quarta-feira, 18 junho 2025
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FCCV instala computadores na UBS Jesuino Lins para viabilizar prontuário eletrônico

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Em parceria com a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, a Fundação FCCV instalou nesta terça-feira (22) computadores na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jesuino Lins, no bairro Alumínio, com o objetivo de permitir a modernização e a eficiência nos atendimentos à população.

Isso porque a implantação dos equipamentos vai permitir que a unidade receba o Programa de Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), o que vai agilizar os envios de sua produção e melhorar o atendimento às pessoas, facilitando ainda mais o funcionamento da UBS através de seus profissionais.

O prontuário eletrônico vai permitir, também, à própria Secretaria da Saúde ter maior controle nos atendimentos e planejar melhor as ações, de forma a tornar o atendimento mais eficiente.

Estas ações integram o Projeto Saúde em Foco, desenvolvido em parceria entre a FCCV e a Prefeitura com o objetivo melhorar o atendimento à saúde da população de Cruzeiro do Sul.

FCCV realiza serviços de manutenção na UBS Abel Pinheiro, no bairro Formoso

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A Fundação FCCV iniciou nesta terça-feira (22) serviços de melhorias e manutenção na Unidade Básica de Saúde (UBS) Abel Pinheiro, no bairro Formoso, em parceria com a Prefeitura de Cruzeiro do Sul. O objetivo da ação é promover ações de recuperação na estrutura da unidade com o objetivo de garantir melhor atendimento para a população.

A lista de serviços inclui reparos nos drenos de aparelhos de ar condicionado, troca de lâmpadas e bocais, recuperação e troca de trincos das portas e manutenção em banheiros e torneiras. Com estas ações, a UBS terá melhores condições tanto para pacientes quanto para os profissionais que atuam nela.

A expectativa é que os serviços sejam concluídos nesta quinta-feira (24). Estas ações integram o Projeto Saúde em Foco, desenvolvido em parceria entre a FCCV e a Prefeitura com o objetivo melhorar o atendimento à saúde da população de Cruzeiro do Sul.

 

Bandidos invadem loja, rendem funcionários e fogem com R$ 4 mil e 12 celulares

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Duas pessoas armadas assaltaram a loja de eletrônicos Tecc Cell, localizada na Avenida Coronel Mâncio Lima próximo à Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul. A dupla saiu levando 12 aparelhos celulares e cerca de R$ 4 mil reais. O assalto aconteceu por volta das 15h da tarde desta terça-feira (22).

Segundo a polícia, os acusados usaram uma pistola para fazer o assalto, as imagens do circuito de segurança vai ajudar a identificar os indivíduos. A Polícia Civil irá investigar o caso com o intuito de chegar aos suspeitos.

A Tecc Cell já foi alvo de ações criminosas outras vezes, a última teria sido na cidade de Mâncio Lima, onde a empresa também tem uma loja.

Com informações do Juruá Online

Polícia prende acusado de matar deficiente mental após ela recusar pedido de namoro

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Benedito Ferreira de Nogueira foi preso na tarde desta terça-feira (22), no município de Plácido de Castro, no interior do Acre. Ele é acusado de matar a jovem Milena Ferreira a facadas em Acrelândia, na última sexta-feira (18).

Segundo informações do delegado Danilo Almeida, após o crime, o acusado passou a ser monitorado tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Militar. Os policiais sabiam onde o Benedito estava e a prisão do acusado era apenas uma questão de tempo, até que o mandado fosse expedido pela Justiça.

Com o mandado de prisão em mãos foi possível ir até o local onde os policiais sabiam que Benedito estava e o prenderam. Durante a prisão, não houve resistência do acusado.

Entenda o caso

A jovem Milena Ferreira da Silva, de 22 anos, foi atingida por golpes de facas na noite da última sexta-feira (18), em um bar no município de Acrelândia, no interior do Acre. Segundo informações da polícia, Benedito pediu a vítima em namoro, mas a jovem o rejeitou, então, o agressor esfaqueou a mulher na região no peito.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e levou Milena ao hospital de Acrelândia em estado de saúde gravíssimo. Ela foi transferida para o pronto-socorro de Rio Branco. Na manhã do sábado (19), a vítima não resistiu os ferimentos e acabou morrendo após fazer uma cirurgia no hospital.

