O Governo do Estado do Acre nomeia, por meio do decreto 6.109, novos servidores para ampliar a segurança no Acre. A nomeação dos profissionais faz parte do compromisso assumido durante a campanha eleitoral do governador Gladson Cameli (PP). O ato de nomeação vai ocorrer na sede da Polícia Civil, em Rio Branco.
Serão contratados 67 novos delegados, agentes, escrivães e auxiliares de necrópsia para a Polícia Civil do Acre, que reforçarão os quadros da instituição a partir dos próximos dias.
Com a posse dos aprovados, cidades como Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Feijó, Plácido de Castro e Xapuri contarão com a presença constante de delegados.
Um decreto polêmico deixa as igrejas em situação confusa. O governador Gladson Cameli havia declarado a um site local que as igrejas poderiam retornar as atividades no Acre com as recomendações necessárias.
Já nesta terça-feira , fontes do Governo do Acre revelaram ao Folha do Acre que a fala de Cameli foi equivocada e que no momento não há condições para que as igrejas retornem suas atividades.
“Não tem decreto admitindo o retorno. As igrejas podem estar abertas com mini reuniões, mas sem aglomerações”, explicou a fonte que pediu resguardo na identidade.
Segundo dados do “Pacto Acre sem Covid”, a cidade de Rio Branco ainda está em uma fase crítica e, por essa razão, não tem condições de reabrir as atividades econômicas nesta semana.
A prefeita Socorro Neri disse que a cidade segue o “Pacto Acre Sem Covid”, decretado pelo Governo do Estado e que estabelece um plano de retomada das atividades econômicas, religiosas, culturais, esportivas e de lazer que estão suspensas.
” Hoje, nossa Rio Branco ainda está na fase vermelha (emergência), que é a mais crítica e, portanto, deve ser a mais restritiva. Para começar o processo gradual e responsável de reabertura, precisamos melhorar os indicadores* e migrar para a fase laranja (atenção). Na sequência, para a fase amarela (controle). E, por último, para a fase verde (cuidado)”, explicou.
Pai e filho morreram no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), em Rio Branco
O policial militar da reserva, Adjorge Freitas do Nascimento, de 54 anos, morreu com complicações cardíacas decorrentes da covid-19, na noite de segunda-feira (29), no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), em Rio Branco.
O PM lutava há 12 anos contra um câncer e por conta da doença, não andava e nem enxergava. Ele acabou sendo acometido pelo coronavírus. Na noite de ontem, o militar teve problemas no coração e precisava de uma cirurgia, porém, morreu antes de realizar o procedimento.
O mais impactante da história, é que Adjorge morreu sem saber que o filho e grande amigo, Cristiano Silva do Nascimento, de 33 anos, também havia falecido no dia 22 de junho, também em decorrência do vírus. Cristiano, que era motorista de ônibus, estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), teve trombose e não resistiu.
Adjorge, era casado há mais de 30 anos. Além da esposa, deixa três filhos e dois netos. Segundo relatos emocionado da caçula, Crismara Silva, as pessoas ainda não tomaram a noção exata da gravidade da situação. “Não é só eu não, muitas famílias estão perdendo seus entes queridos. Mas sei que meu pai está em um bom lugar”, declarou Silva.
Uma reportagem publicada pelo jornal Ac24horas nesta terça-feira (30) trouxe à tona a denúncia de um esquema criminoso envolvendo a compra e venda de gado no estado do Acre.
O esquema foi denunciado ao vice-governador do Acre, Wherles Rocha (PSDB), durante reunião na segunda-feira (29) com representantes do da Secretaria de Fazenda (SEFAZ), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF), Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (SEPA), Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT), Polícia Civil e Sindicato das Indústrias de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados (Sindicarnes).
De acordo com informações do gabinete do vice-governador, o esquema fraudulento já causou um prejuízo de cerca de R$ 100 milhoes ao Estado do Acre e tem causado o aumento do preço da carne no estado devido a falta de animais para abate nos frigoríficos acreanos.
