domingo, 27 julho 2025
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Coronel Ulysses denuncia perseguição política e defende liberdade para presos do 8 de janeiro

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O deputado federal Coronel Ulysses se manifestou com firmeza contra mais um capítulo da perseguição política no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) analise um possível pedido de prisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, simplesmente por ele defender manifestações pacíficas e a anistia dos presos do 8 de janeiro.

Para Coronel Ulysses, essa decisão mostra o claro desequilíbrio na aplicação da justiça no país. “Estão querendo calar Bolsonaro e, junto com ele, qualquer um que se oponha ao sistema. Isso não é democracia!”, afirmou o parlamentar.

O deputado também destacou casos absurdos de cidadãos que tiveram suas vidas destruídas por perseguição política. Débora do Batom, mãe de família e cabeleireira, passou mais de dois anos longe dos filhos pequenos e hoje segue presa dentro da própria casa, sem poder trabalhar. Outro caso trágico é o de Clesão, trabalhador honesto que morreu sob custódia do Estado sem sequer ter sido julgado.

Enquanto isso, criminosos que roubam, queimam ônibus e atacam policiais são soltos rapidamente. “Tem gente condenada a 17 anos de cadeia só por estar na frente do Congresso no dia 8 de janeiro. Isso não é justiça, isso é vingança!”, criticou Coronel Ulysses.

O parlamentar reafirma seu compromisso com a liberdade e a defesa da democracia, alertando para os riscos da escalada autoritária no país. “Se hoje estão perseguindo Bolsonaro, amanhã será qualquer um que ouse discordar desse governo. Não podemos aceitar!”, concluiu.

ACISA apoia transferência do Centro POP e destaca impacto no comércio de Rio Branco

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A Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (ACISA) manifestou apoio à decisão da Prefeitura de Rio Branco e da Secretaria Municipal de Assistência Social de transferir o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) da região central da cidade. A medida, segundo a entidade, visa minimizar os impactos negativos que a atual localização do equipamento tem causado ao comércio local.

De acordo com a ACISA, comerciantes e empresários têm relatado prejuízos diretos e indiretos, como o afastamento de clientes, o aumento da sensação de insegurança e dificuldades na convivência urbana.

Leia a nota na íntegra:

A ACISA – Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre manifesta apoio à Prefeitura de Rio Branco e ao Secretário de Assistência Social, João Marcos Luz, pela decisão de transferir o Centro POP da região central da cidade.

A mudança é necessária diante dos impactos que a atual localização tem gerado no cotidiano do comércio local — como o afastamento de clientes, aumento da sensação de insegurança e dificuldades na convivência urbana. A ACISA tem recebido, com frequência, manifestações de preocupação por parte dos empresários e lojistas, que enfrentam prejuízos diretos e indiretos em função dessa situação.

Reafirmamos nosso compromisso com o acolhimento social e com o respeito à população em situação de rua. Contudo, entendemos que o centro da cidade precisa ser revitalizado e preservado como um espaço de convivência segura, circulação e desenvolvimento econômico.

Por isso, destacamos a importância de que o novo local do Centro POP seja escolhido com critério, garantindo estrutura adequada para os atendimentos e evitando que os mesmos problemas sejam transferidos para outra região vulnerável.

A ACISA permanece à disposição para colaborar com soluções que equilibrem o cuidado social com o fortalecimento do setor produtivo da capital.

Frota de veículos cresceu quase 5% no Acre de 2023 a 2024

O Acre registrou um aumento na frota de veículos em 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número total de veículos passou de 350.273 em 2023 para 367.440 em 2024, um crescimento de aproximadamente 4,9%. O aumento reflete o avanço da motorização no estado.

O crescimento da frota foi impulsionado principalmente pelo aumento das motocicletas, que passaram de 148.034 em 2023 para 155.673 em 2024 – um acréscimo de 5,2%. O dado reforça a popularização desse meio de transporte no estado, especialmente entre trabalhadores que atuam como entregadores e profissionais autônomos, além de moradores de regiões mais afastadas dos centros urbanos.

