa realidade que ocorre no Estado brasileiro em relação aos povos indígenas”, disse Dinamam Tuxá.

Ele apontou também a recusa do governo brasileiro em “reconhecer a vulnerabilidade social dos povos indígenas e de não oferecer proteção territorial para conter o avanço do coronavírus”.

“O coronavírus age de forma sorrateira. Muitas vezes não é identificado em tempo hábil para fazer o tratamento correto no doente. As estruturas do Estado não estão preparadas para lidar com a especificidade dos povos indígenas. Estamos temerosos, porque sabemos que a estrutura estatal vem sendo enfraquecida e um vírus como esse, ao adentrar numa área indígena, vai causar um genocídio em massa”, alertou.

O líder destacou que este “processo genocida” dos povos indígenas vem ocorrendo há muito tempo no país e se agravou no atual governo, levando o Estado brasileiro a não conseguir agir “de forma hábil para tentar amenizar o impacto do coronavírus no povos indígenas.”

“Estamos preocupados, porque a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) vem em um processo de enfraquecimento e não está tendo apoio para que desenvolva trabalhos essenciais no combater ao vírus nas terras indígenas. Assim como o jovem Yanomami veio a óbito, tememos que haja uma explosão de óbitos em outros indígenas”, afirma.

Dinamam Tuxá diz que outro temor é quanto a uma possível tentativa dos órgãos governamentais em omitir os dados sobre infecção do coronavírus nos povos indígenas para “negar o avanço [da covid-19] nas terras indígenas” no intuito de esconder “mais um novo genocídio que se iniciou anos atrás e concretizado no governo atual”.

Ele também relatou dificuldades do movimento indígena em participar dos debates sobre a pandemia da covid-19 no gabinete de crise do governo federal e a apontou a indiferença dos governos estaduais às medidas solicitadas e protocoladas pela APIB. Apenas dois governos responderam confirmando o recebimento aos ofícios enviados pela Apib – de São Paulo e do Rio Grande do Norte -, mas sem nenhuma sinalização efetiva se vão atender as recomendações.

“Não há plano de contingenciamento. O gabinete de crise do governo estava recusando a entrada dos povos indígena nessa discussão. Hoje está sendo cumprida essa medida de entrada no gabinete, através do Fórum de presidentes do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena), por causa da recomendação do MPF. Tudo que nós pleiteamos está sendo feito através de medidas no âmbito no judiciário. Não há um acordo entre os povos indígenas e o governo para traçar estratégias para tentar amenizar esses impactos”, afirmou ele.

Ele também criticou a postura das autoridades estaduais e municipais de apresentarem um “bloqueio histórico à presença indígena” e de negar apoio logístico às aldeias. “Dizem que é tudo competência da Sesai. Mas os poderes são harmônicos. Se a Sesai não está tendo subsídios suficientes para garantir aquisição de materiais, de insumos, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), etc, o município tem sim dever, assim como o governo estadual, de suprir essa ausência do governo federal”.

Sem uma atuação conjunta entre os diferentes entes federativos, diz Tuxá, o resultado será a “a mortandade de nossos povos”.

“Estamos atentos para acionar para quem for de direito, para impetrar as devidas ações, para conseguir e combater esse vírus que veio para dizimar nossas comunidades. Estamos politicamente e espiritualmente preparados para conseguir avançar e combater de forma apropriada, buscando órgãos de controle para garantir a integridade física, cultural, territorial dos povos indígenas”, afirmou o líder indígena.

Amazônia Real

Mara Rocha pede supressão de artigo do Plano Mansueto, que proíbe reajuste e progressão de carreira de militares e servidores

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A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana o Projeto de Lei Complementar que prevê auxílio emergencial a estados e municípios.

A proposta substitui o chamado Plano Mansueto e traz medidas para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal a enfrentar a pandemia de Covid-19 e a consequente queda de arrecadação fiscal.

Esses entes federativos serão autorizados a suspender o pagamento das dívidas refinanciadas pela União e receber auxílio para recompor perda de arrecadação. Entretanto, umas das contrapartidas exigidas é que Estados e Municípios não concedam aumento salarial a servidores neste ano.

Diante da possibilidade do congelamento salarial para Policiais Militares e profissionais de saúde, a Deputada Federal Mara Rocha (PSDB/AC) pediu ao relator a retirada desse artigo da proposta.

“É óbvio que os governos precisam ter uma trava nas suas despesas, mas acho injusto que o congelamento e a não progressão de carreira salarial, atinja as categorias que estão na linha de frente da luta de combate à pandemia. Policiais, servidores de saúde, dentre outras categorias, estão trabalhando ativamente, colocando em risco a própria saúde e a de seus familiares. Isso me motivou a procurar o Líder do PSDB, Deputado Carlos Sampaio, para pedir a supressão do artigo que determina a não promoção e o congelamento salarial”, esclareceu Mara Rocha.

