segunda-feira, 29 dezembro 2025

MPAC orienta resgate e acolhimento de animais domésticos durante enchentes em Rio Branco

Por Mirlany Silva, da Folha do Acre

Diante das enchentes e alagamentos registrados em Rio Branco, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) reforçou a necessidade de cuidados específicos com animais domésticos afetados pela cheia. Por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, o órgão encaminhou orientações ao prefeito da capital e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente voltadas ao resgate, manejo e acolhimento de cães e gatos que ficaram perdidos ou abandonados durante a situação de emergência.

O documento destaca que o resgate dos animais deve seguir procedimentos técnicos e de segurança, considerando o alto nível de estresse enfrentado por eles em cenários de enchente. Entre as orientações estão o uso de equipamentos de proteção individual pelas equipes envolvidas, além de cuidados específicos durante a captura, para evitar ferimentos tanto nos animais quanto nos profissionais.

O MPAC também ressalta a importância da avaliação clínica inicial, com verificação de possíveis doenças, ferimentos ou sinais de debilidade, bem como a adoção de medidas sanitárias básicas. A recomendação inclui a organização adequada dos espaços de acolhimento, garantindo condições mínimas de higiene, ventilação e bem-estar.

De acordo com o Ministério Público, os animais resgatados devem ser encaminhados, sempre que possível, para abrigos temporários públicos ou privados, espaços mantidos por entidades da sociedade civil, lares temporários oferecidos por voluntários ou devolvidos aos tutores, quando identificados. A adoção responsável também é apontada como alternativa, especialmente nos casos em que não há possibilidade de restituição.

A atuação preventiva, segundo o MPAC, é essencial para reduzir riscos à saúde pública, evitar a disseminação de doenças e assegurar que os animais afetados pelas enchentes não fiquem desassistidos. As orientações buscam integrar o cuidado com os animais às ações de resposta humanitária, reconhecendo que a proteção animal também faz parte da gestão de crises em situações de desastres naturais.

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