domingo, 21 setembro 2025
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Luta pela vida: conheça o campo de batalha do maior hospital de campanha do Acre

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O inimigo invisível, que hoje parece ser mais ignorado do que temido, em comparação com o início da pandemia do coronavírus, continua travando uma verdadeira batalha contra os profissionais de saúde que seguem no mesmo ritmo na missão de salvar vidas, do lado de dentro do maior hospital de campanha do Acre e que se tornou referência no tratamento da Covid-19 no estado.

Da porta de entrada do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into/AC), em Rio Branco, até a ala de maior tensão da unidade, que são as UTIs, o que se presencia, entre as equipes que driblam seus medos e não baixam a guarda diante do sofrimento que o vírus impõe aos pacientes, são os princípios hipocráticos de “curar quando for possível, aliviar quando necessário, consolar sempre”. O aforismo define bem o compromisso e a dedicação desses verdadeiros heróis que continuam engajados no campo de batalha contra a pandemia.

Toda vida importa

Com o crescimento exponencial de casos e, consequentemente, a sobrecarga no sistema de saúde mundial, sem que houvesse leitos de UTI suficientes para atender pacientes graves, vieram à tona “escolhas difíceis” que poderiam ocorrer de acordo com a chance de sucesso de tratamento, considerando a idade do paciente, outras comorbidades, a gravidade do seu estado e a possibilidade de reverter o quadro.

Essas condições atemorizaram o aposentado Afonso Américo da Silva, de 64 anos, ao ser diagnosticado com a Covid-19. Acompanhando os noticiários diariamente desde o início da curva epidêmica da doença, ele sabia que a situação no Acre, a exemplo de outros estados, não era confortável, uma vez que as unidades de terapia intensiva estavam sempre lotadas.

Portador de cirrose hepática, doença associada a uma hepatite crônica que adquiriu há alguns anos, ao ser internado no Into com complicações do novo coronavírus, ele tinha a certeza de que não sobreviveria a uma intubação e ao tratamento que costuma ser longo contra os efeitos devastadores que a doença causa no organismo.

“Eu não tinha esperança nem fé de que sairia com vida daqui. Cheguei todo inchado, com muita água acumulada na barriga, e os exames não evoluíam para uma melhora com o passar dos dias. Qualquer pessoa com o um quadro de saúde semelhante ao meu dificilmente sobreviveria ao coronavírus. Na minha cabeça, com a idade e todas as doenças que eu já tinha, era um caso perdido”, lembra o aposentado.

Mas o que seu Afonso não sabia é que, ao deixar sua família do lado de fora da unidade, encontraria outra empenhada em fazer tudo o que fosse possível para salvar sua vida. Há 30 dias internado no Into, o aposentado já não é mais o mesmo de quando entrou. Estampada em sua camisa a palavra “fé”, ele se emociona ao falar do carinho e dedicação da equipe que o acolheu e salvou sua vida.

“Aqui dentro não existe política, existem profissionais. São médicos, enfermeiros, técnicos e todos os demais que fazem parte dessa equipe escolhida por Deus para atuar como verdadeiros anjos da guarda. A fé que faltou na entrada, durante os primeiros dias de internação, hoje não é estampada só em meu peito, como transborda em meu coração pela certeza de sair curado daqui”, diz emocionado.

Humanização que salta aos olhos

Foi conhecendo de perto o trabalho das equipes que atuam na linha de frente contra o coronavírus, percorrendo todo o Into, da UTI à enfermaria, que esta reportagem conheceu seu Afonso. Faltavam poucos minutos para o meio-dia e o aposentado aguardava a chegada do almoço sentado sobre o leito, na enfermaria 7, cercado por um grupo de enfermeiras.

A cena de carinho e os risos que transformavam um local inóspito em um ambiente acolhedor e mais humanizado fazia os integrantes da equipe esquecerem, por alguns instantes, apesar do soar de aparelhos, que estavam dentro de um hospital, no tratamento contra uma doença altamente contagiosa e com sérios riscos de morte.

“A evolução da doença é muito traiçoeira, há horas em que você acha que o paciente está bem e em outro momento ele está mal. A família entra em angústia por isso e acha, às vezes, que a informação que estamos dando é inverídica. Mas não é por falta de veracidade, é porque a cada hora o paciente evolui de forma diferente, com pioras e melhoras. A gente tem conseguido várias vitórias, e o agradecimento é espontâneo e natural entre os pacientes. Tentamos manter o bom humor, apesar de todas as adversidades, para que eles sintam esse acolhimento e não sofram tanto pela falta da família”, destaca Lorena Seguel, responsável em exercício pelo Into/AC.

