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Acre lidera abstenção na prova discursiva do Concurso Nacional Unificado

A prova discursiva da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025) foi aplicada neste domingo (7). Ao todo, 42 mil candidatos foram convocados para fazer a prova em 228 municípios de todo o país, concorrendo a 3.652 vagas distribuídas por 32 órgãos públicos.

No Acre, o índice de abstenção atingiu 27%, o maior registrado entre os estados — ou seja, mais de um quarto dos candidatos aptos deixaram de comparecer. Esse dado ganha relevância diante da expectativa de participação e das dimensões do certame.

Do número total de inscritos, apenas cerca de 80% compareceram — o que representa uma ausência de 8,5 mil candidatos que haviam sido aprovados na primeira etapa, realizada em setembro.

Segundo a organização do concurso, os resultados preliminares com o espelho da correção serão divulgados em 23 de janeiro. Candidatos terão a possibilidade de apresentar recursos nos dias 26 e 27 de janeiro. A lista final de aprovados, com vaga imediata ou em lista de espera, está prevista para 20 de fevereiro.

Em Brasília, após a aplicação da prova, a ministra da Ministério da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, afirmou que o exame ocorreu sem intercorrências. “As provas chegaram aos locais de aplicação com segurança e dentro do cronograma. Tudo transcorreram com normalidade e isso demonstra planejamento e organização da logística do concurso”, declarou.

O concurso integra um plano de recomposição do quadro federal: entre 2023 e 2026, serão convocadas 22 mil pessoas para reforçar a administração pública, excluídos os institutos federais e universidades. A ministra reconheceu que, mesmo com esses chamados, o volume ainda é modesto frente à saída de cerca de 180 mil servidores nos últimos dez anos.

Além da abstenção no Acre, o certame também apresentou um viés de gênero: entre os candidatos convocados para a segunda fase, 57,1% são mulheres, contra 42,9% de homens — reflexo da política de equiparação adotada pela MGI.

Com a divulgação dos resultados e o início da fase de convocação programada para março, os próximos meses definem não apenas quem preencherá as vagas, mas também o impacto real do concurso no reforço do serviço público — especialmente em estados com histórico de difícil acesso e maior rotatividade.

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