Na manhã desta quarta-feira, 19, o governador Gladson Cameli (PP), voltou a comentar publicamente sobre a Operação Ptolomeu, durante a cerimônia de entrega da revitalização da Estação Elevatória de Esgoto (ETE) da bacia Redenção, realizada pela Saneacre, em Rio Branco. Em tom de desabafo, o governador afirmou que a ação da Polícia Federal contra ele foi “ilegal” e que mantém confiança plena na Justiça — e, acima dela, em Deus.
O julgamento do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) está marcado para o próximo dia 3 de dezembro, após decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu à defesa de Camelí acesso aos relatórios do Coaf usados na investigação. Para o governador, a determinação revela falhas graves na operação.
“Se tem uma pessoa que está tranquila sou eu, porque eu confio na Justiça e confio na minha defesa”, declarou. “Como é que eu posso me defender se eu não tenho acesso aos autos? Qual é o mistério disso? