segunda-feira, 21 julho 2025
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Correios descumpre normas de uso de EPIs e funcionários são infectados por Covid no AC

Mesmo com a Ação Civil Pública do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) e a consequente decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (TRT-14) de obrigar a empresa a fornecer condições de trabalho necessárias para proteção da saúde dos trabalhadores que realizam atividades internas e externas contra o novo coronavírus (Covid-19), a empresa dificultou a entrega destes materiais de proteção e  três empregados do mesmo setor de trabalho deram positivo para o COVID-19, além de vários com suspeita.

Desde o início da pandemia a entidade sindical cobra fornecimento diário de material para lavar as mãos, álcool em gel volume 70%, distribuição de máscaras, aventais e luvas para atividades externas, desinfecção de todos os ambientes de trabalho e maquinário, isolamento por 72 horas de mercadorias que chegam de outros locais, além de outras iniciativas. Mas a direção da estatal recorreu da decisão, e ainda vetou o trabalho de fiscalização do sindicato nas agências.

“Infelizmente, tivemos três casos confirmados, no mesmo local de trabalho. A situação é preocupante para os colegas de trabalho, assim como para o público. Pelo manual, a empresa obrigatoriamente deve fazer a assepsia do local e afastar os que contrairam o vírus. É importante nossa solidariedade aos trabalhadores neste momento. O Sintect acompanha a situação e cobrará providências da empresa e junto a autoridades públicas”, enfatiza Suzy Cristiny, presidente do sindicato.

Ela afirma que tentou viabilizar a interdição do local onde os trabalhadores foram acometidos pela doença para proteger os demais trabalhadores e a população, mas os Correios não se manifestaram sobre o pedido. Além dos casos confirmados, ainda há outros com suspeitas da doença no mesmo ambiente. A presidente ressalta que a empresa não deu agilidade e a atenção devida ao assunto, colocando os trabalhadores e população em risco.

“Os trabalhadores devem fazer valer os seus direitos. Além do fornecimento de itens de proteção, a Lei estadual 3.622 determina a quarentena e testagem dos que tiveram contato direto com os contaminados.

No caso de sintomas, eles devem procurar se afastar do trabalho para evitar a contaminação dos demais colegas e da população. Infelizmente a gestão da empresa não tem respondido ao sindicato e adotou uma postura antissindical, proibindo até mesmo a fiscalização do sindicato nas unidades. Mesmo o Sintect tentando evitar ao máximo isso, os trabalhadores foram expostos no período de pico de contaminação, sem as devidas precauções.

Diz ainda, que cada carteiro visita, em média, uns 100 clientes por dia, e não há campanha da empresa para alertar a população sobre o risco de contaminação através dos objetos postais e orientação pra assepsia dos produtos”, finalizou Suzy.

Assessoria

Vigilância Sanitária e Polícia Militar reforçam cuidados em comércios de Brasileia

A Prefeitura de Brasileia, por meio da Vigilância Sanitária Nacional e Municipal, junto com a Polícia Militar, está percorrendo todos os comércios do município para orientar estabelecimentos sobre a determinação do uso de marcarás, álcool em gel e equipamentos de proteção individual aos colaboradores das empresas. O objetivo é evitar a contaminação das pessoas nas ruas e combater a pandemia do novo coronavírus.

As cidades de Brasiléia e Epitaciolândia são os únicos municípios da regional do Alto Acre, que ainda não registraram casos do novo coronavirus. Tais medidas são necessárias para diminuir a circulação de pessoas, evitando que o novo coronavírus (COVID-19) se espalhe. A recomendação é que os cidadãos fiquem em casa e saiam apenas quando for realmente necessário.

A coordenadora da vigilância sanitária falou da ação. “Nosso objetivo é percorrer todos os comércios do município para evitar o avanço do coronavírus. Estamos atuando para fiscalizar e fazer cumprir a determinação dos decretos estaduais e municipais. Nesse primeiro momento, a ação é de conscientização, pois alguns comerciantes não estavam cientes da situação”, falou Débora Katyuscia, coordenadora da vigilância sanitria de Brasileia.

Ascom

“Só quando o vírus chega à família de alguém as pessoas tomam consciência”, diz Gladson

O governador Gladson Cameli foi entrevistado ao vivo por mais de uma hora pelo jornalista Antônio Muniz, na TV Rio Branco, nesta quinta-feira, 7. Durante a conversa, ele deixou claro que medidas mais rígidas de isolamento social poderão ser tomadas se a população não colaborar. Gladson não descartou a possibilidade de decretar lockdown para conter a pandemia da Covid-19 no Acre.

