quarta-feira, 16 julho 2025
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Embargo de terras mobiliza produtores e bancada federal em audiência pública na Aleac

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Uma audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), reuniu representantes da bancada federal, autoridades estaduais, produtores rurais e moradores de reservas extrativistas para discutir os embargos ambientais que atingem propriedades no Estado. A reunião, marcada por fortes críticas às atuais regras de uso da terra, contou com a presença dos senadores Sérgio Petecão (PSD-AC) e Alan Rick (União-AC), do deputado federal Eduardo Velloso (União-AC) e do coronel Ullysses.

Durante o evento, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), Assuero Doca Veronez, fez um discurso contundente contra a rigidez das normas ambientais aplicadas na região amazônica e denunciou o que classificou como injustiça contra produtores rurais.

“Eu estou comovido com o que eu vi aqui hoje. Levo para casa o coração doído de saber, a gente sabe, mas quando você ouve, como nós ouvimos aqui hoje os depoimentos, tem alguns aqui que são impressionantes. Então, é muito duro a gente assistir essa sanha que acontece contra os produtores rurais da Amazônia”, declarou Veronez.

Veronez afirmou que a criação da Reserva Extrativista Chico Mendes impôs um “modelo socialista”/Foto: Folha do Acre

Ele questionou a origem dos conflitos fundiários na região: “A pergunta inicial seria, quem invadiu quem? Foi a reserva que invadiu os produtores ou os produtores que invadiram? […] Os produtores estavam lá, porque todos sabem, a história conta, que as florestas da Amazônia, especialmente nessa região do Acre, eram florestas habitadas.”

Veronez afirmou ainda que a criação da Reserva Extrativista Chico Mendes impôs um “modelo socialista” que impede o desenvolvimento local. “Agora as pessoas não podem fazer nada porque criaram um modelo socialista, onde as pessoas não podem ser proprietárias das suas terras e são submetidas a esse tipo de regra ou de estatuto, seja lá o que for, que estabelece critérios de uso, obrigando as pessoas a fazer aquilo que não é da atividade delas, que não é da vocação delas, que é fazer extrativismo.”

Segundo ele, o extrativismo já não garante mais a subsistência das famílias que vivem nessas áreas. “Extrativismo só produzia o quê? Pobreza, miséria. Por isso foi mudado. Agora, a pessoa que mora na reserva e que cresce, não pode crescer. Justamente aquele que mais trabalha, que tem eficiência, que avança, esse é punido da forma que está sendo punido.”

Audiência pública debateu embargos de terras no Acre/Foto: Willamis França

O presidente da Faeac também criticou o não pagamento de indenizações a antigos proprietários e pediu mudanças no Código Florestal. “A reserva Chico Mendes, quando foi criada, ela desapropriou, já uma parte grande dela foi desapropriação de áreas particulares. Vocês acreditam que hoje, 35 anos depois, tem gente que ainda não recebeu a desapropriação?”

Durante a audiência, moradores da Reserva Chico Mendes também relataram situações de conflito e violência. Antônio Sebastião, morador da unidade, fez um apelo emocionado aos parlamentares.

“Vou fazer só um apelo aos nossos deputados federais e aos nossos senadores, que olhem para a Reserva Chico Mendes, que possam mudar o estatuto da Reserva Chico Mendes, porque hoje, nós que moramos dentro da reserva, é muito complicado. […] Nós não podemos explorar. A castanha e a seringa, nós não sobrevivemos mais à castanha e à seringa.”

Moradores de reserva e produtores lotam Aleac/Foto: Willamis França

Ele denunciou ações repressivas dentro da reserva. “Quebraram tudo meu, furaram as minhas bombas, furaram tudo que a gente produz. […] Eles chegam lá já expulsando, já mandando o cara ir embora. […] Nós somos uma criança, nós nos criamos dentro da reserva, nos criamos dentro dos seringais. Eu acho um absurdo isso aí.”

O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo (PDT), afirmou que a Casa tem buscado alternativas legislativas para enfrentar o problema. “Nós tivemos aqui uma comissão que foi formada por iniciativa do deputado Nicolau Júnior, da mesa diretora, que tratou da regularização e a compensação ambiental. Essa comissão aprovou quatro legislações, quatro leis, uma delas tratando da compensação, que está em vigência, regularização dos povos florestais, a desburocratização dos processos de licenciamento, inclusive com licenciamento online para atividades de menor impacto.”

Segundo Longo, uma nova comissão especial foi criada para tratar da regularização ambiental e fundiária. “Vamos estudar novas perspectivas, aproveitar algumas brechas que existem no próprio Código Florestal para tentar encontrar caminhos para que possamos auxiliar, não só com palavras, mas com iniciativas concretas a todos os produtores rurais.”