A mãe da vítima, identificada como Márcia da Silva, de 42 anos, ainda registrou um boletim de ocorrência. Dona Márcia disse que a facada perfurou o pulmão e acertou o coração da filha. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML).

ContilNet

Jenilson pede retomada dos serviços do Unacon: “Os pacientes estão sofrendo com a falta de atendimento”

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Em pronunciamento na sessão desta terça-feira (22), o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Jenilson Leite (PSB), demonstrou preocupação com os pacientes que fazem tratamento contra o câncer no Hospital do Câncer em Rio Branco, a Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).

Segundo o parlamentar, a unidade de saúde precisa urgentemente de melhorias no atendimento, na aquisição de medicamentos específicos para o tratamento da doença e no funcionamento devido da máquina de radioterapia. O oposicionista frisou ainda que a precariedade no sistema de atendimento do Hospital do Câncer não é um problema novo.

“O Unacon está com problemas sérios e tudo só piorou com a chegada da pandemia. As pessoas não estão conseguindo realizar tratamento, alguns estão buscando, inclusive, atendimento em Porto Velho. Sabemos o quanto o tratamento de quimioterapia e radioterapia é importante para esses pacientes, esse serviço precisa ser retomado o mais rápido possível”, disse.

Ainda de acordo com Jenilson Leite, o aparelho utilizado para realização da quimioterapia, o Acelerador Linear, também não está funcionando. “Temos no estado, um dos aparelhos de quimioterapia mais modernos do mundo, que é o acelerador linear, mas ele não está funcionando. Peço que a Sesacre veja essa situação e resolva o problema o mais rápido possível”, complementou.

O deputado informou que conversou com o secretário de saúde, Alysson Bestene, que teria dito que alguns esforços estão sendo feitos para garantir o retorno do atendimento aos pacientes do Unacon.

Agência Aleac

Deputado denuncia invasão de facções criminosas em áreas rurais no Juruá

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Durante sessão virtual realizada na manhã desta terça-feira (22), o deputado Jonas Lima (PT) falou sobre a visita que fez às comunidades que vivem às margens do Rio Azul, em Mâncio Lima. O parlamentar demonstrou preocupação com a falta de auxílio para as comunidades rurais, e denunciou que facções criminosas estão indo a esses locais em busca de captar jovens para o mundo do crime.

“Venho relatar uma viagem que fiz durante oito dias pelas margens do Rio Azul, onde conheci melhor a comunidade rural daquele lugar. São mais de 300 famílias. Minha preocupação é com o setor rural, as facções estão entrando nessas comunidades e fazem um trabalho de captação dos jovens para fazer parte desse sistema perverso”, alertou.

Jonas Lima disse que se o governo, através dos órgãos competentes, não enviar ajuda aos municípios que vivem predominantemente da agricultura, muitos jovens serão captados pelas facções e virão para a cidade, aumentando ainda mais o índice de violência local.

“Já se passaram quase dois anos de um governo que chegou com a promessa de priorizar o setor rural, mas a maioria das cidades que dependem da Secretaria de Produção não receberam apoio nenhum. As prefeituras precisam do auxílio do Estado para fazer uma política agrícola diferente. O governo precisa mostrar seu plano para essa agricultura avançada que tanto prometeu”, finalizou.

Agência Aleac

Secretária de Saúde defende membros da Vigilância Sanitária após ataques nas redes sociais

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A secretária Municipal de Saúde de Rio Branco, Jesuíta Arruda da Silva, divulgou nota de esclarecimento sobre a ação da Vigilância Sanitária durante o período da pandemia de covid-19.

