segunda-feira, 16 junho 2025
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Morre Maysa Furtado, servidora da Aleac há mais de 40 anos; deputado Gonzaga lamenta perda

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Faleceu nesta segunda-feira, 16, Maysa Furtado, servidora da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac). Maysa dedicou mais de quatro décadas de sua vida ao serviço público, atuando com competência e comprometimento no setor de Taquigrafia da Casa Legislativa. O deputado estadual e primeiro secretário da Aleac, Luiz Gonzaga (PSDB) manifestou profundo pesar pelo falecimento da servidora.

Em nota divulgada nas redes sociais, o parlamentar destacou a trajetória exemplar da servidora, segundo ele, marcada pelo zelo, responsabilidade e compromisso com o bom andamento dos trabalhos legislativos. “Maysa atuou na Taquigrafia com competência, zelo e um compromisso admirável com o serviço público e com o bom andamento dos trabalhos legislativos”, escreveu Gonzaga.

O deputado também expressou solidariedade aos familiares da servidora. “Que Deus a receba em paz e conforte a todos os familiares, amigos e colegas que hoje lamentam essa grande perda”, finalizou.

17º Circuito Junino de Rio Branco acontece neste fim de semana com tradição, dança e celebração da cultura popular

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Evento reúne quadrilhas de diversos bairros em apresentações culturais no Quadrilhódromo – Casa de Cultura, a partir das 19h.

O clima junino toma conta da capital acreana com a volta do mais tradicional concurso de quadrilhas da cidade. O 17º Circuito Junino de Rio Branco acontece nos dias 20, 21 e 22 de junho, no Quadrilhódromo – Casa de Cultura, localizado na Arena da Floresta, no Segundo Distrito.

Promovido pela Liga de Quadrilhas Juninas do Acre (Liquajac), em parceria com a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), o evento promete três noites de espetáculo, com apresentações de quadrilhas, shows e uma verdadeira celebração da cultura popular.

A programação começa na sexta-feira (20), a partir das 19h, com o cerimonial de abertura, seguido pelo Concurso de Realezas Mirim e o Concurso de Realeza da Diversidade, que celebra a inclusão e a representatividade. A noite termina com a apresentação da quadrilha CL na Roça, prometendo animação, beleza e coreografias típicas.

No sábado (21), quatro grupos juninos sobem ao tablado: Junina Escova Elétrica, Junina Assanhados na Roça, Junina Pega Pega e Junina Explode Coração, também com início às 19h. Cada grupo traz enredos criativos, figurinos coloridos e muita energia.

O domingo (22) marca o encerramento do circuito, com as apresentações das quadrilhas Junina Malucos na Roça, Junina Sassaricano na Roça e Junina Matutos na Roça. A noite termina com a apuração dos resultados, prevista para as 22h, coroando os melhores grupos da competição.

Para Lene Santos, presidente da Liquajac, o Circuito Junino é mais do que uma competição, é um espaço de resistência cultural e inclusão.

“Cada apresentação é fruto de muito esforço, criatividade e paixão pelo movimento junino. As quadrilhas trabalham o ano inteiro para mostrar ao público um espetáculo que mistura dança, teatro e muita emoção. Convidamos toda a população de Rio Branco a prestigiar e fortalecer essa tradição que é nossa”, destaca.

Com entrada gratuita, o evento é uma oportunidade para famílias, amigos e visitantes vivenciarem de perto a riqueza das festas juninas acreanas. A organização reforça que o espaço terá estrutura de segurança, alimentação típica e muita alegria, garantindo que todos possam aproveitar a festa.

Serviço:

📅 Data: 20, 21 e 22 de junho
⏰ Horário: A partir das 19h
📍 Local: Quadrilhódromo – Casa de Cultura (Arena da Floresta)
🎟️ Entrada gratuita

Filha de Joyce desabafa sobre luto e críticas após morte da mãe: “Morreu um pedaço da gente”

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Eduarda Cavalcante, filha de Joycilene Sousa de Araújo, falou pela primeira vez à imprensa, na manhã desta segunda-feira, 16, sobre a dor enfrentada pela família desde a morte da mãe, em novembro do ano passado. Joyce, como era conhecida, morreu após uma parada cardíaca provocada pela ingestão de comprimidos controlados. A família acusa o então namorado dela, Thiago Augusto Borges, de indução ao suicídio, violência psicológica e patrimonial. O caso segue em investigação pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Acre (MPAC).