“Se não ajudarem teremos que decretar o fecha tudo (lockdown). Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance e tomar as medidas necessárias para não colocar a população em risco. Temos que evitar que essa pandemia exploda. Já temos mais de mil casos de contaminação e não conseguiremos barrar esse crescimento se a população não ajudar. Não estou medindo esforços na saúde pública para que os acreanos não sejam prejudicados. Na hora de tomar decisões tenho ouvido especialistas em saúde, principalmente, os infectologistas. Mas ainda existem aqueles que defendem o isolamento e tem aqueles contra. Parece que só quando infelizmente os casos chegam à família de alguém as pessoas tomam consciência da situação”, declarou o governador.

Cameli destacou ainda que esteve em Manaus e comprovou a situação dramática vivida no Amazonas. “Não vou permitir que o mesmo aconteça no Acre, custe o que custar”, afirmou. E depois salientou que tem recebido apoio incondicional no combate à pandemia das principais entidades públicas que atuam no Estado como a Ufac, o MPE, o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa e a Prefeitura de Rio Branco.

Quando Muniz afirmou que a Associação Comercial da Capital (Acisa) reivindica a reabertura do comércio, Gladson foi incisivo:

“Vou cuidar da saúde da população. Essa Pandemia fez grandes estragos nas principais nações do mundo que estão de joelhos. Não adianta ter o direito de ir e vir, abrir o comércio, se não tiver vida e saúde. Não quero chegar no momento em que teremos que decidir quem vai ou quem fica. Eu sou democrata e ouço todos os setores da sociedade, mas não adianta vir com pressão porque não sou irresponsável. Se nós não tivéssemos feito o fechamento em março a situação poderia estar pior. Tivemos o primeiro caso de infectado pelo coronavírus antes do Amazonas e veja a diferença da situação entre os dois estados. O momento é para estarmos todos unidos com o intuito de salvar vidas”, disse ele.

Transparência nos gastos

Indagado sobre o uso de recursos públicos durante a pandemia, o governador salientou a transparência das verbas aplicadas na Saúde. E mais uma vez reafirmou que não trabalha com a possibilidade de atrasar os salários do funcionalismo estadual.

“Se eu não tivesse feito cortes e reorganizado a economia do Estado quando assumi o Governo, estaríamos atrasando salários. Nossa preocupação é também com a transparência de como está sendo investido cada centavo que nos chega de recursos para aplicação na saúde. Os preços dos equipamentos hospitalares aumentaram e querem que paguem à vista. Mesmo assim, hoje estamos realizando a transferência dos pacientes com Covid-19 para o Hospital de Traumatologia (Into) com 11 UTIs disponíveis e mais 40 leitos. Em breve entregaremos mais 11 UTIs. Trabalhamos com a pandemia antevendo sempre a pior situação para fazermos o nosso planejamento. Já avisei toda a rede hospitalar particular que poderemos usar essa estrutura. Acredito que vamos vencer a pandemia”, destacou Gladson.

Não é hora de política

Durante a entrevista ao RB Notícias os telespectadores enviaram quase 500 perguntas que, obviamente, não tiveram tempo de serem todas respondidas. Mas, entre elas, Gladson Cameli afirmou que está criando o Instituto de Saúde do Estado para resolver a situação dos profissionais do Pró-Saúde. Também disse que irá convocar parte dos aprovados no concurso da Polícia Civil e pagará a titulação dos policiais militares.

Quanto aos debates políticos, Gladson destacou que não é hora de pensar nisso. “Só posso dizer que já defini o meu adversário político que é o coronavírus. Como vou falar de política? Nem sei se vai ter eleições este ano. Teremos dificuldade financeira no pós-pandemia. Estão vindo recursos do governo federal para nos ajudar. Esperamos fazer muito com o pouco que temos”, afirmou respondendo aos telespectadores.

Questão escolar

Outra questão levantada pela assistência do programa foi em relação ao funcionamento das escolas estaduais e o risco do ano letivo não ser concluído. O governador minimizou essa possibilidade com a busca de soluções alternativas.

“Estamos criando mecanismos de aulas por vídeo através da TV Aldeia. A previsão de aulas presenciais é que podem começar no segundo semestre. Mas o momento requer o sentimento de renúncia por parte de todos. Os alunos terão um planejamento que está sendo feito pela Secretaria de Educação para que não percam o ano letivo”, explicou o Gladson.