Segundo a nota, “o papel desenvolvido pelo DEVISA sempre foi pautado de forma técnica e científica no cumprimento estrito de seu ofício, que é o cumprimento das leis e normas sanitárias que objetivam a promoção da saúde, a prevenção do risco sanitário decorrente do comércio de bens de consumo, da prestação de serviços, dos ambientes de trabalho e das situações de calamidade pública”.

Confira a nota:

Nota de esclarecimento

A Ação da Vigilância Sanitária durante o período da pandemia de covid-19

Em decorrência dos recentes acontecimentos envolvendo o corpo de fiscalização do Departamento de Vigilância Sanitária Municipal – DEVISA, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Rio Branco, exposto em redes sociais por supostamente utilizar metodologias diferentes em estabelecimentos considerados similares no município de Rio Branco capital do Estado do Acre, esclarecemos que:

É de conhecimento público que o Estado brasileiro foi atingido de forma violenta pelo vírus Sars-CoV-2 causador da doença COVID-19;

Somente no município de Rio Branco, foram 10.437 casos confirmados da referida doença até a presente data, sendo 404 óbitos, o que representa mais de 50% do total de casos e de óbitos ocorridos em todo o Estado;

Por força do Decreto Estadual n° 5.496/2020 e de seus aditamentos, coube ao Município de Rio Branco, através do DEVISA, atuar fazendo prevalecer como princípio imperativo as normas atribuídas que foram designadas para resguardar o maior número de vidas possíveis, uma vez que, a não utilização dos meios capazes de evitar e diminuir os riscos poderia levar a milhares de indivíduos buscar os serviços de saúde públicos e privados, podendo assim, colapsá-los;

O papel desenvolvido pelo DEVISA sempre foi pautado de forma técnica e científica no cumprimento estrito de seu ofício, que é o cumprimento das leis e normas sanitárias que objetivam a promoção da saúde, a prevenção do risco sanitário decorrente do comércio de bens de consumo, da prestação de serviços, dos ambientes de trabalho e das situações de calamidade pública;

Por ocasião da abertura gradual e consciente do comércio rio-branquense estabelecida pelo Pacto Acre sem Covid (iniciativa de vários órgãos governamentais e do setor privado) o DEVISA participou ativamente da construção dos protocolos, incumbidos por lei da sua aplicação e fiscalização;

Curiosamente nos últimos dias, a fiscalização sanitária apesar do combate incessante à COVID-19, tem sofrido diversos ataques que objetivam atingir, inclusive a honra e a idoneidade de seus membros. É certo que a todo cidadão é assegurado pela Constituição Federal de 1988, o direito à crítica e à manifestação de sua opinião pessoal, entretanto, tais comentários não devem ultrapassar os limites do que se considera razoável e do “mundo civilizado”. Não foi difícil encontrar nas postagens, agressões aos Auditores Fiscais Sanitários com termos pejorativos, inclusive, fazendo referências de que este corpo técnico atuaria de forma pessoal, o que nem de longe é verdadeiro, uma calúnia desarrazoada;

A propósito, é de bom alvitre alinhavar, que todo o corpo técnico do DEVISA é composto por servidores de carreira, concursados e especialistas em Saúde Pública que atuam no exercício do poder de polícia a eles atribuído, orientando, notificando e em último recurso, interditando estabelecimentos que descumprem as normas. Vale ressaltar que as interdições que ocorreram até o presente momento foram em número diminuto, frente aos locais que foram orientados e notificados por força das restrições sanitárias impostas durante o período da pandemia;

Os comentários afetando a imagem destes Auditores Fiscais Sanitários, tendo seus nomes e imagem expostos amplamente, trouxe algum sofrimento e dor, inclusive a seus familiares, sobretudo pelo sentimento de injustiça, afinal coube, dentro da esfera municipal, a estes igualmente aos demais profissionais da saúde o protagonismo no enfrentamento da pandemia;

Destacamos ainda que, graças à junção de forças com o Governo do Estado do Acre, temos conseguido diminuir o número de óbitos e de casos, levando este, através do Comitê Acre sem Covid, a avançar na abertura do comércio, sempre obedecendo aos protocolos que foram legalmente instituídos e pactuados, com o objetivo de garantir segurança neste retorno.

