sexta-feira, 18 julho 2025
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Furtos de cabos no centro mobilizam Acisa e polícia para conter prejuízos e insegurança

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Preocupada com os constantes furtos de cabos elétricos de cobre no centro de Rio Branco, a Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa) promoveu na manhã desta quinta-feira (10) uma reunião para discutir soluções conjuntas com representantes da segurança pública e do Judiciário. O encontro, realizado na sede da instituição, reuniu autoridades, comerciantes e membros da diretoria da entidade, que relatam prejuízos recorrentes e sentimento de insegurança.

A iniciativa partiu da vice-presidente da Acisa, Siglia Abraão, que propôs a reunião após diversos relatos de comerciantes da região central.

Para a presidente da Acisa, Patrícia Dossa, a situação já ultrapassou o limite do aceitável. “Acontece com certa frequência, todo mundo na mídia está vendo que está saindo cada vez com uma recorrência maior. Qual está sendo o impacto que você está vendo para os comerciantes? Impacto muito negativo. Tem comerciante que nos relata que toda semana, direto, tem acontecido esses roubos”, afirmou.

Segundo Patrícia, o prejuízo é difícil de mensurar justamente pela falta de registros oficiais. “Nós estimamos, em média, o quanto de prejuízo está dando esse furto para os comerciantes? Não, justamente porque o que tem acontecido? Muitos comerciantes nem vão para a delegacia. A gente nem tem números, porque eles pensam, ah, não vai adiantar muita coisa, né? Eu vou fazer um BO online, não vai resolver. Aí vem a questão judiciária mesmo, que a pessoa, às vezes, é presa. Eu mesma já peguei uma pessoa dentro da loja, ele ficou preso uma noite e no outro dia estava solto. Então, muitos comerciantes já desanimaram até com essa coisa de fazer o BO, porque não dá em nada. Então, a gente não tem números”, lamentou.

Para a presidente da entidade, a reunião é o primeiro passo para fortalecer a articulação entre o setor privado e o poder público. “Nós somos procurados pelos comerciantes do centro, principalmente, para que a gente faça esse tipo de reunião, para tentar juntar mesmo o setor público com o privado, para que a gente consiga ter alguma solução para isso ou, pelo menos, amenizar a mudança do centro. O POP já deu alguma melhora ali pelo centro, mas não é só no centro que vem acontecendo. Então, nós reforçamos que o nosso serviço aqui na Acisa é justamente defender os interesses dos empresários. Por isso, nós provocamos essa reunião aqui hoje, para iniciar as conversas para tentar resolver esse problema. E a gente acredita muito na parceria público e privado, que nós temos também que ajudar o poder público a resolver esses problemas”, enfatizou Patrícia.

Entre as autoridades presentes, o delegado Nilton Boscaro, diretor de Inteligência da Polícia Civil e responsável também pela Diretoria de Polícia da Capital e do Interior do Estado, reforçou a importância de os comerciantes registrarem os boletins de ocorrência para fortalecer as investigações. “É de suma importância que todo cidadão que seja lesado, que tenha violado algum direito que constitua crime, que procure a Delegacia de Polícia, porque a Polícia Civil trabalha diuturnamente fazendo análise de dados. Então, se esse dado não chega até a Polícia Civil, isso prejudica no trabalho investigativo”, destacou.

Boscaro explicou que parte do material furtado é escoada para fora do Estado, mas as operações já buscam atingir toda a cadeia criminosa. “Nós deflagramos a Operação Dínamo e fizemos um trabalho voltado tanto para as pessoas que realizam os furtos, como também para os receptadores. E, como eu falei, é um trabalho constante de análise, que estamos trabalhando com essas hipóteses de não ficar apenas aqui no Estado, mas também ir para fora. Então, tudo isso está sendo investigado pela equipe da Polícia Civil”, detalhou.