Os carros também tiveram crescimento significativo, passando de 104.285 para 107.216 unidades – uma alta de 2,8%. Já os caminhões tiveram um aumento mais discreto, de 8.355 para 8.430, o que pode indicar um fortalecimento gradual do setor logístico e comercial no estado. Por outro lado, a quantidade de ônibus apresentou uma leve redução, caindo de 1.440 para 1.429 veículos.

Briga termina com 2 pessoas feridas a facadas em Rio Branco; uma delas em estado grave

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Um homem de 30 anos e um adolescente de 17 ficaram feridos após uma briga na noite desta quarta-feira (2), no bairro Cidade Nova, em Rio Branco. Durante o conflito, ambos foram atingidos por golpes de faca e precisaram de atendimento médico.

De acordo com a Polícia Militar, os dois estavam juntos quando começaram a discutir. Em meio ao desentendimento, o homem foi esfaqueado três vezes — no peito e na nuca — e ainda sofreu agressões por parte de terceiros antes de conseguir fugir e pedir ajuda em um bar na rua Palmeiral. O adolescente também foi atingido, com um ferimento na coxa direita.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou duas ambulâncias para socorrer as vítimas. O adulto foi levado em estado grave ao Pronto-Socorro de Rio Branco, enquanto o adolescente apresentou um quadro estável.

A Polícia Militar isolou o local para a realização da perícia. O caso está sendo investigado pela equipe de Pronto Emprego (EPE) da Polícia Civil e será encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Após receberem alta médica, os envolvidos devem prestar esclarecimentos às autoridades.

Por falta de provas, MP arquiva investigação contra ex-diretora de presídio feminino acusada de tortura

O Ministério Público do Acre (MPAC) arquivou a investigação criminal contra Maria Dalvani de Azevedo, ex-diretora do presídio feminino de Rio Branco. Ela havia sido acusada de tortura física e psicológica contra detentas, discriminação contra presas LGBTQIAPN+ e negligência na administração de medicamentos controlados. A decisão foi assinada no último 26 de março por três promotores de Justiça.

A investigação foi iniciada em 24 de outubro de 2024, após denúncias encaminhadas ao Grupo de Atuação Especial na Prevenção e Combate à Tortura (Gaepct), coordenado pelo promotor Thalles Ferreira Costa. Testemunhas relataram supostas agressões e atos discriminatórios cometidos por Dalvani dentro da unidade prisional.

No entanto, após a análise do laudo cadavérico de uma detenta que faleceu no período investigado, o MP concluiu que não havia indícios de crime relacionados à administração de medicamentos, e que o controle da distribuição de remédios estava sendo realizado. Além disso, as denúncias de tortura não foram sustentadas por provas materiais, ficando restritas aos depoimentos das detentas.

Diante disso, os promotores Maria de Fátima Ribeiro Teixeira, Vanderlei Batista Cerqueira e Thalles Ferreira decidiram pelo arquivamento do caso. No entanto, as denunciantes têm um prazo de 30 dias para recorrer da decisão.

Maria Dalvani foi exonerada do cargo em 5 de novembro de 2024, poucos dias após o início da investigação. Na época, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) afirmou estar ciente das denúncias, mas ressaltou que a gestora estava de férias. O governo do estado também defendeu Dalvani em nota oficial, afirmando que a entrega de medicamentos na unidade ocorria apenas mediante prescrição médica, afastando a tese de uso indiscriminado.

Paralelamente, o Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC) recebeu denúncias sobre violação do direito à progressão de regime de presas LGBTQIAPN+ na mesma unidade prisional. Até o momento, não há informações sobre o andamento desse outro procedimento.

Governo do Acre compra drone espião para monitorar facções, grilagem e queimadas

A Secretaria de Segurança Pública do Acre reforçou sua capacidade operacional ao adquirir o drone Harpia, um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) de alto desempenho desenvolvido pela Advanced Technologies Security & Defense (ADTECH), empresa sediada em São José dos Campos (SP). O equipamento é o primeiro de sua categoria a receber a certificação de Produto Estratégico de Defesa pelo Ministério da Defesa, além de contar com homologações da ANAC e ANATEL, e já se destacou nas missões de altíssimo padrão no Brasil e mercado internacional.