Amenizando a saudade

Para ajudar a abrandar a saudade de casa, a equipe médica realiza videochamadas para que os pacientes conversem com seus familiares e se mantenham próximos, mesmo que a distância. De acordo com Lorena, tudo é acompanhado de perto por uma assistente social, que antes de entrar na ala de isolamento da Covid-19 utiliza todos os equipamentos de segurança. O aparelho celular utilizado nas chamadas também passa por uma rigorosa higienização.

“O contato por vídeo minimiza o estresse emocional do paciente, abalado pelo isolamento, e traz um impacto positivo na recuperação, que acaba sendo mais rápida. As videochamadas trazem essa sensação de amparo e acolhimento, além de proporcionar mais vínculo com a própria equipe, que, não tenho dúvida, foi escolhida por Deus para vir para cá, e que mesmo diante do desafio e riscos, dedica-se inteiramente à recuperação plena dos pacientes”, observa.

O hospital também adaptou uma antiga área de banho de sol para que os pacientes internados com Covid-19 recebam, a distância, a visita de familiares para amenizar a saudades de ambos os lados. Separados por uma grade de proteção que os mantêm a uma distância segura, o local já foi palco de emocionantes reencontros, realizados diariamente ao entardecer.

A guerra não acabou

Talvez poucos compreendam de fato como é a realidade dentro de um hospital de campanha. Passados quase seis meses desde o início da pandemia, o cenário já não é de guerra, com pacientes graves à espera de vagas de UTI, graças à organização nos fluxos e empenho do governo do Estado em levantar hospitais em 30 dias, com aquisição de respiradores e equipamentos para abertura de novos leitos de terapia intensiva nas unidades de saúde.

Entretanto, a luta pela vida continua. O Into conta hoje com três unidades de terapia intensiva, com a oferta de dez leitos cada. São 260 profissionais atuando diariamente no local. A taxa de ocupação na UTI, neste domingo, dia 20, era de 40%, ou seja, 20 pacientes seguem internados em estado grave. O hospital tem capacidade para ofertar até 50 leitos de UTI destinados a pessoas contaminadas pelo coronavírus.

No hospital de campanha, anexo ao Into, os leitos de enfermaria são ocupados por 54 pacientes. Em todo o estado, 80 pacientes com teste positivo para Covid-19 seguem internados em enfermarias e 25 estão em UTI. De acordo com Núcleo Interno de Regulação do instituto, de maio até aqui, 921 pessoas passaram pelo hospital. Destes, 502 tiveram alta da doença, enquanto 172 foram a óbito.

“Se você for olhar, 260 servidores é muita gente. São pessoas diferentes, famílias diferentes, mas quando chegam aqui têm um denominador comum, que é o interesse na melhoria do paciente. A maioria desses servidores fica triste quando sai daqui e vê as pessoas passeando no parque em frente sem o uso de máscaras, não respeitando o limite seguro de distanciamento. Chegam, inclusive, a colocar o carro no nosso estacionamento, um desrespeito por quem está aqui dentro lutando para manter a vida de alguém e lutando para se manter vivo. Infelizmente, isso vem se tornando comum, apesar das campanhas, de dizer que vai haver multas. Muitas pessoas seguem em total desrespeito, vivendo como se não houvesse mais a circulação do vírus. Talvez a conscientização só aconteça quando algum familiar vier parar aqui, o que não desejamos. Já presenciei muita gente com o remorso de saber que foi responsável de passar a doença para um ente querido, que acabou não resistindo”, relata Lorena.

Apesar de a situação ser mais confortável agora em relação ao início da pandemia, o cenário da doença está sempre mudando no hospital. De acordo com a responsável em exercício pelo Into, há duas semanas os leitos de UTIs estavam todos ocupados.

“Temos uma reserva de respiradores, doados pelo Ministério da Saúde, e dos monitores e bomba de infusão que a Secretaria de Saúde providenciou, além das camas que a gente consegue adaptar. É como se fosse um campo de guerra, conforme vai oscilando e a gente vê a necessidade, vai adaptando. Nós temos duas enfermarias que podem virar UTIs e temos equipamentos para isso. Mas é desesperador você ver 30 leitos de UTI com 100% de ocupação. Então, como a gente já tinha os equipamentos, começou a preparar uma sala que já está praticamente pronta. Se precisarmos de mais vagas de UTI agora, por exemplo, a gente consegue preparar o local em duas horas para receber novos pacientes”, revela.

