Na manhã desta segunda-feira (data), o deputado estadual Emerson Jarude (NOVO) visitou o presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Adem Araújo, para uma conversa sobre o cenário atual do esporte no estado e possibilidades de apoio institucional ao setor.
Durante o encontro, Jarude colocou seu mandato à disposição da Federação e destacou a importância de investir em políticas públicas que valorizem o esporte como ferramenta de inclusão social, disciplina e oportunidades para a juventude acreana.
“O futebol vai muito além do entretenimento, ele forma caráter, abre caminhos e é paixão enraizada na nossa cultura. Nosso mandato está aberto para apoiar projetos sérios que ajudem a desenvolver o esporte e a dar mais oportunidades para os jovens do nosso estado”, afirmou o parlamentar.
O presidente da FFAC, Adem Araújo, agradeceu a visita e a disponibilidade do deputado, e informou que a Federação já está estruturando novos projetos que visam ampliar o alcance das atividades esportivas e melhorar as condições dos atletas e clubes locais.
“Ficamos muito felizes com a parceria do deputado Jarude. Em breve, vamos apresentar os projetos já estruturados para que, juntos, possamos impulsionar o futebol acreano e oferecer mais dignidade para quem vive o esporte no dia a dia”, disse o presidente.
A reunião marca o início de um diálogo que pretende gerar frutos não apenas dentro de campo, mas também fora dele, beneficiando jovens atletas, técnicos, dirigentes e toda a cadeia esportiva do Acre.
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública, com pedido de urgência, contra o Governo do Acre e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), pedindo a suspensão de normas estaduais que flexibilizam indevidamente o licenciamento ambiental de atividades agropecuárias e colocam em risco o meio ambiente e o patrimônio arqueológico federal.
A ação decorre de investigação do MPF que apura a legalidade da Resolução nº 2/2022 do Conselho Estadual de Meio Ambiente e Floresta (Cemaf) e da Portaria nº 211/2024 do Imac, que contém trechos que não observam o previsto na legislação federal de proteção ambiental e patrimonial.
Segundo o MPF, entre as irregularidades encontradas está a dispensa inconstitucional de licenciamento ambiental para atividades agrícolas, pecuárias e agrossilvipastoris em áreas rurais consolidadas, contrariando as normas gerais da União sobre o tema (Lei nº 6.938/81 e Resolução Conama nº 237/1997).
Além disso, as normas estaduais adotam indevidamente um conceito ampliado de área rural consolidada, extrapolando o estabelecido pelo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) e dispensam a consulta ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em processos de licenciamento ambiental, o que resultou na destruição de sítios arqueológicos no estado, conforme alerta contido na Nota Técnica nº 6/2025 do próprio instituto.
Segundo o Iphan, entre os sítios arqueológicos danificados, estão locais relevantes como Campo da Onça, Balneário Quinauá, Fazenda Missões, Ramal do Capatará e Fazenda Crichá, impactados por empreendimentos de cultivo de soja, milho e café.
Recomendação não acatada – Apesar da recomendação enviada pelo MPF em abril de 2025, orientando a revogação dos dispositivos irregulares, o Imac e o Cemaf não adotaram providências efetivas. O Imac alegou que a decisão caberia exclusivamente ao Conselho Estadual de Meio Ambiente, o qual, por sua vez, ainda não se manifestou sobre o tema.
Pedidos da ação – Diante da inércia dos órgãos estaduais e da continuidade dos riscos ambientais e patrimoniais, o MPF moveu a ação perante a Justiça Federal, requerendo a imediata suspensão da eficácia dos artigos 2º, 13, 15, parte final (“dispensada a consulta prévia a esses órgãos, quando tratar-se de atividades agropecuárias que não envolvam corte raso da cobertura vegetal”), e inciso III do artigo 3º, da Resolução Cemaf nº 2/2022.
Além disso, o MPF também requer que o Imac:
promova o licenciamento ambiental de atividades agrícolas, pecuárias ou agrossilvipastoris estabelecidas em áreas rurais consolidadas, incluindo aquelas referidas no artigo 3º, III, da atual redação da Resolução Cemaf nº 2/2022, sob pena de multa a ser arbitrada pela Justiça;
realize o licenciamento ambiental de atividades de manejo de pastagens com limpeza ou roçada e de reincorporação a atividades agropecuárias de áreas já consolidadas ou que já foram licenciadas para uso alternativo do solo e que se encontram em pousio com cobertura predominante de vegetação secundária arbustiva e arbórea, por período de até cinco anos, sob pena de multa;
consulte previamente o Iphan em todos os processos de licenciamento ambiental em curso e futuros (incluindo de atividades agropecuárias que não envolvam corte raso da cobertura vegetal), mesmo que não haja registro da existência de sítio arqueológico na área de influência direta do empreendimento, sob pena de multa; e
consulte também previamente à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em todos os processos de licenciamento ambiental em curso e futuros (incluindo de atividades agropecuárias que não envolvam corte raso da cobertura vegetal) sempre que houver possível impacto direto em terras indígenas, sob pena de multa;
O procurador Luidgi Merlo, responsável pela ação, destaca que a atuação do MPF em casos deste tipo visa resguardar não apenas o meio ambiente natural, mas também o patrimônio cultural brasileiro, incluindo os sítios arqueológicos, que são bens da União, como também as terras indígenas, conforme a Constituição Federal.
No último dia da 50ª edição da Expoacre, realizado neste domingo, 3, no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, o Viveiro da Floresta, departamento gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), doou mais de 4,7 mil mudas de plantas ao público visitante da maior feira de agronegócios do Acre.
A iniciativa, já tradicional do estande do Meio Ambiente, reuniu mais de 300 pessoas e visa sensibilizar a população com a doação de espécies frutíferas utilizadas para ações de recuperação ambiental. No total foram doadas 14 tipo de mudas, sendo elas: Acerola, abacaxi, biribá, café, caju, cupuaçu, goiaba, ingá, ipê de jardim, jaca, jambo, mamão papaia, sombreiro e urucum.
A coordenadora do Viveiro da Floresta, Tayna Neri, destacou o encerramento positivo das atividades durante a Expoacre e o impacto das ações voltadas à comunidade.
“O Viveiro da Floresta encerrou sua participação na feira com chave de ouro, realizando a doação de mais de 4 mil mudas frutíferas para a comunidade. Esse trabalho tem um papel fundamental na aproximação do público com as ações desenvolvidas pelo viveiro. É uma oportunidade valiosa para que a população conheça um pouco mais do que é feito pela Sema”, destaca a gestora.
A agricultora familiar Régia Araújo comemorou a iniciativa e destacou a importância do apoio para quem vive da produção rural.
“Achei essa iniciativa muito boa, porque sou agricultora familiar e sei que vai ser muito útil pra mim. Lá na minha área, já estou cheia de ideias para produzir e levar para vender nas feiras que participo. Eu trabalho no mercado municipal do Rio Mar, e sou presidente da Associação Nova Conquista. Então, é uma iniciativa que vai ajudar a aumentar a minha renda”.
A professora aposentada Maria Vilce da Costa relembrou com carinho a infância no interior ao receber mudas de frutíferas do Viveiro. Para ela, a ação representa a realização de um antigo sonho.
“Peguei mudas de jambo, mamão e café. Esse café, em especial, tem um valor muito afetivo pra mim. Ele faz parte da minha memória de infância. Eu cresci na zona rural, numa colônia no rio Muru, e vim pra cidade estudar quando tinha 17 anos. Meus pais sempre foram apaixonados por fruteiras, e minha mãe tinha um cafezal. Agora, quase oito anos depois de ter comprado minha chácara, vou finalmente realizar o sonho de ter meus próprios pés de café plantados lá. É uma alegria enorme pra mim.”
