sábado, 8 novembro 2025

Mais de 80% das famílias acreanas continuam endividadas, aponta levantamento

Redação Folha do Acre

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou relatório sobre a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor relativa ao mês de outubro deste ano.

De acordo com as informações da CNC, em todo o País, a sequência de altas preocupantes fez com que o índice de endividados subisse pelo terceiro mês seguido, chegando a 79,5%, bem como a proporção das famílias que atrasaram as parcelas de suas dívidas, renovando o recorde de 30,5%. O percentual de famílias que dizem não ter condições de pagar as dívidas em atraso também aumentou mais uma vez, alcançando 13,2%, renovando a maior taxa da série histórica.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC) analisa mensalmente os dados acreanos. Desses dados, os referentes ao Acre são analisados pela área técnica da Federação do Comércio.

O número de famílias endividadas no Acre, apesar de apresentar altas seguidas desde março deste ano, manteve-se no mesmo nível do mês de setembro, com 82% das famílias endividadas, ou seja, 97.112 famílias estão nessa condição. Número maior desde outubro de 2024, quando esse total foi de 90.678 famílias.

Mesmo com o número de famílias endividadas elevado em casa preocupante, o número de delas com contas em atraso teve uma redução de 2 pontos percentuais na comparação com o mês anterior, assim como o número de famílias que afirmam não terem condições de pagar suas dívidas, saindo dos 12,4% do mês de setembro para 12,2% em outubro. Nesse mês, 43.675 famílias estão com contas em atraso e 14.409 afirmam não terem condições de pagá-las.

Os dados coletados também avaliaram as condições de pagamento da dívida em atraso e 30,9% delas afirmam mantê-las em dia. Desses, 31,3% são de famílias com renda de até 10 salários mínimos e 27,4% famílias com renda superior a 10 salários mínimos, indicando que o maior número de famílias endividadas se concentra nas que possuem renda mensal em torno de R$ 3.000,00.

De acordo com o assessor da Fecomércio Acre, Egídio Garó, “apesar de o número de famílias com intenção de consumo em todo o Estado ter aumentado, o excesso de endividamento e o acúmulo de dívidas influenciarão nas relações de consumo para a Black Friday. Caso as famílias consumam mais, o número delas endividadas aumentará significativamente nos meses de dezembro e janeiro do ano seguinte”, concluiu Garó.

Assessoria

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