quarta-feira, 16 julho 2025
Início Site Página 22

MPAC realiza ação conjunta para coibir venda e uso de linhas cortantes em Rio Branco

0

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, realizou nesta segunda-feira, 7, uma ação de conscientização e fiscalização conjunta com a Polícia Militar e o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/AC), com o objetivo de coibir a venda de linhas cortantes utilizadas para empinar pipas.

A atividade integra a campanha “Cerol Mata”, que visa alertar a população sobre os riscos do uso de materiais cortantes, como o cerol e a linha chilena, na prática de soltar pipas. Além da conscientização, a ação tem caráter fiscalizatório, visando identificar e retirar do comércio produtos proibidos por lei.

O uso de cerol, linha chilena ou de outros materiais cortantes representa grave risco à segurança pública, podendo causar ferimentos graves, amputações e até mortes em decorrência de acidentes com pedestres, ciclistas e motociclistas.

Durante a fiscalização, foram inspecionados estabelecimentos comerciais em Rio Branco para verificar a existência e a comercialização desses produtos. A iniciativa visa prevenir acidentes e reforçar o cumprimento da legislação vigente.

Desde 2024, está em vigor no Acre a Lei Estadual nº 4.394, que proíbe a posse, uso, fabricação, comercialização e importação de linhas cortantes no estado. A norma também estabelece critérios para a prática segura da soltura de pipas, reconhecida como atividade esportiva, que deve ocorrer em locais apropriados e de forma regulamentada.

Ascom MPAC

Por falta de recursos, Associação Família Azul pode fechar as portas em 2026

0

Após anos sendo o único refúgio terapêutico gratuito para dezenas de crianças, adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Acre, a Associação Família Azul do Acre (AFAC) anunciou que poderá encerrar suas atividades em dezembro de 2025. A razão: falta de emendas parlamentares e apoio financeiro para manter a estrutura que, só em 2024, garantiu mais de 7 mil atendimentos especializados.

A triste notícia foi comunicada oficialmente durante uma assembleia com pais e responsáveis no início de julho. E o impacto da decisão afetará entre as mais de 100 famílias beneficiadas pela entidade.

“Hoje a gente vive uma angústia. A gente tentou de tudo, mas até agora 2026 chegará sem nenhum recurso assegurado. Só temos R$ 20 mil em conta, o que cobre apenas oito meses de aluguel”, desabafou Heloneida, coordenadora-geral da AFAC.

Além do fim da instituição, o mês de julho já marca o encerramento da natação terapêutica, uma das atividades mais esperadas pelas crianças.

Entre as dezenas de famílias impactadas está a de Renata Oliveira, de 36 anos, mãe do pequeno Lucas Oliveira, de seis. Foi por meio da associação que ela conseguiu o laudo de autismo nível 1 do filho, algo que o SUS não disponibilizava e tampouco havia previsão para acontecer.

“Ele é nível 1, mas isso não quer dizer que não precise de apoio. Aqui, ele teve acesso à psicóloga, atividades motoras. Eu não tenho como pagar por isso. É angustiante saber que vai acabar. Chega a ser desesperador saber que ficaremos sem esse apoio importante”, diz.

Outra mãe, Carla Menezes, também compartilhou sua experiência. Sua filha, Manuela Menezes, de apenas três anos, chegou na associação sem dizer nenhuma palavra.

“Ela era totalmente não verbal. A gente se sentia perdido, sozinho. Depois de três meses de terapia aqui, ela começou a repetir palavras, imitar sons. Isso parece pequeno pra muita gente, mas pra nós é um milagre. Ver esse espaço fechar é como se arrancassem de nós a única esperança”, conta emocionada.

A AFAC sobrevive, ano após ano, com recursos de emendas parlamentares, dinheiro que depende de indicações políticas. Sem um financiamento fixo e contínuo, o futuro da associação tornou-se insustentável. E mesmo com a prestação de contas clara e um impacto visível, até o momento, não houve garantias para 2026.

Enquanto isso, famílias inteiras já vivem o luto antecipado de um espaço que representa muito mais que terapias, ele representa acolhimento, escuta, dignidade e oportunidade de evolução para quem mais precisa.

“Nós não somos números. Nossos filhos têm nome, história, potencial. Mas ninguém escuta. A AFAC está sendo silenciada não pela falta de demanda, mas pela falta de compromisso com vidas como a do meu filho”, finaliza Renata.