Questionado sobre os principais motivadores do crime, o delegado foi direto: “Normalmente, os atores desse tipo de crime são usuários de drogas. Então, a gente traz aí a complexidade da segurança pública, porque não é a polícia que vai ter que cuidar dessa questão de usuário de drogas. Temos aí já decisões dos tribunais falando que usar droga em certa quantidade não é crime. Então, isso acaba, às vezes, fomentando o uso. Só que, normalmente, quem usa são moradores de rua. Nem sempre, mas normalmente. Existem pessoas de uma classe mais baixa que fazem uso desse tipo de droga e aí não têm condição de sustentar o vício. Vão praticar esses delitos, principalmente de furto. E aí, no caso, cobre para poder revender e conseguir um dinheiro para poder alimentar o seu vício. E aí acaba revelando que é um problema muito maior, que deve ter um diálogo não só com as instituições policiais, mas com justiça civil, justiça criminal, com o Ministério Público, com a Defensoria, com a saúde, com a educação. Então, todos os órgãos ali devem ser chamados para um diálogo franco sobre essa problemática”, explicou.

Para Patrícia Dossa, a união é o caminho mais viável para enfrentar o problema de forma mais eficiente. “Essa é a primeira de uma série de reuniões. Nós vamos começar a discutir aqui hoje o que a gente pode fazer para amenizar essa situação”, concluiu.

A Acisa reforçou o convite aos comerciantes para que continuem colaborando com informações e participem dos próximos encontros. A expectativa é de que, a partir do diálogo aberto entre comerciantes, Judiciário, Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública, sejam estabelecidas estratégias efetivas para reduzir os furtos, proteger o patrimônio dos empresários e melhorar a sensação de segurança no centro da cidade.

 

Encerramento do projeto “Redação Nota 1000” marca transição para o EducaAleac

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A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou nesta quarta-feira (9), às 19h, o encerramento de mais uma edição do projeto “Redação Nota 1000”. A iniciativa da Escola do Legislativo Acreano atendeu 100 alunos nesta etapa e já alcançou mais de mil estudantes em todo o estado, com destaque para Cruzeiro do Sul, onde foi registrada a primeira nota máxima do programa, onde mais de 400 alunos participaram. Hoje foram entregues os certificados de conclusão do Redação Nota 1000.

O presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior (PP), ressaltou a relevância das iniciativas educacionais promovidas pela Casa e seu impacto direto na formação da juventude acreana: “Investir na educação dos nossos jovens é garantir um futuro melhor para todo o Acre. Projetos como o Redação Nota 1000 e o EducaAleac mostram que a Assembleia Legislativa está comprometida com o fortalecimento do conhecimento, da cidadania e da preparação dos nossos estudantes para os grandes desafios da vida acadêmica e profissional. É motivo de orgulho ver tantos talentos sendo incentivados aqui dentro da Casa do Povo.”

O Secretário Geral da Assembleia, Deputado Luiz Gonzaga, participou do encerramento e da entrega dos certificados e premiações.

A oficina inclui oito horas de aula, divididas em dois dias, com encerramento no terceiro. Os alunos aprendem sobre estrutura textual, estratégias argumentativas e repertório sociocultural, além de produzirem uma redação com base em temas propostos. Os textos são corrigidos por uma equipe de professores e as melhores produções são premiadas com certificado e reconhecimento público.

O objetivo é desmistificar o “mostro” da redação e oferecer instrumentos que nas aulas do curso regular não conseguem ter tempo para oferecer. O aluno que entra no Redação Nota 100 é diferente de quando ele sai. Além de tudo, os professores seguem dando acompanhamento via aplicativo de mensagem do celular par os alunos que recebe, dez temas de redação para praticarem ao longo do tempo, até a data do Enem.

Com já ficou consolidado, no encerramento do projeto as melhores redações (que obtiveram as melhores notas) foram premiadas e, além do certificado, receberam fones de ouvido, como um reconhecimento ao esforço de cada um e pelo medito alcançado.

Nesta edição os premiados foram:

• 3º lugar Ana Vitória Alves de Jesus;
• 2º lugar Débora Cristina de Souza;
• 1º lugar Andriw Gabriel Barreto.

Ainda se destacaram durante o curso os alunos:

• Nathalia Pacífico Pimenta;
• Mayra Victoria do N. Nascimento;
• Ana Beatriz Oliveira de Souza;
• Karoline Araújo Barbosa;
• Laura Eduarda Souza Silva;
• Aylla Ílice Cunha de Orlá.

