Um ambiente adequado e acessível, com a capacidade para comportar 60 mil sacas de grãos, o armazém de Senador Guiomard irá beneficiar mais de 40 produtores da região. Com o recurso do Estado, a Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre) entregou a revitalização do galpão, nesta quarta-feira, 30.

“Essa reforma é um presente para todos os produtores, e a equipe da Cageacre trabalhou com empenho para revitalizar o galpão de armazenamento de Senador Guiomard”, destacou o presidente da Cageacre, Jessé Cruz.

O gestor ainda frisou que a Cageacre segue avançando com duas ordens de serviço para a revitalização de armazens em Cruzeiro do Sul e Manoel Urbano. O armazém integra os blocos de vestuário e escritório, e tem compartimentos como a moega, um componente direcionado ao recebimento de insumos como grãos e farinhas.

“O governo tem demonstrado comprometimento com o setor produtivo do Acre, e investirá na pasta para os próximos quatro anos. A gestão governamental continuará atuando com responsabilidade e ações efetivas para promover políticas públicas para a agricultura familiar”, destacou o secretário-chefe da Casa Civil, Jonathan Donadoni.

O novo espaço de armazenamento de grãos em Senador Guiomard beneficiará muitos produtores no período de safra e dará um fluxo dinâmico para os pequenos e médios produtores, na cidade e nas mediações.

Com o galpão de armazenamento da Cageacre, o produtor rural irá ter uma maior agilidade no transporte e nas descargas de grãos.

“Hoje é um dia de festa para os produtores rurais e para o governador Gladson Cameli. A revitalização do armazém comporta uma estrutura de qualidade e isso fortalece o agronegócio no Acre”, disse o titular da Sepa, Edivan Azevedo.

Na oportunidade, o presidente da Associação da Cageacre, Ademir Menezes, relatou: “Vi o esforço dos servidores da instituição em fazer o melhor para todos. Meu sentimento é de agradecimento por fazer parte dessa história, um novo momento para o agronegócio no Acre”.

Entre as autoridades estava o vice-prefeito José Claudinei Rabelo, mais conhecido como Ney do Miltão; vereadores do município, como Leyryana de Oliveira, a Leiri do Mixico; e o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal, Francisco Thum.

O empreendimento custou R$ 4 milhões para os cofres públicos, e também teve recurso do deputado Luiz Tchê, no valor de R$ 100 mil.

Na entrega da obra estiveram reunidas no dispositivo de honra mais de 10 autoridades, entre políticos e servidores estaduais. No local, os servidores puderam prestigiar as mudanças e benfeitorias no armazém de grãos, que não tinha restruturação predial há mais de 30 anos.

O governo do Acre alcançou mais uma vitória visando conseguir que a União doe, para o Estado, 155 mil hectares de terras remanescentes da Gleba Seringal Afluente, entre Feijó e Tarauacá, para implantar uma unidade de conservação sustentável na região. Um projeto de decreto legislativo com esse objetivo foi aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira, 23.

O projeto, de nº 335/21 e que já foi aprovado no Senado, é de autoria da senadora e vice-governadora eleita Mailza Assis da Silva e atende pedido do governo do Acre. “A doação dessas terras para o Estado já tem posição favorável do Ministério da Economia e do Conselho de Defesa Nacional, mas também precisa da aprovação da Câmara, além do Senado, porque abrange área de fronteira”, explicou o representante do governo em Brasília, Ricardo França, que trata do assunto na capital federal.

A implantação da unidade de conservação integra ações da segunda fase do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre, o PDSA II, desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Conforme Ricardo França, além de contribuir com os objetivos do programa, a implantação da unidade de conservação é compromisso assumido pelo Estado em contrato de empréstimo feito em 2013 junto ao BID, no valor de US$ 120 milhões, sendo US$ 72 milhões financiados pelo banco e US$ 48 milhões de contrapartida do governo.

O problema, explicou o representante, é que as terras indicadas pelos gestores daquela época para implantar a unidade de conservação pertencem à União, o que inviabiliza a ação. “O governo vem buscando a doação dessas terras para regularizar a situação e poder implantar a unidade, avançando, cada vez mais, no desenvolvimento sustentável do Acre, além de cumprir com o compromisso com o Banco Mundial e evitar que o Estado fique inadimplente”, explica.

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Foi com esse objetivo que o governo solicitou a apresentação do projeto de decreto legislativo pela senadora Mailza Assis da Silva. “À exemplo da parceria e apoio costumeiro ao governo em favor do Estado, a senadora atendeu o pedido e se empenhou pela aprovação da medida no Senado”, afirmou Ricardo França.

A necessidade foi relatada por França para o relator do projeto na Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Pedro Lupion, pedindo a urgência e aprovação da proposta, conforme ocorreu na quarta-feira. O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, seguindo depois para análise pelo plenário.