quarta-feira, 18 junho 2025
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Manoel Moraes critica operação do ICMBio em Xapuri e cobra soluções sustentáveis para produtores da Resex Chico Mendes

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O líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Manoel Moraes (Progressistas), usou a tribuna durante a sessão desta terça-feira (17) para manifestar solidariedade às famílias afetadas pelas recentes operações do ICMBio no município de Xapuri. O parlamentar classificou a ação como “desnecessária” e com uso de “força desproporcional”.

Servidor federal do Ibama, com histórico de atuação no município, Moraes afirmou conhecer de perto a realidade das comunidades da região, principalmente da área conhecida como Maloca. Segundo ele, muitos moradores sequer sabiam que viviam dentro da área da Reserva Extrativista Chico Mendes. “Eles não são invasores. São filhos, netos, pais que vivem ali há décadas buscando uma vida melhor. Eu mesmo trabalhei em Xapuri e só em 2006 colocaram a primeira placa dizendo que aquela área era reserva”, relatou.

O parlamentar fez duras críticas ao formato da operação, que envolveu agentes fortemente armados. “A forma como foi conduzida essa ação, com homens fortemente armados, não se vê nem em favelas do Rio de Janeiro. Isso não é o Acre que defendemos”, disse.

Manoel Moraes destacou ainda que apresentou ao ICMBio e à Coordenação da Amazônia um projeto de recuperação ambiental elaborado em parceria com professores da Universidade Federal do Acre e juristas locais. A proposta inclui alternativas sustentáveis, como reflorestamento com café, consórcios de madeira e gado, uso de cercas elétricas e recuperação de áreas de preservação permanente.

O deputado também cobrou agilidade na regulamentação da lei estadual que trata da compensação ambiental para pequenas propriedades fora das áreas de reserva. “Temos cobrado a Secretaria de Meio Ambiente. Sei que não é fácil, porque há conflito com normas federais. Mas a Assembleia fez sua parte e vai continuar insistindo para que essa lei entre em vigor o quanto antes”, reforçou.

Ao encerrar seu discurso, o líder do governo direcionou críticas ao Congresso Nacional, que, segundo ele, é o grande responsável pela crise que atinge o setor produtivo acreano. “O único culpado de tudo isso é o Congresso Nacional, que criou leis ruins para o Acre e não quer mudar. Mas nós aqui da Assembleia vamos continuar lutando. Não existe problema sem solução, e nós vamos encontrar essa solução com vocês”, finalizou.

“Respeitem quem trabalha”: deputados se unem contra operações federais em áreas rurais

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Com presença dos produtores rurais da Reserva Extrativista Chico Mendes na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na manhã desta terça-feira, 17, os deputados estaduais repudiaram as ações da operação e defender alternativas para a regularização fundiária e ambiental no Acre.

O deputado estadual Tadeu Hassem criticou a escolha do Acre para a realização da operação justamente na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente. “Eles poderiam ter escolhido qualquer outro estado. Mas escolheram o Acre, justamente o pequeno produtor. Até nisso fomos prejudicados”, declarou.

Hassem ainda afirmou que as ações colocaram em risco a integridade física dos moradores e prejudicaram economicamente a cadeia produtiva local. “Já tem caminhoneiro que não quer mais prestar serviço, frigorífico em Brasília que não aceita mais o animal para abate, e enquanto isso nossas crianças passam fome”, completou.

O deputado Pedro Longo também criticou a atuação do Ibama e relatou casos em que servidores federais se recusaram a apresentar mandados judiciais durante as ações. “Destruição de currais sem mandado judicial, isso é inaceitável. Essa área onde estão atuando nem sequer fazia parte da reserva originalmente. Essas pessoas estavam ali de boa fé, trabalhando”, afirmou.

Longo defendeu a transformação de parte da Reserva Chico Mendes em projeto de assentamento para garantir aos moradores o direito de produzir legalmente. “Consultem os moradores se eles querem viver de extrativismo ou se querem produzir. A resposta será quase unânime: eles querem produzir”, concluiu.

