O nível do Rio Juruá atingiu um ponto crítico, levando a uma grave crise de abastecimento em Marechal Thaumaturgo, no Acre. Com a seca severa, a cidade enfrenta a escassez de gasolina e gás, impactando diretamente a vida dos moradores.

Em Marechal Thaumaturgo, município isolado localizado na região do Alto Juruá, moradores estão enfrentando longas filas no posto de combustível para garantir a compra dos últimos litros disponíveis. A seca severa que assola o Acre, assim como outros estados amazônicos, tem provocado níveis históricos de baixa no rio Juruá e seus afluentes, dificultando o abastecimento nas áreas mais remotas.

Cleber Pedrosa, proprietário do único posto de combustível da cidade, alerta que o estoque está prestes a acabar. “A verdade é que não tem mais combustível na cidade. Acho que o que nós temos pra vender, acaba hoje.

Estamos trazendo de canoa, de dois mil litros em dois mil litros. Passam seis dias com dois mil litros dentro de uma canoa pra chegar aqui. Essa é a real situação. Não tem, não temos mais, não temos o que fazer. Essa é a situação”, desabafou Pedrosa.

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Segundo relatos locais, a situação é alarmante. “Olhem a fila que está no porto de gasolina. Não tem um litro na cidade”, afirmou um residente. A falta de combustível fez com que muitos moradores desistissem de encher os tanques de suas motos, cientes de que a gasolina se esgotaria rapidamente.

A situação se agrava com o relato de outro morador, que descreveu o esforço em vão para transportar 3 mil litros de gasolina em duas canoas desde Ouro Preto do Oeste. “Os meninos estão com dois dias de viagem e ainda não chegaram”, comentou, evidenciando as dificuldades de navegação no rio seco.

O impacto na economia local é severo. Um comerciante relatou que o preço da botija de gás chegou a R$ 200, refletindo o desespero dos moradores.

“Eu tô com as botijas secas, esperando um barco para trazer pelo menos 300 botijas, mas está complicado”, disse, destacando a frustração com os altos custos de manutenção dos barcos. “Ano passado, gastei R$ 30 mil com o motor, e esse ano já estou com uma dívida de R$ 10 mil.”

Nós estamos encalhados embaixo do Grajaú. A gasolina não passa”, afirmou um barqueiro. “Nunca vi o rio assim, tão seco. Está sem condições”, lamentou outro morador.

A crise de abastecimento não se limita ao combustível. A escassez de gás também preocupa os moradores. “Estão comprando botijas a R$ 200. As pessoas estão desesperadas”, relatou um morador.

“Meu barco era o único que conseguia chegar aqui nesta época, mas agora está encalhado”, afirmou um barqueiro experiente. “Os políticos não resolvem nada. Precisamos de uma estrada, ou Marechal Thaumaturgo vai sofrer muito com a falta de mercadorias.”

Juruá Comunicação

Em uma decisão que pode impactar significativamente o início do próximo semestre letivo, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) anunciou uma greve por tempo indeterminado a partir de 7 de agosto. A paralisação começará às 8h em frente ao Palácio Rio Branco e afetará todos os servidores públicos da rede estadual de ensino.

A principal reivindicação dos educadores é a recomposição da tabela salarial ao índice de 10%, que foi reduzido para 7% em 2021. A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, afirmou que a decisão de entrar em greve foi motivada pela falta de avanço nas negociações com o governo estadual. Segundo ela, estudos econômicos confirmam que há recursos disponíveis para devolver o percentual integralmente de uma vez.

O governo estadual propôs que o ajuste salarial fosse feito em três parcelas, uma proposta que foi rejeitada pelo sindicato. Embora o Sinteac aceite o parcelamento, a condição é que seja feito em no máximo duas vezes. Nascimento também destacou que o recente aumento no Fundo de Participação dos Estados (FPE) pode minimizar o impacto financeiro do reajuste e facilitar a concessão do aumento.

A greve foi determinada após a Secretaria de Estado de Educação não fornecer uma resposta satisfatória às demandas da categoria. Rosana Nascimento anunciou que, além da greve, a categoria decidiu não iniciar o segundo semestre letivo de 2024 até que uma solução adequada seja apresentada pelo governo.

Em meio à recuperação após um grave acidente de trabalho, Darllyane França, de 33 anos, encontrou uma luz de esperança e amor ao ser pedida em casamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Rio Branco. Ela sofreu queimaduras de 1º e 2º grau durante uma explosão em uma lanchonete no Mercado do Bosque, onde trabalhava.

João Ricardo, seu companheiro, emocionou a equipe médica e os familiares ao fazer o pedido. Embora tenha levado um buquê de flores para a ocasião, as restrições do hospital impediram que ele entrasse com as flores na UTI. Mesmo assim, o gesto não perdeu seu significado, e Darllyane aceitou o pedido, trazendo um momento de alegria em meio a um período de dor e recuperação.

Os médicos extubaram Darllyane no último dia 23, permitindo que ela voltasse a se comunicar com seus entes queridos e a equipe médica. Este avanço significativo no seu tratamento foi celebrado por todos, marcando um passo importante rumo à sua recuperação completa.

Os profissionais de saúde do Pronto-Socorro de Rio Branco continuam acompanhando de perto o caso.

Com informações James Silva