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Uso indevido de remédios para dormir cresce e acende alerta na neurologia, aponta especialista

Docente da Afya Cruzeiro do Sul explica os riscos da automedicação para insônia, incluindo dependência, prejuízo cognitivo e piora do quadro a longo prazo

A procura por medicamentos para dormir sem prescrição tem aumentado de forma expressiva no Brasil, impulsionada pela facilidade de acesso a substâncias controladas e pela dificuldade de muitos pacientes em conseguir atendimento especializado. O alerta é do neurologista e docente da Afya Cruzeiro do Sul, Pedro Souza, que reforça os riscos neurológicos do uso indiscriminado desses produtos, mesmo aqueles considerados “naturais”.

Para o especialista, o avanço da automedicação é reflexo de um problema duplo: excesso de oferta e pouca orientação. “Hoje, é muito fácil conseguir medicamentos que exigem controle rígido, enquanto o acesso a profissionais de saúde segue limitado. Esse desequilíbrio incentiva o uso por conta própria e coloca a população em risco”, afirma Souza.

Remédios utilizados para dormir atuam no cérebro de diferentes formas: alguns mimetizam hormônios que regulam o ciclo sono-vigília, enquanto outros promovem sedação direta. O uso sem supervisão, no entanto, pode causar uma série de efeitos indesejados. “O risco de sonolência excessiva e quedas é real, mas a longo prazo também observamos impactos significativos na memória e na concentração”, explica o neurologista. Ele reforça que muitos pacientes acreditam que esses produtos apenas “desligam” o corpo, quando, na verdade, alteram mecanismos sensíveis do sistema nervoso central.

O mito da segurança dos “naturais”

Melatonina, chás e fitoterápicos têm ganhado espaço entre quem busca dormir melhor, mas também exigem cautela. “Mesmo substâncias naturais podem causar sonolência diurna e até alterações no fígado e nos rins. Não existe produto isento de risco só por ser natural”, destaca Souza.

Para a maioria dos pacientes, ajustes no estilo de vida são suficientes para recuperar a qualidade do sono. Entre as principais medidas estão evitar estimulantes à noite, reduzir o uso de telas antes de dormir, estabelecer horários regulares e evitar grandes volumes de líquidos nas horas que antecedem o repouso. “A higiene do sono é a base do tratamento. Muitas vezes, quando o paciente organiza a rotina, o problema desaparece e a medicação deixa de ser necessária”, observa.

Quando procurar ajuda

Souza orienta que o primeiro passo é consultar o médico que já acompanha o paciente, especialmente em casos de insônia persistente ou quando há doenças neurológicas ou psiquiátricas associadas. “O especialista é quem vai avaliar o quadro, identificar causas e determinar se há indicação real de medicação. Usar remédios por conta própria só mascara sintomas e pode agravar o problema”, ressalta.

A Afya Cruzeiro do Sul reforça o compromisso com a educação em saúde e destaca a importância de informação confiável para evitar riscos à população. Com a proximidade das férias e da tradicional mudança de rotina, especialistas reforçam que dormir bem não deve ser tratado como algo imediato, mas como um processo que depende de cuidado, orientação e hábitos saudáveis.

Afya Amazônia

A Afya tem uma forte relação com a Amazônia, com 16 unidades de graduação e pós-graduação na Região Norte. O estado do Acre conta com uma instituição de graduação (Afya Cruzeiro do Sul). Tem ainda onze escolas de Medicina em outros estados da Região: Amazonas (2), Pará (4), Rondônia (2) e Tocantins (3). Além delas, a Afya também está presente na região com 3 unidades de pós-graduação médica nas capitais Belém (PA), Manaus (AM) e Palmas (TO).

Sobre a Afya

A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.

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