Deputado Pedro Longo afirmou que a Aleac tem buscado alternativas legislativas para enfrentar o problema/Foto: Folha do Acre

O deputado também defendeu a revisão do plano de manejo da reserva e disse que a legislação atual precisa ser atualizada para refletir a realidade da população local. “Hoje o extrativismo não é mais suficiente para a manutenção e para o progresso das famílias. […] Os tempos mudaram, a tecnologia mudou. As pessoas também querem progredir e se desenvolverem. Então nós precisamos adequar essas regras a essa nova realidade.”

Por fim, Longo defendeu a articulação da bancada da região Norte no Senado. “O único lugar, a única casa em que o Acre vale tanto quanto São Paulo é no Senado da República. Nós temos três, eles também têm três. Então eu acho que se a gente unir […] vamos colocar na mesa os interesses do Acre, do Amapá, de Roraima, de Rondônia. Eu acho que isso é sim possível.”

A audiência pública marcou o início de uma nova etapa de mobilização política no Estado. Os parlamentares federais prometeram levar as reivindicações ao Congresso Nacional e buscar alternativas legais que conciliem desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Justiça determina convocação de 82 professores aprovados em concurso no Bujari

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cumulativa do Bujari, obteve decisão favorável em uma ação civil pública ajuizada para garantir a convocação de professores aprovados em concurso público municipal.

A decisão da Vara Única da Comarca do Bujari determina que o Município convoque, no prazo de 15 dias, 82 aprovados no concurso regido pelo Edital nº 002/2023, suspendendo, ainda, um processo seletivo simplificado que havia sido aberto para contratar temporariamente professores e mediadores.

A medida foi concedida após o MPAC apontar que o Município vinha preterindo os aprovados em concursos anteriores (Editais nº 002/2023 e nº 001/2024), ao abrir novo processo seletivo para contratações temporárias, mesmo havendo cadastro de reserva com candidatos aptos a assumir os cargos.

Conforme a ação, mais de 300 pessoas foram aprovadas para o cargo de professor em cadastro de reserva. No entanto, em março deste ano, a Prefeitura publicou edital para processo seletivo simplificado, com objetivo de contratar temporariamente professores e mediadores pelo prazo de 12 meses, prorrogável por igual período, apesar da existência de candidatos aprovados em concurso público aguardando convocação.

Consta que o Município contratou 82 professores temporários em detrimento dos aprovados, mesmo estando o concurso dentro do prazo de validade.

Para o Ministério Público, a situação viola os princípios constitucionais que regem o acesso ao serviço público e configura afronta à ordem legal de nomeação.

Em sua decisão, o Judiciário reconheceu a existência de fundamentos jurídicos e elementos de urgência que justificam a concessão da tutela antecipada, além de reforçar a prevalência do direito constitucional ao concurso público sobre eventuais alegações de dificuldades orçamentárias por parte da administração municipal.

Além de suspender o processo seletivo simplificado (Edital nº 002/2025) e as contratações dele decorrentes, a decisão estabelece multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 300 mil, em caso de descumprimento.

Ascom TJAC

Governo planeja Cavalgada da Expoacre sem comitivas de caminhonetes; veja as mudanças

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Representantes de diversas instituições do Estado, do Ministério Público Estadual e da Polícia Rodoviária Federal se reuniram nesta sexta-feira, 11, na sede da Casa Civil, em Rio Branco, para planejarem ações coordenadas para a realização da tradicional Cavalgada, que marca a abertura da Expoacre.

Coordenado pela Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), o evento será realizado no próximo dia 26 e contará com a participação de cavaleiros, quadriciclos, jipes e pedestres.

A Cavalgada é o evento que abre oficialmente a Expoacre, que este ano será realizada de 26 de julho a 3 de agosto, no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco. Considerada a maior feira de negócios e entretenimento do Acre, a edição de 2025 será a 50ª da história, com uma vasta programação para o público.

Representantes de diversas instituições participaram do evento. Foto: Jamim Alves/Secom

De acordo com o gestor da Sete, Marcelo Messias, poucas mudanças estão previstas em relação à Cavalgada do ano anterior.

“Hoje ouvimos todos os órgãos envolvidos e, como no ano passado deu muito certo, acreditamos que as correções este ano serão mínimas. A intenção do governo é entregar uma cavalgada linda tanto para quem vai participar quanto para quem vai assistir”, afirmou.