Início do EducaALEAC

Hoje também foi dada a largada para o projeto Pré-ENEM dentro do EducaAleac, com os mesmos 100 alunos. O programa é voltado para a preparação intensiva dos estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio e segue até novembro. “Durante a matrícula, muitos manifestaram o desejo de passar pela oficina de redação. Diante da demanda, incluímos o Redação Nota 1000 como etapa inicial do EducaAleac”, explicou a diretora da Escola do Legislativo Michele Andressa da Silva.

Aleac aprova PL que garante auxílio de um salário mínimo a órfãos de vítimas de feminicídio

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Com foco na proteção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, a Assembleia Legislativa do Acre aprovou nesta terça-feira (9) o Projeto de Lei nº 2305/2025, que altera a Lei nº 4.065/2022 e regulamenta a concessão de auxílio-financeiro mensal aos filhos menores e dependentes de mulheres vítimas de feminicídio, até que completem 18 anos.

De acordo com a nova redação do artigo 4º, o auxílio financeiro, no valor de um salário mínimo, será pago ao conjunto dos filhos e dependentes menores de 18 anos de idade na data do óbito da mulher vítima de feminicídio. A alteração suprime o trecho anterior que previa a fixação do valor por decreto do Poder Executivo, conferindo mais objetividade e segurança à aplicação da política pública.

O benefício poderá ser concedido provisoriamente mediante requerimento de parentes em linha reta ou colateral, ou de representantes legais, desde que haja indícios concretos da materialidade do crime. O texto também proíbe que o autor, coautor ou partícipe do feminicídio represente os menores para fins de recebimento ou administração da pensão.

Caso fique comprovado judicialmente que não houve feminicídio, o pagamento será interrompido de imediato, sem obrigatoriedade de devolução dos valores recebidos, salvo em caso de má-fé. O auxílio poderá ser cumulativo com outros benefícios previdenciários ou pensões, salvo em caso de opção expressa.

A Secretaria de Estado da Mulher será responsável pela gestão e pagamento do benefício, que também poderá ser concedido a crianças e adolescentes que já se enquadravam nos critérios da lei, mesmo nos casos de feminicídios ocorridos anteriormente à sua publicação, sem efeitos retroativos. O projeto segue agora para sanção do governador Gladson Cameli.

Ascom Aleac

Jorge Viana critica tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros e ironiza lema bolsonarista: “Cadê o Brasil acima de tudo?”

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O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, utilizou as redes sociais nesta quinta-feira, 10, para se manifestar sobre a decisão dos Estados Unidos, liderados pelo presidente Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Sem mencionar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro ou o deputado Eduardo Bolsonaro, Viana apontou que a postura adotada por ambos em relação aos Estados Unidos contribuiu para o atual cenário, que, segundo ele, representa um prejuízo significativo ao Brasil.

Em tom crítico e irônico, Viana ironizou um dos principais lemas do bolsonarismo — “Brasil acima de tudo” — para questionar os impactos da medida. “Uma coisa são as disputas políticas e as diferenças ideológicas. A outra é prejudicar um país inteiro numa guerra que só tende a destruir negócios nacionais, comprometendo nossos empregos e nossa economia. Cadê o ‘Brasil acima de tudo’?”, escreveu o presidente da ApexBrasil em publicação no X (antigo Twitter).

Câmara aprova projeto de criação de novos cargos no STF; bancada acreana se divide

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A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, 9, o Projeto de Lei 769/2024, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF), que cria 160 funções comissionadas de nível FC-6 e 40 cargos de técnico judiciário para atuação como agentes da polícia judicial. A proposta agora segue para análise do Senado Federal.

O texto aprovado inclui um substitutivo do relator, deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR), e tem como objetivo, segundo o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, reforçar a estrutura dos gabinetes ministeriais com servidores mais qualificados. As novas funções comissionadas de nível FC-6, com remuneração de R$ 3.256,70, substituirão as atuais FC-4 (R$ 2.056,28) e FC-3 (R$ 1.461,81).