O deputado Pablo Bregense apontou ainda outra preocupação: o avanço do crime organizado na fronteira. Segundo ele, a retirada da Força Nacional de áreas estratégicas estaria deixando cidades acreanas vulneráveis. “O crime organizado está batendo palma para essa operação. Tiraram a Força Nacional da fronteira de Plácido de Castro e deixaram apenas 12 policiais. É a página mais triste que o Acre escreveu na minha geração”, lamentou.

Já o deputado Edvaldo Magalhães destacou que a Assembleia Legislativa aprovou uma lei que permite a compensação ambiental utilizando florestas públicas estaduais, justamente para regularizar propriedades de pequenos produtores. No entanto, segundo ele, o governo do Estado ainda não regulamentou a aplicação da medida.

“A lei está aprovada e sancionada desde fevereiro, mas até agora o governo não baixou o decreto que autoriza sua aplicação. Temos mais de cinco mil propriedades embargadas que poderiam ser liberadas imediatamente”, denunciou.

O parlamentar defendeu que o Executivo estadual, juntamente com os órgãos ambientais, o Incra e a bancada federal, se mobilize urgentemente para regulamentar a lei e buscar soluções definitivas para o problema. “Só discurso não resolve. O que resolve é ação concreta”, completou.

O deputado Arlenilson Cunha também reforçou o impacto social das ações. “O Acre é um dos estados mais pobres do Brasil. Não podemos aceitar ver nossos produtores sendo humilhados pelo aparato estatal em nome de uma política autoritária e excludente”, criticou.

Já o deputado Marcus Cavalcante fez um pronunciamento emocionado. “É triste ver homens e mulheres de mão calejada, crianças vendo suas casas serem destruídas, seu patrimônio, que foi construído durante uma vida inteira, indo embora. Mas sabe o que é isso? É porque o Brasil, hoje governado pelo presidente Lula, tem a digital da ministra Marina Silva nessa operação. Nós temos que aparecer na Europa, para aqueles que muitas vezes exigem essas operações, como Alemanha e França. Mas a custa da dor e do sofrimento do nosso povo? Não podemos aceitar isso. Tirem o agro desse estado e a miséria vai se instalar de ponta a ponta”, afirmou.

Cavalcante ainda criticou o que chamou de “verdadeiro terror” praticado pelos agentes federais. “Não precisamos de massacre de homens fortemente armados entrando nas propriedades como se fossem bandidos. Isso não é admissível. Vamos perseguir e destruir quem desmatou um ou dois hectares para alimentar a família? Respeitem quem trabalha!”, desabafou.

A deputada Michelle Melo também se posicionou em defesa dos produtores. “A primeira coisa que eu defendo é a vida daqueles que moram na floresta. Eu não quero ver meus amigos passando fome, perdendo os sonhos das suas vidas. Quantos de vocês sustentam famílias inteiras com o que produzem? Esse problema precisa ser prioridade no nosso Estado”, disse.

O presidente da Aleac, Nicolau Júnior, também prometeu apoio e destacou a necessidade de articulação com o governo federal. “O que a Assembleia puder fazer diante do governo estadual, pode ter certeza que nós vamos fazer. São 24 deputados comprometidos com esse assunto. Vamos cobrar providências do IMAAC e da Secretaria do Meio Ambiente”, destacou.

O deputado Emerson Jarude criticou duramente a ação federal. “Eu nunca vi tanta covardia, nem pra desmontar esquema de corrupção, nem pra enfrentar o crime organizado tivemos operações como essa. Parece que produzir no Acre virou crime. E por que essas operações não ocorrem em Minas Gerais, São Paulo ou Rio de Janeiro? É fácil vir aqui, no estado mais pobre, onde deveríamos ser apoiados e não massacrados. O governo federal quer mostrar serviço para fora às custas do sofrimento do nosso povo”, afirmou Jarude.