A decisão de aquisição foi tomada após uma visita técnica do Secretário de Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, e sua equipe às instalações da ADTECH e ao centro de treinamento da empresa em Pindamonhangaba (SP). Segundo o diretor executivo da ADTECH, Bruno Cunha, a demonstração operacional do Harpia foi fundamental para a escolha do governo acreano. “A aquisição do SARP Harpia pelo Estado do Acre representa um avanço significativo, consolidando sua eficiência em operações de monitoramento e incentivando outros estados a adotarem essa tecnologia nacional”, destacou Cunha.

Capacidades e vantagens operacionais do Harpia

O Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) Harpia foi projetado para oferecer uma cobertura ampla e eficaz. Com antenas de transmissão que alcançam 218 km, o drone permite um monitoramento detalhado do território. Equipado com uma câmera eletro-óptica e infravermelha/térmica de alta resolução, o Harpia proporciona observação precisa e segura, sendo uma ferramenta estratégica para diversas operações.

Seus principais diferenciais incluem:

Monitoramento de áreas com presença de facções criminosas;
Fiscalização ambiental para coibir queimadas, grilagem e desmatamento ilegal;
Patrulhamento de fronteiras, combatendo contrabando e tráfico de drogas;
Missões de busca e salvamento, com tecnologia avançada de detecção de sinais.
O Harpia se destaca também pelo sistema de lançamento inovador, que permite operações em diversos tipos de terrenos, incluindo áreas alagadas, sem necessidade de infraestrutura específica. O pouso ocorre de forma segura através de paraquedas e airbag, preservando a integridade do equipamento.

Fonte: Poder Aéreo

Pontão Batelão Cultural lança edital para seleção de Agentes Cultura Viva com bolsas de R$ 900

O Grupo Experimental de Artes Vivartes, CNPJ nº 07.933.719/0001-24, tornou público o Edital 06/2025 – Bolsa Agentes Cultura Viva, destinado à seleção de 10 (dez) Agentes Cultura Viva e à formação de um cadastro de reserva. Os selecionados deverão preencher os requisitos estabelecidos no edital para atuar como bolsistas vinculados ao projeto Pontão Batelão Cultural. O projeto está inserido no Termo de Compromisso Cultural nº 952398/2023, aprovado no Edital de Seleção Pública nº 09, de 31 de agosto de 2023 – Cultura Viva – Fomento a Pontões de Cultura. A iniciativa segue as diretrizes da Lei nº 13.018/2014, da Instrução Normativa/MinC nº 08/2016, da Instrução Normativa/MinC nº 12/2024, do Decreto Federal nº 11.453/2023, do Ofício nº 152/2024/DPNCV/SCDG/GM/MinC e dos regramentos do referido Edital de Seleção.

Objetivo e diretrizes do edital

O edital tem como propósito fomentar ações culturais que promovam a diversidade de expressões e o acesso democrático à cultura. Os Agentes Cultura Viva atuarão em suas comunidades promovendo atividades que valorizem as práticas culturais tradicionais e incentivem a inclusão social por meio da arte.

A iniciativa está alinhada com a Política Nacional de Cultura Viva, que visa descentralizar investimentos e ampliar o alcance das ações culturais, promovendo a valorização da cultura local e a participação ativa de grupos sociais historicamente marginalizados.

Quem pode participar

Podem se inscrever no edital pessoas físicas e representantes de coletivos culturais sem personalidade jurídica que comprovem atuação na área cultural. Os interessados devem apresentar um histórico de atividades desenvolvidas, bem como um plano de ação para a execução de atividades culturais em suas comunidades.

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas exclusivamente por meio eletrônico, por meio da plataforma disponibilizada pelo Grupo Experimental de Artes Vivartes. Durante o processo, será necessário anexar documentos comprobatórios e um projeto detalhado de atuação.