Visivelmente emocionada, Eduarda relatou o impacto profundo que a perda provocou na rotina da família. “Vai fazer sete meses que estou sem ela, que a nossa família está sem ela. Dói bastante, tanto pra mim quanto pra minha avó, que era muito próxima dela, e pro meu irmão também. Todos os dias dói um pouquinho mais”, desabafou.

Além da dor do luto, Eduarda falou sobre as críticas e cobranças que ela e os familiares têm recebido desde a tragédia. “Os questionamentos são diários. O que mais machuca é quando perguntam pra gente por que não fizemos algo, por que não percebemos. Tive que buscar terapia para lidar com isso, porque as pessoas julgam sem entender o que estamos passando”, afirmou.

A jovem também contou que precisou se afastar das redes sociais por causa das críticas constantes. “As pessoas acham que, se a gente aparece arrumada ou trabalhando, está tudo bem. Mas não está. Morreu um pedaço da gente. Essa é a primeira vez que falo sobre isso desde o início do ano”, completou.

A família de Joyce cobra justiça e pede que o caso seja reconhecido como feminicídio, não apenas como suicídio, devido ao contexto de abusos psicológicos, financeiros e emocionais que a vítima teria sofrido durante o relacionamento.

Caso Joyce: ‘Queremos que o crime dela seja reconhecido como feminicídio’, diz irmã da vítima

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Na manhã desta segunda-feira, 16, a irmã de Joycilene Sousa de Araújo, Jaqueline Sousa, falou à imprensa durante uma coletiva realizada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), onde familiares, autoridades e representantes de órgãos públicos debatem o caso que chocou o estado. Joyce, como era conhecida, morreu em novembro de 2024, após ingerir comprimidos controlados. A família acusa o namorado, Thiago Augusto Borges, de violência psicológica, patrimonial e indução ao suicídio.

Segundo Jaqueline, o processo criminal segue em andamento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), e, por isso, o investigado ainda não foi preso. “Ele entrou dentro de uma esfera criminal para poder ser responsabilizado pela morte da Joyce”, afirmou.

Mesmo sem contato direto por parte do acusado, Jaqueline relatou que ela e a filha de Joyce, Eduarda Cavalcante, têm recebido tentativas suspeitas de invasão em contas de e-mail e redes sociais. “Eu já vi tentativas por e-mail, tentativas de acessar as contas do Instagram, acessar o e-mail da Joyce, essas situações que não eram comuns”, disse.

A irmã destacou ainda as dificuldades emocionais enfrentadas pela família desde a perda de Joyce. “Nós estamos medicadas, é uma situação ruim, estamos com altos e baixos, tratando ansiedade, pânico. Nós também somos vítimas”, desabafou.

Jaqueline fez um apelo público para que o caso não seja tratado apenas como suicídio, mas como feminicídio. “A Joyce entrou em 2024 dentro da estatística de suicídio, e a gente quer mudar essa categoria. Queremos que o crime dela seja reconhecido como feminicídio. Isso precisa sensibilizar órgãos públicos, o sistema judiciário, homens e mulheres”, enfatizou.

Ela também criticou o julgamento que a família vem sofrendo por parte de algumas pessoas nas redes sociais e na vida cotidiana. “Sempre perguntam: ‘Mas vocês não observaram? Vocês não perceberam? Por que não fizeram isso?’ E a gente pede, publicamente, que parem de fazer esse questionamento. O foco não deve ser o porquê que a Joyce tomou essa atitude ou por que a gente não percebeu, e sim o porquê dele ter feito isso com ela”, concluiu.

Caso Joyce expõe falhas graves na proteção às mulheres no Acre, denuncia deputada

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Na manhã desta segunda-feira, 16, a deputada estadual Michelle Melo se pronunciou durante uma coletiva sobre o caso de Joycilene Sousa de Araújo, de 41 anos, que morreu no dia 17 de novembro de 2024 após uma parada cardíaca provocada pela ingestão de comprimidos controlados. A família acusa o namorado dela, Thiago Augusto Borges, de indução ao suicídio, violência psicológica e patrimonial.