Sobre o Viveiro da Floresta
O Viveiro da Floresta reúne mais de 60 espécies de plantas nativas e frutíferas e desempenha papel essencial no Programa de Regularização Ambiental do estado. Com capacidade para produzir até 1 milhão de mudas por ano, o espaço oferece mudas gratuitamente para pequenos produtores da agricultura familiar, especialmente para implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs).
Além da atuação ambiental, o Viveiro da Floresta, que também abriga a Biofábrica Clones da Amazônia, desempenha papel essencial no desenvolvimento científico e tecnológico do estado. A unidade fornece material genético de alta qualidade para instituições de ensino e pesquisa, contribuindo para o avanço das tecnologias agroflorestais e a produção de mudas.
Educação Ambiental
Com foco na conservação da floresta e na sensibilização ambiental, o circuito de educação ambiental foi sucesso na Expoacre reunindo em torno de 1.500 pessoas ao longo das 9 noites. Oferecendo 10 jogos educativos voltados para crianças, jovens e adultos, o circuito é fruto da parceria entre as equipes de educação ambiental da Sema e Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).
O espaço utiliza atividades lúdicas para promover a educação ambiental como ferramenta essencial diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Um dos destaques é o “Tapete Caminhando pelo Acre”, experiência imersiva que apresenta a história, cultura e biodiversidade do estado.
Mesas Temáticas
O público que visitou o estande integrado do meio ambiente nesta edição da Expoacre pôde conhecer as principais ações e projetos ambientais do Estado por meio de quatro mesas temáticas apresentadas por Sema, Imac e o Instituto de Mudanças Climáticas (IMC).
A primeira mesa foi dedicada à atuação dos brigadistas comunitários, responsáveis pela prevenção e combate aos incêndios florestais dentro das unidades de conservação, e informações da campanha contra as queimadas, que visa promover a conscientização da população sobre os riscos e impactos causados pelas queimadas ilícitas.
Na segunda mesa temática, o público conheceu o funcionamento da Sala de Situação do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), que utiliza a tecnologia de geoprocessamento para monitorar áreas de risco ambiental e dar suporte às decisões estratégicas de enfrentamento às queimadas e desmatamento.
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (GAEMA), obteve decisão favorável em Ação Civil Pública ajuizada com o objetivo de compelir o Município de Rodrigues Alves a elaborar plano de contingência detalhado e estruturar sua Defesa Civil.
Na decisão liminar, o Juízo da Vara Cível da Comarca de Rodrigues Alves acolheu os pedidos formulados pelo MPAC, determinando que o Município adotasse uma série de providências voltadas à organização da Defesa Civil e à transparência das ações relacionadas. Entre as medidas deferidas, está a criação e manutenção de página específica no portal institucional, contendo informações atualizadas sobre o plano de contingência, estrutura da Defesa Civil, ações desenvolvidas, contatos de emergência e orientações à população.
Com o cumprimento da medida, Rodrigues Alves tornou-se o primeiro município do Acre demandado judicialmente pelo MPAC a implementar um espaço virtual com dados públicos sobre sua Defesa Civil, iniciativa que contribui para o acompanhamento das ações pelos cidadãos e pelos órgãos de controle. O conteúdo pode ser acessado no site oficial do Município, por meio do link: https://www.rodriguesalves.ac.gov.br/paginas/defesa-civil
Além da criação da página, a decisão judicial também determinou que o Município estabeleça equipe técnica mínima vinculada à Defesa Civil municipal, com designação formal de coordenador e integrantes; promova ações de capacitação e articulação com órgãos do sistema estadual e federal de proteção e defesa civil; e elabore relatório bimestral contendo o acompanhamento das medidas adotadas, com ampla publicidade e envio ao MPAC.
A atuação integra um conjunto de 15 ações civis públicas ajuizadas pelo GAEMA para garantir a organização mínima dos órgãos de Defesa Civil nos municípios acreanos, com foco na prevenção de desastres e no atendimento adequado à população em situações de emergência.