Assessoria

Peão que fraturou coluna durante rodeio passa por cirurgia; médicos ainda não sabem se ele volta a andar

0

O peão Dário Câmara, 22 anos, que fraturou a coluna vertebral após cair durante montaria em touros no rodeio da ExpoAcrelândia na última quinta-feira, 3, passou por uma cirurgia na Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo, em Rio Branco.

De acordo com informações de familiares, a cirurgia foi um sucesso o que traz otimismo com a recuperação de Dário.

LEIA TAMBÉM:

Peão fratura coluna durante rodeio no Acre, perde movimento das pernas e família pede ajuda

O acidente sofrido por Dário foi considero gravíssimo. Ele desmaiou durante a queda e chegou ao Pronto-Socorro de Rio Branco sem os movimentos das pernas.

Apesar da cirurgia ter sido considerada um sucesso, ainda não se sabe se o peão voltará a andar. A equipe médica da Fundação informou que os próximos dias são essenciais para fazer a avaliação da possibilidade da volta dos movimentos.

Acre apresenta redução de 16% nos alertas de desmatamento no primeiro semestre de 2025

0

Segundo levantamento feito pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), e baseado em dados oficiais do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi registrada uma redução de 16,49% em área total nos alertas de desmatamento, quando comparado ao mesmo período do ano de 2024.

De acordo com os dados oficiais do Inpe, no 1º semestre de 2024 o Acre apresentou 45,53 km² de áreas com alertas. Em 2025 esses valores baixaram para 38,02 km², apresentando uma redução absoluta de 7,51 km², o equivalente a aproximadamente 909 campos de futebol.

A redução dos alertas de desmatamento é resultado das ações coordenadas e da articulação interinstitucional liderada pelo governo do Acre, por meio do Gabinete de Crise e do Grupo Operacional de Comando e Controle (Gocc), que reúnem diferentes órgãos do poder público estadual, municipal e federal, que atuam desde o planejamento até a execução de ações de monitoramento e enfrentamento ao desmatamento ilegal.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destaca o trabalho conjunto entre os órgãos envolvidos e o esforço do governo para cuidar do meio ambiente.

“O governo do Acre tem empenhado esforços com ações integradas do Grupo de Comando e Controle, que é composto por diversos órgãos de meio ambiente, das forças de segurança do Estado, Município e do governo federal. Por determinação do governador Gladson Camelí, seguimos atentos, pois nesse segundo semestre entramos em um período de secas no estado, e o governo vem redobrando as ações para redução dos focos de queimada, incêndios florestais e desmatamento ilegal, porque entendemos que cuidar do meio ambiente também é cuidar da saúde, e saúde é vida”.

Compromisso Ambiental

Desde o início do ano, o governo do Acre tem se antecipado ao período de estiagem com um conjunto de ações estratégicas voltadas à mitigação dos impactos ambientais. Um exemplo é a Operação Contenção Verde, iniciativa preventiva e ostensiva de combate a crimes ambientais, coordenada pela Casa Civil em parceria com órgãos estaduais e federais de meio ambiente, forças de segurança e prefeituras.

Outras iniciativas importantes incluem o trabalho dos brigadistas comunitários, que atuam diretamente na prevenção e combate a queimadas e incêndios florestais nas unidades de conservação, e a Operação Fogo Controlado, uma força-tarefa interinstitucional mobilizada durante o verão amazônico para evitar e conter focos de incêndio.

Essas ações reforçam o compromisso do Estado com as metas estabelecidas no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AC), que busca reduzir em 10% ao ano as taxas de desmatamento, até alcançar uma diminuição de 50% até 2027.

Agência de Notícias do Acre

Mãe será indenizada em R$ 50 mil por morte do filho durante abordagem policial em Brasiléia

0

A 1ª Câmara Cível responsabilizou o Estado do Acre por uma intervenção policial letal ocorrida em Brasileia. Portanto, o ente público foi condenado a pagar indenização à autora do processo pela morte do seu filho, no valor de R$ 50 mil, à título de danos morais.

O homem portava um terçado em via pública. A testemunha ocular que chamou a polícia, afirmou que ele estava em evidente estado de perturbação mental, munido com o terçado e que chegou a golpear o capô de um veículo que transitava na rua. A versão policial relatou que a situação era de alta periculosidade, representando uma ameaça aos populares e aos próprios agentes públicos.