Critérios de seleção

A avaliação dos candidatos será realizada por uma comissão especializada que levará em conta os seguintes critérios:

Relevância e impacto sociocultural da atuação do candidato;

Histórico de trabalho na promoção da cultura popular;

Viabilidade e coerência da proposta apresentada;

Capacidade de articulação com outros agentes culturais e comunidades;

Diversidade de linguagens artísticas contempladas.

Os agentes selecionados serão responsáveis por implementar atividades culturais dentro de suas comunidades, promovendo oficinas, eventos e ações que incentivem a democratização do acesso à cultura.

Valor da bolsa

Cada bolsista selecionado receberá um auxílio financeiro mensal no valor de R$ 900,00 para o desenvolvimento das atividades culturais previstas no projeto. O pagamento será realizado conforme as diretrizes estabelecidas no edital, garantindo o suporte necessário para a execução das ações planejadas.

Impacto e fortalecimento da cultura comunitária

O programa Agentes Cultura Viva é uma iniciativa estratégica para fortalecer a economia criativa e garantir a sustentabilidade das práticas culturais comunitárias. Além do suporte financeiro, os selecionados terão acesso a formações técnicas que contribuirão para o aprimoramento de suas atividades.

O Grupo Experimental de Artes Vivartes reforça que a descentralização dos recursos culturais é essencial para garantir a valorização da diversidade cultural brasileira e ampliar a participação de diferentes segmentos sociais no desenvolvimento de políticas públicas voltadas à cultura.

Acesso ao edital e mais informações

Para mais detalhes e informações sobre o edital, os interessados devem acessar o Instagram @pontaobatelaocultural e ir até a bio, onde o link do edital está disponível.

Prefeitura de Rio Branco institui política de combate ao assédio e discriminação no serviço público

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, publicou nesta quarta-feira (2) o Decreto nº 1.500/2025, que institui a Política de Prevenção e Combate a Todas as Formas de Assédio e Discriminação no âmbito da administração pública municipal. A medida visa garantir um ambiente de trabalho saudável, com diretrizes para prevenção, apuração de denúncias e punição de condutas inadequadas.

O que prevê o decreto?

O texto define assédio como qualquer ação reiterada que viole a dignidade, a liberdade ou a integridade física ou psíquica do trabalhador, criando um ambiente hostil, humilhante ou desestabilizador. Já a discriminação é caracterizada como distinção ou exclusão baseada em raça, gênero, religião, orientação política ou origem social.

Entre as principais medidas estão:

Capacitação periódica de servidores e gestores sobre saúde ocupacional e prevenção ao assédio;

Campanhas educativas para promover relações de trabalho respeitosas;

Criação da Comissão de Acolhimento e Assistência Psicossocial (CAAP), responsável por analisar denúncias e propor soluções;

Sigilo das informações e proibição de retaliação contra denunciantes.

Como funcionará a apuração?

As denúncias poderão ser feitas por qualquer pessoa que se sinta vítima de assédio ou discriminação e devem ser encaminhadas à Ouvidoria Municipal ou à Corregedoria-Geral. A CAAP, composta por sete membros (incluindo psicólogos e assistentes sociais), fará a análise preliminar e emitirá um relatório para decisão final.

Caso a denúncia seja procedente, as punições podem incluir desde mediação entre as partes até processo administrativo disciplinar, com base na Lei Municipal nº 1.794/2009.

O decreto reforça que não serão toleradas represálias contra quem denunciar, mesmo que a acusação não seja confirmada. Além disso, a prefeitura promoverá palestras e materiais informativos para conscientizar os servidores sobre o tema.

Pai reencontra filha após dois anos com apoio da Defensoria Pública do Acre

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Atuação em rede do programa Rhuamm possibilitou o reencontro familiar de forma segura e acompanhada

A Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC), por meio do programa Rede Humanizada de Apoio a Meninas e Meninos (Rhuamm) e do Subnúcleo de Direitos Humanos 1, viabilizou o reencontro entre um pai e sua filha de 7 anos na última sexta-feira, 28, após mais de dois anos sem contato. A atuação integrada com o Conselho Tutelar, órgãos de assistência social e forças de segurança foi fundamental para garantir que o momento ocorresse com segurança e respeito aos direitos da criança.

