O Rio Acre amanheceu nesta sexta-feira, 25, com 1,57 metro em Rio Branco, registrando queda de um centímetro em relação ao nível medido na quinta-feira, segundo dados da Defesa Civil Municipal. A capital acreana segue sem registro de chuvas há 38 dias, agravando a situação de seca na região.

Conforme informou a Defesa Civil, Rio Branco não recebe precipitações desde 16 de junho, e a ausência de chuvas persiste, com nenhuma previsão de mudança para os próximos dias. Essa prolongada estiagem tem provocado o contínuo recuo do nível do Rio Acre.

O tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, reforça que a tendência é de que o rio e seus afluentes apresentem níveis ainda mais baixos nos próximos dias.

Para minimizar os impactos, a prefeitura já iniciou o abastecimento de água na zona rural, utilizando caminhões-pipa, e mantém monitoramento rigoroso da captação feita pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb).

“Estamos atentos para evitar que os bairros fiquem sem água, trabalhando com planos estratégicos para garantir o abastecimento enquanto a seca perdurar”, afirmou Falcão.

Informações A Gazeta do Acre

A 50ª edição da Expoacre marcará um momento histórico para o evento: pela primeira vez, redes de supermercados do Acre participarão oficialmente da maior feira agropecuária e de negócios do estado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 24, durante a assinatura de um termo de cooperação entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), e a Associação Acreana de Supermercados (Asas).

A parceria garante a presença dos supermercados no Espaço Indústria da feira, promovendo a integração do setor varejista de alimentos com outros segmentos produtivos, incluindo empresas do Peru e da Bolívia, que também participam da Expoacre. A assinatura do acordo ocorreu na sede da Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), com a presença de representantes da Federação das Indústrias do Acre (Fieac) e do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento.

O secretário da Seict, Assurbanípal Mesquita, destacou o avanço representado pela inclusão do setor. “Trazer os supermercados para a Expoacre é essencial. É um segmento que movimenta grandes volumes de compra e consumo. Nossa meta é promover rodadas de negócios com indústrias locais, fornecedores e parceiros internacionais, ampliando as opções de produtos para o consumidor acreano”, explicou.

Para o presidente da Asas, Adem Araújo, a expectativa é de crescimento expressivo. “O setor supermercadista representa 9% do PIB do Acre. Com essa participação inédita, estimamos um incremento de até 10% nas vendas durante o período da feira”, afirmou.

Já a presidente da Acisa, Patrícia Dossa, ressaltou o fortalecimento do comércio local. “Estamos muito satisfeitos com a adesão. Teremos desde pequenos estabelecimentos até grandes redes, o que valoriza as empresas locais, estimula a economia e amplia o acesso da população a novos produtos”, afirmou.

A Expoacre 2025 será realizada de 26 de julho a 3 de agosto, no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, e contará com nove noites de programação voltada ao agronegócio, indústria, comércio e integração regional.

Em razão da estiagem severa que atinge os rios acreanos, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Educação e Cultura (SEE), iniciou a reorganização do calendário letivo em escolas de difícil acesso, localizadas em regiões onde o transporte dos alunos só é possível por meio fluvial.

A estiagem nas cabeceiras dos rios do Acre tem provocado impactos diretos no cotidiano escolar de comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas. Diante da impossibilidade de acesso às escolas em razão do nível extremamente baixo das águas, a SEE está adotando medidas de reorganização do calendário escolar para garantir o cumprimento do ano letivo nessas localidades.

“Estamos acompanhando com atenção cada situação. Nessas regiões, os rios são a única via de acesso às escolas. Quando o rio seca, não há alternativa de transporte. É nosso dever assegurar o direito à educação dessas crianças, reorganizando o calendário de acordo com a realidade local”, destacou o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho.

A coordenadora do Núcleo da SEE em Feijó, Marinês Dantas, reforça que a medida é necessária para manter o vínculo com os estudantes e eles não desistirem por estar perdendo aulas. “Na comunidade Vila Alves, por exemplo, onde funciona a Escola Pingo de Ouro, no alto Rio Envira, e no Seringal Porto Rubim, onde fica a Escola Raimundo Prado, os barcos já não conseguem navegar. Isso também ocorre em aldeias como a Califórnia, onde está localizada a Escola Alto Bonito I. Estamos trabalhando com as equipes escolares e as lideranças locais para adequar o calendário e minimizar os impactos”, afirmou.

A reorganização do calendário escolar é uma medida técnica necessária para assegurar o cumprimento do ano letivo nas comunidades afetadas pela estiagem. Com planejamento regionalizado e diálogo com as escolas, o governo do Acre reafirma o compromisso de garantir o acesso à educação em todos os territórios, inclusive nas localidades onde o rio é a única via possível.

Agência de Notícias do Acre