Uma falha considerada imperícia operacional dentro do SAERB colocou parte de Rio Branco diante de um risco grave: ficar sem abastecimento de água por um período entre 90 e 120 dias. O problema começou quando um funcionário danificou um transformador essencial ao funcionamento do sistema de captação e distribuição, um equipamento caro, complexo e sem reposição imediata no mercado. Essa é a informação repassada por uma fonte de dentro da gestão que por motivos de evitar perseguição não pode se identificar.
Sem o transformador, uma parte crítica da estrutura simplesmente não opera, e a recuperação depende de um processo demorado. Técnicos afirmam que a reposição pode levar meses, e a cidade não possui um componente reserva que possa ser instalado rapidamente.
Prefeitura corre contra o tempo para evitar colapso total
A falha acendeu um alerta dentro da autarquia e da Prefeitura de Rio Branco. Agora, a gestão tenta a única alternativa viável para impedir um apagão hídrico mais amplo: conseguir, com urgência, um transformador emprestado de outra instituição pública ou empresa que possua um modelo compatível.
Sem isso, o retorno integral do serviço dependerá exclusivamente da conclusão do reparo do equipamento danificado, algo que, por enquanto, não tem prazo definido.
Enquanto a solução não chega, vários bairros da capital acreana enfrentam desabastecimento severo. Em muitas residências, a torneira simplesmente secou, obrigando famílias a comprar água para cozinhar, lavar, tomar banho e realizar tarefas básicas do dia a dia.
O gasto adicional pesa especialmente para famílias de baixa renda, que relatam dificuldades até para manter uma rotina mínima. O que deveria ser um serviço essencial virou mais um peso emocional e financeiro.
Falha técnica expõe problemas antigos e amplia desgaste da população
A crise atual não nasce apenas de um erro individual. Para moradores, o episódio é mais um capítulo de falhas sistêmicas na prestação de um serviço básico, que há anos convive com interrupções, instabilidade operacional e falta de investimentos estruturais.
Sem o equipamento funcionando e sem uma solução imediata à vista Rio Branco permanece dividida entre a espera, a incerteza e a urgência por medidas emergenciais que garantam algo tão simples e tão fundamental que é água nas torneiras.