Assim, manifestamo-nos, ressalvando que reabertura gradual e segura do comércio, é sim necessária e que o Departamento de Vigilância Sanitária, seus servidores e a Secretaria Municipal de Saúde continuarão a exercer o seu mister, mesmo a contragosto individual dos que põem à frente seus interesses, privados e/ou particulares, da incompreensão com os ritos de manutenção da segurança sanitária estabelecidos no período da pandemia de Covid-19 e sempre pautados pelas leis vigentes, pelas condições estabelecidas nos fóruns regulamentadores e pela seriedade que o momento nos impõe.

Façamo-nos ouvir livres de interesses pessoais e arrazoados pelo enfrentamento da pandemia mundial de Covid-19.
Haveremos, juntos, de vencer!

Rio Branco, 22 de setembro de 2020.

Jesuíta Arruda da Silva
Secretária Municipal de Saúde

Luta pela vida: conheça o campo de batalha do maior hospital de campanha do Acre

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O inimigo invisível, que hoje parece ser mais ignorado do que temido, em comparação com o início da pandemia do coronavírus, continua travando uma verdadeira batalha contra os profissionais de saúde que seguem no mesmo ritmo na missão de salvar vidas, do lado de dentro do maior hospital de campanha do Acre e que se tornou referência no tratamento da Covid-19 no estado.

Da porta de entrada do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into/AC), em Rio Branco, até a ala de maior tensão da unidade, que são as UTIs, o que se presencia, entre as equipes que driblam seus medos e não baixam a guarda diante do sofrimento que o vírus impõe aos pacientes, são os princípios hipocráticos de “curar quando for possível, aliviar quando necessário, consolar sempre”. O aforismo define bem o compromisso e a dedicação desses verdadeiros heróis que continuam engajados no campo de batalha contra a pandemia.

Toda vida importa

Com o crescimento exponencial de casos e, consequentemente, a sobrecarga no sistema de saúde mundial, sem que houvesse leitos de UTI suficientes para atender pacientes graves, vieram à tona “escolhas difíceis” que poderiam ocorrer de acordo com a chance de sucesso de tratamento, considerando a idade do paciente, outras comorbidades, a gravidade do seu estado e a possibilidade de reverter o quadro.

Essas condições atemorizaram o aposentado Afonso Américo da Silva, de 64 anos, ao ser diagnosticado com a Covid-19. Acompanhando os noticiários diariamente desde o início da curva epidêmica da doença, ele sabia que a situação no Acre, a exemplo de outros estados, não era confortável, uma vez que as unidades de terapia intensiva estavam sempre lotadas.

Portador de cirrose hepática, doença associada a uma hepatite crônica que adquiriu há alguns anos, ao ser internado no Into com complicações do novo coronavírus, ele tinha a certeza de que não sobreviveria a uma intubação e ao tratamento que costuma ser longo contra os efeitos devastadores que a doença causa no organismo.

“Eu não tinha esperança nem fé de que sairia com vida daqui. Cheguei todo inchado, com muita água acumulada na barriga, e os exames não evoluíam para uma melhora com o passar dos dias. Qualquer pessoa com o um quadro de saúde semelhante ao meu dificilmente sobreviveria ao coronavírus. Na minha cabeça, com a idade e todas as doenças que eu já tinha, era um caso perdido”, lembra o aposentado.

Mas o que seu Afonso não sabia é que, ao deixar sua família do lado de fora da unidade, encontraria outra empenhada em fazer tudo o que fosse possível para salvar sua vida. Há 30 dias internado no Into, o aposentado já não é mais o mesmo de quando entrou. Estampada em sua camisa a palavra “fé”, ele se emociona ao falar do carinho e dedicação da equipe que o acolheu e salvou sua vida.

