Reconhecido como um dos pilares da música brasileira, o samba é resistência, identidade e sustento para milhares de trabalhadores da cultura.
No Dia do Sambista, celebrado em 2 de dezembro, o Ministério Público do Trabalho em Rondônia e Acre (MPT-RO/AC) reforça a importância de valorizar não apenas a expressão cultural do samba, mas também os direitos trabalhistas daqueles que dedicam suas vidas a essa arte. Em um contexto em que a informalidade ainda marca profundamente o setor cultural, a data convida à reflexão sobre condições dignas de trabalho, reconhecimento profissional e a força do samba como patrimônio cultural e meio de subsistência.
Reconhecido como um dos pilares da música brasileira, o samba é resistência, identidade e sustento para milhares de trabalhadores da cultura. Porém, por trás da alegria das rodas e das apresentações, muitos sambistas enfrentam a ausência de formalização, a falta de garantias trabalhistas e desafios sociais que atravessam gerações.
Essa realidade é evidenciada pelo professor de Educação Física e produtor cultural Jesuá Johnson — o Bubu — que destaca:
“O principal desafio dos negros no Brasil é o racismo. O preconceito arraigado atinge todas as manifestações culturais dessa população. E mesmo sendo fundamento base da música brasileira, o samba é visto como se fosse de segunda categoria, o que aumenta as dificuldades de quem trabalha no ramo.”
As palavras de Bubu evidenciam que a precarização do trabalho artístico é atravessada por desigualdades estruturais. Além de enfrentarem a informalidade, muitos sambistas lidam com barreiras sociais que impactam diretamente sua valorização profissional. Essa realidade reforça a necessidade de políticas públicas, ações institucionais e iniciativas de promoção da igualdade que garantam proteção social e condições dignas de trabalho.
Além de sua atuação na produção cultural, Bubu é um agente ativo na preservação da cultura popular e no fortalecimento da identidade afro-brasileira. Seu trabalho pode ser conhecido em iniciativas como a “Fuga Desesperada da Boiada”, projeto que resgata tradições, memória e resistência da população negra, promovendo reflexão sobre a história e os desafios enfrentados pelas comunidades periféricas e ribeirinhas.
Assessoria