Já o deputado Eduardo Ribeiro questionou: “Por que o Acre tem que pagar essa conta? Por que escolheram o Acre e não outros estados mais ricos? Porque nossas leis ambientais são mais rígidas, nossos custos são mais altos e agora querem impor mais essa dificuldade. Isso é inadmissível”, frizou.

Tadeu Hassem cobra revisão urgente na lei das reservas ambientais do Acre: “Os tempos mudaram, o povo evoluiu”

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Durante a sessão desta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) fez um pronunciamento incisivo cobrando a revisão da legislação que rege as reservas ambientais no estado.

Representante da região do Alto Acre, o parlamentar afirmou que as atuais regras estão desatualizadas e não acompanham a evolução social e econômica do Acre.

“Hoje temos aproximadamente 22 áreas de conservação entre reservas federais e estaduais. Mas os tempos mudaram, o Acre cresceu, o nosso povo evoluiu, nossa economia também. Essa lei precisa, urgentemente, ser revista em Brasília”, afirmou.

Hassem destacou que sua defesa não é contra o meio ambiente, mas contra a forma como os produtores rurais estão sendo tratados após a operação realizada na Reserva Extrativista Chico Mendes.

“Eu defendo a Amazônia, defendo o extrativismo, mas não da forma como estão tratando nosso povo. O que estão fazendo com os pequenos produtores é desumano”, criticou.

O parlamentar também chamou atenção para os impactos econômicos que a crise ambiental já está causando no Alto Acre. Segundo ele, frigoríficos de Brasileia já deixaram de receber animais, caminhoneiros se recusam a fazer fretes e os insumos estão sendo levados para fora do estado.
“Enquanto isso, as crianças do Acre também precisam se alimentar. Não podemos fechar os olhos para essa realidade”, ressaltou.

Hassem alertou ainda para o risco de conflitos na zona rural. “O produtor tem na sua casa condições mínimas de defesa. E se tivesse acontecido uma tragédia? Se alguém tivesse sido vítima durante essas ações? Essa reflexão é urgente”, afirmou.

Por fim, o deputado reforçou que a Assembleia Legislativa tem responsabilidade sobre o tema e que a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Agro será fundamental na luta por mudanças. “Tem gente que pergunta: ‘O que a Assembleia tem a ver com isso?’. Nós somos a casa do povo, é nosso dever lutar por quem vive e produz aqui”, diz.

Sindicalista alerta para possível greve geral dos servidores da Saúde no Acre

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Durante a mobilização realizada na manhã desta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a sindicalista Alesta, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, afirmou que a categoria não descarta a deflagração de uma greve geral.

Segundo ela, embora a paralisação desta terça seja apenas uma advertência, os trabalhadores já se articulam para ações mais contundentes diante da demora do governo em finalizar e enviar o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) à Aleac.

“Nós passamos 18 meses negociando o PCCR. O Governo do Estado contratou uma empresa pra construir isso, e a gente quer que o Governo do Estado chegue na Assembleia com o nosso PCCR pronto. Mesmo o limite prudencial estando alto, ele tem que mandar pra cá e mostrar um plano pra baixar esse limite. Porque senão, nós nunca vamos ter PCCR. E o movimento é pra isso: baixar o limite prudencial e o nosso PCCR.”

“Marina e Lula estão se apropriando dos bens do trabalhadores do Acre”, desabafa produtor rural

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Durante um protesto realizado na manhã desta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o produtor rural José Augusto, morador da região da Transacreana, em Rio Branco, se manifestou contra a Operação Suçuarana, realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes. A ação tem gerado revolta entre agricultores da região, que alegam abuso por parte das autoridades ambientais.

Representando a Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais da Transacreana, José Augusto falou à reportagem da Folha do Acre e criticou diretamente a atuação do governo federal e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Segundo ele, os pequenos produtores estão sendo tratados como criminosos e tendo seus bens confiscados injustamente.

