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Mortalidade infantil no Acre cai 88,6% em meio a avanços nacionais

Estado tem uma das menores reduções percentuais do país entre 1970 e 2025

Nos últimos 55 anos, o Acre registrou uma redução de 88,6% na taxa de mortalidade infantil, de acordo com levantamento do Brasil em Mapas 2025. Os dados foram compilados de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), dos Censos Demográficos, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Apesar da melhora expressiva, a unidade aparece entre as três com menor ritmo de desenvolvimento, posicionada ao lado de Roraima (-88,4%) e do Rio de Janeiro (-88,1%). Entre 1970 e 2025, o Brasil apresentou uma diminuição de 89,9%, passando de 119,3 para 12,1 óbitos de crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos. Na comparação entre estados, o território acreano fica atrás do Ceará (-91,7%), do Distrito Federal (-91,4%) e da Paraíba (-90,9%), que lideram o ranking das maiores reduções.

Contexto

Para compreender o cenário, é importante observar a trajetória nacional. Entre 1970 e 1990, houve uma queda acelerada de 58% com a oferta de vacinação, a ampliação do saneamento básico e o fortalecimento da atenção primária. De 1990 a 2010, o país registrou nova redução de 65%, que foi marcada pela consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e por políticas sociais de amplo alcance. Já entre 2010 e 2025, o ritmo desacelerou (-30%) em razão da estagnação de investimentos, das crises econômicas e dos impactos da pandemia.

Mesmo assim, segundo o estudo, as projeções indicam avanços futuros. Até 2030, o Brasil deve alcançar 9,9 óbitos por mil nascidos vivos, aproximando-se de índices observados em países desenvolvidos.

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