sexta-feira, 12 dezembro 2025

Eber questiona gastos de quase R$ 25 milhões fora do orçamento e diz que Bocalom “brinca” com as finanças

Por Kauã Lucca, da Folha do Acre

O vereador de Rio Branco Eber Machado (MDB) criticou a condução das finanças municipais durante entrevista ao FolhaCast, na quinta-feira, 11. Ao comentar os frequentes pedidos de abertura de crédito suplementar feitos pela Prefeitura de Rio Branco, o parlamentar levantou questionamentos sobre a execução do orçamento e o controle dos gastos públicos na gestão do prefeito Tião Bocalom (PL).

Segundo Machado, o volume de créditos suplementares solicitados durante o exercício financeiro de 2025 chama atenção e indica problemas na condução orçamentária. Para o vereador, a previsão feita na Lei Orçamentária deveria ser suficiente para cobrir as despesas planejadas ao longo do ano.

“Crédito suplementar significa que, se você faz a previsão orçamentária, por exemplo, de 11 milhões por ano para gastar em determinado setor, você tem que gastar aqueles 11 milhões. Isso é o correto. Mas o que ele pede? Mais dinheiro. Faltou, não deu. Ele já está em quase 25 milhões a mais de suplemento”, afirmou.

Eber Machado conversou com os jornalistas Alessandro Silva e Gina Menezes/Foto: Kauã Esdra/Folha do Acre

Durante a entrevista, Eber Machado também citou gastos recentes da prefeitura com eventos e estruturas natalinas, que, segundo ele, exemplificam a forma como os recursos públicos vêm sendo utilizados. O parlamentar mencionou valores destinados à decoração e a atrações comemorativas promovidas pelo município.

“Olha só se não é brincar com dinheiro. O pisca-pisca que eles acenderam agora, 8 milhões de reais; um show de drone, que vai durar 15 minutos, quase 1 milhão de reais; uma árvore de Natal, 402 mil reais; uma casinha de Papai Noel que não dá 40 metros quadrados, quase 400 mil reais”, declarou.

Ainda conforme o vereador, esses gastos contrastam com outras demandas da população que aguardam investimentos prioritários.
“Isso é brincar, isso é tripudiar da população”, disse Machado ao reforçar suas críticas.

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