“Sou produtor rural aqui da região da Transacreana e represento, através da Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais, os produtores rurais dessa região. Ele ainda acusa Lula e Marina de estarem se apropriando de bens dos trabalhadores rurais do Acre. “Marina e Lula estão se apropriando dos bens do trabalhadores do Acre”, desabafou.

Augusto, ainda defendeu os produtores rurais – que segundo ele tem sido tratados como bandidos.

“Produtores rurais não são bandidos, são produtores rurais, são homens trabalhadores e mulheres trabalhadoras. Onde eles chegam, o Estado brasileiro chega confiscando todos os bens desses produtores rurais, desses homens que estão no campo, que viveram a vida inteira se dedicando às suas famílias e à sua propriedade, que conseguiram, ao longo do tempo, com as cabeças de gado, produzir algo para alimentar as cidades. E, através do ICMBio, foram lá, destruíram, derrubaram as casas, deixaram esse produtor rural sem nada. Nós não podemos aceitar isso. Nós queremos justiça, mas uma justiça que possa incluir todos os brasileiros. O que nós estamos vendo na reserva Chico Mendes, é o que nunca pensei em ver no Acre. O governo federal, o governo Lula, se apropriando dos bens das pessoas, dos produtores rurais, de pequenos produtores rurais. Isso é inadmissível. Nós não podemos aceitar. Queremos justiça para que se possa sentar, discutir e fazer esse estado crescer. O estado precisa crescer. É pobre. É muito pobre o nosso estado. Para o governo federal vir e confiscar bens de pequenos produtores rurais. Nós não aceitamos isso,” disse o produtor rural.

A manifestação na Aleac reuniu dezenas de produtores rurais que pedem mais diálogo com os órgãos ambientais e soluções que considerem o histórico e a realidade dos moradores da reserva. Eles defendem o direito à permanência nas áreas onde vivem e produzem há décadas, alegando que a atual política ambiental está penalizando injustamente famílias inteiras.

A Operação Suçuarana, que visa combater crimes ambientais na Resex Chico Mendes, tem sido alvo de críticas por parte dos moradores locais, que denunciam a destruição de bens e a falta de diálogo com a população afetada.

“Vamos colapsar a pecuária do Acre se não houver uma solução”, alerta Longo sobre embargos e crise na Resex Chico Mendes

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Durante a sessão desta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo (PDT) fez um discurso firme em defesa dos produtores rurais do estado, denunciando ações abusivas de fiscalização ambiental e alertando para o risco de colapso na pecuária acreana caso o governo federal não atue com urgência para rever os embargos que atingem centenas de pequenas propriedades.

“Vamos colapsar a pecuária do Acre se não houver uma solução”, afirmou o parlamentar, referindo-se ao bloqueio que impede pequenos criadores de continuar suas atividades. Ele relatou ter recebido informações de que, somente em Feijó, há 700 pequenas propriedades embargadas, afetando diretamente a cadeia produtiva.

O pedetista manifestou profunda indignação com as ações do ICMBio na Reserva Extrativista Chico Mendes, em especial na região de Xapuri. Segundo ele, estão sendo realizadas apreensões de gado e destruição de currais sem mandado judicial, o que classificou como “cenas inaceitáveis”. “Eu vi um deputado federal questionar se a operação era administrativa ou judicial, e o servidor do ICMBio teve a petulância de dizer que não estava autorizado a informar. Isso eu nunca vi na vida”, protestou.

Ex-juiz e conhecedor da região, Pedro Longo destacou que as áreas onde famílias estão sendo expulsas eram consideradas “área branca” e só foram incorporadas à reserva anos após a ocupação por produtores que estavam ali de boa fé. Para ele, a única solução possível é a mudança da legislação federal. “A reserva Chico Mendes é muito grande, tem quase um milhão de hectares. É preciso consultar os moradores: eles querem viver de extrativismo ou querem produzir? A resposta será unânime: todos querem produzir”.