Entre as novidades deste ano está a ausência de comitivas de caminhonetes no percurso. Em contrapartida, trios elétricos vão animar o trajeto. Na próxima semana, a Sete vai fazer uma coletiva de imprensa para divulgar informações mais detalhadas do evento.

A segurança será reforçada com o policiamento ostensivo da Polícia Militar, apoio de 80 agentes de segurança privada e câmeras de videomonitoramento ao longo do percurso. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também estará presente, com duas ambulâncias e duas motolâncias, equipadas com profissionais de saúde.

Segundo o diretor de Operações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Atahualpa Ribera, o planejamento é integrado: “A secretaria vai atuar com todos os órgãos do sistema unidos, por meio de um planejamento único, garantindo que o cidadão que participar do evento tenha a convicção de que estará em um ambiente seguro, com o apoio de todas as forças envolvidas”, declarou.

Com informações Agência de Notícias do Acre

Produtores lotam Aleac em audiência com bancada federal sobre embargos de terras

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Na manhã desta sexta-feira (11), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) ficou lotada com a presença de dezenas de produtores rurais que participaram de uma audiência pública convocada para debater os recentes embargos em terras do estado, com foco especial na Reserva Extrativista Chico Mendes, que tem sido alvo de embates entre moradores, órgãos ambientais e forças federais.

Senadores e deputados federais participam de audiência na Aleac/Foto: Willamis França

O evento que contou com membros da bancada federal do Acre, contou com representantes de comunidades de Porto Acre, da região da Transacreana e da própria Resex Chico Mendes estiveram presentes e manifestaram preocupação com o que chamam de “criminalização da atividade produtiva tradicional”, após a deflagração da Operação Boi Fantasma, entre os dias 16 e 29 de abril, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio da Polícia Federal.

Produtores rurais participam de audiência na Aleac/Foto: Willamis França

Durante os debates, produtores defenderam sua permanência nas terras e denunciaram o que classificam como “repressão desproporcional” por parte de órgãos reguladores, como o ICMBio. Eles alegam que a atividade pecuária tem sido a única alternativa de subsistência diante do que chamam de falência do extrativismo tradicional, pauta também levantada por parlamentares presentes.

 

“Sem o agro ninguém vive”, diz frase em cartaz levantado por produtora rural/Foto: Willamis França
Produtores também ocuparam o hall de entrada da Aleac/Foto: Natã Praxedes/Folha do Acre
Produtores também ocuparam o hall de entrada da Aleac/Foto: Natã Praxedes/Folha do Acre

Júri de acusado de matar acreana é suspenso após pedido de defesa no Mato Grosso

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O Tribunal de Justiça do Mato Grosso decidiu adiar o julgamento de Djavanderson de Oliveira de Araújo, acusado de matar a jovem Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, em setembro de 2024, no município de Paranatinga. O motivo é um pedido de desaforamento feito pela defesa do réu, que busca a mudança do julgamento para outra comarca.

De acordo com a defesa, a repercussão do caso em Paranatinga e no Acre poderia comprometer a isenção dos jurados locais. A informação foi confirmada pela advogada Elenira Mendes, que representa a família da vítima. O pedido foi aceito na noite de quinta-feira (10) e, com isso, o júri popular foi suspenso.

Juliana Valdivino foi vítima de queimaduras que atingiram quase todo o corpo. Segundo a investigação, Djavanderson teria comprado combustível e atraído a jovem para a casa onde o crime ocorreu. Ela chegou a ser transferida para Cuiabá, mas não resistiu aos ferimentos após duas semanas internada.

O Tribunal de Justiça ainda não definiu para qual cidade o júri será transferido e nem a nova data para o julgamento.

Sammy Barbosa é preterido na escolha da vaga do STJ, que fica com tia de prefeito

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Depois de oito meses de indefinição, o presidente Lula escolheu a tia do prefeito de Maceió para o STJ e aliados de Dino e Moraes para o TSE, O procurador acreano Sammy Barbosa, cotado como favorito e com apoio de grande parte do Judiciário Brasileiro foi vencido pela mistura de conveniência política e representatividade feminina na Corte Federal.

Após um dos maiores impasses em duração da história do STJ, o presidente Lula decidiu indicar a procuradora de Justiça de Alagoas Maria Marluce Caldas Bezerra para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ela é tia do prefeito de Maceió (AL), João Henrique Caldas, que a considera uma espécie de “segunda mãe”.

Lula também escolheu nesta quinta-feira (10) os dois novos ministros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE): Estela Aranha, que atua como assessora especial no gabinete da ministra
Cármen Lúcia, e Floriano de Azevedo Marques, amigo pessoal do ministro Alexandre de Moraes há décadas.

Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, em O Globo, para emplacar a tia no STJ, o prefeito João Henrique Caldas avalia sair do PL de Jair Bolsonaro e voltar para o PSB da base lulista em um aceno ao Palácio do Planalto.

A procuradora ainda precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e ser aprovada pelo plenário da Casa. Não há previsão de quando isso vai ocorrer.

A disputa pela vaga foi marcada por pressões, lobbies e vetos de todos os lados, com o presidente arbitrando uma disputa ferrenha entre políticos em torno da candidatura de Maria Marluce, o que ganhou o apelido de “Faixa de Gaza” nos bastidores de Brasília.

Com a escolha, Lula impôs um revés ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que fez lobby pelo procurador de Justiça do Acre, Sammy Barbosa.

Sammy também era apoiado pelo governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), que se opôs à indicação da tia de JHC – o prefeito é seu adversário no tabuleiro político local. O outro candidato na disputa pela vaga que ficou com Maria Marluce era o subprocurador Carlos Frederico Santos. Sammy Barbosa ainda acumulava apoio dos políticos e governadores do Norte do país, de entidades ambientalistas, de grande parte do Ministério Público e autoridades regionais.

Desde outubro do ano passado, o presidente da República tem em mãos uma lista tríplice para representante do Ministério Público. A vaga de Maria Marluce foi aberta com a saída de Laurita Vaz, que se aposentou há quase dois anos, em outubro de 2023.

Lula deveria indicar também a sucessão de ministra Assuete Magalhães, esta com lista tríplice formada por desembargadores federais. Quando lula indicou um desembargador para essa vaga, houve pressão das entidades de mulheres para que ele indicasse uma mulher. Argumentavam que as vagas de duas mulheres, que são ampla minoria no STJ, não poderiam ampliar ainda mais a desigualdade de gênero no tribunal

“Não tem como não nomear uma mulher agora. O governo tem firme compromisso com essa pauta”, disse um ministro ouvido reservadamente citado por Malu Gaspar.

Atualmente, dos 33 ministros do STJ, só cinco são mulheres (o equivalente a apenas 15%): Maria Thereza de Assis Moura, Regina Helena, Nancy Andrighi, Daniela Teixeira e Isabel Gallotti.

Antes da indicação, Lula aproveitou a passagem pelo Rio de Janeiro durante a Cúpula dos Brics para um encontro reservado com a procuradora, na semana passada.

Após o encontro de Lula com Maria Marluce, que ocorreu na última quinta-feira (3), a indicação da procuradora para o STJ passou a ser considerada “praticamente encaminhada” por integrantes do governo petista.

O encontro do presidente com a procuradora não consta na agenda oficial de Lula, mas foi confirmado por duas fontes que acompanham de perto as movimentações nos bastidores.

O apoio de JHC interessa ao PT já que o prefeito é uma das principais lideranças do campo da direita no Nordeste. Além disso, Maceió foi a única capital da região em que Bolsonaro derrotou Lula nas eleições presidenciais de 2022 – 57,18% a 42,82%.

No Acre, a preterição de Sammy Barbosa causou de tristeza à indignação, pois seria um representante do estado em uma Corte Superior.

Com informações A Tribuna

Brasileiros denunciam supostos abusos e professora sem formação em faculdade de Medicina na Bolívia

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Mais de cem estudantes brasileiros matriculados em uma faculdade de Medicina em Puerto Evo, na Bolívia, denunciam supostas falhas no ensino da disciplina de Bioquímica, além de ameaças veladas dentro da instituição.

Segundo informações do jornalista Tácio Junior, os alunos afirmam que a professora responsável não teria formação específica para ministrar o conteúdo, que seria repassado em grande volume, sem aulas expositivas ou acompanhamento adequado.

Estudantes da turma da manhã, no entanto, teriam recebido orientação de outra docente, com titulação superior, e foram avaliados com base em um conteúdo reduzido. A diferença motivou mais de cem alunos do período da tarde a se recusarem a fazer a prova.

Além disso, vídeos gravados pelos próprios alunos mostrariam movimentações suspeitas durante a aplicação da avaliação para um grupo pequeno que aceitou fazer o exame.

Os estudantes alegam também sofrer intimidação quando tentam questionar a metodologia. Uma carta aberta foi enviada a autoridades bolivianas e consulados do Brasil, pedindo intervenção e troca da docente.

Até o momento, a instituição não se pronunciou sobre as denúncias. O espaço segue aberto para manifestação.

