Durante a pandemia, em um dos períodos mais desafiadores da história recente, o acreano Luã Lima, decidiu transformar a incerteza em oportunidade. Sem saber, estava dando início a um dos mais promissores negócios de tecnologia de Rio Branco. Foi assim que nasceu a Magazine Smart, fruto da persistência e visão empreendedora, que se tornou referência na venda de smartwatches e acessórios no estado do Acre.

“Eu tinha acabado a faculdade e percebi que aquele curso não era pra mim. Sem emprego, e em plena pandemia, tive que agir. Sempre gostei de smartwatch e percebi que quase ninguém vendia aqui. E quem vendia, cobrava caro. Vi ali uma chance”, relembra Luã, que, com poucos recursos, começou vendendo os primeiros produtos da própria casa, no bairro Bosque.

A ideia que nasceu da necessidade cresceu como um projeto de vida. De forma improvisada, usou redes sociais para divulgar seus produtos, confiando na qualidade e em um atendimento atencioso. Ainda sem CNPJ e trabalhando de forma informal, começou a receber os clientes em casa, oferecendo a chance de experimentar os produtos pessoalmente, um diferencial que criava confiança em meio à incerteza.

“Na época, meu maior sonho era ser piloto de avião. Vendi meus primeiros produtos pensando em juntar dinheiro para isso. Mas a loja cresceu tanto que não consegui mais parar. Comecei a gostar, e quando vi, meu sonho de voar passou a ser outro: empreender”, afirmou Lima.

Hoje, mais de cinco anos depois, a Magazine Smart é um nome forte no mercado local. Com um ponto fixo no bairro Bosque, onde funciona o delivery da marca, e uma loja colaborativa no Via Verde Shopping, Luã viu o negócio que começou com um celular e uma conexão de internet virar um empreendimento de destaque.

“Mesmo com o espaço físico, o delivery ainda é muito forte. A loja do shopping nos aproxima de novos clientes, mas 90% das vendas ainda acontecem online”, revelou o empresário.

O crescimento veio acompanhado de uma equipe: hoje, além de Luã, a Magazine Smart conta com um gerente no Bosque e duas funcionárias no ponto do shopping. E com uma clientela cada vez mais diversa: crianças, jovens, idosos, atletas, profissionais, todos em busca de tecnologia e praticidade.

Para Luã, o segredo do sucesso é simples: qualidade e confiança. “O cliente que entra na nossa loja sabe que vai encontrar um produto confiável. No mundo dos smartwatches, existem milhares de modelos, e muitos clientes não sabem a diferença entre eles. Por isso, nosso papel é orientar, explicar e garantir que ele leve o melhor”, explicou.

Além da funcionalidade, os smartwatches também refletem um novo estilo de vida. “Hoje as pessoas querem se cuidar, fazer exercícios, acompanhar a saúde. Um bom relógio inteligente ajuda muito nisso. Por isso, nosso público é grande, especialmente os esportistas, mas também quem busca apenas um acessório moderno e útil”.

Com vendas frequentes para o município de Cruzeiro do Sul, Porto Velho e outras regiões da Amazônia, Luã já traça os planos para expandir novas lojas físicas fora da capital. “Queremos levar nossa marca para outros cantos. Começamos do zero, e hoje sabemos que podemos ir além”, destacou Luã.

O que começou como um plano de emergência virou um legado. Uma ideia nascida na adversidade, que agora inspira outros jovens a acreditarem em seus próprios sonhos.

“Empreender é acordar rico e dormir pobre. Tem altos e baixos. Mas eu nunca pensei em desistir. Eu fui, sem curso, sem preparo. Aprendi atendendo cliente, errando e acertando. E é isso que me move até hoje: a vontade de continuar”.

Onde encontrar a Magazine Smart:

– Delivery: bairro Bosque, Rio Branco (atendimento via Instagram)

– Loja física: Via Verde Shopping – Espaço Empório & Arte

Instagram: @magazinesmart.ac

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Cruzeiro do Sul, obteve uma decisão judicial que obriga o Estado do Acre a adotar providências para regularizar a situação da Unidade Mista de Saúde de Marechal Thaumaturgo. A medida atende parcialmente ao pedido de tutela de urgência feito pelo MPAC em ação civil pública.

A ação civil pública visa corrigir diversas irregularidades estruturais e sanitárias na unidade hospitalar, entre as quais: infiltrações em áreas sensíveis, como a sala de pós-parto; falta de equipamentos essenciais, como eletrocardiograma e aparelho de raio-x; e armazenamento inadequado de prontuários médicos e materiais biológicos.

A Justiça reconheceu a gravidade das irregularidades constatadas pelo MPAC, que incluem ausência de alvarás e certificados obrigatórios, além das falhas estruturais.

Na decisão, a 2ª Vara Cível da Comarca de Cruzeiro do Sul estabeleceu um cronograma escalonado de cumprimento, dividido em três etapas.

O Estado deverá fornecer cilindros portáteis de oxigênio, conter riscos estruturais, criar um protocolo emergencial de transporte de pacientes, realizar manutenção de equipamentos inoperantes e adequar o armazenamento de prontuários e materiais biológicos, no prazo de até 60 dias.

Também deve apresentar um plano de ação com cronograma para adequações sanitárias da unidade, iniciar o processo de obtenção de alvarás e certificados exigidos, repor equipamentos médicos e implementar melhorias nas condições de trabalho dos profissionais de saúde, em até 90 dias.

Além disso, no prazo de 180 dias, o Estado deverá concluir os reparos definitivos na estrutura física da unidade, eliminar infiltrações e fungos, regularizar a documentação do estabelecimento e disponibilizar sistema de transporte adequado, incluindo uma embarcação para remoção de pacientes, além de meios terrestres adequados para remoção até o aeroporto da cidade.

Ascom MPAC