O presidente da Câmara Municipal de Xapuri, Maxuel Maia, afirmou neste domingo (23) que a inauguração da Ponte da Sibéria representa “uma página histórica” para o município e encerra mais de quatro décadas de espera da população. Presente à solenidade ao lado de moradores, autoridades e lideranças, Maia destacou que o momento simboliza transformação profunda na vida econômica, social e turística da cidade. “Somos testemunhas dessa página da história que representa mudança. Hoje se coloca fim a mais a muitos anos de espera”, declarou.
Ele agradeceu o empenho do deputado Manoel Moraes, um dos defensores mais antigos da obra, e reconheceu a contribuição do senador Márcio Bittar, autor da emenda que destinou mais de R$ 16,6 milhões para o empreendimento. “Agradeço o deputado Manoel Moraes pelo esforço incansável e ao senador Márcio Bittar por ter alocado as emendas que tornaram essa obra possível”, frisou.
Para Maxuel Maia, a Ponte da Sibéria, oficialmente Ponte Jamil Félix Bestene, já pode ser considerada o maior investimento público da história de Xapuri. A estrutura recebeu R$ 47,6 milhões em investimentos, sendo R$ 30,9 milhões do governo do Estado e R$ 16,6 milhões provenientes de emenda parlamentar.“A magnitude dessa obra fala por si. É a maior obra da história de Xapuri. Ela vai mudar a nossa economia, nossa mobilidade e a vida das famílias”, afirmou.
A ponte possui 389 metros de extensão, pavimentação completa, drenagem, rotatória, iluminação e sinalização moderna, substituindo definitivamente a travessia por balsa — antiga reclamação dos moradores.
Segundo Maia, os impactos vão muito além da mobilidade. “Essa ponte vai trazer desenvolvimento. Vai alavancar nossa produção e vai alavancar nosso turismo de vivência”, disse.
Ele destacou que a Sibéria é o ponto de acesso a alguns dos seringais mais simbólicos da história acreana, incluindo o Seringal Rio Branco e o Seringal São João do Guarani. Vale frisar que essas áreas guardam parte significativa da memória ambiental, extrativista e cultural do Acre, e vêm sendo reconhecidas como potenciais destinos de turismo de base comunitária e vivência histórica. “A ponte facilita o acesso aos nossos seringais históricos. Isso fortalece nosso turismo de vivência e nossas tradições”, afirmou.
Marco social para gerações de xapurienses
Para o presidente da Câmara, a obra devolve dignidade aos moradores da Sibéria, que durante décadas enfrentaram filas, atrasos e limitações impostas pela dependência da balsa.“Hoje, Xapuri inicia um novo capítulo. A ponte é mais que concreto: é respeito, oportunidade e futuro”, disse. A cerimônia foi marcada por festa, participação popular e reconhecimento público daqueles que contribuíram para que a obra finalmente saísse do papel.