Na abordagem, a Polícia Militar realizou disparo com arma de fogo. O Estado do Acre afirmou que o ato não foi ilícito, pois a guarnição agiu em legítima defesa para o estrito cumprimento do dever legal.

Ao analisar a questão, o relator do processo, desembargador Roberto Barros, afirmou que embora a intervenção policial fosse necessária, a escolha pela medida letal, diante da possibilidade de técnicas menos agressivas, rompeu com o requisito da proporcionalidade da legítima defesa, portanto não está configurada a excludente de ilicitude.

A pessoa em crise de saúde mental necessita de auxílio. São opções de menor potencial ofensivo: espargidores de pimenta ou armas de eletrochoque, logo o disparo na região torácica revelou-se como uma solução drástica. “Mesmo motivada por uma situação de perigo real, foi desproporcional à ameaça, considerando-se a condição de saúde mental da vítima e o dever do Estado de proteger a vida”, ratificou Barros.

Em seu voto, o relator discorreu ainda sobre a dor da mãe que perdeu o filho de forma trágica e violenta, o que justifica o dano moral e a imposição do dever de indenizar. A decisão foi publicada na edição n.° 7.814 do Diário da Justiça (pág. 1), desta quarta-feira, 9.

Ascom TJAC

Facção Comando Vermelho desafia forças de segurança com pichação em viatura da Polícia Civil no Acre

0

Avanço do crime organizado preocupa autoridades e escancara disputa por rotas do narcotráfico na fronteira do Acre

A crescente presença de organizações criminosas no Acre tem acendido o alerta das autoridades, especialmente na região do Juruá, onde o Comando Vermelho (CV) vem consolidando sua atuação como a principal força criminosa. A facção tem expandido sua influência por todos os municípios da região — tanto em áreas urbanas quanto rurais — com foco estratégico no controle de rotas do tráfico de drogas que atravessam a fronteira internacional.

Na madrugada desta quinta-feira (10), um novo episódio chamou a atenção das forças de segurança e da população de Marechal Thaumaturgo: uma viatura da Polícia Civil, estacionada em frente à delegacia, no centro da cidade, foi pichada com as iniciais “CV”, numa aparente mensagem de intimidação. O ato é visto pelas autoridades como uma afronta direta ao sistema de segurança pública.

A ousadia da ação evidencia o nível de organização e a tentativa da facção de demonstrar domínio territorial, em meio à disputa por corredores estratégicos para o narcotráfico internacional.

Diante do ocorrido, a Polícia Civil abriu investigação para identificar os responsáveis pelo crime. Além disso, o policiamento foi reforçado na região, com a intensificação de rondas e ações ostensivas para conter o avanço das facções e garantir a segurança da população.

A situação reforça a complexidade do combate ao crime organizado no interior do estado, onde a atuação criminosa se beneficia da geografia de fronteira e da limitada presença estatal em algumas áreas.

Com informações Jurua24horas.com

Justiça determina interdição de instituições psiquiátricas no Acre e proíbe novas internações compulsórias

0

A medida busca atender a Política Antimanicomial do Poder Judiciário. Em casos onde já houve a internação em ala psiquiátrica de estabelecimento prisional ou manicômio judicial, a normativa orienta a realização de reavaliação jurídica a cada 90 dias

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) tornou pública a Portaria Conjunta nº 208/2025, que determina a interdição parcial de estabelecimentos, alas ou instituições de custódia e tratamento psiquiátrico no Acre, com proibição, desde a porta de entrada do sistema penal, de novas internações, em atenção à Resolução CNJ nº 487/2023.

A Portaria Conjunta editada pela Presidência e pela Corregedoria-Geral da Justiça considera, entre várias outras razões, o princípio da dignidade da pessoa humana, a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, as diretrizes nacionais de atenção aos pacientes judiciários e execução de medidas de segurança, além do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.116/2015).

Também foram consideradas a atenção às minorias com vulnerabilidades acrescidas e suas interseccionalidades, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como a Política Antimanicomial do Poder Judiciário, prevista na Resolução do Conselho Nacional de Justiça.

O que muda?

Na prática, a diretriz orienta a não colocação de pessoas com transtornos mentais em regimes fechados ou manicômios, lhes garantindo o direito à assistência em saúde de forma humanizada, com apoio da Rede de Atenção Psicossocial do SUS, ou, alternativamente, o encaminhamento a estabelecimentos adequados à efetiva promoção dos tratamentos médicos. A ideia, portanto, é reintegrar essas pessoas, muitas vezes esquecidas em prisões e estabelecimentos manicomiais pela própria família e isolados da sociedade por décadas, lhes oportunizando o gozo de direitos e as mesmas oportunidades conferidas aos demais cidadãos.