O pai, residente no município de Toledo (PR), tomou conhecimento de que a filha se encontrava em outro estado e, diante das dificuldades para localizá-la, buscou orientação do Conselho Tutelar de sua cidade. A partir dessa orientação, ele entrou em contato com a DPE/AC, que passou a acompanhar o caso por meio de seu programa especializado em atendimento à infância.

Sem informações precisas sobre o paradeiro da menina, foi iniciada uma articulação entre diferentes instituições para auxiliar na busca. A equipe do Rhuamm identificou, com apoio de uma escola da rede estadual, que a criança havia sido anteriormente matriculada na unidade. A partir dessa informação, foi possível obter dados que ajudaram a localizar sua última residência conhecida.

Com a localização confirmada, a Defensoria acionou os parceiros da rede de proteção, como o Conselho Tutelar e o policiamento comunitário, para assegurar que o reencontro ocorresse de forma tranquila e dentro dos parâmetros legais. O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) também acompanhou a situação, reforçando o compromisso com o bem-estar da criança.

Após o reencontro, a DPE/AC orientou o pai quanto aos procedimentos legais necessários para a regularização da guarda da filha. Um relatório técnico foi elaborado com o objetivo de subsidiar as decisões judiciais que envolvem o caso.

Acre enfrentava índices alarmantes de precariaedade na ditadura; mais de 70% da população vivia na pobreza

Durante a ditadura militar (1964-1985), o Acre enfrentou um dos períodos mais críticos de sua história social e econômica. Em 1970, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do IBGE, o estado registrava um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, figurando na faixa “extremamente baixa”, com menos de 0,3. A situação do Acre refletia o isolamento geográfico, a precariedade dos serviços públicos e a dependência da economia extrativista, fatores que mantiveram a região estagnada por décadas.

Os indicadores sociais do estado estavam entre os mais alarmantes do Brasil. O analfabetismo atingia mais de 50% da população, enquanto a pobreza afetava cerca de 70% dos acreanos. O acesso a serviços essenciais era extremamente limitado: apenas uma pequena parcela da população tinha eletricidade em casa e apenas cerca de 13% possuía acesso à rede de esgoto. A mortalidade infantil no estado era uma das mais altas do país, ultrapassando 120 mortes a cada 1.000 nascidos vivos. A expectativa de vida média no Acre girava em torno de 52 anos, muito abaixo da média nacional atual.

A ausência de infraestrutura era um dos principais entraves ao desenvolvimento. O Acre ainda não possuía uma ligação rodoviária eficiente com o restante do Brasil, e a BR-364, que hoje conecta o estado ao restante do país, estava em sua maioria intransitável. Sem estradas, os serviços de saúde e educação eram escassos e inacessíveis para grande parte da população, contribuindo para os baixos índices de escolaridade e longevidade.

A economia local ainda era fortemente dependente da extração da borracha, setor que já entrava em colapso desde o fim do Ciclo da Borracha no início do século XX. Sem alternativas econômicas estruturadas e com pouca diversificação produtiva, o Acre permaneceu marginalizado no contexto nacional, enquanto outras regiões do país passaram por processos de industrialização impulsionados pelo governo militar.

Além das dificuldades estruturais, o regime militar impôs repressão à organização popular na região. O movimento dos seringueiros, que lutava por melhores condições de vida e contra a expulsão de trabalhadores de suas colocações, foi duramente reprimido, com lideranças perseguidas ou silenciadas. Esse contexto dificultou ainda mais o acesso a políticas públicas que poderiam reverter a situação de miséria enfrentada pela população acreana.

Somente nas décadas seguintes, com a redemocratização e a ampliação das políticas sociais, o Acre começou a apresentar avanços mais significativos no IDH.