Contratações na saúde

Um outro ponto abordado pelos telespectadores foi sobre possíveis novas contratações para a saúde. Gladson agradeceu os esforços dos deputados federais Alan Rick e Perpétua Almeida para que o Estado possa contratar médicos acreanos formados no exterior. Também adiantou que com a construção dos hospitais de campanha outros profissionais de saúde como enfermeiros e técnicos poderão ser chamados.

Secom

Operação da Prefeitura com apoio do CBMAC orienta comerciantes no Centro de Rio Branco

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A Prefeitura de Rio Branco, por meio das secretarias municipais de Infraestrutura, RBTrans, Saúde e Gabinete Militar da Prefeita, com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, está com equipes percorrendo as ruas do Centro da Capital orientando os comerciantes e ambulantes para o cumprimento dos decretos que estabelece o fechamento temporário de estabelecimentos comerciais que não são considerados essenciais, bem como a suspensão das atividades de ambulantes.

A operação teve início na terça-feira (5) e tem como objetivo principal evitar a aglomeração de pessoas no Centro da cidade, notadamente no Calçadão da Rua Benjamin Constant, mercados públicos e locais de maior movimentação de pessoas, como forma de evitar a propagação do novo Coronavírus. O número elevado de casos de Covid-19 e, consequentemente, a saturação do sistema de saúde local, levaram o Município a adotar várias medidas de prevenção.

De acordo com a TC Alexandrina, que coordena a operação, a Prefeitura também está promovendo a organização do fluxo de pessoas nas agências da Caixa Econômica Federal, locais onde estavam sendo formadas longas filas para o recebimento do Auxílio Emergencial que vem sendo liberado pelo Governo Federal.

“A determinação da Prefeita Socorro Neri é de que a gente promova a segurança da população nesses locais, orientando e alertando as pessoas para permanecerem o maior tempo possível em casa, saindo apenas em situações extremamente necessárias’, explica Alexandrina. A operação deverá durar até ao final da situação de pandemia ou quando as autoridades sanitárias anunciarem a volta da normalidade.

Assessoria

Sesacre desmarca reunião em que Sindmed apresentaria problemas graves detectados em unidades do interior

Os gestores da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) cancelaram a videoconferência em que os diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) pretendiam apresentar as falhas graves detectadas nos hospitais do interior que podem comprometer a saúde dos profissionais e da população. Os sindicalistas prometem oficializar o governo do Estado e o Ministério Público do Estado para cobrar fiscalização dos problemas.

Dentre as irregularidades está o controle rígido para o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), gerando burocracia que impede o acesso aos itens básicos de proteção contra o coronavírus (Covid-19).

Segundo os profissionais, uma determinação encaminhada pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) alega que os EPIs devem ser utilizados apenas em casos em que a pessoa apresente os sintomas da Covid-19. A norma pode ocasionar ampliação da quantidade de profissionais de saúde infectados, pois apenas durante a consulta é possível identificar os sintomas.

Os filiados também relataram a falta de médicos suficientes para fechar as escalas, a falta de medicamentos e problemas no fluxo de pacientes. Existem casos em que apenas um médico fica de plantão para atender os casos de coronavírus, partos e demais intercorrências.

“Vamos cobrar a resolução de todos os problemas, pois nos preocupa a falta de estrutura e de retaguarda suficiente para garantir o atendimento da população. Pedimos para os médicos continuarem denunciando os problemas”, apontou o presidente do Sindmed-AC, Murilo Batista.

O sindicalista alertou que as regras adotadas para a oferta de EPIs podem gerar mortes e a completa paralisação do serviço de saúde pela falta de médicos no interior caso todos sejam infectados pela Covid-19.

“Gostaríamos de apresentar os problemas e reivindicar uma resolução imediata para todas as situações encontradas, mas os gestores decidiram desmarcar a videoconferência, o que revoltou a própria classe que vem sofrendo pela completa falta de condições de exercer a medicina”, reclamou o presidente do Sindmed-AC.

A maior parte das queixas vindas do interior chegaram durante teleconferência realizada filiados e representantes sindicais de Brasileia, Feijó e Cruzeiro do Sul na noite de quarta-feira (06). O objetivo foi ouvir os problemas enfrentados pelos profissionais.