Novos critérios para internações já realizadas

Os pacientes que já se encontram em cumprimento de medida de segurança e determinação de internação provisória deverão ter sua situação jurídica reavaliada, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, visando atender às estratégias de desinstitucionalização estabelecidas pela Resolução n.º 487/2023.

O cartório da Vara de Execução Penal, por sua vez, deverá identificar e encaminhar aos respectivos magistrados e magistradas para análise da possibilidade de extinção da medida, progressão para tratamento ambulatorial em meio aberto ou transferência para unidade de saúde adequada, todos os processos de execução de medida de segurança que estejam sendo cumpridas em Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, instituições similares ou unidades prisionais; de pessoas que permaneçam nesses estabelecimentos, apesar da extinção da medida ou da existência de ordem de desinternação condicional; e de pessoas com transtorno mental ou deficiência psicossocial que estejam em prisão processual ou cumprimento de pena em unidades prisionais, delegacias de polícia ou estabelecimentos congêneres.

Conforme a normativa, durante as audiências de custódia, sempre que identificados “indícios de sofrimento psíquico, transtorno mental ou qualquer forma de deficiência psicossocial”, as juízas e os juízes deverão aplicar os protocolos de saúde mental e os parâmetros de atuação interinstitucional estabelecidos na Resolução CNJ nº 487/2023, seu Manual e o Protocolo Interinstitucional da Política Antimanicomial, evitando a imposição de medidas que resultem em privação de liberdade em unidades prisionais, hospitais de custódia ou equipamentos congêneres.

Em casos do tipo, o documento prevê que deverão ser priorizados: o encaminhamento voluntário da pessoa custodiada à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) ou outro serviço de saúde do SUS, conforme avaliação técnica da Equipe de Avaliação e Acompanhamento de Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP-Desinst), equipe conectora ou equipe multidisciplinar qualificada, assegurando-se, dessa forma, o cuidado em meio aberto e escuta qualificada, nos termos da Resolução do CNJ.

Ascom TJAC

 

Bocalom se reúne com Gladson para tratar dos viadutos, saneamento básico e saúde

0

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, visitou o governador do Estado, Gladson Camelí, na quarta-feira (9) para tratar de ações e obras na capital acreana.

Bocalom afirmou que a reunião serviu para tratar de melhorias para a capital acreana em parceria com o governo do Acre, incluindo o saneamento básico e obras de infraestrutura.

“Tratamos de ações que serão realizadas daqui em diante, sempre com o objetivo de levar mais dignidade, qualidade e infraestrutura ao nosso povo. Discutismos melhorias no saneamento básico, construção do elevado e entrega de novas unidades de saúde”, disse Bocalom.

O governador Gladson destacou a importância das parcerias para levar melhorias ao povo.

“São com parcerias que vamos enfrentar os desafios. Elas são importantes para fortalecer e atender os anseios da população”, disse Camelí.a

“A cara mais pobre do Brasil está nas fronteiras”, diz ministra ao defender rota de integração pelo Acre

0

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira (9) que o benefício das Rotas de Integração Sul-Americana é “elevado à milésima potência”, se comparado ao custo. A ministra discutiu temas da Pasta em reunião das comissões de Fiscalização Financeira e Controle; de Viação e Transportes; e de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.

Ela informou que as cinco rotas que fazem conexão com a América do Sul, incluindo uma que passará pelo estado do Acre, vão se beneficiar de 190 obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com orçamento de R$ 60 bilhões. Além disso, o programa tem carteira própria de 10 bilhões de dólares de financiamento bancário.

As rotas integram o Brasil aos países vizinhos por meio de rodovias, hidrovias, ferrovias, infovias, portos e aeroportos.

Questionada sobre a possibilidade de faltar recursos para a conclusão das rotas de integração, Tebet disse que não haverá “obras faraônicas paradas no meio do caminho” porque o ministério fez seu “dever de casa”. Ela relatou que conversou com governadores, secretários de planejamento e parlamentares envolvidos e fez ajustes em projetos durante as negociações que abrangeu todos os países da América do Sul.

A ministra também fez a ressalva de que recursos públicos não serão usados para financiar obras no exterior. “Nenhum centavo do BNDES vai ser utilizado nem para financiar a Venezuela e nem para financiar Argentina. O BNDES está financiando os estados e os municípios brasileiros na melhoria de estradas e de portos”, afirmou.

Ela detalhou que o BNDES entrará com 3 bilhões de dólares e que outros R$ 7 bilhões serão aportados por instituições como o Banco do Brics e o Banco Mundial.

Proximidade da Ásia

Simone Tebet reforçou que as rotas de integração vão aumentar a competitividade das exportações brasileiras (commodities e bens industrializados) ao aproximá-las de seu maior mercado consumidor, a Ásia. Isso será possível com a ligação entre as áreas produtoras do País aos portos do Pacífico no Chile e no Peru.

A ministra destacou o Porto de Chancay, no Peru, maior investimento chinês na região e o ponto mais curto de distância da América do Sul à Ásia. Segundo ela, a rota 2, que ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico, partindo de Belém até o Peru, ficará pronta em setembro deste ano.

Com o transporte marítimo para a Ásia via Oceano Pacífico, ela estima que o trajeto do comércio pode ser encurtado em até três semanas, com redução de até 10 mil km de distância.

Ferrovia bioceânica

O deputado Junio Amaral (PL-MG), um dos que solicitaram o debate, perguntou sobre a possibilidade de endividamento do País na construção da rota bioceânica em parceria com a China. Tebet respondeu que a ferrovia terá “custo zero”, uma vez que os chineses têm interesse comercial na região e participarão com sua expertise. Ela lembrou ainda que se trata de um projeto de estudo e que não há nenhum compromisso em contratação de empresas chinesas.

“A ferrovia vai ser construída pelo próximo governo, que vai definir através de um processo de licitação”, disse Tebet.

Segundo a ministra, o processo será feito em etapas e certamente vai atrair investimentos estrangeiros. “O PAC provou que nós não temos investimentos nacionais suficientes para atacar todos os gargalos no Brasil ao mesmo tempo”, reforçou a ministra.

Regiões mais pobres

“Essas rotas de integração sul-americana, além de salvar e desenvolver as regiões mais pobres do Brasil, porque a cara mais pobre do Brasil está na fronteira, vai desenvolver todo o País”, disse a ministra. Ela reforçou que não haverá competição com infraestruturas de escoamento já existentes.

Nesse ponto, Tebet citou o exemplo de São Paulo, que tem 54% de suas exportações destinadas à América do Sul, mas 80% desse volume ainda é escoado pelo modal rodoviário, considerado ineficiente.

A deputada Helena Lima (MDB-RR), uma das que solicitou o debate, quis saber sobre o andamento das obras da rota que integra Roraima com Guiana e Venezuela. “Consideramos uma rota de suma importância para nós que moramos em Roraima e no Amazonas porque hoje nós estamos ilhados”, disse.

Simone Tebet informou que a rota que liga o Amapá à Guiana Francesa será entregue até o final de 2026. No entanto, ela frisou que a integração de Roraima com Georgetown, capital da Guiana, ainda não tem data definida para ser concluída.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

Exportações do Acre crescem e saldo da balança comercial avança no 1º semestre de 2025

O Acre registrou crescimento nas exportações e no saldo da balança comercial no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que as vendas externas do Estado somaram US$ 57,8 milhões neste ano, ante US$ 48,5 milhões no ano passado. As importações caíram de US$ 2,6 milhões para US$ 1,8 milhão no mesmo período.

Com isso, o saldo comercial acreano passou de US$ 45,9 milhões para US$ 56 milhões. Em volume, as exportações atingiram 70,4 milhões de quilos líquidos em 2025, crescimento em relação aos 68,4 milhões de quilos do ano anterior.

Entre os principais produtos exportados, destaca-se o aumento do valor médio do quilo da castanha com casca, que subiu 121,4% em relação a 2024, passando de US$ 1,21 para US$ 2,68. A castanha sem casca também apresentou alta de 74,4% no preço médio por quilo, enquanto outras madeiras tropicais serradas tiveram valorização de 35,5%.

Por outro lado, houve queda no valor médio do quilo da soja, que recuou 9,9%, e da carne bovina desossada e congelada, com redução de 2,7%. Já o preço médio do quilo da carne suína congelada subiu 10%.

Os números indicam que, mesmo com oscilações nos preços médios de alguns produtos, o desempenho das exportações acreanas se manteve positivo, contribuindo para o superávit da balança comercial do Estado no primeiro semestre deste ano.