quarta-feira, 24 dezembro 2025

Vereador toma as dores do prefeito após advogado tentar “presentear” Bocalom com óleo de peroba e boneco Pinóquio

Por Kauã Lucca, da Folha do Acre

O vereador Márcio Mustafá (PSDB), líder do prefeito Tião Bocalom (PL) na Câmara Municipal de Rio Branco, resolveu tomar as dores do prefeito e se manifestar, por meio de uma nota de repúdio, publicada nas redes sociais nesta quarta-feira, 24.

O parlamentar se mostrou indignado após uma cena inusitada protagonizada pelo juiz aposentado e advogado Edinaldo Muniz, que tentou entregar um “presente” sugerido durante uma enquete realizada nas redes sociais do jurista, na qual seguidores indicaram a oferta de um vidro de óleo de peroba e um boneco do personagem infantil Pinóquio. A cena ocorreu em um supermercado da capital acreana e, em poucas horas, viralizou na internet.

Na ocasião, Bocalom estava acompanhado por alguns secretários de sua gestão, entre eles o secretário de Direitos Humanos de Rio Branco, João Marcos Luz, que ainda tentou levar a situação na esportiva, e Ailton Oliveira, secretário de Comunicação da prefeitura, que proferiu xingamentos contra o advogado, chamando-o de “babaca”.

Para Mustafá, o ocorrido ultrapassou os limites da crítica política legítima e se configurou como ofensa pessoal, constrangimento deliberado e tentativa de humilhação. A nota destaca ainda que uma das tentativas de entrega teria ocorrido em ambiente privado, quando Bocalom não estaria no exercício da função pública, argumento utilizado para reforçar a tese de violação à vida pessoal do prefeito.

“Invadir esse espaço, seja em ambiente privado, em eventos ou até mesmo na Prefeitura em horário de madrugada, com o único intuito de causar vexame, desconforto e exposição, é desrespeitar não apenas o prefeito, mas um cidadão de Rio Branco como qualquer outro,” diz trecho da nota.

“Vivemos em uma democracia, onde críticas à gestão e à administração pública são válidas e necessárias. O que não é aceitável são ofensas pessoais, ataques íntimos e tentativas de humilhação, ainda mais em um período natalino, que deveria ser marcado pelo respeito. A política precisa de argumentos, fatos e responsabilidade, e não de provocação pessoal e desrespeito à dignidade humana,” escreveu.

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