O deputado defendeu a transformação de parte da reserva em projeto de assentamento, com entrega de títulos de propriedade aos produtores e garantia do direito de produzir. “Não dá mais para viver em um regime de escravidão, onde Brasília decide o que o acreano pode ou não plantar”, disse.

Pedro Longo também cobrou a formação de uma força-tarefa, envolvendo o Governo do Estado, a Procuradoria-Geral, a Defensoria Pública e a Aleac, para buscar soluções concretas e imediatas para o problema dos embargos. Segundo ele, é preciso levar ao Congresso Nacional uma proposta que estabeleça um prazo para regularização, garantindo segurança jurídica aos produtores.

Ao final do discurso, o deputado anunciou uma articulação com o ex-ministro da Defesa e ex-deputado federal Aldo Rebelo, relator do Código Florestal, que virá ao Acre nos próximos dias. “O Aldo é, talvez, o maior especialista nos assuntos da Amazônia e no bloqueio que a Amazônia está sofrendo para o seu progresso. Ele virá para ouvir vocês e discutir conosco soluções efetivas”.

“Operação contra produtores na Resex Chico Mendes favorece crime organizado”, diz deputado Tio Pablo

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O deputado estadual Tio Pablo (PSD) fez um dos discursos mais duros da sessão desta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), ao comentar os impactos da Operação Suçuarana realizada na Reserva Extrativista Chico Mendes. Em plenário, o parlamentar classificou a situação como “uma das páginas mais tristes da história recente do Acre” e disse que a operação tem deixado os produtores rurais em estado de desespero.

Tio Pablo afirmou ainda que a operação contra os produtores mobiliza as forças policiais que deveriam estar combatendo o crime organizado e assim acaba favorecendo os verdadeiros criminosos.

Com a galeria da Casa lotada de trabalhadores rurais de diferentes municípios do estado, Tio Pablo afirmou que o Acre está vivendo um cenário de injustiça e abandono. “Enquanto atacam nossos produtores de forma desumana, o crime organizado está batendo palmas. Deixaram a fronteira completamente vulnerável”, disparou.

O deputado relatou ter recebido uma denúncia de um estudante de medicina, morador da região de fronteira em Plácido de Castro, que alertou para a retirada da Força Nacional da área. “Hoje, a segurança da fronteira está nas mãos de apenas doze policiais. Quem tem caminhonete na fronteira, guarde. Eu morei lá, eu sei como funciona”, disse.

Tio Pablo foi enfático ao afirmar que o governo federal age com dureza contra pequenos produtores, mas não demonstra a mesma coragem para enfrentar o crime organizado. “Além de não ter coragem de enfrentar quem realmente ameaça a sociedade, agora deixam os bens da nossa população nas mãos dos criminosos”, criticou.

O parlamentar informou que já tramita, por meio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), um pedido formal de suspensão da operação. “Essa operação precisa ser interrompida imediatamente. O que estamos vendo é um massacre contra quem trabalha”, afirmou.

Ele também cobrou uma postura mais firme da bancada federal e de outras autoridades que, segundo ele, permanecem em silêncio. “Até agora, pelo que estou vendo, a Assembleia Legislativa virou o ator principal dessa luta. Somos nós que estamos indo aos protestos, recebendo os produtores aqui, enquanto a bancada federal continua na inércia”, alfinetou.

Tio Pablo ainda direcionou críticas a parlamentares acreanos que, mesmo eleitos com discurso alinhado à direita, hoje integram a base do governo federal e, segundo ele, não têm agido em defesa dos produtores.

“Não estou dizendo que está errado estar na base do governo, mas cadê o diálogo? Não vejo ninguém no ICMBio, no STF, no STJ, tentando resolver essa situação. Está todo mundo calado”, reclamou.

