Os dados mais recentes do Tribunal de Contas da União indicam que o Acre convive com um volume significativo de obras federais sem andamento. Até abril de 2025, o painel de monitoramento registra 152 projetos paralisados no estado, somando aproximadamente R$ 1,2 bilhão em investimentos que não avançam e, por consequência, deixam de atender demandas essenciais da população. A consulta foi realizada nesta quarta-feira e não inclui justificativas para as interrupções.
O levantamento mostra que as áreas de saúde e educação concentram a maior parte das obras paradas. O Ministério da Saúde aparece com 50 projetos sem conclusão, entre unidades de atendimento básico, estruturas intermediárias e equipamentos voltados à ampliação do atendimento. A interrupção dessas frentes mantém represada a expansão de serviços que poderiam desafogar o sistema hospitalar e melhorar o acesso ao cuidado básico.
Logo em seguida surge o Ministério da Educação, com 32 obras interrompidas. Estão incluídas escolas, creches e demais equipamentos de suporte à rede pública de ensino, fundamentais para regiões com déficit de vagas e infraestrutura ainda limitada.
Outros setores também apresentam índices elevados de paralisação. O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual, com efeitos diretos sobre deslocamentos, transporte de insumos e atendimento a municípios mais isolados.
Órgãos com menor volume de obras paradas também aparecem na listagem: o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, com 11; o Ministério do Esporte, com 9; a Funasa, com 3; o Ministério da Agricultura e Pecuária, com 2; e o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 projeto cada.
Embora o painel apresente os números consolidados, permanece sem detalhamento das causas que levaram cada contrato à suspensão. As lacunas dificultam a identificação de entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos, fatores que costumam compor o quadro de interrupção de obras públicas no país.
Informações O Acre Agora

