sábado, 21 junho 2025
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“Não estamos lidando com criminosos, mas com famílias”, diz Alan Rick sobre ação do ICMBio no Acre

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Em entrevista exclusiva concedida à jornalista Gina Menezes, da Folha do Acre, o senador Alan Rick (União Brasil) se posicionou nesta segunda-feira, 16, sobre os conflitos envolvendo a atuação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Operação Suçuarana, realizada na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. Segundo ele, os moradores da região têm sido tratados de forma injusta, diante das recentes apreensões e abates de gado pertencentes a famílias que vivem no local há décadas.

De acordo com o parlamentar, os pequenos produtores que residem na reserva estão estabelecidos ali desde muito antes da criação oficial da área protegida, em 1990, pelo decreto 99.144.

“Conversei com alguns proprietários que tiveram o seu gado apreendido. Hoje já recebemos informações de abate de mais de 40 cabeças. A carne, segundo disseram, será doada a uma instituição no Pará”, afirmou Alan Rick.

O senador criticou a condução da operação e destacou que a legislação ambiental não proíbe, de forma explícita, a criação de gado dentro da reserva. Ele defendeu que, com o enfraquecimento das atividades extrativistas na região, os moradores foram obrigados a buscar alternativas de sustento, como a pecuária e a agricultura familiar.

“Se houver crimes graves sendo cometidos, que sejam investigados e que a legislação seja cumprida. Mas esses pequenos produtores não podem ser tratados como criminosos. Nós não estamos lidando com bandidos ou traficantes, mas com famílias que só querem sobreviver e educar seus filhos”, disse o senador.

Em busca de uma solução, Alan Rick informou que está propondo uma reunião na Casa Civil da Presidência da República, com a ministra-chefe Gleisi Hoffmann, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e representantes das bancadas da Amazônia, para discutir o caso. Ele também anunciou que apresentará um projeto de lei para regulamentar o uso das áreas dentro das reservas extrativistas.

Além disso, o parlamentar orientou que os proprietários afetados busquem respaldo jurídico. “Esses produtores poderão ingressar com ações judiciais. Já há decisões no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desfavoráveis ao ICMBio e Ibama por apreensões irregulares de gado em outros estados, como Amazonas, Pará e Mato Grosso”, destacou.

Alan Rick ainda criticou a falta de transparência por parte dos órgãos ambientais durante a operação. Ele relatou que o deputado federal Ulysses Araújo, que esteve na reserva, não recebeu explicações claras sobre a legalidade das ações.

“Um servidor público do órgão precisa, com a transparência que essa medida exige, explicar claramente para o parlamentar, que é o representante do povo, que é o representante eleito, o que está sendo feito ali”, concluiu o senador.

O senador reforçou que o caminho ideal para resolver a situação é o diálogo e não o enfrentamento. “Esse é o caminho, buscar o diálogo e não uma ação desproporcional e cruel com aquele que quer manter apenas a sua sobrevivência”.

Racismo algorítmico, deepfakes e controle de dados: a rebelião ética da geração Z

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Mais do que consumidores de tecnologia, jovens exigem transparência, inclusão e justiça nas mãos de quem cria a inteligência artificial.

Enquanto muitas gerações anteriores encararam as inovações tecnológicas com certo deslumbramento, a Geração Z – formada por jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e 2010 – observa a ascensão da Inteligência Artificial (IA) com um olhar mais crítico e responsável. Crescidos em meio à internet, redes sociais e algoritmos, esses jovens demonstram uma postura ética cada vez mais consciente diante dos impactos sociais, culturais e políticos que a IA pode causar.

Ao contrário da simples aceitação passiva da tecnologia, a Geração Z se mostra atenta aos efeitos colaterais do avanço desenfreado da inteligência artificial. Um dos principais pontos de questionamento é o racismo algorítmico — quando algoritmos utilizados em reconhecimento facial, seleção de currículos ou vigilância reproduzem preconceitos históricos, afetando desproporcionalmente minorias raciais e grupos marginalizados. Essa geração não apenas identifica o problema, mas exige que as empresas e desenvolvedores tomem medidas reais para enfrentá-lo.