Multidisciplinaridade no atendimento aos pacientes

Na delicada recuperação livre de sequelas, o médico tem um papel fundamental na assistência ao paciente. No entanto, o ineditismo da doença tem exigido que todos os profissionais trabalhem em conjunto, de igual para igual no tratamento dos pacientes acometidos pela Covid-19.

Além de infectologistas, cardiologistas, gastroenterologistas e intensivistas, outros profissionais entram em cena na manutenção da vida do paciente. E um deles é o fonoaudiólogo, estratégico em procedimentos como o desmame do respirador e a reabilitação da função da deglutição.

Para quem chegou ao ponto da necessidade de intubação, sabe que o caminho da plena recuperação é longo, a começar por conseguir se alimentar com segurança após a retirada do tubo orotraqueal. Isso porque na extubação, quando não há mais necessidade de respirar com ajuda do aparelho, o paciente enfrenta outro risco, o de broncoaspirar (condição em que alimentos, líquidos, saliva ou vômito são aspirados pelas vias aéreas).

A atuação do profissional da fonoaudiologia dentro da equipe multidisciplinar de saúde que atende pacientes com a Covid-19 é descrita pela fonoaudióloga Sóron Steiner, especialista em motricidade orofacial e disfagia.

“A nossa maior atuação aqui no Into, dentro das unidades intensivas, é manter a qualidade de vida, a qualidade respiratória, pulmonar e nutricional do paciente que passa por intubação orotraqueal e que tem um grande risco de desenvolver uma disfagia iatrogênica por conta da intubação. A disfagia é aquela alteração na deglutição, que pode levar o paciente a uma broncoaspiração e, consequentemente, à morte. Trabalhamos no desmame desse tubo, na introdução e na evolução dessa dieta com segurança, para uma alta mais rápida”, explica.

Ainda de acordo com a fonoaudióloga, pacientes que não recebem esse acompanhamento dentro da UTI não têm respaldo para iniciar uma via oral com segurança. “A equipe multi existe justamente para somar e agregar os conhecimentos específicos de cada área. Então, a fonoaudiologia assume essa parte específica de manejo da disfagia orofaríngea, o que acelera o processo de alta do paciente e libera os leitos para recebermos pacientes que também estão precisando desse cuidado intensivo”, frisa Sóron.

Outra frente de trabalho no manejo com o paciente na unidade de terapia intensiva se dá com o nutricionista, que exerce um papel igualmente importante na recuperação de pacientes com a grave Síndrome Respiratória Aguda causada pela Covid-19.

“Um paciente que não tiver um estado nutricional adequado não entrará no processo de cura totalmente. Aqui no hospital, a gente trabalha com uma equipe de quatro nutricionistas, dividindo-se entre as três UTIs, hospital de campanha e enfermaria. Nosso papel é fazer tanto a triagem do estado nutricional do paciente quando entra, avaliações nutricionais diárias e a prescrição dietética. Normalmente, a gente utiliza duas vias de alimentação aqui no hospital de campanha, que é a nutrição por via enteral, através do uso de sonda e cateteres, e a nutrição oral. Trabalho que é feito de domingo a domingo, visitando todos os leitos e fazendo as adequações conforme a necessidade de cada paciente”, relata a nutricionista Irla Medeiros.

O cenário do coronavírus deixa claro que, especialmente dentro de um ambiente de UTI, a abordagem multidisciplinar no tratamento dos pacientes é vital na rotina dos internos, a exemplo da equipe de enfermagem, que faz parte da alma dos hospitais. Os fisioterapeutas também exercem papel primordial na recuperação, assim como os psicólogos e assistentes sociais, que atuam no suporte emocional de quem convive com o medo e a insegurança pela condição vulnerável e por estar longe da família.

Bosque da Vida

A visita ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre chegou ao fim exatamente no corredor que leva à saída do hospital. O local também faz parte do trajeto dos pacientes que recebem alta médica e estão recuperados e prontos para ir para casa.

Durante o percurso que os leva ao reencontro familiar, um dos momentos mais esperados e emocionantes ao longo dessa jornada, eles vão recebendo o carinho e as homenagens dos servidores que os aplaudem na caminhada de volta à vida.

