O engenheiro e empresário Rafael Wiciuk, tornou-se alvo de um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) instaurado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A investigação apura a suspeita de que a empresa Rafael Wiciuk LTDA teria apresentado documento técnico falsificado para participar de obras públicas de responsabilidade federal, entre elas o Anel Viário de Brasiléia. A empresa de Wiciuk é considerada grande e foi a responsável em Rio Branco pela construção de um viaduto na capital acreana.
Rafael é servidor da Prefeitura de Rio Branco. Ele foi preso pela Polícia Federal por posse e porte irregular de arma de fogo durante a Operação Dilapsio, em Rio Branco. A operação investiga fraudes em licitações, superfaturamento de obras públicas, uso de empresas de fachada e lavagem de dinheiro em três prefeituras acreanas.
A medida foi oficializada pela Portaria nº 6.200, de 28 de outubro de 2025, assinada pelo corregedor do DNIT, Arthur Kelsen de Oliveira Macêdo. O documento cita expressamente a apuração de “supostas irregularidades” descritas na Nota Técnica nº 58/2025, vinculada ao processo administrativo nº 50600.017699/2025-12.
Segundo fontes ligadas ao setor de infraestrutura, a investigação envolve a apresentação de um atestado de capacidade técnica com informações consideradas inconsistentes, documento obrigatório para comprovar experiência e habilitação em obras de grande porte. Se comprovada a falsificação, a prática configura crime e infração administrativa grave, prevista na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013).
A apresentação de atestado fraudado pode levar o órgão público a contratar empresas que não possuem qualificação real, expondo projetos estratégicos e recursos públicos a riscos operacionais e financeiros.

Ligação com obras no Acre
Além da atuação em Brasiléia, Rafael Wiciuk também tem participação na construção do elevado da Avenida Ceará com a Getúlio Vargas, em Rio Branco.
O envolvimento do engenheiro em dois empreendimentos importantes, um municipal e outro federal amplia a repercussão do caso, especialmente diante do histórico de problemas e atrasos em obras no estado.