Outro ponto em destaque é a manipulação de dados pessoais. Nativos digitais por excelência, os jovens da Geração Z compreendem a importância da privacidade digital e sabem que, muitas vezes, seus dados são coletados e utilizados sem o devido consentimento ou transparência. Por isso, tendem a pressionar por políticas de proteção mais rigorosas, que limitem o uso indevido de informações sensíveis.

Além disso, os deepfakes e a desinformação gerada por IA despertam grande preocupação. Em uma época em que a confiança nas fontes de informação é constantemente colocada à prova, os jovens compreendem o risco de uma sociedade onde imagens, vídeos e falas podem ser falsificados com facilidade. Eles reconhecem o potencial dessa tecnologia, mas também defendem a criação de mecanismos de checagem e identificação dessas manipulações.

Essa postura crítica reflete em seu posicionamento político e social. Pesquisas recentes indicam que a Geração Z é mais propensa a apoiar legislações específicas que regulem o uso da IA, com ênfase na transparência, responsabilidade e supervisão ética por parte das empresas de tecnologia. Eles buscam modelos de governança mais humanos, inclusivos e justos, em que a tecnologia esteja a serviço do bem-estar coletivo, e não apenas do lucro corporativo.

A Geração Z demonstra que é possível conviver com a inovação sem abrir mão dos princípios éticos. Ao levantar questionamentos e exigir mudanças estruturais, esses jovens estão moldando o futuro da inteligência artificial com base na equidade, na justiça e na verdade. Em vez de apenas aceitar a IA como uma realidade inevitável, eles escolhem participar ativamente de sua construção — com consciência, coragem e visão de longo prazo.

“A tecnologia progride, mas é a consciência que define o rumo da história.”

Adriano Gonçalves 
Master Coaching in Business International 
@apadrianocoach.ofc

11 cidades do Acre estão com alerta de chuvas fortes e ventania de até 60 km/h

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta para possibilidade de chuva forte em 11 municípios do Acre. O aviso, de nível de “perigo potencial”, começou a valer às 9h33 desta segunda-feira, 16, e segue até as 11h da terça-feira, 17.

De acordo com o órgão, a previsão é de chuva entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, com ventos intensos, que podem variar de 40 a 60 km/h. Há também baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

As cidades incluídas no alerta são:

Cruzeiro do Sul
Feijó
Jordão
Mâncio Lima
Manoel Urbano
Marechal Thaumaturgo
Porto Walter
Rodrigues Alves
Santa Rosa do Purus
Sena Madureira
Tarauacá

Entre as orientações, o Inmet recomenda que a população evite se abrigar debaixo de árvores durante as rajadas de vento, não estacione veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda e evite o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada durante a ocorrência de descargas elétricas.

Informações A Gazeta do Acre

Justiça decreta prisão preventiva de homem suspeito de matar ex-esposa a facadas no Quinari

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José Rodrigues de Oliveira, de 54 anos, suspeito de matar a ex-esposa, Luana Conceição do Rosário, de 45 anos, a facada, em via pública, na última sexta-feira, 13, em Senador Guiomard, teve a prisão preventiva decretada. As informações foram confirmadas À GAZETA pelo delegado Rômulo Carvalho nesta segunda-feira, 16.

Segundo relatos de testemunhas, Luana saiu de casa para comprar pão, quando foi surpreendida por seu ex-marido, que a atacou com uma faca em frente a um comércio na cidade do interior do Acre. O ataque ocorreu por volta das 7h40 e, após o crime, o homem fugiu do local.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e uma ambulância municipal foi enviada, mas a equipe constatou que a vítima já estava sem vida. Policiais militares isolaram a área para o trabalho da perícia e deram início às buscas pelo autor.

