Produzir para entregar
Durante toda a vida pública, Tião Bocalom construiu sua imagem em torno de um bordão simples, direto e sedutor: “produzir para empregar”. A promessa era quase bíblica, mas agora parece pós-apocalíptica em nome da terceirização e da entrega do Município ao controle total dos empresários. O bordão já pode se adequar: produzir para entregar.
População produz e Bocalom entrega
Só que há um detalhe incômodo: isso não foi o que ele pregou a vida inteira. O bordão mudou sem aviso. De “produzir para empregar”, passou-se a “produzir para entregar”. Entregar os mercados municipais. Entregar a Saúde. Entregar a gestão. Entregar o mandato pela metade.
A população produz e os empresários recebem
Nos últimos meses, o prefeito passou a defender, sem rodeios, a privatização da Saúde municipal, a entrega da gestão dos mercados públicos à iniciativa privada. Em resumo, ele quer uma Rio Branco produtiva, mas a verdade é que os louros caem na mão dos empresários. Não da população.
Em meio ao caos
Tudo isso enquanto a cidade enfrenta colapso no abastecimento de água, déficit fiscal crescente e serviços básicos à beira do improviso permanente.
O contraste é gritante
O mesmo gestor que sempre se arrogou de ser uma espécie de salvador da pátria, agora vem com o discurso deslavado de que a prefeitura não consegue sustentar equipamentos públicos que ela própria construiu.
A solução é entregar
O Mercado Municipal Elias Mansour, segundo ele, custa caro demais para ser mantido pelo poder público. A solução? Transferir a conta e a gestão para empresários. Não é privatização, garante o prefeito. É “gestão privada”. A semântica muda, mas o efeito é o mesmo: o poder público sai, o privado entra.
Saúde pública
Na Saúde, o roteiro se repete. O discurso de eficiência aparece como resposta mágica para um sistema que a própria gestão não conseguiu organizar.
Nem tentam
Em vez de corrigir falhas, investe-se na terceirização como saída política rápida, conveniente e alinhada a um projeto maior. E aí entra o ‘pano de fundo’ que explica tudo: o projeto de poder.
Entregando um mandato inacabado
Bocalom não fala como prefeito em fim de mandato. Fala como candidato em construção. Suas decisões não dialogam mais com a coerência do passado, mas com a conveniência do futuro.
A lógica de Bocalom é mercantilista
A lógica agora é agradar setores econômicos, reduzir desgastes administrativos e transferir responsabilidades, tudo embalado num discurso de modernidade.
Gladson Camelí
O governador Gladson Camelí respirou um pouco mais aliviado depois do voto do ministro do STF, André Mendonça, sobre as provas da Operação Ptolomeu. Foi um passo importante rumo à vitória na Justiça.
Forte
Aqueles que estavam tramando pelas costas do governador já podem parar. Ele está forte como sempre esteve e com caneta preparada para as exonerações necessárias.
Bom dia a todos