Atualmente, cada ministro do STF, exceto o presidente, conta com 31 servidores no gabinete, sendo 20 efetivos — dos quais 17 têm funções comissionadas. Porém, apenas uma dessas é do nível FC-6. Com a proposta, cada gabinete passará a ter 16 dessas funções, e as de níveis inferiores serão redistribuídas a outras áreas do tribunal, com prioridade para setores ligados à atividade-fim da Corte.

O impacto orçamentário estimado com as novas FC-6 é de R$ 7,8 milhões por ano nos exercícios de 2025 e 2026. Já os custos relacionados à criação dos 40 cargos de agente da polícia judicial ainda não foram detalhados. Conforme o projeto, as despesas serão cobertas pelas dotações orçamentárias do próprio STF, previstas no Orçamento Geral da União, observando os limites da Lei Orçamentária Anual (LOA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Votaram a favor da proposta os deputados Antônia Lúcia (Republicanos), Zé Adriano (PP) e Meire Serafim (União Brasil). Em oposição, se posicionaram Socorro Neri (PP), Zezinho Barbary (PP), Roberto Duarte (Republicanos), Coronel Ulysses (União Brasil) e Eduardo Velloso (União Brasil).

Deputados aprovam projeto que institui plano de custeio para equacionar déficit da Previdência Estadual

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A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), aprovou nesta quarta-feira (9), durante sessão extraordinária, a Mensagem Governamental nº 2303, que trata do plano de custeio para o equacionamento do déficit atuarial do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos do Estado do Acre. Mais cedo, a matéria foi devidamente discutida e aprovada nas Comissões. A proposta, de relatoria do deputado Eduardo Ribeiro (PSD), também altera a Lei Complementar nº 154, de 2005, que institui o regime previdenciário dos servidores estaduais.

Segundo o relator, a medida segue diretrizes previstas em legislação federal e visa dar estabilidade financeira ao sistema, garantir os pagamentos futuros de aposentadorias e pensões e permitir que o Estado obtenha certidões de regularidade fiscal e previdenciária, condição essencial para acesso a recursos federais.

“A proposta cria dois fundos distintos: um de repartição, para os servidores que ingressaram até 30 de junho de 2022 e os aposentados e pensionistas atuais; e outro de capitalização, para os novos servidores, que entraram no Estado a partir de 1º de julho de 2022. O projeto também aumenta a contribuição patronal de 14% para 28%, sem alterar alíquota dos servidores nem regras de tempo de contribuição”, explicou Eduardo Ribeiro.

O deputado também destacou que a proposta não representa uma reforma previdenciária nos moldes tradicionais, pois não altera direitos adquiridos nem impõe novos encargos aos servidores públicos. “Não há prejuízo ao servidor, e a medida busca apenas o reequilíbrio do sistema e o cumprimento das normas nacionais”, garantiu.

Edvaldo Magalhães critica proposta: “não resolve a crise do sistema”

Apesar da aprovação do projeto, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez duras críticas à proposta, classificando-a como uma medida paliativa que apenas visa garantir a emissão de certidões para o Estado. “Isso aqui não é uma reforma da Previdência, embora seja tratado como tal. A matéria não enfrenta o problema de fundo: o rombo crescente do regime atual. Apenas segrega os fundos e cria um novo sistema para os servidores que ingressaram após 2022, deixando os demais no mesmo limbo de colapso progressivo”, alertou o parlamentar.

Edvaldo lembrou que já havia defendido medidas mais profundas em discussões anteriores, como a destinação do excedente de arrecadação para capitalização da Previdência, propostas que, segundo ele, foram rejeitadas pela base governista. “Não há nenhuma medida estrutural aqui. Nenhuma. A única motivação real é obter a certidão. Se o Estado não precisasse da certidão, esse projeto sequer estaria em debate. E o fundo antigo, deficitário, segue seu caminho rumo à falência”, concluiu.

Pedro Longo defende uso de créditos de carbono para capitalização da Previdência

Durante a discussão da matéria, o deputado Pedro Longo (PDT), que preside a Comissão de Serviço Público da Aleac, também se manifestou. Ele reconheceu o caráter emergencial da medida e defendeu que, futuramente, o Estado adote medidas estruturantes mais amplas, como o uso de novas fontes de receita.