O deputado lembrou que a própria Aleac já aprovou quatro leis que poderiam ajudar na regularização da situação dos produtores que vivem nas florestas públicas do estado. “Essa Casa tem leis que podem resolver a vida de muita gente que está aqui. Mas quem tem poder de fato para agir, permanece na inércia”, afirmou.

Encerrando seu discurso, Tio Pablo reforçou seu compromisso com os trabalhadores rurais. “Enquanto houver Parlamento, a voz de vocês vai ecoar aqui. Vamos garantir que pais e mães tenham esperança, possam formar seus filhos, pagar suas contas. Porque, já já, a conta bancária vai chegar e o sofrimento vai aumentar ainda mais”, concluiu.

Tio Pablo critica inércia da bancada federal e cobra ações concretas contra embargos ambientais no Acre

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Em entrevista a um jornal local, o deputado estadual “Tio Pablo” (PSD) fez duras críticas à falta de medidas efetivas por parte da bancada federal e de órgãos estaduais diante da crise provocada pelos embargos ambientais que afetam produtores rurais do Acre. Parlamentar e também produtor rural, Tio Pablo classificou o momento como “uma página da história do Acre que nos envergonha”.

“Vejo com bastante preocupação e tristeza o que está ocorrendo. Nós, como políticos, nos sentimos impotentes frente a essa situação. A Assembleia Legislativa não tem competência para legislar sobre isso, mas temos a responsabilidade de dar voz ao público”, afirmou.

O deputado relembrou que, há dois anos, já havia alertado para os impactos das ações do ICMBio, especialmente na região de Sena Madureira e no Rio Caeté, onde famílias chegaram a fugir para a mata durante operações. “Houve crianças que se perderam na mata naquela ocasião. O problema só vem se agravando desde então”, relatou.

Durante a entrevista, Tio Pablo demonstrou solidariedade aos produtores que ocuparam o plenário da Aleac e destacou que existe atualmente um pedido tramitando na Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pela suspensão das ações até que alternativas legais de regularização sejam viabilizadas. No entanto, ele criticou a falta de movimentação da bancada federal acreana.

“Até agora estamos vendo só discursos vazios e rasos. A única iniciativa concreta que temos é um mandado de segurança impetrado pela CNA. Precisamos que nossa bancada saia da inércia e pressione o governo federal, o ICMBio e a Presidência da República para encontrar soluções”, cobrou.

Tio Pablo também criticou a omissão da Secretaria Estadual de Agricultura, afirmando que até o momento nem mesmo uma nota oficial foi emitida em solidariedade aos produtores. “Por mais que eu goste muito do nosso secretário, sou da base, mas a secretaria precisa se posicionar. Não podemos continuar na inércia”, destacou.

Ao final, o parlamentar defendeu que a Assembleia Legislativa seja o espaço de mobilização da causa ruralista. “É aqui o local para que os produtores se manifestem. Precisamos sair do comodismo e começar a brigar de verdade por quem trabalha no campo”, concluiu.

Profissionais da Saúde protestam na Aleac por valorização e avanço no PCCR

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Os servidores da saúde realizaram na manhã desta terça-feira (17), uma manifestação na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para cobrar do Governo do Estado a conclusão e o envio à Casa do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria. O ato contou com a presença de sindicatos e parlamentares e ocorreu como uma paralisação de advertência aprovada em assembleia dos trabalhadores.

Entre os presentes, o deputado estadual Adailton Cruz (PSB), que também é servidor da saúde, prestou apoio ao movimento. “O manifesto hoje é da saúde, paralisação que a saúde deliberou, de oito ao meio-dia. Nós estamos aqui apoiando, eu também sou servidor em saúde, e o maior objetivo aqui é exigir e pedir que o governo conclua a reformulação do plano da saúde. O PCCR está em fase final de conclusão e como foi divulgado agora o relatório fiscal que não tem brecha fiscal, eles pararam. O objetivo aqui é que continue, conclua, faça os ajustes e mande pra Casa — pra Casa aqui é a Assembleia. Na hora que tiver brecha fiscal, será votado.”

