O pastor Natalino do Nascimento Santiago foi condenado a 50 anos, 8 meses e 13 dias de reclusão, além de 4 meses e 3 dias de detenção, pelos crimes que envolveram o assassinato da ex-companheira Auriscléia Lima do Nascimento e as agressões contra o filho dela, de apenas 5 anos, e contra o cunhado, Alan Lima do Nascimento. O julgamento ocorreu nesta terça-feira, 9, no Tribunal do Júri da Vara Criminal de Capixaba, no interior do Acre.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), a condenação engloba três crimes, sendo o principal o feminicídio majorado, cometido com extrema violência e impossibilitando qualquer chance de defesa da vítima. Os jurados reconheceram que Natalino planejou o ataque por motivação de ciúme e sentimento de posse.
O crime ocorreu em 11 de junho, na zona rural de Capixaba, quando Auriscléia foi atingida por diversos golpes de facão. Pela morte da ex-companheira, ele recebeu pena de 45 anos de reclusão, agravada pela reincidência em homicídio qualificado e pelo fato de o crime ter sido cometido na frente do filho menor.
O julgamento também analisou a violência praticada contra o menino de 5 anos, que foi atingido na cabeça ao tentar proteger a mãe. A acusação de tentativa de homicídio foi desclassificada para lesão corporal qualificada, resultando em 5 anos, 8 meses e 13 dias de reclusão.
Já pelas agressões contra o cunhado da vítima, que tentou impedir o ataque, o pastor foi condenado a 4 meses e 3 dias de detenção, pela prática de lesão corporal leve.
A sentença também estabeleceu a incapacidade do réu para exercer o poder familiar sobre o filho menor e fixou indenização de 10 salários mínimos às vítimas. A Justiça determinou ainda a execução provisória da pena, o que mantém Natalino preso.
Segundo o TJ-AC, a sessão ocorreu de forma regular, com a presença de familiares das vítimas. O Ministério Público renunciou ao prazo para recorrer da decisão.