“Aqui dentro não existe política, existem profissionais. São médicos, enfermeiros, técnicos e todos os demais que fazem parte dessa equipe escolhida por Deus para atuar como verdadeiros anjos da guarda. A fé que faltou na entrada, durante os primeiros dias de internação, hoje não é estampada só em meu peito, como transborda em meu coração pela certeza de sair curado daqui”, diz emocionado.

Humanização que salta aos olhos

Foi conhecendo de perto o trabalho das equipes que atuam na linha de frente contra o coronavírus, percorrendo todo o Into, da UTI à enfermaria, que esta reportagem conheceu seu Afonso. Faltavam poucos minutos para o meio-dia e o aposentado aguardava a chegada do almoço sentado sobre o leito, na enfermaria 7, cercado por um grupo de enfermeiras.

A cena de carinho e os risos que transformavam um local inóspito em um ambiente acolhedor e mais humanizado fazia os integrantes da equipe esquecerem, por alguns instantes, apesar do soar de aparelhos, que estavam dentro de um hospital, no tratamento contra uma doença altamente contagiosa e com sérios riscos de morte.

“A evolução da doença é muito traiçoeira, há horas em que você acha que o paciente está bem e em outro momento ele está mal. A família entra em angústia por isso e acha, às vezes, que a informação que estamos dando é inverídica. Mas não é por falta de veracidade, é porque a cada hora o paciente evolui de forma diferente, com pioras e melhoras. A gente tem conseguido várias vitórias, e o agradecimento é espontâneo e natural entre os pacientes. Tentamos manter o bom humor, apesar de todas as adversidades, para que eles sintam esse acolhimento e não sofram tanto pela falta da família”, destaca Lorena Seguel, responsável em exercício pelo Into/AC.

Amenizando a saudade

Para ajudar a abrandar a saudade de casa, a equipe médica realiza videochamadas para que os pacientes conversem com seus familiares e se mantenham próximos, mesmo que a distância. De acordo com Lorena, tudo é acompanhado de perto por uma assistente social, que antes de entrar na ala de isolamento da Covid-19 utiliza todos os equipamentos de segurança. O aparelho celular utilizado nas chamadas também passa por uma rigorosa higienização.

“O contato por vídeo minimiza o estresse emocional do paciente, abalado pelo isolamento, e traz um impacto positivo na recuperação, que acaba sendo mais rápida. As videochamadas trazem essa sensação de amparo e acolhimento, além de proporcionar mais vínculo com a própria equipe, que, não tenho dúvida, foi escolhida por Deus para vir para cá, e que mesmo diante do desafio e riscos, dedica-se inteiramente à recuperação plena dos pacientes”, observa.

O hospital também adaptou uma antiga área de banho de sol para que os pacientes internados com Covid-19 recebam, a distância, a visita de familiares para amenizar a saudades de ambos os lados. Separados por uma grade de proteção que os mantêm a uma distância segura, o local já foi palco de emocionantes reencontros, realizados diariamente ao entardecer.

A guerra não acabou

Talvez poucos compreendam de fato como é a realidade dentro de um hospital de campanha. Passados quase seis meses desde o início da pandemia, o cenário já não é de guerra, com pacientes graves à espera de vagas de UTI, graças à organização nos fluxos e empenho do governo do Estado em levantar hospitais em 30 dias, com aquisição de respiradores e equipamentos para abertura de novos leitos de terapia intensiva nas unidades de saúde.

Entretanto, a luta pela vida continua. O Into conta hoje com três unidades de terapia intensiva, com a oferta de dez leitos cada. São 260 profissionais atuando diariamente no local. A taxa de ocupação na UTI, neste domingo, dia 20, era de 40%, ou seja, 20 pacientes seguem internados em estado grave. O hospital tem capacidade para ofertar até 50 leitos de UTI destinados a pessoas contaminadas pelo coronavírus.