Michelle Melo destacou que o caso, amplamente divulgado nas redes sociais e na imprensa, revela falhas graves nas políticas públicas voltadas à proteção das mulheres no Acre. Para a parlamentar, é preciso encarar de frente não apenas os casos de violência física e feminicídio, mas também os abusos emocionais e financeiros, que afetam diretamente a saúde mental das vítimas.

“O caso Joyce foi um caso amplamente divulgado nas mídias, nas redes sociais, de uma mulher que sofreu com estelionato financeiro, emocional e culminou nessa tentativa de suicídio e finalizou, de fato, com a sua morte. Mas levanta-se, vendo casos, muitos problemas de políticas públicas que nós temos no nosso Estado”, afirmou.

A deputada ainda chamou atenção para o descaso no atendimento à vítima, relatado pela própria família. “Vimos um verdadeiro desastre na condução das políticas públicas, em relação ao acionamento do 190, à saúde mental e à condução da primeira tentativa de suicídio. Precisamos realmente melhorar a atenção às nossas mulheres no Estado”, reforçou.

Joyce manteve um relacionamento virtual por cerca de 10 meses com Thiago Borges, que a família considera abusivo. Segundo a irmã, Jaqueline Sousa, e a filha, Eduarda Cavalcante, além das agressões psicológicas, Joyce foi vítima de manipulações financeiras que resultaram em dívidas superiores a R$ 200 mil, incluindo a compra de um carro em nome dela.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e acompanhado pelo Ministério Público do Acre (MPAC).

Governo divulga resultados de etapas do concurso da Educação

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead) e da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), divulgou nesta segunda-feira, 16, no Diário Oficial do Estado (DOE), os resultados das etapas do concurso público para provimento de cargos na área da Educação.

Estão disponíveis para consulta os seguintes documentos:

  • Gabarito final da prova objetiva;
  • Resposta da prova discursiva;
  • Resultado provisório da prova objetiva;
  • Resultado provisório da prova discursiva;
  • Resultado provisório da prova de títulos;
  • Resultado provisório da prova prática.

Os resultados individuais podem ser acessados no site da banca organizadora, o Instituto Nosso Rumo, por meio do endereço eletrônico www.nossorumo.org.br. Para visualizar as informações, o candidato deve fazer login com CPF e senha na área restrita do portal.

A organização do certame informa ainda que o prazo para interposição de recurso contra o resultado provisório da prova prática se inicia às 8h do dia 16 de junho e segue até as 21h59 do dia 17 de junho de 2025, conforme o horário oficial de Rio Branco. Os recursos devem ser enviados pelo site da banca, seguindo as instruções contidas no edital.

Com a publicação dos resultados, o concurso avança para sua etapa final. A condução do certame segue princípios da transparência, isonomia e legalidade, reafirmando o compromisso do governo do Estado em fortalecer a educação com a contratação de profissionais qualificados para atender às demandas da rede pública de ensino.

Ministério do Trabalho investiga mortes de trabalhadores durante manutenção em caixa d’água no Via Parque

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de dois trabalhadores ocorrida na última quinta-feira, 12, durante um serviço de manutenção em uma caixa d’água no Condomínio Via Parque, em Rio Branco. Os operários atuavam para uma empresa terceirizada contratada para realizar a impermeabilização do reservatório.

Segundo o superintendente regional do MTE no Acre, Leonardo Lani, as primeiras informações sobre o caso chegaram por meio da imprensa, o que levou ao início imediato da apuração formal. A principal linha de investigação é a possível negligência quanto ao cumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho por parte da empresa responsável pela obra.

Caso seja constatada alguma irregularidade, o MTE poderá emitir autos de infração e encaminhar os relatórios à Procuradoria do Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Advocacia-Geral da União (AGU). Entre as medidas possíveis estão a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e o ajuizamento de uma Ação Regressiva para que o INSS seja ressarcido por eventuais benefícios pagos às famílias das vítimas.