Antes da prisão, José chegou a enviar áudios para o filho logo após o crime. Nos áudios, José admite o crime e pede perdão ao filho, dizendo que Luana “aprontou demais” com ele. “Me perdoa, meu filho, me perdoa o que eu fiz com a tua mãe, tá? Ela estava se desfazendo de nós, meu filho. Me perdoa, meu filho, pelo amor de Deus”, afirmou.

Ainda na sexta-feira, 13, o Grupo Especial de Fronteira (GEFRON) prendeu o suspeito, que segue à disposição da Justiça.

Com informações A Gazeta do Acre

Após desistência de fusão com o Podemos, PSDB diz que vai conversar com outros partidos

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O PSDB e o Podemos desistiram da fusão partidária que vinham negociando desde o início de 2025. Segundo informações divulgadas na imprensa, o motivo foi a proposta do Podemos de comandar a legenda unificada pelos próximos 4 anos, o que não teve aval dos tucanos.

O impasse se deu depois de os tucanos sugerirem um modelo de gestão compartilhada, com revezamento na presidência da nova legenda –primeiro semestral, depois anual.

Diante da desistência da federação com o Podemos, a direção do PSDB no Acre informou que irá conversar com outros partidos visando uma nova federação no estado.

“Infelizmente não deu certo com o Podemos, mas vamos conversar com outros partidos visando uma nova federação. O PSDB vai continuar contribuindo com a política local e nacional e também com desenvolvimento do nosso país”, disse uma fonte do PSDB.

Violência invisível: família luta para que morte de Joyce seja reconhecida como feminicídio psicológico durante audiência na Aleac

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Foi realizado na manhã desta segunda-feira, 16, uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para discutir o caso de Joycilene Sousa de Araújo, conhecida como Joyce, que morreu em novembro de 2024 após uma parada cardíaca provocada pela ingestão de comprimidos controlados. A família e representantes de entidades sociais defendem que a morte da acreana seja reconhecida como um feminicídio psicológico, resultado de um longo ciclo de violência emocional, patrimonial e psicológica.

A audiência proposta pela deputada estadual Michelle Melo, destacou que a rede de proteção falhou em oferecer o suporte necessário à vítima. “Houve erros no fluxo de saúde mental, na ligação ao 180, na condução do caso. Toda tentativa de suicídio precisa de assistência imediata, e isso não aconteceu”, afirmou.

Jaqueline Sousa, irmã de Joyce, fez um desabafo emocionante e cobrou reflexão sobre a cultura machista e o papel das instituições no combate à violência contra a mulher. “O suicídio não é reconhecido como feminicídio. Joyce entrou para a estatística de suicídio em 2024. E de quem é a culpa? Da vítima? É isso que a sociedade diz”, questionou.

Jaqueline relatou que Joyce sofreu um processo contínuo de manipulação e isolamento durante o relacionamento abusivo com Thiago Augusto Borges, acusado pela família de violência psicológica e patrimonial. “Joyce não podia sair, não podia trabalhar direito, foi sendo esvaziada dela mesma, se sentindo culpada por sentir o que estava sentindo”, disse.

A irmã ainda revelou falhas graves na rede de atendimento à vítima. Após uma tentativa de suicídio no início de novembro, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhou Joyce para a UPA, e não para o Pronto Socorro, como deveria ter sido feito. “Ela foi liberada horas depois. Eu insistia que ela precisava de um leito psiquiátrico. Nada foi feito. No dia 17 de novembro, minha irmã morreu”, declarou.

Representantes de instituições também destacaram a necessidade de reconhecer a violência psicológica como um caminho para o feminicídio. A advogada Tatiana Souza, da Comissão da Mulher Advogada, afirmou que “não é um suicídio, é um feminicídio. Se não dermos nome, continuaremos vivendo a omissão”.

