Uma fábrica de talentos. Assim pode ser chamada a Escola de Música do Acre (Emac), localizada no Parque do Tucumã, em Rio Branco. Somente neste ano de 2025, 480 alunos fizeram parte dos mais diversos cursos oferecidos ali, como guitarra, bateria, violão, baixo, piano e canto.
Para comemorar esse ano tão especial, a Emac realiza de quarta-feira, 17, até sexta, 19, recitais de encerramento do ano letivo, com a participação de nada menos do que 150 alunos. Serão 50 apresentações por noite.
“Participarão dos recitais os alunos que conseguiram uma boa desenvoltura ao longo do ano”, explica o coordenador-geral da instituição, Adson Barbosa.
Entre os talentos que subiram ao palco está Edimar Gomes, que estuda bateria na Emac há dois anos. Morador do bairro Cidade do Povo e cursando o 8º ano do ensino fundamental, anos finais, na Escola Wilson Barbosa, o estudante conta sua trajetória na Emac.
“Eu já conhecia a bateria e resolvi me inscrever na Escola de Música porque tinha dificuldade na coordenação motora, queria melhorar, e isso me ajudou até mesmo no meu desempenho na escola”, relata.
O jovem diz que teve todo apoio da família em sua jornada musical e que tem planos a realizar: “Pretendo chegar mais longe, tocar profissionalmente e também incentivar outras pessoas a tocar”.
Embora se identifique com o rock, Edimar também gosta de outros estilos musicais e deseja montar uma banda futuramente. “Por enquanto, quero continuar estudando aqui na Escola de Música, e depois da bateria quero me inscrever nas aulas de violão”, adianta.
Banda de heavy metal
Outro talento da Emac que sobe ao palco durante os recitais de encerramento do ano letivo é Leônidas Diaz, que já concluiu o ensino médio na Escola Adalberto Sena, no Tucumã. Estudando guitarra há quatro anos, já integra uma banda de heavy metal, a Skinwalker.
O nome, segundo Leônidas, remete a uma lenda dos povos originários norte-americanos e seu significado é: “bicho que vive entre os homens para enganá-los e fazê-los de vítimas”. Além de metal, ele também gosta de bandas de rock, como Pink Floyd, Rush e, entre as bandas brasileiras, Los Hermanos.
“Pretendo me profissionalizar, até porque já tenho uma banda e depois da guitarra tenho muita vontade de aprender piano também; é um instrumento de que gosto muito”, afirma.
Momento de confraternização
O coordenador Adson Barbosa explica que os três dias de recitais representam um momento de confraternização, além de ser o encerramento dos trabalhos de todo o ano letivo.
“Durante o ano todo temos nossos recitais, entretanto, são momentos mais fechados. Esses que acontecem até sexta-feira são mais artísticos, os alunos sobem ao palco como artistas para se apresentar. É o momento para que possam mostrar para a comunidade o que estão desenvolvendo aqui na escola com os professores”, diz.
Para o gestor, 2025 foi de muito trabalho e bons resultados: “A cada ano os alunos vão se desenvolvendo mais com a música; é um processo que leva muitos anos e tem aluno que entrou em 2025 e já está participando dos recitais”.