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), todas as empresas são obrigadas a realizar uma avaliação preliminar dos riscos antes da execução de qualquer atividade. No caso em questão, o MPT destacou que duas normas técnicas essenciais deveriam ter sido observadas para prevenir o acidente: a NR-33, que trata de trabalho em espaços confinados, e a NR-35, voltada à segurança em atividades realizadas em altura.

Trabalhos em espaços como caixas d’água exigem cuidados rigorosos, como a emissão de Permissão de Entrada e Trabalho (PET), ventilação forçada adequada, capacitação técnica dos trabalhadores e um plano de emergência previamente estabelecido.

As investigações seguem em andamento, e o MTE promete rigor na apuração dos fatos, visando responsabilizar os envolvidos e evitar que novas tragédias aconteçam.

Governo do Acre envia e aplica 400 toneladas de asfalto em ruas de Xapuri neste sábado

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Dando continuidade à Operação Verão 2025, o governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), realiza neste sábado, 14, a aplicação de 400 toneladas de massa asfáltica nas ruas do município de Xapuri, após o envio do material.

A presidente do Deracre, Sula Ximenes, reforçou o compromisso do governo com os municípios acreanos e destacou o olhar sensível da gestão estadual para Xapuri.

“Essa é uma determinação do governador Gladson Camelí, que nos orienta a trabalhar em parceria com todos os municípios, contribuindo com a infraestrutura urbana e rural. Com Xapuri, esse olhar é especial, e não poderia ser diferente. Nosso objetivo é garantir melhores condições de acesso, mobilidade e qualidade de vida para a população”, afirmou.

O material foi enviado pelo Deracre e está sendo utilizado prioritariamente no recapeamento dos trechos mais críticos da cidade, com início pela Rua Floriano Peixoto, onde estão localizados o Gabinete do Prefeito e o Fórum de Justiça. Em seguida, os serviços avançam para a Rua Joffre Koury, via que dá acesso ao Polo Industrial e ao bairro Constantino Melo Sarkis.

As equipes também atuam na recuperação do entorno da Praça Getúlio Vargas, área de grande fluxo de veículos e pedestres, onde funcionam serviços essenciais como o Cartório e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf). O restante da massa será utilizado em um amplo serviço de tapa-buracos nas principais vias da cidade.

O prefeito de Xapuri, Maxsuel Maia, acompanhou o início dos trabalhos e destacou a importância da união de esforços entre Estado e município.

“Essa parceria com o governo do Estado, por meio do Deracre e da presidente Sula Ximenes, tem sido fundamental para que possamos avançar nas melhorias que nossa população precisa. A aplicação deste asfalto vai trazer um impacto muito positivo para a cidade, além de todas as ações que já estão em andamento na zona rural, dentro da Operação Xapuri Bem Cuidada – Verão”, ressaltou.

A Operação Verão 2025 tem reforçado os investimentos em infraestrutura nos municípios, com serviços que fortalecem a trafegabilidade e promovem mais qualidade de vida aos acreanos.

Foragido que matou o próprio irmão faz nova vítima e é morto em confronto com a PM em Porto Walter

Um foragido da Justiça acusado de matar o próprio irmão voltou a cometer atos de violência e acabou morto em confronto com a Polícia Militar na madrugada deste domingo, 15, na comunidade Natal, zona rural de Porto Walter, interior do Acre.

Segundo informações apuradas, o suspeito não possuía identificação civil formalizada e vivia escondido em regiões de difícil acesso, o que dificultava sua captura pelas autoridades. Apesar de procurado por homicídio, ele permaneceu por meses foragido, deslocando-se entre comunidades isoladas.

Na madrugada deste domingo, o homem voltou a agir com extrema violência. Ele atirou contra dois moradores da comunidade onde se escondia. Uma das vítimas morreu no local e a outra sofreu ferimentos leves, sendo socorrida por populares.

Após os disparos, o foragido invadiu uma residência e manteve moradores reféns, aumentando a tensão entre os moradores da região. A Polícia Militar foi acionada, cercou a área e deu início a uma operação para conter o criminoso. Durante a ação, houve troca de tiros, e o suspeito acabou sendo alvejado e morto pelos policiais.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil. O corpo do homem foi removido do local e encaminhado para os procedimentos legais. As identidades das vítimas não foram divulgadas até o momento.