Mas, antes de cruzar a última porta da unidade, que dá acesso ao mundo lá fora, os pacientes escrevem o nome no Bosque da Vida, um painel montado pela equipe do hospital para eternizar os que lutaram e venceram a doença.

Bocalom diz que vaga de deputado federal é dele e vai travar briga com Léo do PT

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Os petistas parecem que estão comemorando a volta de Léo de Brito antes do tempo, isso porque o pré-candidato à Prefeitura de Rio Branco pelo Progressistas, Tião Bocalom, mostrou-se confiante com a possibilidade de assumir o cargo de deputado federal no lugar de Manuel Marcos, do Republicanos.

“Aos avexados do poder, segue minha carta de liberação do PSL”, declarou Bocalom ironicamente, garantindo que tem direito à vaga.

Bocalom foi candidato em 2018 pelo PSL com mais de 20 mil votos. Segundo ele, a saída do PSL ocorreu pacificamente, apesar de problemas pessoais com Pedro Valério.

Internado com Covid, ex-deputado Heitor Junior piora e será transferido para São Paulo

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O ex-deputado estadual Heitor Júnior, presidente da Associação de Portadores de Hepatites do Acre, está internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Rio Branco em estado grave por conta de complicações da Covid-19 e deverá ser transferido para um hospital em São Paulo.

A família do ex-deputado está em uma campanha para arrecadar recursos para arcar com as despesas de uma UTI no ar para encaminhar Heitor até São Paulo.

A família de Heitor pede que quem desejar ajudar financeiramente entre em contato através dos telefones 99990-7714 ou faça depósito através da conta bancária colocada à disposição pela família.

Léo do PT diz que será oposição a Gladson, mas quer manter uma boa relação com o governador

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O ex-deputado federal Léo de Brito, cotado para assumir a vacância deixada por Manuel Marcos e ser empossado deputado federal, passa a ser o grande contra ponto do Partido dos Trabalhadores (PT) a atual gestão de Gladson Cameli, além de também ser oposição ao governo Jair Bolsonaro.

Em entrevista à Folha do Acre na manhã de quarta-feira (23), Léo do PT, como é conhecido Leonardo Brito, advogado e professor universitário, afirmou que não esperava pela decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), que estava seguindo em seus projetos particulares, mas que aceita a missão de bom grado e que, naturalmente será oposição ao governo Cameli, porém pretende manter uma boa relação institucional com o chefe do Estado.

“Quanto à relação com o governador, espero manter uma boa relação institucional, ajudar o Acre em Brasília, mesmo fazendo oposição ao governador Gladson, o que é natural. Depois que assumir quero fazer uma visita ao governador para colocar o mandato à disposição do povo do Acre”, diz.

Com relação ao futuro mandato, Léo diz que se dedicará para realizar o melhor trabalho possível.
“Particularmente, não estava esperando essa decisão do TSE. Já estava tocando a vida na advocacia e como professor da Ufac. Agora vou replanejar tudo, tentar fazer um mandato com a mesma dedicação e propositivo como foi o primeiro, em um período curto de 2 anos”, diz.

Acusados de matar e esquartejar mulher são condenados a mais de 60 anos de prisão

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Após trabalho investigativo de agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas(DHPP), que identificou os autores do bárbaro crime de assassinato ocorrido em novembro de 2017, a 1ª Vara do Tribunal do Júri condenou, em sessão nesta terça-feira (22), Denilson Rocha Santos e Douglas da Silva Leontino a mais de 67 anos de prisão pela morte da diarista Marcela Andréia Ferreira Barbosa.

A vítima foi morta com requintes de crueldade em novembro de 2017. O corpo de Marcela foi esquartejado em oito partes e colocado em duas malas que foram encontradas no Igarapé Judia, em Rio Branco.

Denilson e Douglas foram condenados por homicídio, ocultação de cadaver e vilipêndio.

Denilson foi condenado a 40 anos e 10 meses de prisão. Douglas recebeu pena de 27 anos.

Os réus não terão direito de recorrer da decisão em liberdade, decidiu a juíza Luana Campos.

O inquérito foi presidido à época pelo delegado Remulo Diniz que chegou até os acusados por meio de investigação criminal onde angariou provas indeléveis juntadas ao processo que levou a justiça a condenação dos homicidas.

