Professores da rede municipal de ensino de Rio Branco realizaram uma paralisação parcial nesta segunda-feira (3/11), com um ato público em frente à sede da prefeitura. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), reuniu cerca de 80 profissionais de escolas da capital.
A principal cobrança é pela reposição salarial referente aos anos de 2024 e 2025, além do pagamento de promoções previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que estão atrasadas há mais de um ano. Os educadores também exigem o cumprimento da Lei do Piso e a reformulação da tabela salarial.
Segundo o sindicato, a defasagem acumulada nos vencimentos ultrapassa 10%, enquanto a inflação deste ano já passou de 3,8%. Apesar da manifestação, nenhuma escola foi fechada.
“A gente tinha algumas pautas que já vêm sendo discutidas há três anos. Em junho, houve uma paralisação, mas o prefeito não acatou. Hoje resolvemos parar para cobrar essas pautas que não foram atendidas”, disse a professora Maria Rogados, da Creche Irmãos Mi e Bino, no bairro Mocinha Magalhães.

De acordo com os organizadores, o prefeito Tião Bocalom (PL) e o secretário de educação Alysson Bestene (PP) estavam viajando no momento do ato. Um representante da pasta recebeu o grupo e se comprometeu a repassar as demandas.
“Eles anotaram tudo e disseram que iam conversar com o prefeito e o secretário para ver o que eles iam dizer sobre a paralisação de hoje”, afirmou Rogado.
O Sinteac informou que a mobilização está prevista para durar apenas um dia, mas novas ações podem ser anunciadas caso não haja avanços nas negociações. Uma audiência no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), marcada para o próximo dia 14, será decisiva para definir se a greve poderá ser liberada ou continuará restrita.