Cruz ainda reforçou que a luta por um plano unificado é antiga. “Os nossos trabalhadores deixaram claro que estão há 25 anos esperando um plano de carreiras e não aceitam um plano separado agora. Tem que ser concluído e vão encaminhar aqui, inclusive, mais manifestos na semana que vem até que esse plano seja concluído e enviado pra cá. Além disso, está sendo colocada aqui situações inerentes à saúde: déficit de pessoal, leito, exame de alta complexidade, que precisa melhorar, precisa ter mais investimento. A luta aqui é pra que a saúde como um todo melhore. E nós aqui da Assembleia estamos juntos. Sou servidor em saúde, sou parlamentar e vou estar onde os meus colegas servidores de saúde estiverem.”

O deputado também informou que houve contato do governo com os sindicatos. “O governo acabou de mandar uma mensagem aqui, nos ligaram. Eles convidaram os sindicatos pra sentar com todos da saúde no próximo dia 27, sexta-feira da semana que vem, às 9 horas, pra justamente repassar o cronograma de conclusão dessa reformulação do plano. Se os sindicatos entenderem que é favorável, certamente esses movimentos serão suspensos. Se não, o movimento vai continuar, e eu vou estar junto com os nossos trabalhadores.”

A presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Alesta, também participou do ato e explicou os motivos da mobilização. “Nós passamos 18 meses negociando o PCCR. O Governo do Estado contratou uma empresa pra construir isso, e a gente quer que o Governo do Estado chegue na Assembleia com o nosso PCCR pronto. Mesmo o limite prudencial estando alto, ele tem que mandar pra cá e mostrar um plano pra baixar esse limite. Porque senão, nós nunca vamos ter PCCR. E o movimento é pra isso: baixar o limite prudencial e o nosso PCCR.”

Questionada sobre a possibilidade de greve, Alesta respondeu: “Nós estamos com uma paralisação de advertência hoje. Nós nos reunimos com todos os sindicatos do Estado e dia 25 também teremos uma outra paralisação geral de todos os trabalhadores do Estado. Porque o Governo não vai poder dizer que a gente está dando espaço pra ele. A gente está dando tempo, tendo tolerância, mas vai chegar uma hora que a gente vai parar geral.”

A mobilização desta terça-feira é mais um capítulo na cobrança de melhorias estruturais e valorização dos servidores da saúde pública no Acre, com promessas de novas manifestações caso o plano não seja finalizado e enviado ao Legislativo.

TJAC convida sociedade para colaborar na definição das Metas Nacionais do Judiciário

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O formulário está disponível até 30 de junho e promove de forma democrática a participação do público interno e externo

A partir desta segunda-feira, 9, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) convida magistradas, magistrados, servidoras, servidores, membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, advogados e toda a sociedade a participarem da pesquisa “Gestão Participativa, juntos por uma Justiça ainda melhor!”.

A consulta pública integra uma ação coordenada entre os tribunais estaduais brasileiros para ouvir a população sobre as prioridades do Poder Judiciário para 2026.

As contribuições vão nortear a formulação das Metas Nacionais do Poder Judiciário e ajudarão a direcionar os esforços dos tribunais para o aperfeiçoamento dos serviços prestados à população.

A pesquisa é prevista na Resolução CNJ nº 325/2020, que estabelece as diretrizes da Estratégia Nacional do Poder Judiciário até 2026. O formulário contempla perguntas sobre diferentes aspectos do sistema de Justiça, como agilidade no atendimento, realização de audiências e condições das unidades judiciais.

As metas nacionais serão consolidadas após análise e discussão entre todos os segmentos da Justiça brasileira e, na sequência, aprovadas durante 19º Encontro Nacional do Poder Judiciário, a ser realizado pelo Conselho Nacional de Justiça.

Para participar, clique aqui: https://www.tjba.jus.br/gestaoparticipativa/