O Acre, cada vez mais entusiasta do universo gamer, estará representado na Brasil Game Show 2025 (BGS25), o maior evento de games da América Latina e um dos maiores do mundo. O encontro acontece entre os dias 9 e 12 de outubro, no Distrito Anhembi, em São Paulo, e deve reunir milhares de fãs, desenvolvedores, influenciadores e gigantes da indústria dos videogames.

O estado estará no evento como expectador através da Six Eight. A Six também solicitou credenciamento para Lopinho como influenciador para levar para o acreano tudo que acontecerá nos bastidores da maior feira do seguimento de games no mundo.

No evento será transmitido novidades, experiências e tendências que marcarão a edição deste ano. A presença reforça o papel do Acre como observador atento e participante ativo de um mercado que cresce em escala global.

Nos últimos anos, o estado tem acompanhado o avanço de competições de eSports, a profissionalização de streamers e o fortalecimento da economia criativa digital. Para os representantes acreanos, a BGS25 será uma oportunidade de consolidar contatos e trazer de volta conteúdos exclusivos para a comunidade local.

A feira, que este ano muda de endereço e passa a ocupar o Distrito Anhembi, terá estrutura ampliada, com arenas de eSports, palestras, conferências, encontros com influenciadores e atrações internacionais.

Entre os convidados confirmados estão Hideo Kojima, criador de Metal Gear e Death Stranding, e Yoko Shimomura, compositora de clássicos como Street Fighter II e Kingdom Hearts. O público também poderá acompanhar apresentações como o “PlayStation | The Concert” e a tradicional competição de cosplays.

Ingressos e acesso

Os ingressos estão disponíveis em diferentes modalidades, desde entradas para um único dia até pacotes premium com acesso antecipado e áreas exclusivas. Os preços variam conforme o lote, e a organização já alerta para a alta procura.

Six: a equipe acreana que levou o eSports do Norte ao cenário nacional

O Acre, conhecido por sua paixão pela cultura regional, também vem se destacando em um campo pouco esperado: o dos eSports. À frente desse movimento está a equipe Six Eight, mais conhecida como Six, que fez história ao ser a primeira do estado a disputar competições nacionais de peso, como a categoria de Free Fire no Good Game WP Brasil.

O nome da equipe nasceu da ideia de carregar a identidade acreana no próprio título. Inspirados no código de área telefônico 68, os jogadores transformaram o número em inglês “Six Eight” e incorporaram um dinossauro como símbolo da marca. A proposta foi simples, mas carregada de significado: mostrar que o Acre também tem espaço no competitivo nacional. A frente do projeto está o jovem Jardesson Lopes, o Lopinho.

Formada por jovens que conciliam treinos com estudos e trabalho, a Six encontrou nos fins de semana o momento ideal para se reunir em um “game office”, gravar conteúdos e treinar. Em 2021, alcançou projeção inédita ao disputar as finais do Good Game WP Brasil, em São Paulo.

Na ocasião, os acreanos enfrentaram gigantes do cenário nacional, com transmissão ao vivo pelo YouTube e Twitch. Mais do que resultados, a presença da Six foi simbólica: marcou a estreia do Acre em campeonatos de alto nível no país.

Para Jardesson Lopes, a participação já era uma conquista histórica: “As expectativas são muito boas. Conseguimos ganhar destaque entre os maiores já na semifinal. Espero que possamos trazer títulos para o Acre e mostrar que o estado tem jogadores talentosos que podem fazer parte do cenário nacional.”

Outro ponto destacado pela Six foi a importância de provar que o eSports não se restringe ao Sudeste e ao Sul do país. “É muito gratificante ter essa oportunidade com a camisa da Six. Mostrar que o Norte também tem gente boa, tem oportunidade e está crescendo no jogo”, afirmou um dos atletas.

Mesmo com os desafios logísticos e a distância dos grandes centros, a Six tornou-se referência para jovens acreanos que sonham em trilhar carreira no cenário gamer. A equipe ajudou a popularizar o tema no estado, mostrando que dedicação e talento podem romper barreiras geográficas.

Com a ascensão dos eSports e a expansão de eventos como a Brasil Game Show, a Six se posiciona não apenas como equipe de competição, mas como símbolo de que o Acre está pronto para fazer parte do futuro digital. Mais do que vitórias, a Six trouxe ao Acre a certeza de que o eSports é também oportunidade, economia criativa e orgulho regional.

A Justiça Federal do Amazonas decidiu suspender os efeitos da Portaria nº 1.003/2025, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que havia declarado a arrecadação da área da Fazenda Palotina, localizada em faixa de fronteira, para incorporá-la ao patrimônio da União. Com a decisão a Justiça reconhece a posse da família Zamora sobre a propriedade.

A decisão foi proferida na terça-feira (16) pela juíza federal Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Amazonas. A magistrada considerou que a medida era “indevida, imprudente e desproporcional”, diante da existência de dois processos judiciais em andamento sobre a posse da área.