Para o delegado Remulo Diniz, hoje coordenador do Grupo especial de Fronteiras (Gefron), com o processo concluso foi possível a condenação.

” A polícia judiciária cumpriu seu papel com excelência. Por meio da investigação, angariamos provas irrefutáveis da autoria do delito e com isso obteve-se a condenação no Tribunal do Júri. Isso prova a importância do Inquérito Policial em toda a persecução penal “, finalizou Remulo.

Sine Acre oferece 18 vagas de emprego nesta quarta-feira (23); confira a lista

Candidatos interessados devem ir à OCA, na rua Quintino Bocaiúva, 299 – Centro.

O Sistema Nacional de Emprego do Acre (Sine) disponibiliza 18 vagas para diversas áreas nesta quarta-feira (23) em Rio Branco. Os candidatos interessados devem ir até a OCA, na rua Quintino Bocaiúva, 299 – Centro.

O candidato à vaga deve atualizar o seu cadastro no Sine. Aqueles que não tiverem cadastro na instituição, devem levar os seguintes documentos: Carteira de Trabalho, Identidade/CPF, Título de Eleitor, comprovante de escolaridade e de endereço.

As vagas são rotativas, ou seja, são disponibilizadas para o dia, podendo não estar mais disponíveis para o dia seguinte.

O Sine se responsabiliza por encaminhar cinco pessoas, no perfil solicitado pelo empregador, para que ele possa escolher qual vai preencher a vaga. O cidadão pode verificar se a vaga ainda está disponível através do telefone 0800 647 8182.

G1

Estudo aponta que Acre superou pico de Covid, mas pesquisador diz que momento ainda é de atenção

Projeções do estudo apontavam que o pico da doença seria na segunda quinzena de maio e seguir até início de setembro, quando seria registrado o fim da primeira onda da doença.

Com o aumento do número de leitos e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), e algumas medidas como o isolamento social, uso obrigatório de máscaras, entre outros, o Acre passou pelo pico dos casos de Covid-19, segundo projeções feitas pela Universidade Federal do Acre (Ufac).

O estudo do Centro de Saúde e Desporto do curso de medicina da Ufac, apontava que, caso o estado não conseguisse frear o avanço da doença, as mortes poderiam variar de 289 a 500 somente em Rio Branco, a depender da oferta e resposta ao tratamento. E entre 700 a 2 mil em todo estado. Até esta terça, a capital registrou 404 óbitos, dentro do previsto na pesquisa.

Lançado em abril, as projeções do estudo apontavam que o pico da doença seria na segunda quinzena de maio e seguiria até início de setembro, quando seria registrado o fim da primeira onda da doença, o que foi confirmado pelo professor e presidente do Comitê de Gerenciamento de Crise da Covid-19 da Ufac, Odilson Silvestre. Ele disse que, desde a segunda quinzena de junho, o estado começou a sair do pico da doença.

“Não há mais o pico. A gente já saiu do pico faz tempo, que é aquela área mais alta da curva. Então subiu e depois veio descendo devagarzinho. Subiu rápido e veio descendo devagar. Então nós temos uma situação de maior conforto agora, mas, sem aliviar os cuidados”, explicou.

Em uma comparação dos casos, no dia 12 de junho, o boletim diário da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) tinha registrado 207 casos novos da doença e um número total de 9.295 infectados e mais 254 mortos.

Já no final dom mês, no dia 30, eram contabilizados 107 casos novos e o estado chegava a somatória de 13.253 casos. O número de óbitos era de 365.

Até esta terça-feira (22), o Acre registrou 27.246 casos de Covid-19. Foram 140 casos novos em 24 horas. O número de vítimas fatais é de 651.

‘Redução contínua’

“Agosto já começou a ter menos casos. Claro que as coisas estão reabrindo, as pessoas estão se conectando um pouco mais, abriram algumas atividades. Às vezes, a gente tem visto que aumenta um pouco o número desses casos, conforme avança de uma faixa para outra. Isso pode acontecer, mas, a gente não teve aqui a caracterização de uma segunda onda. Pode acontecer de a gente ter um aumento do número de casos, de forma sustentada, de forma que assuste. Mas, o que a gente está vendo é a redução contínua dos casos”, afirmou.

Pela segunda vez consecutiva, o Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 decidiu manter o Acre na faixa de atenção, representada pela cor amarela. Os representantes afirmaram, no dia 2 de setembro, que não houve melhora no cenário para avançar para a faixa de cuidado, simbolizada pela cor verde.

