O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação de Valdir Valério do Nascimento e Jocir Bezerra de Freitas pelo assassinato de Elivaldo Santana dos Santos, ocorrido em agosto de 2016, na zona rural de Porto Acre. A decisão foi proferida após julgamento de recurso apresentado pelas defesas, que buscavam a anulação do júri popular.

Em novembro de 2024, Valdir Valério foi sentenciado a 22 anos de reclusão em regime fechado, enquanto Jocir Bezerra recebeu pena de 16 anos, 7 meses e 15 dias. Ambos respondiam ao processo em liberdade, mas tiveram a prisão decretada ao final do julgamento.

A defesa recorreu da sentença alegando que o veredicto do Conselho de Sentença contrariava as provas dos autos, além de pleitear a redução das penas e a revogação das prisões. Contudo, os pedidos foram rejeitados pelo relator do caso, desembargador Samuel Evangelista, que destacou a consistência dos elementos probatórios.

Segundo o magistrado, os autos demonstram que Valdir Valério foi o mandante do crime, motivado por antigas desavenças pessoais com a vítima. Jocir Bezerra foi apontado como o executor dos disparos, sendo inicialmente reconhecido por meio de fotografia e, depois, em reconhecimento pessoal. O voto do relator foi acompanhado pelos demais integrantes da câmara criminal.

Elivaldo Santana dos Santos, ex-candidato a vereador pelo PSDB, foi baleado na porteira de sua fazenda, localizada no Ramal do Açaí, região da Vila do V, em Porto Acre. Mesmo socorrido por populares, faleceu antes de chegar ao hospital, após ser transferido para uma ambulância do Samu. Valdir e Jocir foram presos dois meses após o crime.

Na tarde da última segunda-feira, 9, a Polícia Civil do Acre (PCAC) realizou a prisão de uma mulher condenada a mais de 10 anos de prisão por envolvimento em um roubo de máquina agrícola no município de Plácido de Castro, localizado na fronteira com a Bolívia.

A prisão foi efetuada por agentes da Delegacia-Geral de Plácido de Castro. A mulher, identificada pelas iniciais R.S.F., foi sentenciada a 10 anos e 7 meses de reclusão pelo crime, que ocorreu com a participação de outros comparsas.

Segundo o inquérito policial, R.S.F., participou ativamente do roubo e da tentativa de transportar a máquina agrícola para o território boliviano. A ação criminosa, no entanto, foi frustrada graças à rápida resposta da PCAC, em colaboração com a Polícia Boliviana, que impediu a travessia do equipamento roubado para o país vizinho.

Com a prisão, R.S.F., será encaminhada ao sistema prisional para o início do cumprimento da pena imposta pela Justiça.

O caso evidencia a efetividade da atuação conjunta entre as forças de segurança do Brasil e da Bolívia no enfrentamento a crimes transfronteiriços, comuns na região de fronteira.

As investigações continuam em andamento com o objetivo de identificar e prender os demais envolvidos no roubo da máquina agrícola.

Ascom Polícia Civil

Na tarde do último sábado,7, um acidente provocado por um motorista embriagado causou prejuízos e revolta no bairro Manoel Julião, em Rio Branco. Por volta das 16h, o condutor identificado como Ari Ferreira de Araújo dirigia uma caminhonete de placa MZY 6762 em alta velocidade pela rua Aureliano Lopes, quando colidiu violentamente com três veículos que estavam estacionados: um Ford Ka, um Renault Sandero e uma Variant.

De acordo com testemunhas, após o impacto — tão intenso que a caminhonete do infrator foi parar quase uma quadra adiante — o motorista ainda tentou fugir do local. No entanto, foi impedido pelos próprios proprietários dos veículos atingidos, que conseguiram contê-lo até a chegada da Polícia Militar e do Batalhão de Trânsito.

Uma testemunha relatou que, logo após a batida nos carros estacionados, outro veículo acabou fechando a caminhonete, ocasionando uma nova colisão. Apesar disso, o motorista se recusou a esperar a chegada da perícia e deixou o local antes da chegada das autoridades de trânsito.

Apesar da proporção do acidente, ninguém ficou ferido. Os danos foram apenas materiais, mas os prejuízos são significativos. Um dos donos dos veículos atingidos, que preferiu não se identificar, afirmou que o conserto de seu automóvel está orçado em mais de R$ 6 mil. “Procurei o condutor para que ele se responsabilizasse, mas ele disse que não tem como pagar”, lamentou.

Ao ser abordado pelos policiais, Ari Ferreira recusou-se a realizar o teste do etilômetro (bafômetro), sendo conduzido à delegacia. Após os procedimentos legais, foi liberado mediante pagamento de fiança no valor de R$ 1.500.

A indignação das vítimas tomou também as redes sociais. Em uma publicação no Instagram, uma das pessoas atingidas desabafou: “Beber e dirigir é fácil, difícil é assumir suas responsabilidades. Eu sou uma das vítimas e vou até o fim na justiça para reparação dos danos que ele provocou.”

Agora, as vítimas esperam que a Justiça seja feita e que o motorista seja responsabilizado pelos danos causados. Conforme estabelece o artigo 927 do Código Civil Brasileiro:“Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

O caso segue em investigação, e as vítimas já buscam a via judicial para reparação dos prejuízos.