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Headscon aponta avanço no setor de games e defende ampliação da presença amazônica no mercado

A CEO da GameCon Acre 2024, Ana Paula Rocha, afirmou que a Amazônia ainda ocupa uma posição marginal no mercado brasileiro de desenvolvimento de jogos, mas que o cenário começou a mudar nos últimos dois anos. A declaração foi dada em vídeo institucional divulgado pela Headscon.

Segundo ela, a região amazônica representa apenas 2% dos desenvolvedores do país, índice considerado baixo diante do crescimento da indústria de games. Ana Paula afirma que a missão da empresa é ampliar essa participação e criar um ecossistema capaz de formar equipes, estimular estúdios locais e inserir novos desenvolvedores no mercado. “Nesse segmento de jogos, a Amazônia representa apenas 2% na área de desenvolvimento. O que a gente quer realmente é mudar esse cenário — e isso já começou. Quando chegamos aqui em 2023 não havia nenhuma equipe de jogos constituída, nenhum estúdio. Hoje temos mais de oito equipes no Acre preparadas para olhar para o mercado e criar seus jogos. A ideia é desenvolvimento de mercado, mostrar resultados e fazer com que a Amazônia tenha mais representação nesse setor”, afirmou.

A executiva atribui a mudança à combinação de capacitações, eventos e iniciativas de incentivo promovidas no estado desde 2023. Para ela, o Acre pode se tornar um polo emergente ao criar condições para que jovens programadores e artistas digitais ingressem na cadeia produtiva.

A GameCon Acre 2024, organizada pela Headscon, é apresentada como uma das plataformas para consolidar o setor na região. A empresa afirma que pretende aproximar talentos locais do mercado nacional e ampliar o acesso a oportunidades de negócios e formação.

O discurso reforça o movimento de interiorização da indústria de tecnologia e entretenimento, historicamente concentrada no eixo Rio–São Paulo. A Headscon aposta que a Amazônia pode ocupar espaço mais significativo no setor a partir de políticas de qualificação, visibilidade e estímulo ao empreendedorismo digital.

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