Como funciona o esquema
A reportagem divulgou que o preço do gado acreano está abaixo do praticado em outros estados como Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo e isso chamou atenção dos pecuaristas de outros estados brasileiros. Mas o que realmente causa prejuízo é o suo da má-fé por parte de alguns “fazendeiros marreteiros”, que compram e vendem gado, diante da fiscalização da Receita Federal no Posto Tucandeira.
“Esses fazendeiros passaram a retirar o gado do estado com a Guia de Trânsito Animal (GTA) sob o argumento de que iria para engorda em outra propriedade do mesmo dono e que retornaria para o Acre depois de engordados para o abate. Contudo, na prática, os animais são vendidos em outros estados [Rondônia, Mato Grosso e São Paulo] — sem a arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria (ICMS), burlando a fiscalização da Secretaria da fazenda e causando prejuízos ao estado”, diz trecho da reportagem.
Essa prática tem criado problemas para os frigoríficos do Acre. De acordo com o presidente do Sindicarnes, Neném Junqueira, os abates nos frigoríficos do estado diminuíram bastante nos últimos meses.
“Estamos registrando uma diminuição grande da oferta de gado para os frigoríficos acreanos. Nossa projeção é que nos próximos meses falte boi para o abate. Isso vai gerar problemas sérios como o desemprego e aumento do valor da carne para o consumidor acreano”, disse o sindicalista.
A Polícia Civil já inicia, também, investigação sobre os crimes que já foram praticados e deverá intimar e conduzir fazendeiros para prestarem esclarecimentos. A investigação também incluirá agentes públicos como alvo. Investigações preliminares apontam que cerca de 5 caminhões boiadeiros cruzam a divisa do Acre com o vizinho estado de Rondônia todos os dias.
Pelo menos 50 investigadores da Polícia Civil, de várias unidades especializadas, estão realizando uma mega-operação no município de Manoel Urbano, na manhã desta terça-feira (30).
Os alvos da ação policial são membros de organizações criminosas que atuam na cidade. A ação policial teve inicio por volta das 6 horas da manhã.
No total estão sendo cumpridos 28 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva.
De acordo com informações duas das principais lideranças de uma facção criminosa foram presos.
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 30/06/2020, a “Operação Citricultor”, que investiga possível prática de crimes eleitorais, entre eles associação criminosa, apropriação indébita, desvio de recursos eleitorais, fraude na prestação de contas (caixa dois eleitoral) e lavagem de dinheiro, além de coação no curso do processo.
68 policiais participam da operação e estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de medidas cautelares diversas da prisão, em Rio Branco e Rodrigues Alves, além de oitivas de testemunhas e investigados.
De acordo com as investigações, membros do diretório estadual de um partido político teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (Fundo Eleitoral), especialmente os destinados às candidaturas de mulheres. Durante o curso das investigações, teriam, ainda, coagido testemunhas, usando de violência e grave ameaça.
Conforme determinação do TSE, 30% dos valores do Fundo Eleitoral devem ser empregados na campanha de candidatas do sexo feminino. Entretanto, há indícios de que os valores foram aplicados de forma fictícia, apropriados indevidamente e desviados para outras finalidades.
Uma possível candidata laranja teria recebido mais de R$120.000,00 do Fundo Eleitoral, mas recebeu apenas 358 votos. Outras candidatas teriam recebido mais de R$ 13.000,00, tendo obtido aproximadamente 20 votos cada uma.
Em alguns casos, verificou-se que uma das candidatas fez campanha eleitoral para outros candidatos e até para “adversários” de outra coligação, bem como que familiares e cabos eleitorais contratados fizeram propaganda para outros concorrentes.
Observou-se, ainda, o pagamento de locação de vários veículos, mas as despesas com combustíveis registradas nas prestações de contas indicam que os aluguéis foram fictícios, tendo em vista a incompatibilidade da quantidade e do tipo de combustível dos veículos alugados com aqueles efetivamente adquiridos.