“Estou participando ativamente de videoconferência com os líderes partidários, negociando a retirada desse artigo. Temos que encontrar formas de proporcionar uma economia das finanças públicas, mas isso não pode ser feito às custas dos profissionais que estão enfrentando o risco do contágio para manter a ordem pública, como é o caso das forças de segurança pública. Estou muito feliz, pois o relator se mostrou sensível aos nossos argumentos e deve suprimir esse artigo”, finalizou a parlamentar tucana.

Assessoria

Em videoconferência, Ilderlei Cordeiro e promotores discutem novas regras de isolamento social

Após a confirmação de dois casos em Cruzeiro do Sul, o prefeito Ilderlei Cordeiro fez uma reunião, por meio de uma vídeo conferência, com representantes da Saúde e promotores do Vale do Juruá.

Segundo o prefeito, as regras de isolamento social serão fortalecidas para evitar a transmissão e contágio do COVID-19 em Cruzeiro do Sul.

“Conversamos sobre todas as novas medidas que terão no decreto, ajustamos as necessidades de um isolamento mais rígido. Foi uma reunião muito proveitosa. Não tenho dúvidas que faremos tudo que é possível para combater esse mal pela raiz”.

Assessoria

Jenilson Leite visita Fundação Hospitalar e pede reabertura de ambulatório

O deputado estadual Jenilson Leite (PSB), médico infectologista, visitou a Fundação Hospitalar (Fundhacre) para saber da direção do hospital quais medidas estavam sendo adotadas para que pacientes sejam atendidos, após o fechamento do ambulatório. O fechamento ocorreu para evitar aglomeração devido a pandemia do Covid-19.

Questionado, o diretor-executivo da fundação, Dr. Childevando Hassen, disse ao deputado que as consultas foram suspensas para evitar aglomeração como preceitua as normas da OMS, mas que pessoas com doenças crônicas, que requer urgência estão sendo atendidas. Além disso, o médico disse que os atendimentos serão retomados aos poucos, todavia, funcionará da seguinte forma: alguém vai ao hospital marcar a consulta e a equipe ambulatória fará o agendamento e informará o dia e a hora da consulta do atendimento via telefone, assim, controlará a quantidade de pessoas no local.

O deputado Jenilson Leite, que é médico infectologista, disse que compreende a gravidade do momento, mas há muitos pacientes com doenças crônicas que estão se descompensando e precisam voltar com seu médico. Para os pacientes que estão no interior do Estado, o deputado sugeriu ao diretor- executivo a recomendação do CFM, isto é, a fundação passe a realizar o atendimento de forma remota via telemedicina, sendo assim o paciente não precisa se deslocar de sua casa para o hospital. “Um paciente que mora no interior e possui doença crônica, além de ser dificultoso sua locomoção até a capital, neste momento é perigoso. Por isso, nossa sugestão é o atendimento via telemedicina, o médico o paciente aonde ele está. Uma solução temporária e necessária”, acrescenta o parlamentar.

Assessoria

Gladson nomeia ex-vereador Raimundo Vaz como diretor da Funtac

Na edição do Diário Oficial , o governador Gladson Cameli (PP) nomeou para assumir o cargo de diretor da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), o ex-vereador Raimundo Vaz, que assume no lugar de Carlito Cavalcante, exonerado em Março.

Vaz pertence ao grupo da base de Gladson Cameli. O político tem grande influência na região do Calafate em Rio Branco.

O político deve não mais disputar as eleições deste ano pelo PL da missionária Antônia Lúcia.

Demissão em massa: afiliada da Rede TV em RO vai demitir 40 funcionários por causa do Covid-19

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Em Rondônia, a afiliada da Rede TV tem preparado uma lista com os nomes de 40 funcionários que vão ser demitidos até a próxima segunda-feira (13). 

Na lista estão apresentadores, repórteres, cinegrafistas, produtores e equipe interna. Essa será a maior demissão ocorrida pela emissora do Grupo Gurgacz no Estado desde a fundação da emissora, há 16 anos. 

Na lista com nomes de possíveis demitidos está o do repórter Emerson Barbosa. O jornalista faz reportagens da Região Norte para a matriz da Rede TV em São Paulo que são vinculadas nacionalmente com frequência.  Esta coluna tentou contato com o jornalista, mas ele preferiu não falar do assunto por ainda não ter sido comunicado.

A direção da emissora, desde março, após o anúncio da quarentena, resolveu suspender boa parte dos contratos dos funcionários o que pegou a todos de surpresa.

