Pelo menos 16 pessoas foram presas durante a segunda fase da Operação Fênix, deflagrada de forma integrada por forças de segurança dos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. A ação teve como objetivo desarticular uma célula da facção criminosa Comando Vermelho (CV) com atuação no município de Guajará, no Amazonas.
Do total de mandados de prisão preventiva cumpridos, seis foram executados em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, o que, segundo as investigações, evidencia a ligação direta do estado com a estrutura da organização criminosa investigada.
A operação contou com a participação da Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio do Núcleo Especializado de Investigação Criminal (Neic) de Cruzeiro do Sul, e foi coordenada pela Polícia Civil do Amazonas (PCAM). Também atuaram de forma integrada a Polícia Militar do Amazonas (PMAM), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Grupo Especial de Operações em Fronteiras (Gefron/Sejusp/AC).

As investigações tiveram início em agosto de 2024 e apontaram que o grupo criminoso atuava de maneira estruturada e permanente, com hierarquia definida e divisão de funções entre seus integrantes. Os suspeitos são investigados por crimes de organização criminosa, tráfico e associação para o tráfico de drogas, lavagem de capitais, além de sequestro, tortura, extorsão e homicídios relacionados ao chamado “tribunal do crime”.
Além das prisões, a Justiça autorizou o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão domiciliar, o afastamento do sigilo telemático dos investigados e seis medidas assecuratórias para o sequestro de veículos utilizados pela organização criminosa.
Segundo o delegado titular da Delegacia-Geral de Cruzeiro do Sul, Heverton Carvalho, a operação representa um avanço no enfrentamento ao crime organizado na região. De acordo com ele, a investigação revelou a complexidade da atuação da facção, que mantinha operações integradas entre diferentes estados, e destacou a importância da atuação conjunta das forças de segurança para desarticular a estrutura criminosa e retirar de circulação integrantes envolvidos em crimes de elevada violência.
A Polícia Civil do Acre informou que as investigações continuam, com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a responsabilização penal dos integrantes da organização criminosa.
