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Cesta básica cai 6,14% em Rio Branco e melhora poder de compra de famílias de baixa renda

Pesquisa da Fecomércio/AC aponta redução consistente entre setembro e dezembro, apesar de altas expressivas em itens como feijão e farinha

O custo da Cesta Básica de Alimentos para famílias de baixa renda na capital acreana registrou uma redução de 6,14% no período de setembro a dezembro de 2025, conforme pesquisa divulgada pela Fecomércio/AC nesta terça-feira, 2. A variação representa um alívio para o poder de compra da população de baixa renda.

O estudo, que avalia os preços de varejo de 15 produtos alimentícios em supermercados locais, mostra que o custo médio da cesta ficou em R$ 671,81, com uma variação entre R$ 635,81 (o menor preço) e R$ 717,83 (o maior preço), dependendo do estabelecimento comercial. A pesquisa considera a quantidade de alimentos necessária para sustentar uma família de até três adultos ou dois adultos e duas crianças por um mês.

A queda não foi apenas no acumulado do trimestre, mas também no comparativo mensal, entre novembro e dezembro, houve uma redução de 5,23% no custo total da cesta básica.

De acordo com o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, a queda consistente é um indicador positivo, mas que deve ser analisado com atenção à volatilidade de itens específicos. “A redução acumulada é uma boa notícia para o poder de compra das famílias mais vulneráveis. Porém, o cenário exige cautela, pois carne, leite e tomate registraram queda, enquanto feijão e farinha tiveram altas expressivas, revelando a fragilidade do quadro”, analisou.

A principal contribuição para a redução do custo total veio de itens de peso no orçamento doméstico. A carne (coxão mole) teve uma redução de 2,18% apenas de novembro para dezembro, acumulando alta de 5,93% no trimestre. Outros destaques na queda foram o leite (-13,73% no mês; -17,39% no trimestre), o tomate (-35,48% no mês; -35,04% no trimestre) e o café em pó (-20,21% no mês; -19,37% no trimestre). O macarrão também registrou forte queda mensal de 27,72%.

Por outro lado, alguns produtos essenciais seguiram trajetória oposta e registraram aumentos consideráveis, especialmente entre novembro e dezembro. O feijão-carioca subiu 25,08% no último mês, acumulando alta de 19,43% desde setembro. A farinha de mandioca aumentou 22,53% em dezembro frente a novembro, com alta trimestral de 24,47%. O óleo de soja e os biscoitos também tiveram altas de 2,49% e 16,23%, respectivamente, no mês.

Garó explicou que esses itens seguem tendência nacional. “Produtos como feijão e farinha são muito sensíveis a fatores climáticos e logísticos. Por isso, mesmo em um cenário de desaceleração geral, ainda aparecem como vilões em alguns meses específicos”, finalizou.

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