Assessoria

Policial penal que matou mulher tem pedido de liberdade negado pela Justiça acreana

A Justiça do Acre negou um pedido de liberdade feito pela defesa do policial penal Quenisson Silva de Souza, preso por matar a companheira, Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, com um tiro na cabeça em março deste ano.

O casal brigou depois de chegar da casa de um amigo. O sobrinho de Erlane, de 13 anos, que estava passando uma temporada com o casal, ouviu a briga e é testemunha no processo.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) à Justiça pelo crime de feminicídio. O pedido de soltura de Silva foi negado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.

Ao G1, o advogado do policial, Maxsuel Maia, disse que vai entrar com um novo pedido de soltura para o cliente na próxima semana na Câmara Criminal. Segundo ele, o cliente atende os requisitos necessários para aguardar a conclusão do processo em liberdade.

“Tivemos o pedido de revogação negado pela juíza de primeiro grau. Nos próximos dias impetraremos um Habeas Corpus junto à Câmara Criminal, por entender que não estão presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. Meu cliente não representa risco algum à ordem pública, nem à instrução do processo, além de ser primário, servidor público há mais de dez anos, e possuir residência fixa”, argumentou.

O policial está preso no Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, desde o dia do crime. Ele chegou a ser internado no Hospital de Saúde Mental (Hosmac), mas a Justiça determinou que ele voltasse ao presídio.

Com informações do G1

Polícia Militar fecha “laboratório” de drogas em Sena Madureira

Policiais militares do 8° Batalhão de Polícia Militar (8° BPM), localizado no município de Sena Madureira, fecharam na manhã desta quinta-feira, 07, um laboratório de drogas. A ação ocorreu no bairro Bom Sucesso e dois homens acabaram presos.

As guarnições foram acionadas para atender ocorrência que supostamente havia consumo e venda de drogas. Os militares montaram o cerco policial, constataram o fato e prenderam um homens.

Na casa foi apreendido “oxi” (cocaína em estado bruto), barrilha, solução de bateria, papel toalha, baldes contendo produto para desmanche de entorpecentes, balança de precisão e vários outros materiais utilizados para embalar e preparar mais drogas.

De acordo com os militares, a estimativa é que quando o produto ilícito estivesse pronto para a venda, pesaria aproximadamente 5 quilos.

A ocorrência foi registrada na Delegacia Geral de Polícia Civil do município.

Funcionários da Caixa pegam coronavírus e 9 são afastados por suspeitas em Rio Branco

Relatos de funcionários da Caixa Econômica Federal em Rio Branco apontam que eles estão assustados. Em duas das quatro agências em Rio Branco, três servidores testaram positivo para Covid-19 e cinco foram afastados com suspeita da doença, além de outros quatro terceirizados.

Segundo uma das fontes, eles estão sendo na linha de frente no atendimento do auxílio emergencial e isso os colaca como foco de contágio. “Estamos sendo foco de contágio e transmissão e isso transforma a solução econômica em um problema absurdo. Além disso, existe muita subnotificação”, revelou um dos servidores ao jornalista Altino Machado.

Os médicos não estão afastando por suspeita de Covid-19 nos hospitais do Acre mesmo tendo os sintomas. Assim, a Caixa foge dos protocolos também e não afasta seus servidores.

Procon notifica bancos por aglomerações e outras irregularidades cometidas durante pandemia

Como forma de coibir o descumprimento das normas de contenção à Covid-19 impostas pelo Governo do Estado, o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Acre (Procon/AC), com o apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público (MPAC) segue notificando as instituições financeiras que atuam em Rio Branco.

Nesta quinta-feira, 7, os agentes fiscais do Procon/AC notificaram as agências do Bradesco, Banco do Brasil , Basa, Santander, Sicoob e Itaú que receberam o prazo de 24 horas, a partir do recebimento do documento, para apresentar as medidas tomadas para solucionar as infrações cometidas.

“Há muita desorganização nas filas e pouca atuação efetiva dos funcionários para manter o distanciamento entre os clientes, o que acaba gerando aglomerados no lado externo das agências e indo contra as recomendações do governo para garantir a saúde e segurança dos consumidores”, relata o chefe de fiscalização do Procon/AC, Rommel Queiroz.

O gestor informa que na notificação exige-se a higienização periódica de superfícies das agências, a demarcação no solo para indicar o ponto de distanciamento e que instituição financeira determine a utilização de equipamentos de proteção individual dos funcionários.

“Outro ponto que precisa ser melhorado é a disponibilidade de álcool em gel para os consumidores, pois em muitas agências, este produto fica na parte interna do banco, em cima de uma mesa, sem nenhum estímulo ou determinação para o cliente usar”, disse Queiroz.

O correntista do Bradesco, Severino Maia, abordou a equipe de fiscalização e reclamou desta situação narrada acima pelo gestor do Procon/AC.

“Já basta o tamanho das filas, a falta de alguém explicar as coisas pra gente, ainda não distribuem álcool em gel na entrada do banco. Isso é uma falta sensibilidade com os clientes”, comenta.

Qualquer dúvida ou denúncia podem ser feitas pelos contatos telefônicos do Procon/AC (68) 3223-7000 de segunda a sexta-feira, das 7 às 13 horas ou 151, e pelo e-mail: [email protected] ou acessando a plataforma on-line: consumidor.gov.br

Secom

Polícia impede entrada de 43 peruanos em solo acreano durante quarentena

Apoiado no artigo 4º do Decreto Estadual n.º 5.496, que estabelece novas medidas para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da doença Covid-19, o Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, enviou tropas estaduais nesta quinta-feira, 7, para coibir a entrada de 43 peruanos no território acreano através da fronteira com o estado de Rondônia.

De acordo com informações levantadas pela Delegacia de Polícia Federal de Epitaciolândia, o grupo de peruanos partiu da capital de São Paulo na última segunda-feira, 4, em um ônibus privado, com previsão de chegada em Porto Velho na quarta-feira, 6. De lá, o grupo pegaria um outro ônibus com destino a Rio Branco com chegada prevista para esta quinta-feira, 7.

Ocorre que, de acordo com o Decreto Governamental, “fica interrompida a circulação e o ingresso, no território do Estado, de veículos de transporte coletivo interestadual e internacional de passageiros, público e privado, salvo os que se destinarem a transporte de pacientes”.

Desta forma, duas guarnições do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Estado do Acre foram destacadas para a realização de bloqueio policial na fronteira. Uma van foi providenciada para realizar o transporte de brasileiros que por ventura estivessem no transporte.

“Por volta de 4h da manhã, a guarnição já estava lá na divisa de Rondônia com o Acre. A inteligência levantou o horário de saída do ônibus e calculou que horas estaria na divisa. Durante a abordagem, os policiais informaram que se tivesse algum cidadão brasileiro, que este se identificasse para que o retorno fosse providenciado na van. Como só tinha estrangeiro, todos retornaram e não entraram no Acre”, ressaltou o comandante da Polícia Militar, coronel Ulysses Araújo.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Santos, explicou que a medida, além de cumprir o estabelecido no Decreto nº 5.496, tem por objetivo evitar o agravamento da crise instalada no município de Assis Brasil. “Esses peruanos não teriam o acesso formal no retorno aos seu país e consequentemente o Estado do Acre teria que ampliar a sua responsabilidade no tocante a garantir as condições mínimas de sobrevivência desses peruanos naquele município”, afirmou.

Ele destacou que o Estado tentou via Governo Federal adotar todas as providências no sentido de evitar que o fato ocorresse. “Há uma semana a Procuradoria Geral do Estado oficiou ao Itamarati no sentido de intervir a fim de evitar a entrada em solo acreano ou facilitar o acesso dessas pessoas em território peruano. Como nós não tivemos o retorno dessa garantia de acesso, não restou outra alternativa a não ser cumprir a normativa”, disse.

Situação em Assis Brasil

Anteriormente, 22 peruanos realizaram o mesmo percurso entre os dias 22 e 25 de abril, sendo que quatro destes testaram positivo para a Covid-19 e os outros 18 se encontram em período de quarentena ao lado da Ponte Binacional, em acampamento improvisado na entrada do território peruano em Iñapari, fronteira com Assis Brasil.

O Decreto Supremo Presidencial n° 044/2020-PCM do Peru, que declara o Estado de Emergência Nacional no país, estabelece a proibição de ingresso ao Peru de estrangeiros e nacionais peruanos. Assim sendo, caso qualquer estrangeiro, inclusive peruanos, ultrapasse a barreira sanitária de Xapuri, estes serão impedidos de ingressar ao Peru e permanecerão em Assis Brasil.

Atualmente, no município de Assis Brasil, quase 300 estrangeiros estão instalados em alojamentos que se encontram no limite de capacidade.

Secom