O nome da operação faz referência ao “profissional” que produz frutas cítricas, característica da expressão “candidaturas-laranja”, que se popularizou para denominar as candidaturas fictícias utilizadas somente para desviar as verbas do fundo partidário.
O dentista Alison Mota, morador do bairro Esperança, em Rio Branco, denunciou à reportagem da Folha do Acre que foi vítima de agressão neste fim de semana por membros da Polícia Civil do Acre.
Mota conta que sofreu abuso de autoridade por parte do delegado Pedro Rezende e sua equipe durante abordagem em seu consultório.
“Tudo começou quando eu tirei uma foto para mostrar aos meus clientes a ação. Um policial, educado me pediu para apagar, em seguida, o delegado pediu para me algemar e prender. Questionei e não me disseram o motivo da prisão”, contou.
O dentista disse que ao ser algemado, foi jogado ao chão e sentiu agressões pelo corpo. “Senti chutes e joelhadas. Depois me jogaram na viatura e levaram a delegacia. O delegado plantonista foi gentil e me liberou”, ressaltou.
O trabalhador garantiu que já foi fazer exame de corpo e delito no Instituto Médico Legal (IML), além disso, vai procurar a Corregedoria da Polícia Civil para as devidas providências.
Em contato com a assessoria da Polícia Civil, a reportagem foi informada que ainda não tomaram ciência do assunto em questão e, por essa razão, não poderia comentar a denúncia. O jornal Folha do Acre manterá o espaço reservado para os devidos esclarecimentos do delegado e da instituição Polícia Civil.
Na entrada do estacionamento do Estádio Arena Acreana sete carretas chegam fazendo barulho. O Buzinaço ao longo da avenida, acompanhado pelas palmas do governador Gladson Cameli, anuncia a chegada de um reforço de peso no combate à pandemia do novo coronavírus no Acre.
A chegada do material, mais de R$ 10 milhões em equipamentos de proteção individual, respiradores e produtos de higiene e limpeza que foram doados a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) pelo programa “Fazer o Bem Faz Bem – Alimentando o Mundo com Solidariedade”, do grupo JBS, também foi acompanhada pelo vice-governador Major Rocha, secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene e a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri.
“Nas dificuldades também encontramos pessoas dispostas a nos ajudar. Por isso esse programa ‘Fazer o Bem Faz Bem’ do grupo JBS não poderia receber outro nome se não esse. Meu sentimento neste momento é de gratidão por esse olhar sensível ao nosso Acre, um estado distante e pequeno, mas que mesmo assim recebeu esse apoio, essa doação significativa que mostra o compromisso do grupo com o Brasil e com as pessoas. Meu muito obrigado a JBS por essa contribuição que chega em boa hora”, diz Cameli.
O chefe do executivo também aproveitou para agradecer aos prefeitos, a bancada federal, deputados estaduais e vereadores. “Estamos fazendo tudo que é possível para enfrentar e combater a esta pandemia. Não esquecendo que o sucesso das nossas ações é fruto do compromisso de todos que se dispõe a nos ajudar, a exemplo dos nossos prefeitos, bancada federal, deputados, vereadores e classe empresarial. Além é claro da população em fazer a sua parte. Apenas com a união de todos é que venceremos essa guerra”, observa o governador.
Nos países nos quais atua, o grupo JBS está doando R$ 700 milhões para ajudar os governos locais a combater à Covid-19. Especificamente no Brasil, serão R$ 400 milhões distribuídos em três eixos: saúde, ciência e social. No Acre, a multinacional brasileira fez a doação de R$ 11,5 milhões, sendo R$ 10 milhões para o estado e R$ 1,5 milhão para o município de Rio Branco, beneficiando mais de 400 mil pessoas no Estado.