“Os créditos de carbono devem, pelo menos em parte, ser destinados à capitalização da Previdência. O Estado precisa da certidão de regularidade previdenciária, senão caímos no pior dos mundos: sem acesso a emendas federais, sem empréstimos e com risco até de não pagar salários. Esta é uma solução emergencial para evitar o colapso. Mas, no futuro, temos que priorizar o investimento dos recursos disponíveis na área previdenciária”, destacou.

O pedetista também sugeriu que o Estado busque compensações junto à União por conta das áreas federais protegidas, que impactam diretamente a arrecadação e a capacidade de investimento local, conforme previsto no Código Florestal.

Projeto que atualiza estrutura e nomenclaturas da Acreprevidência também é aprovado

Na sequência das discussões sobre a reestruturação do sistema previdenciário estadual, os deputados também aprovaram a Mensagem Governamental nº 2313, de relatoria do deputado Eduardo Ribeiro (PSD). A proposta altera a Lei nº 1.688, de 8 de dezembro de 2005, que criou o Instituto de Previdência do Estado do Acre, a Acreprevidência, promovendo atualizações técnicas, mudanças de nomenclatura e adequações na estrutura do instituto.

Um dos principais pontos do projeto é a substituição das antigas menções ao “Fundo de Previdência Social do Estado do Acre” pelas novas classificações de “Fundo em Repartição” e “Fundo em Capitalização”, alinhando o texto legal à estrutura previdenciária aprovada nas matérias anteriores.

Além disso, a proposta amplia o mandato dos membros indicados para o conselho do instituto. Com a nova redação, o mandato dos representantes suplentes será de 4 anos, com possibilidade de recondução, substituindo o modelo anterior de dois anos.

Outro ajuste importante trata da nova nomenclatura da equipe de perícia, que passará a se chamar “Junta de Avaliação Biopsicossocial”, em substituição ao termo anterior, garantindo maior abrangência e adequação à realidade funcional da instituição.

Votação da Reforma da Previdência de Rio Branco ficará para depois do recesso parlamentar

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O aguardado projeto de lei que trata da Reforma da Previdência dos servidores públicos municipais de Rio Branco será encaminhado à Câmara Municipal apenas no segundo semestre de 2025. A confirmação foi feita pelo vereador Márcio Mustafá (PSDB), líder da Prefeitura na Casa Legislativa, durante sessão ocorrida nesta quinta-feira, 10.

Segundo Mustafá, apesar das especulações de que o projeto seria enviado ainda no início de julho para votação antes do recesso, previsto para começar no dia 17, o texto ainda está sendo finalizado pelo Executivo.

A proposta deverá seguir os trâmites regimentais após o recesso, sendo primeiramente analisada pelas comissões competentes e debatida em audiências públicas, antes de ser levada à votação no plenário. A expectativa é que a matéria gere amplas discussões entre os parlamentares, representantes dos servidores e a sociedade civil.

MPAC realiza ação conjunta para coibir venda e uso de linhas cortantes em Rio Branco

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, realizou nesta segunda-feira, 7, uma ação de conscientização e fiscalização conjunta com a Polícia Militar e o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/AC), com o objetivo de coibir a venda de linhas cortantes utilizadas para empinar pipas.

A atividade integra a campanha “Cerol Mata”, que visa alertar a população sobre os riscos do uso de materiais cortantes, como o cerol e a linha chilena, na prática de soltar pipas. Além da conscientização, a ação tem caráter fiscalizatório, visando identificar e retirar do comércio produtos proibidos por lei.

O uso de cerol, linha chilena ou de outros materiais cortantes representa grave risco à segurança pública, podendo causar ferimentos graves, amputações e até mortes em decorrência de acidentes com pedestres, ciclistas e motociclistas.

Durante a fiscalização, foram inspecionados estabelecimentos comerciais em Rio Branco para verificar a existência e a comercialização desses produtos. A iniciativa visa prevenir acidentes e reforçar o cumprimento da legislação vigente.