Um episódio de violência marcou o encerramento da Expoacre 2025. Durante a madrugada desta segunda-feira, 4, um segurança foi brutalmente agredido por um expositor armado que tentou retirar materiais de seu estande sem a devida autorização, no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco.
De acordo com relatos de testemunhas que preferiram não se identificar, o incidente ocorreu por volta das 3h da manhã, logo após o fechamento oficial do parque. A organização do evento havia determinado que a retirada dos materiais das bancas só poderia ser feita a partir do meio-dia desta segunda, como forma de evitar furtos — prática recorrente em edições anteriores da feira.
O expositor, que segundo a testemunha, é proprietário de uma açaiteria, começou a discutir com o segurança porque queria sair com os materiais antes do horário autorizado. Dois homens que estavam com ele, também seguranças do estande, começaram a agredir o trabalhador, enquanto outros apenas assistiam. A vítima não teve como reagir. Foi muito sangue. Ele apanhou sozinho”, relatou a testemunha.
A situação se agravou quando outros seguranças da feira chegaram para apoiar o colega agredido. Segundo os relatos, o expositor sacou uma arma de fogo para intimidar os demais. “Ele entrou armado porque os expositores com passe livre não estavam sendo revistados na entrada”, explicou um segurança que trabalhava também no local.
Os próprios seguranças do evento confirmaram que o acesso irrestrito de expositores credenciados às dependências do Parque de Exposição, sem qualquer tipo de revista, possibilitou que o agressor estivesse armado dentro do local. A ausência de um protocolo de segurança mais rígido levantou preocupações entre os trabalhadores que atuaram na feira.
Uma segurança que também estava de plantão classificou a ação como covarde. “Ele foi extremamente covarde. Nós estávamos apenas cumprindo ordens da organização, inclusive para proteger os próprios bens dos expositores.”
Muito abalado, o segurança agredido precisou ser encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e em seguida foi à delegacia e registrou um boletim de ocorrência (B.O). O caso agora segue sob investigação das autoridades policiais. A organização da Expoacre ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.
Um vídeo recebido, com exclusividade, pela a Folha do Acre, mostra as cenas de selvageria ocorrida no caso.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o Brasil quer negociar em igualdade de condições com os Estados Unidos porque tem “tamanho, postura e interesses” para isso. Ele classificou como “inaceitável” o governo do país norte-americano usar justificativa política – a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro – como um dos motivos para tarifar os produtos brasileiros.
“O Brasil hoje não é tão dependente quanto já foi dos Estados Unidos. O Brasil tem uma relação comercial muito ampla, no mundo inteiro. A gente está muito mais tranquilo do ponto de vista econômico, mas obviamente não vou deixar de compreender a importância de relação diplomática com os Estados Unidos”, disse Lula, durante discurso no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília.
“Mas quero saber daqui para frente o que é que eu faço. E eles têm que saber que temos o que negociar. Temos tamanho, temos postura, temos interesses econômicos e políticos para negociar”, afirmou. E acrescentou: “As propostas estão na mesa. Já foram apresentadas.”
Ele disse que o Brasil quer negociar “em igualdade de condições” com os Estados Unidos e que o Brasil “não é uma republiqueta”. “Tentar colocar assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável”, afirmou Lula, acusando o presidente norte-americano, Donald Trump, de buscar a destruição do multilateralismo.
“Ele quer a volta da negociação país por país. País pequeno negociar com os EUA é como trabalhador de uma fábrica de 80 mil trabalhadores negociar sozinho com o patrão. O acordo é leonino, não vai ganhar nada”, disse Lula.
Moedas alternativas ao dólar
O presidente recusou-se a abrir mão da busca pelo uso de moedas alternativas ao dólar no comércio internacional – política que tem sido criticada por Trump.
“Não vou abrir mão de achar que a gente precisa procurar construir uma moeda alternativa para que possa negociar com outros países. Não preciso ficar subordinado ao dólar. E eu não estou falando isso agora. Em 2004, fizemos isso com a Argentina”, afirmou Lula.
