O governador Gladson Camelí fez um apelo à população na manhã desta quinta-feira, 17, devido ao avanço dos casos de sarampo em Bolívia, país vizinho ao Brasil. Ele destacou que a vacina está disponível nas unidades de saúde e é a principal arma contra o surto da doença, que já preocupa as autoridades.

No Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta, o governador Gladson Camelí publicou o decreto de nº 11.724, que estabelece situação de emergência em saúde pública em decorrência da reemergência e do risco iminente de disseminação do sarampo no estado.

O documento define que a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) deve coordenar a atuação específica dos órgãos e entidades competentes para o enfrentamento da emergência, com atendimento prioritário às demandas que envolvam adoção de medidas administrativas urgentes.

“Fizemos este decreto justamente para chamar atenção e pedir que a população se vacine. Está tendo uma crise na Bolívia, que sabemos que faz fronteira com o nosso estado e estamos tomando as medidas cabíveis, que são responsabilidade do governo, mas temos que pedir também a cooperação da população para que procure os pontos de saúde e faça sua prevenção. Esta já uma grande preocupação”, enfatizou.

Com a ajuda do Ministério da Saúde, Camelí destacou que o governo do estado está atento e agindo preventivamente para que a doença não volte a ser registrada no estado. “É preciso ter essa conscientização para que depois não aconteça situações mais graves”, orientou.

O diretor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, reforçou a importância da união entre municípios, estados e governo federal.

“Estamos junto com uma equipe do Ministério, trabalhando em harmonia com o Estado e com os municípios numa estratégia de prevenção ao sarampo. Vivemos um momento epidemiológico muito delicado, porque o Brasil é uma área livre da doença, porém identificamos a circulação do vírus do sarampo em outros países, inclusive aqui na fronteira com o Acre. Estamos aqui para prevenir que a doença entre no estado e, consequentemente, no país. Há uma ação de intensificação da vacinação para proteger a população e também uma ação de sensibilização da vigilância, ou seja, detectar casos que eventualmente entrem no país de forma precoce e tomar medidas para evitar que a doença se alastre. Aqui, estamos dando um exemplo de articulação tripartite: governo federal, governo do Estado e municípios trabalhando juntos para o sarampo não entrar no nosso país”, explicou Gatti.

Agência de Notícias do Acre

O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, condenou por homicídio, com quatro qualificadoras, o mecânico Simey de Menezes Costa, acusado de ter matado com mais de 30 facadas sua noiva, Ketelly Soares de Souza (33), em junho do ano passado no Polo Benfica, em Rio Branco.

No final do julgamento, a juíza Helen Oliveira fez uma breve análise sobre a violência contra a mulher, em seguida deu o veredito final estabelecendo uma pena de 17 anos e seis meses de reclusão em regime fechado.

A magistrada ainda negou ao réu o direito de recorrer da sentença em liberdade. Dona Francisca Soares, mãe da vítima, considera a pena branda. “Ele vai cumprir 4 ou 5 anos, no máximo, e ficará em liberdade condicional para fazer o que bem entender. Minha filha não. Ela vai continuar morta”, comentou a idosa.

Simey Menezes e Ketelly viviam juntos até uma semana antes da tragédia. O mecânico havia pedido ela em noivado pouco antes do crime. O acusado tinha ciúme doentio da vítima, a ponto de passar a controlar sua vida, desde quando ela saía de casa para o trabalho e retornava. Controlava até a saída da mulher para a casa da própria mãe.

Na noite de 8 de junho de 2024, vizinhos ouviram uma discussão, e de repente o silêncio tomou conta. Acredita-se que foi nesse momento que ocorreu o assassinato. Em seguida, Simey saiu na moto da companheira e deixou o portão da área aberto. A jovem foi encontrada morta na sala com dezenas de perfurações de arma branca e sinais de espancamento. Ele foi preso quatro dias depois, ao se apresentar na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM).