quarta-feira, 10 dezembro 2025

Caos: falha técnica pode deixar parte de Rio Branco sem água por até 120 dias

Por Gina Menezes, da Folha do Acre

Uma falha considerada imperícia operacional dentro do SAERB colocou parte de Rio Branco diante de um risco grave: ficar sem abastecimento de água por um período entre 90 e 120 dias. O problema começou quando um funcionário danificou um transformador essencial ao funcionamento do sistema de captação e distribuição, um equipamento caro, complexo e sem reposição imediata no mercado. Essa é a informação repassada por uma fonte de dentro da gestão que por motivos de evitar perseguição não pode se identificar.

Sem o transformador, uma parte crítica da estrutura simplesmente não opera, e a recuperação depende de um processo demorado. Técnicos afirmam que a reposição pode levar meses, e a cidade não possui um componente reserva que possa ser instalado rapidamente.

Prefeitura corre contra o tempo para evitar colapso total

A falha acendeu um alerta dentro da autarquia e da Prefeitura de Rio Branco. Agora, a gestão tenta a única alternativa viável para impedir um apagão hídrico mais amplo: conseguir, com urgência, um transformador emprestado de outra instituição pública ou empresa que possua um modelo compatível.

Sem isso, o retorno integral do serviço dependerá exclusivamente da conclusão do reparo do equipamento danificado, algo que, por enquanto, não tem prazo definido.

Enquanto a solução não chega, vários bairros da capital acreana enfrentam desabastecimento severo. Em muitas residências, a torneira simplesmente secou, obrigando famílias a comprar água para cozinhar, lavar, tomar banho e realizar tarefas básicas do dia a dia.

O gasto adicional pesa especialmente para famílias de baixa renda, que relatam dificuldades até para manter uma rotina mínima. O que deveria ser um serviço essencial virou mais um peso emocional e financeiro.

Falha técnica expõe problemas antigos e amplia desgaste da população

A crise atual não nasce apenas de um erro individual. Para moradores, o episódio é mais um capítulo de falhas sistêmicas na prestação de um serviço básico, que há anos convive com interrupções, instabilidade operacional e falta de investimentos estruturais.

Sem o equipamento funcionando  e sem uma solução imediata à vista  Rio Branco permanece dividida entre a espera, a incerteza e a urgência por medidas emergenciais que garantam algo tão simples e tão fundamental que é água nas torneiras.

Publicidade