“Eu não estou disposto a brigar com ninguém. Este país é de paz. Quem quiser confusão conosco, pode saber que não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo”, disse o presidente.
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), e a Prefeitura de Rio Branco, via Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans), confirmaram nesta segunda-feira, 4, durante coletiva na sede da Secretaria de Estado de Governo (Segov), que, a partir da noite desta terça-feira, 5, realizarão uma nova interdição total na Avenida Ceará, no trecho compreendido entre as ruas Marechal Deodoro e Floriano Peixoto, em Rio Branco, para viabilizar o avanço das obras na quarta-feira, 6.
A medida marca o início da fase de escavações para rebaixamento da via, etapa necessária à construção do viaduto do futuro Complexo Viário, uma das mais importantes intervenções para transformar a mobilidade urbana da capital.
A interdição visa dar continuidade à obra do viaduto, que será implantado no cruzamento das avenidas Ceará e Getúlio Vargas. Após essa etapa, os serviços seguem com o alargamento das faixas da Avenida Ceará, no trecho entre a Rua Floriano Peixoto e a Quarta Ponte.
Coletiva realizada nesta segunda-feira explica avanços e necessidade de interdição. Foto: Camila Gomes/Seop
De acordo com o gestor da pasta de Obras Públicas, Ítalo Lopes, a obra entra agora em uma fase decisiva, que envolve escavações profundas e grande movimentação de solo. Por isso, a interdição é necessária para preservar vidas e garantir que o cronograma seja cumprido com qualidade e segurança.
“Por determinação do governador Gladson Camelí, estamos atuando com total prioridade para garantir a agilidade na execução dessa obra. É importante destacar que o viaduto é apenas uma das etapas do Complexo Viário, que inclui intervenções mais amplas de mobilidade urbana na região. Não tem parâmetro histórico no estado diante do tamanho dessa obra. Há muitas instituições envolvidas para ter esse avanço”, ressalta o gestor.
O Detran tem apoiado na parte das sinalizações, para segurança de todos os envolvidos no trânsito.
Desapropriações promovem criação das alças de acesso
Toda a obra do Complexo Viário é realizada de forma planejada. Antes de iniciar os serviços de perfuração, concretagem e escavação, o governo trabalhou intensamente nos afastamentos prediais e, posteriormente, na implantação das quatro alças de acesso, conforme os lotes foram desapropriados.
Na ocasião, a Seop criou um sistema interno digital, o LotesGov, para acompanhamento do Setor Jurídico e os de Arquitetura e Engenharia diante das etapas para desapropriar os lotes do Complexo Viário. O governo está sendo o responsável pelos investimentos relacionados às desapropriações ao longo da poligonal.
“Enfatizo que realizamos desapropriações ao longo do trecho entre a Floriano Peixoto e a Marechal Deodoro para viabilizar a construção das pistas auxiliares, conhecidas como alças de apoio, que se estendem pela Avenida Ceará até o Terminal Urbano”, explica a secretária adjunta Samara Raquel Damásio.
Governador Gladson Camelí e técnicos da Seop acompanham de perto serviços do Complexo Viário. Foto: Ingrid Kelly/Secom
Perfuração e concretagem garantem segurança para escavações
A Avenida Ceará, no trecho do futuro viaduto, recebeu os serviços de perfuração e concretagem, que dão sustentação às escavações para o rebaixamento da própria avenida.
“Executamos as perfurações das cortinas de estacas de concreto armado, que funcionam como contenções para garantir a segurança adequada para iniciarmos o rebaixamento da avenida”, explicou o fiscal da obra, José Alves.
Percursos alternativos no centro de Rio Branco
A Seop orienta que os motoristas busquem rotas alternativas, e reforça a importância da compreensão e colaboração da população. O trânsito nas Ruas Floriano Peixoto, José de Melo, Marechal Deodoro e José Augusto permanecerá liberado e funcionando normalmente, sendo opções viáveis para motoristas, ciclistas e pedestres.