Decreto do presidente Trump afeta comércio de castanha e madeira no Acre

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O Acre será atingido de forma mais marginal e com pouca força econômica pelo decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs sobretaxa de 50% nas exportações brasileiras.

A castanha-do-Brasil e a madeira beneficiadas serão os produtos acreanos mais impactados, com essa decisão do governo de Donald Trump. As exportações da castanha movimentaram maisde US$ 9,6 milhões no ano passado.

Em 2023, o setor madeireiro beneficiou 172.486 metros cúbicos, enquanto no ano anterior contabilizou com 409.619m³. A comercialização das toras de madeiras registrou uma receita de R$ 43,4 milhões. “O volume de madeira hoje exportado para o EUA é pequeno, acho que não vai influenciar muita coisa não”, observou o presidente do Sindicato das Indústrias de Madeiras do Estado do Acre (SINDUSMAD), Thiago Barlati.

Nos seis primeiros meses deste ano, as exportações ficaram assim distribuídas: soja (34,9%), carne bovina (24,7%), castanha (15,6%), carne suína (14,3%) e madeira (3,8%). Em maio, a soja respondeu por 30,1% das exportações, seguida da carne bovina, com 27,4%; carne suína, com 20,4%; a castanha, com 11% e madeira, com 7,6%.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Acre (Sindcarnes), Murilo Leite manifestou preocupação com risco de aumento da oferta da carne bovina no mercado interno, devido à taxação Americano aos produtos brasileiros.

Antecipou que nenhum frigorífico no estado exporta para o mercado americano, mas para a China, e Malásia, Emirados Árabes, Espanha e Peru. “Se os exportadores não encontrarem novos mercados para a carne brasileira, podemos ter um excesso de oferta no decorrer do ano que impactará diretamente no preço final do produto”, lamentou o empresário.

O Acre exportou mais de US$25 milhões em toda sua balança no primeiro trimestre deste ano, segundo balanço do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e de Serviços (MDIC). Com destaque para os seguintes produtos: Carne bovina, castanha, soja e carne suína.

O economista Rubicleis Gomes da Silva, professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), destacou que essa taxação do presidente Donald Trump não terá muito impacto na economia acreana, porque o Acre exporta muito pouco para os Estados Unidos da América (EUA). O grosso do comércio internacional, segundo ele, é com o Peru, com Bolívia, inclusive com os países asiáticos.” O estado mais prejudicado é São Paulo, que exporta cerca de 50% do que é taxado pelo mercado americano “, finalizou o economista.

A Tribuna

Polícia apreende adolescentes suspeitos de envolvimento em roubos no centro de Brasiléia

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Segundo informações do site O Alto Acre, dois adolescentes foram apreendidos pela Polícia Militar na noite desta quinta-feira (10), no bairro Raimundo Chaar, região central de Brasiléia, suspeitos de participarem de roubos na área.

Durante uma ação policial, um dos jovens, de 15 anos, foi detido em posse de uma arma de fogo, tipo escopeta com cano serrado e numeração raspada. O segundo adolescente, de 17 anos, foi localizado posteriormente em um quintal nas proximidades. Ambos circulavam em uma motocicleta sem placa, com sinais identificadores apagados.

A polícia recebeu denúncia e iniciou buscas após relatos de assaltos recentes. Entre os registros, constam roubos a uma adolescente e a um servidor público municipal. As vítimas reconheceram os jovens durante o procedimento policial.

As circunstâncias indicam que a dupla pode estar envolvida em outras ocorrências semelhantes na região. Os menores, que possuem antecedentes por atos infracionais, foram encaminhados à delegacia local para providências legais.

O material apreendido, incluindo a arma e os pertences das vítimas, foi apresentado às autoridades competentes.

 

Rio Branco já registrou quase 30 mortes por doenças respiratórias em 2025

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A Prefeitura de Rio Branco intensificou o enfrentamento às doenças respiratórias após registrar quase 30 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025. Segundo o decreto publicado, seis dessas mortes foram causadas pela Covid-19.

Dados da Vigilância em Saúde indicam mais de 18 mil atendimentos por doenças respiratórias até a 21ª semana epidemiológica deste ano, além de 499 internações por SRAG. Desse total, 42,1% envolvem crianças menores de dois anos e 18% são idosos com 60 anos ou mais, considerados os grupos de maior risco.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta para a circulação de diferentes vírus, como Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A e B, Adenovírus e o SARS-CoV-2. A taxa de positividade das amostras coletadas chegou a 51,3%.

O decreto tem validade de 180 dias e também autoriza a contratação direta de bens e serviços, sem licitação, como previsto na legislação federal para situações emergenciais.