Nesta terça-feira, 2, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, afirmou durante entrevista ao Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro representa um momento histórico para o país.

“Hoje é um dia da história do Brasil. Eu lamento que estejamos vivendo isso. Eu já perdi eleição, já ganhei também. Quando a gente perde, é porque faltou voto. Vai pra casa, quatro anos depois disputa de novo. O Lula saiu de uma prisão injusta, foi lá, disputou e venceu. O Bolsonaro perdeu e não se conformou. Tentou impedir a posse e depois tentou tirar as pessoas do poder. Agora a Justiça está agindo”, declarou Viana.

Segundo pesquisa da Quest, 55% dos brasileiros acreditam que houve tentativa de golpe, enquanto 35% discordam. Para Viana, esse cenário de divisão é reflexo do extremismo político e da disseminação de ataques pelas redes sociais. “O Brasil está tão polarizado que virou um ambiente nocivo. Extremistas vão para as redes xingar, esculhambar e destruir reputações”, afirmou.

Ao falar sobre política internacional, o presidente da Apex fez duras críticas à postura de Bolsonaro e de seus filhos, apontando que a atuação deles nos Estados Unidos prejudicou diretamente o Brasil. “O Brasil era o país em que os Estados Unidos mais ganhavam dinheiro no comércio. Aí meteram a maior taxa. Isso foi encomenda do filho do ex-presidente, que foi pra lá trabalhar contra o país. Quem age assim é traidor da pátria”, disse.

Apesar do impacto das tarifas americanas, Viana destacou que a Apex tem buscado soluções para proteger empresas brasileiras, sobretudo as pequenas que dependem do mercado externo. Segundo ele, o governo federal lançou o programa Brasil Soberano, com R$ 30 bilhões em apoio, enquanto a Apex criou um fundo de R$ 240 milhões para ajudar micro e pequenas empresas a diversificar destinos de exportação.

“Nós estamos trabalhando para abrir portas na Ásia e na América Central. Mas defendo que o Brasil não pode desistir dos Estados Unidos, que ainda é um parceiro comercial importante. São 200 anos de comércio”, afirmou Jorge.

Para Viana, o cenário internacional caminha para uma mudança de protagonismo econômico, com ascensão da China e da Índia. Ainda assim, ele destacou que a postura adotada pelo presidente Lula, de buscar diálogo em vez de retaliação, fortalece o Brasil: “O presidente Lula acertou ao não retaliar. Ele defendeu a soberania do país e abriu caminho para negociar”.

O ex-governador do Acre também fez questão de destacar sua ligação com o estado e o otimismo com o futuro. “Ano passado, o Acre foi o estado que mais exportou. Eu sou muito grato à minha terra, aprendi com meus pais e avós a amar o Acre. Onde eu estiver, levo o Acre comigo. Acho que estamos precisando de um recomeço, e isso só virá com esperança e trabalho”, concluiu.

Câmara Municipal de Rio Branco aprovou, nesta terça-feira, 2, por 12 votos a 1, o afastamento temporário e preventivo do superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, alvo de denúncias de assédio moral. A única a votar contra a medida foi a vereadora Lucinele do Vale (PP).

A decisão ocorreu após intensos debates sobre dois requerimentos apresentados em plenário. O primeiro, de autoria da oposição — Requerimento nº 236/2025, assinado pelo vereador Fábio Araújo (MDB) — pedia o afastamento imediato do gestor. O texto, no entanto, acabou rejeitado após empate de seis votos a seis, desfeito pelo voto de minerva do presidente da Casa, Joabe Lira (PP).

Em seguida, foi colocado em votação o Requerimento nº 241/2025, apresentado por vereadores da base do prefeito Tião Bocalom (PL). Apesar de também propor o afastamento, a justificativa era distinta: garantir a ampla defesa do acusado, evitar possíveis interferências nas investigações e preservar a credibilidade da administração municipal. Esse segundo texto foi aprovado pela ampla maioria dos parlamentares.

Com a decisão, Clendes Vilas Boas ficará afastado do cargo até a conclusão das apurações. O processo será conduzido pela Ouvidoria Municipal e pela Corregedoria-Geral.

O senador Márcio Bittar (PL) se posicionou nesta terça-feira, 2, em suas redes sociais sobre o início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela suposta tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022.

Em publicação na sua conta X (antigo Twitter), Bittar afirmou que Bolsonaro “não roubou, não se aliou ao crime organizado, não financiou ditaduras” e que seu único “crime” teria sido desafiar o sistema. “O que está em jogo hoje não é a liberdade de um homem, mas a de uma nação inteira. Estamos juntos até o fim”, escreveu.

O senador também gravou um vídeo criticando o STF e o processo. Segundo ele, o julgamento seria uma “farsa” e teria como objetivo “retirar Bolsonaro da vida política do Brasil e impedir sua candidatura em 2026”. Bittar acusou ainda o tribunal de criar um crime fictício, que seria a tentativa de golpe, e de manipular a narrativa para justificar a acusação contra o ex-presidente.

“O objetivo nunca foi apurar se houve ou não uma tentativa de golpe no Brasil. O objetivo sempre foi tirar Bolsonaro das eleições”, declarou.

Márcio Bittar também mencionou que, na Comissão de Segurança Pública, haveria relatos sobre supostos procedimentos irregulares do STF e do uso de grupos paralelos para monitorar ideologias nas redes sociais.

Na manhã desta terça-feira, 2, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Arlenilson Cunha se manifestou sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), iniciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O processo pode levar à condenação do ex-chefe do Executivo e de outros sete aliados pela suposta trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

Para o parlamentar, o resultado do julgamento já estaria definido. “A dúvida da condenação do presidente Bolsonaro, eu acho que não há dúvida nenhuma. Pelo menos por três pontos. Primeiro, a parcialidade no julgamento, já que será analisado pela primeira turma. Segundo, o roteiro já escrito pela PGR. Então não há dúvida da condenação de Bolsonaro”, afirmou.

Cunha também criticou as alegações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), apontando inconsistências. “Pelo menos cinco pontos apresentados nas alegações finais não se sustentam, e isso não é apenas minha visão, mas de juristas que têm se posicionado sobre o caso. Falam até em um ‘autogolpe’, algo sem sentido”, disse.

O deputado destacou ainda a presença de Bolsonaro nos Estados Unidos após deixar a Presidência, apontando que esse fato tem sido usado de forma distorcida pela acusação. Para ele, o julgamento é conduzido de maneira injusta.

“É justo ser julgado por um juiz que já processou, por outro que já difamou e outro que já declarou ter como objetivo derrotar o Bolsonaro? Está claro que esse julgamento consiste em uma vingança, não em justiça”, criticou o deputado.

Ao encerrar sua fala, Arlenilson Cunha pediu bênçãos ao país e ao ex-presidente. “Que Deus abençoe o Brasil, que Deus abençoe o presidente Bolsonaro”, concluiu.