“Virou um campo de guerra. Ninguém aqui é bandido”, diz filha de produtor após prisões na Resex Chico Mendes

“O que era pacífico virou um caos, virou um campo de guerra, né?” O desabafo é de Rose Ribeiro, moradora da Reserva Extrativista Chico Mendes, no interior do Acre. Ela se refere à manifestação realizada no domingo (15), que terminou com a prisão de três moradores pela Força Nacional e pelo Exército Brasileiro, em meio a protestos contra a retirada de gado ilegal da unidade de conservação.

Segundo Rose, entre os detidos está seu próprio irmão. “Está preso na Polícia Federal como se fosse bandido”, afirmou em um vídeo compartilhado nas redes sociais.

A manifestação, que inicialmente reunia famílias extrativistas e pequenos produtores em frente à base do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Xapuri, terminou com confronto e prisões. De acordo com nota do ICMBio, os detidos foram flagrados com galões de gasolina e destruindo cercas. Horas antes, uma ponte nas imediações havia sido incendiada.

As ações fazem parte da Operação Suçuarana, iniciada em 5 de junho pelo ICMBio com o objetivo de remover rebanhos criados de forma irregular na reserva. Mais de 300 cabeças de gado já foram apreendidas, e dois produtores — Josenildo de Souza e Gutierrez Rodrigues — tiveram propriedades vistoriadas e interditadas.
Segundo a gerente regional do ICMBio, Carla Lessa, a operação visa áreas com histórico de desmatamento e ocupações ilegais, onde houve diversas notificações ignoradas. Segundo o órgão, a ação tem caráter educativo, mas é executada com apoio de forças de segurança federal devido ao acirramento dos conflitos.

Para muitos moradores, no entanto, a operação é vista como repressiva. A retirada do gado representa não apenas perdas econômicas, mas o temor de expulsão definitiva. “Ali, numa manobra bem desesperada para tentar impedir que levasse o gado do Gutiérrez e do Zé [sic]”, disse Rose. “Os manifestantes, no ímpeto ali do sangue, do sangue quente, do cansaço, da exaustão,tentaram, a qualquer custo, impedir que levasse o gado dos produtores rurais de maneira covarde [sic]”

As famílias dos fazendeiros envolvidos afirmam viver há mais de uma década na Resex e contestam a forma como a operação vem sendo conduzida. O ICMBio afirma que Josenildo foi notificado e desobedeceu ordem judicial para deixar a área. Já Gutierrez, segundo a assessoria do instituto, ainda possui um recurso pendente no processo que tramita na Justiça Federal.

A PRF declarou que sua atuação restringiu-se às rodovias. Já a PF confirmou que os presos foram detidos por equipes da Força Nacional e do Exército.

A Reserva Extrativista Chico Mendes, conhecida como Resex Chico Mendes, é uma unidade de conservação federal de uso sustentável localizada no estado do Acre, na região Norte do Brasil. Criada em 1990, a reserva foi nomeada em homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988 por sua atuação em defesa da floresta e dos direitos das populações tradicionais da Amazônia.

Situada em uma área que abrange aproximadamente 931 mil hectares de floresta amazônica, a Resex Chico Mendes compreende territórios de vários municípios acreanos, como Xapuri, Assis Brasil, Brasiléia, Sena Madureira, Capixaba e Rio Branco. O principal objetivo dessa unidade de conservação é garantir a subsistência das populações tradicionais que vivem na região, por meio da extração sustentável de recursos naturais, como a borracha, a castanha e a madeira manejada de forma autorizada.

Estima-se que cerca de 10 mil pessoas, organizadas em mais de 40 comunidades, habitam a reserva. Essas famílias são compostas principalmente por seringueiros, extrativistas e pequenos agricultores que preservam seus modos de vida e sua cultura enquanto utilizam os recursos naturais de maneira racional e sustentável.

A Reserva Extrativista Chico Mendes tem como objetivo representar um modelo de conservação que busca conciliar a proteção ambiental com o direito dessas populações tradicionais de viverem e produzirem em seus territórios. Contudo, nos últimos anos, a área tem enfrentado desafios significativos, como a presença de criação de gado ilegal, desmatamento e conflitos fundiários entre moradores antigos e novos ocupantes.