O que começou como um diferencial tecnológico nas viagens de táxi oferecendo internet por meio das antenas Starlink móveis tem se transformado em motivo de preocupação para passageiros em diversas rotas do estado do Acre. A promessa de mais conforto, conectividade e agilidade tem sido ofuscada por um problema crescente a falta de atenção ao volante.
As antenas, que viraram sensação no momento por manterem os usuários conectados mesmo em áreas de difícil acesso, acabaram criando um novo risco. Passageiros relatam que alguns motoristas passam longos períodos mexendo no celular durante a viagem, distraídos com o acesso à internet.
“No dia que for viajar, se o carro tiver Starlink eu espero o próximo, porque não quero passar o mesmo sufoco que já passei algumas vezes”, desabafou um passageiro que preferiu não se identificar. Segundo ele, a preocupação não é com a tecnologia em si, mas com o mau uso por parte de alguns profissionais.
Embora a Starlink móvel traga inúmeros benefícios como permitir que passageiros trabalhem, estudem ou resolvam pendências online durante o trajeto —
o receio cresce na mesma proporção. A internet rápida, que deveria ser aliada, está se tornando um risco quando motoristas deixam de manter a atenção total na BR e se ligam na tela do celular.
Especialistas em segurança no trânsito alertam que o uso do celular ao volante continua sendo uma das principais causas de acidentes no Brasil. Com a novidade das conexões via satélite, o risco pode aumentar caso não haja conscientização e fiscalização.
A expectativa é que os motoristas se adaptem rapidamente, garantindo que a tecnologia siga sendo um avanço e não uma ameaça. Enquanto isso, passageiros seguem divididos entre o conforto da conectividade e o medo de que a próxima corrida seja também a próxima preocupação.