Já a procuradora de justiça Patrícia Rego reforçou o desafio enfrentado pelo sistema de justiça. “Se já é um desafio garantir justiça em casos tradicionais de violência, imagina nesses casos que ainda não têm o devido reconhecimento? A luta é para mudar essa estrutura e garantir que nenhuma mulher passe pelo que Joyce passou”, afirmou.

O caso segue sob investigação pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e acompanhado pelo Ministério Público do Acre (MPAC). A família e entidades cobram que a morte de Joyce seja reconhecida oficialmente como feminicídio psicológico e sirva de alerta para fortalecer as políticas de combate à violência contra a mulher.

Presidente do PCdoB sugere chapa com Binho e Jorge para disputar governo e Senado em 2026

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O presidente estadual do PCdoB no Acre, Eduardo Farias, sinalizou apoio à formação de uma chapa com os ex-governadores Binho Marques e Jorge Viana, ambos do PT, para as eleições de 2026. A manifestação foi feita nas redes sociais, após a publicação de uma foto de um encontro entre os dois ex-mandatários.

Farias, que já foi vereador de Rio Branco e deputado estadual, escreveu que gostaria de ver Binho e Jorge novamente na linha de frente da política acreana. “Rapaz, melhor de tudo seria ver @binho_acre e @jorgevianaacre, Governador e Senador pra tirar o Acre desse caos e abandono que se encontra hoje ”, comentou o dirigente comunista.

A fala de Farias não representa uma definição oficial do partido, mas indica o desejo de parte da esquerda em retomar uma aliança entre PT e PCdoB para enfrentar o campo conservador nas próximas eleições estaduais. Binho e Jorge, embora tenham se mantido discretos nos últimos anos, seguem influentes no debate político do Estado.

Até o momento, os dois petistas não comentaram a sugestão, com somente Jorge Viana curtindo o comentário. Nos bastidores, porém, aliados de ambos reconhecem que o cenário eleitoral de 2026 já começou a ser discutido entre lideranças dos partidos da antiga Frente Popular.

Evento internacional de jiu-jitsu movimenta economia em Rio Branco

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Pela primeira vez, o Acre recebe uma etapa da AJP (Abu Dhabi Jiu-Jitsu Pro), um dos principais circuitos internacionais de jiu-jítsu. O evento está marcado para os dias 28 e 29 de junho, no Sesc Bosque, em Rio Branco, e já conta com quase mil atletas inscritos.

As atividades começam no dia 27, com a pesagem oficial dos competidores no Via Verde Shopping. A expectativa da organização é reunir entre quatro e cinco mil pessoas por dia durante a competição, movimentando diretamente setores como hotelaria, transporte, alimentação e comércio em geral. A previsão é de que o evento gere cerca de 300 empregos diretos e indiretos.

Além da relevância esportiva, a etapa representa um impulso econômico para o estado. A taxa de ocupação hoteleira deve ultrapassar os 90% e a demanda por serviços cresce à medida que se aproxima a data da competição. O evento também deve estimular o turismo, aumentando a visibilidade do Acre como destino e atraindo visitantes de diversas regiões do Brasil e países vizinhos.

“A expectativa é a maior possível. É o primeiro evento internacional de jiu-jítsu no Acre. Rio Branco vai se transformar na capital mundial da modalidade por dois dias”, afirma Wendell Barbosa, faixa-preta, bicampeão mundial de parajiujitsu e embaixador da AJP no estado.

Atletas de outros estados do Brasil já confirmaram participação, além de um número expressivo de competidores locais. A realização do evento também abre espaço para a descoberta de novos talentos e contribui para o fortalecimento da modalidade no estado.

A infraestrutura montada para a competição impulsiona investimentos que podem trazer benefícios permanentes para a região. Empresas locais, como fornecedores de alimentos, bebidas e serviços, aproveitam a oportunidade para expandir seus negócios. O etapa ainda funciona como preparação para outras competições nacionais e internacionais, promovendo a confraternização e o intercâmbio entre atletas.