Em uma nota divulgada, internamente, a direção da  Rede TV em Rondônia, alegou que por conta da pandemia do (covid-19) não poderia honrar com a folha de pagamentos. O Sindicato dos jornalistas de Rondônia (Sinjor) não se pronunciou sobre o assunto.

Sobe para 90 o número de casos de coronavírus no Acre; 6 pessoas estão em estado grave, diz médico

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Em entrevista a um programa de televisão local, o médico infectologista Thor Dantas afirmou, manhã de segunda-feira (13), que o número de casos de Covid-19 confirmados no Acre são 90.

O infectologista disse ainda que três pessoas já morreram vítimas da infecção causada pelo vírus e 6 estão internadas em estado grave.

A informação de Thor antecipa o que no final da tarde deverá ser divulgado pela vigilância epidemiológica do Estado.

Vale frisar que os profissionais de saúde do Estado e do próprio laboratório que realiza os exames acreditam em subnotificação, o que leva a crer que o número de pessoas infectadas é bem superior do que o divulgado pelas autoridades.

Morre terceira vítima de coronavírus no Acre; idoso faleceu no Lar dos Vicentinos

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informa que um idoso de 82 anos é o terceiro caso de morte por contaminação de coronavírus no Acre. O homem faleceu por volta das 5h40 do último sábado, 11, no abrigo Lar Vicentino Raimunda Odília, em Rio Branco.

Na manhã do mesmo dia, profissionais de Saúde fizeram a coleta de amostras para exames, que foram enviadas ao Centro de Infectologia Charles Mérieux e aguardavam resultado.

Por volta das 22 horas deste domingo, 12, o resultado, dando positivo para a doença, foi comunicado pelos profissionais do Centro Mérieux.

Diante da situação, ainda no sábado, técnicos da Vigilância Sanitária estiveram no abrigo para tomar as medidas profiláticas, para que mais idosos não fossem contaminados. E o procedimento continuou nesta segunda-feira.

Quanto ao número de novos casos oficiais de infecção por coronavírus, eles devem ser divulgados logo mais em boletim expedido pelo Departamento de Vigilância em Saúde, da Sesacre.

Servidor da Fundhacre comete suicídio minutos após matar esposa no hospital

O servidor da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) Jorge Alberto Franco, 48 anos, apontado como o principal suspeito de matar a própria esposa, a também servidora da Fundhacre, Sara Lima, foi encontrado morto dentro da sua residência localizada próxima ao Bar do Marcelo, no Conjunto Tangará, em Rio Branco.

De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, Jorge fugiu do local do crime e ao chegar em casa atirou contra a própria cabeça usando a arma que tirou a vida da própria esposa.

Informações de pessoas próximas ao casal dão conta que Jorge e Sara estavam separados e o marido não aceitava o fim do casamento.

Uma equipe do Samu foi acionada às 9h para atender uma ocorrência no Cojunto Tangará após vizinhos ouvirem barulho de tiro, mas ao chegar ao local Jorge já estava morto.

O Instuto Médico Legal (IML) já foi acionado para fazer a remoção do corpo da vítima.

Acre se destaca e ocupa a segunda posição em cura do coronavírus no Brasil

O levantamento foi realizado pelo Correio do Estado com base nos boletins epidemiológicos de todas as unidades da Federação divulgados até sexta-feira (10).

A pesquisa mostra que Alagoas foi o estado com maior quantidade de casos leves ou cujos pacientes conseguiram resistir aos sintomas, com 91,89% de recuperação. Dos 37 casos confirmados, 34 estão curados.

O Acre ocupou a segunda posição com porcentual de cura de 62,90%. O estado da região norte registra 62 pacientes com o novo coronavírus, dos quais 21 continuam internados ou em isolamento domiciliar. Somente duas pessoas morreram em decorrência da Covid-19. Sergipe aparece em quarto lugar no ranking, com 42 pessoas contaminadas pelo vírus, quatro mortes e 18 pessoas declaradas curadas pela Secretaria Estadual de Saúde.

Na sequência vêm Rondônia (28,57%), Brasília (26,29%), Paraíba (25,45%), Paraná (24,27%), Bahia (24,17%), Amapá (21,50%), Rio de Janeiro (21,21%), Maranhão (18,09%), Espírito Santo (13,67%) e Mato Grosso (10,19%).

Três estados tiveram porcentual abaixo dos 10%: Pernambuco (7,93%), Amazonas (6,92%) e o Ceará (3,38%). Este último tem um dos índices mais altos de contaminação do País, com 1,115 casos confirmados e 40 mortes causadas pela Covid-19.

O Acre Agora