Um dos processos é de natureza possessória, no qual foi reconhecido que a ocupação da fazenda remonta à década de 1970, exercida por Sidnei Sanches Zamora. O outro, movido pelo próprio Incra, questiona a legitimidade da posse e alega se tratar de bem público.

Na decisão, a juíza ressaltou que o conflito fundiário se agravou após a edição da portaria, gerando episódios de violência, como invasões, incêndios e confrontos com uso de armas brancas e até disparos de arma de fogo.

Segundo a magistrada, a medida também poderia dar legitimidade a ocupações classificadas como clandestinas.

O processo envolve ainda o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública da União e o governo do Amazonas, que informou estar monitorando a situação em conjunto com outros órgãos federais.

A suspensão da portaria permanecerá em vigor até que sejam reunidas provas suficientes sobre a titularidade da terra e a boa-fé dos envolvidos. As partes foram intimadas com urgência para ciência da decisão e manifestação no prazo de dez dias.

O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) usou a tribuna da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 16, para denunciar a crise no transporte coletivo de Rio Branco. Ele classificou o sistema como “caótico e ineficiente”, destacando que os mais de R$ 200 milhões em subsídios já destinados ao setor não resultaram em melhorias para os usuários.

De acordo com o parlamentar, a frota de ônibus caiu de 141 para 115 veículos, os coletivos apresentam falhas mecânicas recorrentes e até incêndios foram registrados. Duarte citou ainda problemas como superlotação, falta de acessibilidade e pontos sem infraestrutura.

Entre as propostas apresentadas estão a realização de auditorias independentes, a substituição do contrato atual por uma licitação competitiva, a modernização da frota com ônibus elétricos ou híbridos e a criação de um aplicativo gratuito para acompanhar as linhas em tempo real.

O deputado também sugeriu a implantação da tarifa zero aos domingos, custeada por multas de trânsito e taxas de estacionamento em áreas centrais, como forma de estimular o comércio e reduzir gastos da população.

Duarte defendeu ainda a participação da comunidade por meio de conselhos, para que os usuários tenham voz na definição de prioridades do sistema.

“Soluções paliativas só aumentam nossa dívida com o futuro. O momento de agir é agora”, afirmou.

Durante entrevista ao programa Gazeta Entrevista nesta terça-feira, 16, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou avanços na geração de empregos, combate à informalidade e políticas de proteção social voltadas para trabalhadores em situação de vulnerabilidade.

Marinho ressaltou que a taxa de desemprego atingiu o menor índice da série histórica, enquanto a massa salarial segue em crescimento. “Estamos crescendo a economia e derrubando a taxa de desemprego. É um resultado impressionante e muito positivo para o país”, afirmou.

O ministro também abordou a informalidade, que ainda atinge cerca de 30 milhões de brasileiros. Segundo ele, a carteira assinada deve ser vista como proteção e não como ameaça. “Ninguém pode querer sobreviver do Bolsa Família. As políticas públicas existem para tirar as pessoas da miséria. Hoje, quem assina a carteira de trabalho tem um processo de transição, e caso perca o emprego, retorna automaticamente ao programa. É um colchão de proteção social”, explicou.

Outro ponto destacado foi a necessidade de enfrentar problemas históricos, como o trabalho infantil e o trabalho análogo à escravidão. Marinho defendeu pactos de responsabilidade entre o governo e setores empresariais, como já ocorre nas cadeias produtivas do café, da uva e do transporte. “Nós não podemos aceitar que uma criança esteja trabalhando quando deveria estar na escola. Precisamos valorizar o trabalho digno e uma sociedade mais justa”, disse.

O ministro também mencionou a necessidade de repensar jornadas de trabalho no Brasil, citando experiências de empresas que adotaram a semana de quatro dias, resultando em maior produtividade e satisfação dos trabalhadores. Ele destacou ainda que novas tecnologias, como a inteligência artificial, devem ser incorporadas de forma a beneficiar toda a sociedade, e não apenas pequenos grupos econômicos.

“Desde o começo digo que a jornada 6×1 é a mais cruel de todas, globalmente falando, especialmente para as mulheres. Imagine ter apenas um único dia de folga na semana, o domingo. O que é possível fazer nesse tempo? Por isso, a jornada 6×1 é cruel”, destacou o ministro.

Por fim, ao ser questionado sobre a polarização política, Marinho afirmou que o fenômeno começou a se intensificar em 2013, mas que tem origem global e conta com estímulo de setores da extrema direita. Para ele, esse processo vem prejudicando o debate político no Brasil.

“O governo Lula não quer polarizar com ninguém. Queremos simplesmente trabalhar para gerar emprego, renda e melhorar a vida do povo brasileiro. O país é rico, não há justificativa para a pobreza”, concluiu.