No hospital de campanha, anexo ao Into, os leitos de enfermaria são ocupados por 54 pacientes. Em todo o estado, 80 pacientes com teste positivo para Covid-19 seguem internados em enfermarias e 25 estão em UTI. De acordo com Núcleo Interno de Regulação do instituto, de maio até aqui, 921 pessoas passaram pelo hospital. Destes, 502 tiveram alta da doença, enquanto 172 foram a óbito.

“Se você for olhar, 260 servidores é muita gente. São pessoas diferentes, famílias diferentes, mas quando chegam aqui têm um denominador comum, que é o interesse na melhoria do paciente. A maioria desses servidores fica triste quando sai daqui e vê as pessoas passeando no parque em frente sem o uso de máscaras, não respeitando o limite seguro de distanciamento. Chegam, inclusive, a colocar o carro no nosso estacionamento, um desrespeito por quem está aqui dentro lutando para manter a vida de alguém e lutando para se manter vivo. Infelizmente, isso vem se tornando comum, apesar das campanhas, de dizer que vai haver multas. Muitas pessoas seguem em total desrespeito, vivendo como se não houvesse mais a circulação do vírus. Talvez a conscientização só aconteça quando algum familiar vier parar aqui, o que não desejamos. Já presenciei muita gente com o remorso de saber que foi responsável de passar a doença para um ente querido, que acabou não resistindo”, relata Lorena.

Apesar de a situação ser mais confortável agora em relação ao início da pandemia, o cenário da doença está sempre mudando no hospital. De acordo com a responsável em exercício pelo Into, há duas semanas os leitos de UTIs estavam todos ocupados.

“Temos uma reserva de respiradores, doados pelo Ministério da Saúde, e dos monitores e bomba de infusão que a Secretaria de Saúde providenciou, além das camas que a gente consegue adaptar. É como se fosse um campo de guerra, conforme vai oscilando e a gente vê a necessidade, vai adaptando. Nós temos duas enfermarias que podem virar UTIs e temos equipamentos para isso. Mas é desesperador você ver 30 leitos de UTI com 100% de ocupação. Então, como a gente já tinha os equipamentos, começou a preparar uma sala que já está praticamente pronta. Se precisarmos de mais vagas de UTI agora, por exemplo, a gente consegue preparar o local em duas horas para receber novos pacientes”, revela.

Multidisciplinaridade no atendimento aos pacientes

Na delicada recuperação livre de sequelas, o médico tem um papel fundamental na assistência ao paciente. No entanto, o ineditismo da doença tem exigido que todos os profissionais trabalhem em conjunto, de igual para igual no tratamento dos pacientes acometidos pela Covid-19.

Além de infectologistas, cardiologistas, gastroenterologistas e intensivistas, outros profissionais entram em cena na manutenção da vida do paciente. E um deles é o fonoaudiólogo, estratégico em procedimentos como o desmame do respirador e a reabilitação da função da deglutição.

Para quem chegou ao ponto da necessidade de intubação, sabe que o caminho da plena recuperação é longo, a começar por conseguir se alimentar com segurança após a retirada do tubo orotraqueal. Isso porque na extubação, quando não há mais necessidade de respirar com ajuda do aparelho, o paciente enfrenta outro risco, o de broncoaspirar (condição em que alimentos, líquidos, saliva ou vômito são aspirados pelas vias aéreas).

A atuação do profissional da fonoaudiologia dentro da equipe multidisciplinar de saúde que atende pacientes com a Covid-19 é descrita pela fonoaudióloga Sóron Steiner, especialista em motricidade orofacial e disfagia.

“A nossa maior atuação aqui no Into, dentro das unidades intensivas, é manter a qualidade de vida, a qualidade respiratória, pulmonar e nutricional do paciente que passa por intubação orotraqueal e que tem um grande risco de desenvolver uma disfagia iatrogênica por conta da intubação. A disfagia é aquela alteração na deglutição, que pode levar o paciente a uma broncoaspiração e, consequentemente, à morte. Trabalhamos no desmame desse tubo, na introdução e na evolução dessa dieta com segurança, para uma alta mais rápida”, explica.