O evento conta com o apoio do Governo do Estado do Acre, da Secretaria Estadual de Esportes, da Prefeitura de Rio Branco, da Secretaria Municipal de Esportes de Rio Branco e do senador Sérgio Petecão.

Produtor denuncia que funcionários do ICMBio mataram uma de suas vacas para fazer churrasco e confraternizar

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Durante a operação realizada por órgãos ambientais na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, no Acre, um produtor rural relatou ter sido alvo de supostos abusos cometidos por agentes que, segundo ele, seriam ligados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em um video gravado, ele narra uma série de irregularidades, incluindo invasão de domicílio, abate de animal de criação e uso indevido de seu freezer particular para armazenamento de carne.

“Anteontem eu fui em casa terminar de arrumar minhas coisas, que só tinha dado até ontem que eu tive que tirar minhas coisas até cinco horas. Falei com os meninos da prefeitura, eles arrumaram os carros. Aí, nós fomos lá, eu fui na frente para terminar de arrumar minhas coisas[sic] ”, começou dizendo.

Ao chegar na propriedade, segundo o produtor, encontrou um cenário inesperado. “Cheguei lá, eles assando carne, escutando o som. Não maior da gritaiada lá, animado, todo mundo comendo carne [sic]”, relatou.

O produtor afirma que uma de suas novilhas foi abatida durante a ocupação. “Lá, por minha conta, mataram uma novia, mesmo. O rapaz vizinho meu viu. Eles mexendo com o gado, puxando o Anovia. E eu acho isso um absurdo. Um absurdo o cara entrar dentro da casa da gente. Coisa que eu nunca fiz na minha vida. E eles estão fazendo, dependendo do que é meu [sic]”

Um dos pontos de maior revolta foi o uso do seu freezer pessoal. “Não usou a sua freezer para pôr a carne. Ainda usou a minha freezer para encher de carne. Eu tinha um par de porco lá que eu matei. Quando eu cheguei, cadê meu porco? Tá debaixo dessa carne. [sic]”

O produtor conta ainda que, ao solicitar a devolução do equipamento, foi instruído a esperar. “Eu falei, eu vou querer meu freezer. É quando o senhor chegar com o caminhão, o senhor avisa que nós tiramos a carne de dentro. [sic]”

 

 

Frota milionária da Trans Acreana segue parada em SP por falta de estradas no Acre, diz empresário

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Uma frota de vários ônibus de dois andares, todos novos e no modelo leito, chama atenção em um pátio próximo à Rodoviária do Tietê, em São Paulo. Os veículos, da empresa acreana Trans Acreana, estão parados à espera de melhores condições de trafegabilidade nas estradas acreanas.

Segundo o empresário Fernando Lourenço, dono da Trans Acreana, os veículos foram adquiridos entre o fim de 2024 e o início de 2025, em um esforço para modernizar o transporte de passageiros no Acre, especialmente nas rotas que ligam Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Assis Brasil. O investimento, porém, esbarrou na precariedade das rodovias federais que cortam o estado.

“Não tem estrada para esses ônibus circularem”, resume Lourenço em entrevista ao portal de notícias O Alto Acre.

A BR-364, principal via que liga a capital ao interior, está em condições críticas. Já a BR-317, que dá acesso à fronteira com o Peru, é considerada “menos pior”, mas ainda insuficiente para garantir a operação segura dos veículos de alto padrão.

Diante do impasse, o empresário admite a possibilidade de vender os ônibus novos e voltar a investir em modelos antigos, mais resistentes ao desgaste das estradas acreanas. “Se nada mudar, vou ter que recuar”, lamenta.

Os ônibus sequer foram apresentados à Agência Reguladora do Acre (Ageac), já que nunca saíram de São Paulo. O caso expõe uma contradição: enquanto o setor privado se prepara para oferecer mais qualidade no transporte interestadual, a falta de infraestrutura impede avanços e deixa investimentos milionários fora de circulação.