A RBTrans divulgou as mudanças temporárias nos trajetos das linhas de ônibus que passam pelo trecho interditado. As novas rotas estão sendo divulgadas por meio de mapas informativos e materiais visuais disponibilizados nos canais oficiais do governo e prefeitura local.
“Sabemos do transtorno que uma obra grande traz momentaneamente, mas passa e a obra fica. O governador e o prefeito estão fazendo o máximo por melhorias para a capital. Temos as rotas temporárias definidas, para que possamos vencer essa etapa. É um período necessário para melhorar a mobilidade, e a integralidade entre instituições traz o conforto de uma obra que avança com muitas instituições envolvidas”, informa o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas.
Durante o período de obras, os moradores, trabalhadores e clientes de estabelecimentos comerciais, os quais continuarão funcionando normalmente, terão acesso restrito a uma pista, liberada exclusivamente para chegar aos locais.
O ideal é usar uma faca para partir a casquinha caramelada, diz o CFO
Popular nas redes sociais como “morango do amor”, o bombom de morango envolvido em calda de caramelo pode trazer riscos à saúde dos dentes. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) alertou na última semana que alimentos duros e pegajosos podem quebrar dentes, além de danificar próteses e aparelhos ortodônticos.
“Além dos diversos conteúdos positivos publicados nas redes sociais, que incluem desde profissionais ensinando a fazer a receita até celebridades saboreando a sobremesa, também viralizaram vídeos de pessoas que quebraram dentes ou lentes dentais. Em outros casos, pacientes tiveram próteses ou contenções ortodônticas arrancadas por ficarem grudadas no caramelo que reveste o doce”, alertou, em comunicado.
A orientação é, em caso de acidente, buscar um consultório odontológico para que seja realizado o atendimento de urgência. O CFO também elencou pontos de atenção para que o “morango do amor” possa ser consumido com segurança.
Cuidados especiais
Para evitar fraturas ao morder o doce, é possível escolher as partes mais finas do caramelo. Durante a mastigação, a pessoa deve usar os molares (os dentes de trás) que são mais fortes e possuem a função de triturar os alimentos.
“O ideal, no entanto, é usar uma faca para partir a casquinha caramelada e colocar pedaços pequenos dentro da boca, de forma que sejam minimizados os riscos”, orientou o CFO.
Como a receita ainda tem alto índice de açúcar, o conselho alerta para o risco de cáries. “A vilã dos sorrisos é provocada pelo acúmulo de biofilme e pela ingestão frequente de açúcares e carboidratos fermentáveis, levando à desmineralização dos dentes”, informou.
“Escove os dentes logo após ingerir o morango do amor, com atenção especial à limpeza interdental. É fundamental que sejam removidos todos os resíduos, especialmente do caramelo que é mais grudento e pode permanecer alojado na superfície dental”, explicou.
Por fim, pacientes com facetas, próteses fixas ou removíveis e aparelhos ortodônticos não devem ingerir alimentos duros e pegajosos. A orientação é buscar por receitas parecidas, sem incluir o caramelo.
“Dependendo do acidente, é possível haver danos irreversíveis aos dispositivos, que podem ser arrancados da boca por ficarem grudados ao doce. Além disso, ao serem danificados, eles podem provocar lesões na cavidade oral”, alertou o conselho.
O dentista Júnior Nascimento usou suas redes sociais na manhã desta segunda-feira, 4, para denunciar um impasse judicial envolvendo um secretário da Prefeitura de Rio Branco, cujo nome ele preferiu não divulgar. Em um vídeo publicado em seu perfil, o profissional relatou ter sido alvo de uma busca e apreensão realizada pela Polícia Civil, motivada, segundo ele, por uma falsa acusação registrada em boletim de ocorrência.