“Hoje está chegando sete carretas e mais outras sete devem chegar nos próximos dias no estado. Um dos compromissos da JBS é também o social, embora não divulgue. Como empresa cidadã é muito gratificante poder contribuir com a comunidade onde vivemos e participamos, especialmente agora diante dessa pandemia”, destaca o gerente de originação e representante da JBS no estado, Alcides Teixeira.
O Acre recebeu do grupo cinco respiradores, mais de 240 mil equipamentos de proteção individual (EPIs) – aventais, máscaras cirúrgica e N95, luvas cirúrgicas e de procedimento, macacões impermeáveis, toucas e propés. Além de 16 mil litros de produtos de higiene e limpeza (álcool líquido e desinfetante hospitalar) que serão destinados às unidades de saúde que atuam na linha de frente da Covid-19.
“Entramos em contato com o grupo há cerca de um mês, que de prontidão disse que tinha essa intenção de doar para alguns estados que tem o grupo organizado, como é o caso do Acre. Hoje estamos recebendo parte da primeira entrega desse material doado pela JBS, que nas próximas semanas deve enviar outro número considerável de doações para atendimento médico hospitalar no Acre. Isso vai nos ajudar a ofertar um atendimento de melhor qualidade à população, tendo em vista que a estrutura do estado aumentou em número de leitos hospitalares, tanto na capital quanto no interior. E esse material que chega vamos distribuir para todo o estado para dar suporte aos hospitais de referência à Covid-19”, explica o secretário de Saúde, Alysson Bestene.
Bestene lembra ainda que é aguardado a chegada de mais 50 respiradores para o tratamento exclusivo da Covid-19. “Estamos aguardando, ainda dentro do prazo e com monitoramento, a chegada dos outros 34 respiradores que compramos com o Ministério Público do Trabalho e 16 doados por eles ao Estado do Acre, totalizando 50 respiradores. O esforço do governo do Estado, por meio da Sesacre segue em salvar vidas. Não medimos esforços diários para essa máxima”
A Prefeitura Municipal de Rio Branco também recebe nove mil cestas básicas, 20 mil viseiras faciais, três mil litros de álcool em gel e 50 mil máscaras de tecido para distribuição à comunidade. “Estamos aqui para agradecer a doação da JBS à população de Rio Branco. Doação que certamente vai nos apoiar tanto nas ações do estado como no município. Neste momento pandêmico quanto mais somarmos esforços, melhor atenderemos a população”, frisou a prefeita Socorro Neri.
André Saraiva da Costa, de 34 anos, foi morto a tiros e Gerdeildo dos Santos Anoran, 36, foi ferido com três disparos de arma de fogo, na noite desta segunda-feira (29), na Travessa do Sol, no Residencial Rosa Linda, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.
De acordo com informações de testemunhas, a ação foi efetuada por cerca de 10 homens fortemente armados, que saíram de uma área de mata que fica na divisa do Conjunto Habitacional Cidade do Povo e o residencial.
Na primeira ação, os criminosos invadiram a casa de uma pastora evangélica para matar o filho da religiosa, na primeira rua do residencial, mas o jovem escapou pulando o muro da residência.
Em seguida, o grupo foi até Travessa do Sol e invadiram a casa de André Saraiva da Costa. O homem foi executado na frente de própria esposa. A mulher saiu ilesa. O corpo de Saraiva foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), para a realização de exames.
Após efetuarem o crime, os bandidos foram até a casa de Gerdeildo dos Santos Anoran e feriram o homem com três tiros, sendo um na mão, um na orelha e outro no abdômen. Ele foi socorrido por terceiros e levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Segundo Distrito, em seguida foi encaminhado para o pronto-socorro de Rio Branco em estado grave.
Ainda segundo os populares, os bandidos invadiram mais duas residências no residencial e roubaram vários objetos dos moradores. Após a ação, os bandidos fugiram pela área de mata.
Policiais militares estiveram no residencial e colheram informações sobre os criminosos, porém, mesmo após buscas pela região, nenhum suspeito foi encontrado até o momento.
A motivação, segundo a polícia, seria a guerra entre facções criminosas. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).