“O pico de mortes e de casos foi na primeira quinzena de junho. Depois disso, começou a ter um decaimento e esse pico, você vê que não foi tão alto. Aqui no Acre não teve caos, porque, justamente teve isolamento social, foi um dos locais que teve os melhores índices de isolamento e distanciamento”, explicou.

Sem exames para análise

O pesquisador disse que o isolamento social foi crucial para que o estado não enfrentasse situação de caos. E a criação de leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) que também contribuíram para que a situação não agravasse no estado.

Até segunda-feira (21), a taxa de ocupação é de 31,1%, uma vez que dos 90 leitos de UTI específicos para casos graves de pacientes com Covid-19, 28 estavam ocupados. Os leitos de UTI estão concentrados em Rio Branco, com 70 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 20.

Além disso, no boletim da Sesacre de segunda não havia nenhum exame sendo analisado.

“O pico reduziu porque a doença tem essa característica. Acredito que 10% a 20% das pessoas tiveram contato com a doença e isso dá uma certa imunidade coletiva. Ajuda na imunidade chamada por rebanho, então, teve muita gente que teve contato e, de uma certa forma, isso ajuda a doença a não progredir”, pontuou.

Para o professor, se mantido o cuidado, a tendência é que continue reduzindo até que os casos não sejam registrados mais como epidemia.

“O que é provável, em se mantendo todo esse cuidado, os casos vão reduzindo e vai chegar num momento em que a gente vai chamar isso de endemia, existirão casos, mas, não vai ser em condição de epidemia, que é quando tem muitos casos surgindo. Mas, isso depende muito de alguns fatores que a gente não tem controle e até do nosso comportamento como sociedade e as medidas do governo”, concluiu.

G1

Empresários lançam campanha para o fortalecimento da indústria acreana

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Divulgar e incentivar a compra de produtos acreanos, visando fortalecer a indústria local, aumentando receitas, gerando emprego e renda para a população do estado. Esse é o intuito dos empresários integrantes do Sindicato da Indústria de Produtos Alimentares do Estado do Acre (Sinpal), que estiveram na manhã desta terça-feira, 22, reunidos com o governador Gladson Cameli, em seu escritório de apoio, acompanhado do titular da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Anderson Abreu; do diretor da Seict, Ernandes Negreiros; e do secretário da Fazenda (Sefaz), Rômulo Grandidier.

Com o slogan “Indústria Amiga Acreana”, a campanha publicitária promovida pelo Sinpal visa o reconhecimento do consumidor dos produtos de boa qualidade e alta tecnologia feitos no Estado do Acre. Por meio de vídeo promocional, panfletos, banners, divulgação nas mídias sociais e matérias veiculadas pela imprensa e meios de comunicação do governo, o movimento quer divulgar os benefícios de se comprar produtos locais, tornando assim o Estado mais forte e melhorando a vida da população.

“Quero a indústria forte, e acredito que a campanha é muito importante para incentivar a compra de produtos regionais. Por isso é válido criarmos condições para fortalecer as cadeias produtivas, beneficiando o desenvolvimento do estado. Podem contar com o nosso governo”, afirmou Gladson Cameli na abertura do encontro, deixando claro o apoio estatal ao movimento e aos empresários que desejam investir no Estado do Acre.

“Vocês [empresários] são guerreiros. Mantiveram-se firmes durante todos esses meses de pandemia. Nós [governo] valorizamos essa dedicação e queremos ser seus aliados”, acrescentou Cameli.

A ideia do movimento é mostrar ao público em geral, de forma simples e objetiva, as vantagens da compra de produtos da indústria acreana, não apenas para os consumidores finais, como também para donos de pequenos e grandes negócios, que revendem as mercadorias. Nos panfletos de divulgação, é apresentada toda a cadeia produtiva beneficiada com a compra, passando por fornecedores, indústrias e funcionários que ganham com a ação.

“O governador foi muito receptivo, sempre apoiou a indústria local. A população em geral deve conhecer a qualidade de nossos produtos, que não deixam a desejar para nenhum outro de fora. A campanha vai nos ajudar nisso, para que os consumidores comprem alimentos de boa qualidade e ainda ajudem no quesito social, beneficiando diretamente famílias e tirando jovens de situações de risco”, afirma José Luiz Felício, presidente da Sinpal.