Ainda de acordo com a fonoaudióloga, pacientes que não recebem esse acompanhamento dentro da UTI não têm respaldo para iniciar uma via oral com segurança. “A equipe multi existe justamente para somar e agregar os conhecimentos específicos de cada área. Então, a fonoaudiologia assume essa parte específica de manejo da disfagia orofaríngea, o que acelera o processo de alta do paciente e libera os leitos para recebermos pacientes que também estão precisando desse cuidado intensivo”, frisa Sóron.

Outra frente de trabalho no manejo com o paciente na unidade de terapia intensiva se dá com o nutricionista, que exerce um papel igualmente importante na recuperação de pacientes com a grave Síndrome Respiratória Aguda causada pela Covid-19.

“Um paciente que não tiver um estado nutricional adequado não entrará no processo de cura totalmente. Aqui no hospital, a gente trabalha com uma equipe de quatro nutricionistas, dividindo-se entre as três UTIs, hospital de campanha e enfermaria. Nosso papel é fazer tanto a triagem do estado nutricional do paciente quando entra, avaliações nutricionais diárias e a prescrição dietética. Normalmente, a gente utiliza duas vias de alimentação aqui no hospital de campanha, que é a nutrição por via enteral, através do uso de sonda e cateteres, e a nutrição oral. Trabalho que é feito de domingo a domingo, visitando todos os leitos e fazendo as adequações conforme a necessidade de cada paciente”, relata a nutricionista Irla Medeiros.

O cenário do coronavírus deixa claro que, especialmente dentro de um ambiente de UTI, a abordagem multidisciplinar no tratamento dos pacientes é vital na rotina dos internos, a exemplo da equipe de enfermagem, que faz parte da alma dos hospitais. Os fisioterapeutas também exercem papel primordial na recuperação, assim como os psicólogos e assistentes sociais, que atuam no suporte emocional de quem convive com o medo e a insegurança pela condição vulnerável e por estar longe da família.

Bosque da Vida

A visita ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre chegou ao fim exatamente no corredor que leva à saída do hospital. O local também faz parte do trajeto dos pacientes que recebem alta médica e estão recuperados e prontos para ir para casa.

Durante o percurso que os leva ao reencontro familiar, um dos momentos mais esperados e emocionantes ao longo dessa jornada, eles vão recebendo o carinho e as homenagens dos servidores que os aplaudem na caminhada de volta à vida.

Mas, antes de cruzar a última porta da unidade, que dá acesso ao mundo lá fora, os pacientes escrevem o nome no Bosque da Vida, um painel montado pela equipe do hospital para eternizar os que lutaram e venceram a doença.

Bocalom diz que vaga de deputado federal é dele e vai travar briga com Léo do PT

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Os petistas parecem que estão comemorando a volta de Léo de Brito antes do tempo, isso porque o pré-candidato à Prefeitura de Rio Branco pelo Progressistas, Tião Bocalom, mostrou-se confiante com a possibilidade de assumir o cargo de deputado federal no lugar de Manuel Marcos, do Republicanos.

“Aos avexados do poder, segue minha carta de liberação do PSL”, declarou Bocalom ironicamente, garantindo que tem direito à vaga.

Bocalom foi candidato em 2018 pelo PSL com mais de 20 mil votos. Segundo ele, a saída do PSL ocorreu pacificamente, apesar de problemas pessoais com Pedro Valério.

Internado com Covid, ex-deputado Heitor Junior piora e será transferido para São Paulo

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O ex-deputado estadual Heitor Júnior, presidente da Associação de Portadores de Hepatites do Acre, está internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Rio Branco em estado grave por conta de complicações da Covid-19 e deverá ser transferido para um hospital em São Paulo.

A família do ex-deputado está em uma campanha para arrecadar recursos para arcar com as despesas de uma UTI no ar para encaminhar Heitor até São Paulo.

A família de Heitor pede que quem desejar ajudar financeiramente entre em contato através dos telefones 99990-7714 ou faça depósito através da conta bancária colocada à disposição pela família.