De acordo com Júnior, a situação teve início há mais de quatro meses, quando um secretário da gestão do prefeito Tião Bocalom teria, segundo suas palavras, “resolvido mentir” em um boletim de ocorrência, com o objetivo de vinculá-lo injustamente a investigações relacionadas a ameaças feitas por dois motoubers a uma juíza e ao próprio secretário.
“Vieram aqui em casa com mandado dizendo que buscavam armas e munições. Revistaram tudo e só levaram meu celular. Um dos policiais usava balaclava, meus filhos ficaram desesperados, acuados. Até hoje minha filha de quatro anos tem medo de descer a escada e encontrar o ‘policial fantasma’”, relatou o dentista, visivelmente indignado.
Júnior afirma que seu envolvimento se resume a ter apoiado publicamente os motoubers, que estariam reivindicando o direito de trabalhar. “Defender trabalhador contra os interesses do poder público não pode ser tratado como participação em organização criminosa”, argumentou.
Ele também cobrou a devolução de seu aparelho celular, que segue apreendido pelas autoridades, e reafirmou sua inocência. “Nunca troquei mensagens com criminosos. Todo meu dinheiro é lícito e declarado. Quero o resultado dessas investigações logo na palma da minha mão”, disse.
O dentista finalizou o vídeo informando que pretende adotar medidas judiciais contra o secretário envolvido assim que as investigações forem concluídas. Ele também mandou um recado direto: “Se está achando ruim os vídeos dos ônibus quebrados e das mazelas da cidade, se prepare, porque eu vou pegar ainda mais pesado”, finalizou.
O último dia da Expoacre foi marcado por um momento simbólico e bastante aguardado pelos visitantes, a quebra da estátua de chocolate do Mapinguari, um dos principais atrativos do Espaço da Rota do Cacau durante toda a feira. A escultura, feita inteiramente de chocolate produzido no Acre, encantou o público ao longo dos nove dias de feira e ganhou ainda mais destaque ao ser cuidadosamente fragmentada e distribuída gratuitamente aos visitantes da feira, neste domingo, 3.
A ação, promovida pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri), Sebrae/AC e produtores locais, teve como objetivo celebrar a força da cadeia do cacau acreano, valorizando tanto o cultivo sustentável quanto a criatividade na transformação do fruto amazônico em produto de valor agregado.
Centenas de pessoas se reuniram para acompanhar a quebra da estátua, feita à mão pelo chefe escultor Leo Vilela, que retratava o lendário Mapinguari, figura do imaginário amazônico que representa a força da floresta. O gesto simbólico marcou o encerramento das atividades no Espaço da Rota do Cacau e a democratização do acesso ao produto local.
A distribuição do chocolate agradou adultos e crianças, e consolidou a proposta da Rota do Cacau de aproximar o público urbano dos produtos da floresta, incentivando o consumo consciente e o reconhecimento da biodiversidade amazônica como fonte de riqueza econômica e cultural.
Crianças recebem pedaços da escultura de chocolate do Mapinguari com alegria e encantamento. Foto: Marcos Santos/Secom
Entre os muitos visitantes que aguardavam ansiosos, estava a jovem Isabelly Cristinny Santos Mustafa, que fez questão de garantir um pedaço da escultura. “Estou aqui na fila desde cedo. Espero que esse momento seja muito saboroso, afinal, a escultura é toda de chocolate. Estou muito ansiosa. Esse momento é bem interessante na Expoacre”, contou.
Maria Damiana Nascimento de Menezes aguardava emocionada na fila para receber um pedaço da escultura. “Minha expectativa é muito positiva, pois é a primeira vez que vemos um Mapinguari feito inteiramente de chocolate. Ele representa nossa cultura, nossas tradições. A lenda do mapinguari fala sobre ele se alimentar de pessoas, mas, neste caso, as pessoas poderão apreciá-lo. Essa ação expõe um produto que é da nossa terra e que atrai o público. É a primeira vez que vejo uma representação do Mapinguari dessa forma”, disse, sorrindo.
A Expoacre se despediu reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável, a valorização das cadeias produtivas locais e a integração entre tradição e inovação.