Para o secretário Anderson Abreu, a campanha tem tudo para ser um sucesso, com estado e indústria local lado a lado: “Com a indústria crescendo, é natural a criação de novos postos de trabalho, e é isso que nós queremos. Fazemos a nossa parte, com incentivos, e estamos sempre abertos ao diálogo para propor novas ações”.

Duas ações recentes a serem destacadas do Sinpal são as doações feitas pelo sindicato, durante fases críticas da pandemia do coronavírus, como, por exemplo, de 5 mil litros de álcool 70° e alimentos para UPAs, hospitais e Corpo de Bombeiros, além de 10 mil unidades de equipamentos de proteção individual (EPI) para quem estava na linha de frente de combate ao coronavírus. Outra ação importante foi não demitir funcionários durante a crise causada pela pandemia.

CNMP anuncia investigação contra promotora Alessandra Marques

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Usuária assídua das redes sociais, especialmente o Facebook, a promotora Alessandra Marques agora terá que destinar um pouco do seu tempo para se explicar ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Nesta terça-feira, 22, os conselheiros decidiriam, por unanimidade, abrir procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta da integrante do Ministério Público do Acre.

Um dos motivos é que, segundo consta nos autos da Reclamação Disciplinar nº 1.00425/2020-15, em 2019, a promotora utilizou suas redes sociais e e-mail institucional para postar mensagem insinuando compra de votos durante a eleição para procurador-geral de Justiça do MP do Acre, realizada em novembro passado.

Alessandra era candidata, mas não obteve votos suficientes para entrar na lista tríplice. A procuradora Kátia Rejane acabou sendo reconduzida ao cargo. Na mesma postagem, a promotora também teria dado a entender que houve malversação e gestão ilegal de recursos públicos no MPAC.

Além disso, segundo a Corregedoria Nacional do MP, mais recentemente, também nas redes sociais, a promotora realizou diversas postagens criticando as medidas de prevenção e controle da Covid-19 adotadas no Acre, além de sugerir a utilização da cloroquina.

Em maio, o MPAC chegou a divulgar uma nota esclarecendo que membros do Ministério Público não possuem capacidade técnica ou conhecimento para indicar ou prescrever medicamento, e que população deveria continuar seguindo as recomendações das autoridades de saúde.

A Corregedoria Nacional do MP também apurou que, ao longo de 2019, por meio de sua conta pessoal no Facebook, Alessandra Marques publicou inúmeras mensagens contra figuras públicas e instituições ligadas ao Sistema de Justiça e aos Poderes.

Não se espera do membro do MP fazer circular conteúdo destrutivo, diz corregedor nacional

Segundo Rinaldo Reis, corregedor nacional do MP, a promotora Alessandra Marques violou os deveres funcionais previstos na Lei Orgânica do Ministério Público do Acre, entre os quais, o de zelar pelo prestígio dos Poderes da União, do Estado e dos Municípios, bem como das funções essenciais à Justiça, respeitando suas prerrogativas e a dignidade de seus integrantes.

“Não se espera do Membro do MP o uso da arena pública para a realização de comparações jocosas entre instituições democráticas e cenários de filmes de ficção, ou ainda para fazer circular conteúdo destrutivo em face de autoridades públicas cujo teor em nada ou muito pouco contribui para a edificação da melhoria do aparato público”, disse o corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis.

Segundo o CNMP, as condutas da promotora ensejam a aplicação de três penalidades de suspensão de 45 a 90 dias, sendo uma sanção para cada infração.

Nas redes sociais, Alessandra Marques ainda não se manifestou sobre a abertura de processo disciplinar contra ela. No domingo, postou que liberdade de expressão é um direito respeitado, desde que quem tem poder não seja criticado. O post recebeu 37 curtidas!

Fonte: CNMP

Petistas comemoram cassação de Manuel Marcos e volta de Léo de Brito à Câmara Federal

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Lideranças do Partido dos Trabalhadores se reuniram na noite de terça-feira (22) para comemorar a cassação do deputado federal Manuel Marcos (Republicanos) e a volta de Léo de Brito (PT), que vai assumir a vaga deixada pelo Republicano.

“A Justiça tarda mais não falha! Léo de Brito deputado federal!”, escreveu nas redes sociais o presidente do PT no Acre, Cesario Braga.

Manuel Marcos teve seu mandato cassado pelo pleno do Tribunal Superior Eleitoral durante julgamento na noite de terça-feira, em Brasília.