Desde 2024, está em vigor no Acre a Lei Estadual nº 4.394, que proíbe a posse, uso, fabricação, comercialização e importação de linhas cortantes no estado. A norma também estabelece critérios para a prática segura da soltura de pipas, reconhecida como atividade esportiva, que deve ocorrer em locais apropriados e de forma regulamentada.

Ascom MPAC

Por falta de recursos, Associação Família Azul pode fechar as portas em 2026

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Após anos sendo o único refúgio terapêutico gratuito para dezenas de crianças, adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Acre, a Associação Família Azul do Acre (AFAC) anunciou que poderá encerrar suas atividades em dezembro de 2025. A razão: falta de emendas parlamentares e apoio financeiro para manter a estrutura que, só em 2024, garantiu mais de 7 mil atendimentos especializados.

A triste notícia foi comunicada oficialmente durante uma assembleia com pais e responsáveis no início de julho. E o impacto da decisão afetará entre as mais de 100 famílias beneficiadas pela entidade.

“Hoje a gente vive uma angústia. A gente tentou de tudo, mas até agora 2026 chegará sem nenhum recurso assegurado. Só temos R$ 20 mil em conta, o que cobre apenas oito meses de aluguel”, desabafou Heloneida, coordenadora-geral da AFAC.

Além do fim da instituição, o mês de julho já marca o encerramento da natação terapêutica, uma das atividades mais esperadas pelas crianças.

Entre as dezenas de famílias impactadas está a de Renata Oliveira, de 36 anos, mãe do pequeno Lucas Oliveira, de seis. Foi por meio da associação que ela conseguiu o laudo de autismo nível 1 do filho, algo que o SUS não disponibilizava e tampouco havia previsão para acontecer.

“Ele é nível 1, mas isso não quer dizer que não precise de apoio. Aqui, ele teve acesso à psicóloga, atividades motoras. Eu não tenho como pagar por isso. É angustiante saber que vai acabar. Chega a ser desesperador saber que ficaremos sem esse apoio importante”, diz.

Outra mãe, Carla Menezes, também compartilhou sua experiência. Sua filha, Manuela Menezes, de apenas três anos, chegou na associação sem dizer nenhuma palavra.

“Ela era totalmente não verbal. A gente se sentia perdido, sozinho. Depois de três meses de terapia aqui, ela começou a repetir palavras, imitar sons. Isso parece pequeno pra muita gente, mas pra nós é um milagre. Ver esse espaço fechar é como se arrancassem de nós a única esperança”, conta emocionada.

A AFAC sobrevive, ano após ano, com recursos de emendas parlamentares, dinheiro que depende de indicações políticas. Sem um financiamento fixo e contínuo, o futuro da associação tornou-se insustentável. E mesmo com a prestação de contas clara e um impacto visível, até o momento, não houve garantias para 2026.

Enquanto isso, famílias inteiras já vivem o luto antecipado de um espaço que representa muito mais que terapias, ele representa acolhimento, escuta, dignidade e oportunidade de evolução para quem mais precisa.

“Nós não somos números. Nossos filhos têm nome, história, potencial. Mas ninguém escuta. A AFAC está sendo silenciada não pela falta de demanda, mas pela falta de compromisso com vidas como a do meu filho”, finaliza Renata.

Assessoria

Peão que fraturou coluna durante rodeio passa por cirurgia; médicos ainda não sabem se ele volta a andar

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O peão Dário Câmara, 22 anos, que fraturou a coluna vertebral após cair durante montaria em touros no rodeio da ExpoAcrelândia na última quinta-feira, 3, passou por uma cirurgia na Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo, em Rio Branco.

De acordo com informações de familiares, a cirurgia foi um sucesso o que traz otimismo com a recuperação de Dário.

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O acidente sofrido por Dário foi considero gravíssimo. Ele desmaiou durante a queda e chegou ao Pronto-Socorro de Rio Branco sem os movimentos das pernas.

Apesar da cirurgia ter sido considerada um sucesso, ainda não se sabe se o peão voltará a andar. A equipe médica da Fundação informou que os próximos dias são essenciais para fazer a avaliação da possibilidade da volta dos movimentos.