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Venezuelano agride servidor e ameaça colegas de quarto durante confusão na Casa de Passagem para Migrante, em Rio Branco

Relato descreve agressões, ameaças e falta de segurança; gestão municipal é cobrada por providências

Uma denúncia anônima recebida pelo jornal Folha do Acre, feita por uma pessoa que não quis se identificar por medo de represálias, relata um episódio de violência ocorrido na noite de segunda-feira (4) na Casa de Passagem para Migrantes, localizada no bairro Bosque, em Rio Branco.

Segundo o relato, um imigrante venezuelano, identificado pelas iniciais Y.J, de 33 anos, em aparente estado alterado, teria invadido o local, ameaçado pessoas e agredido um acolhido e um colaborador com um cinturão.

A situação só foi contida com a ajuda de outros migrantes e funcionários, que conseguiram retirar o agressor do espaço. A polícia foi acionada, mas chegou apenas após o fim do tumulto. O imigrante foi desligado da unidade.

A denúncia também aponta que o abrigo opera com pouca estrutura de segurança, especialmente durante a noite. O efetivo do Gabinete Militar estaria reduzido, e mesmo com o acionamento do número de emergência (190), não haveria garantia de resposta rápida. “Vão esperar acontecer algo mais grave, talvez até uma morte, para que sejam tomadas medidas efetivas?”, questiona um dos trechos da mensagem.

O documento ainda acusa o diretor da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Ivan Ferreira, de omissão e de ameaçar trabalhadores. A gestão do secretário João Marcus Luz também é criticada por suposta negligência diante dos problemas enfrentados na Casa de Passagem.

Após o episódio, a gestão municipal prometeu reforçar a ronda policial no entorno do abrigo, com atenção especial ao período noturno. No entanto, a denúncia considera a medida insuficiente e cobra ações mais efetivas para garantir a integridade física de quem vive e atua no local.

A Casa de Passagem para Migrantes atende pessoas em situação de vulnerabilidade, muitos deles vindos da Venezuela. A denúncia pede que o poder público trate o caso com seriedade e implemente medidas urgentes para evitar novas ocorrências.

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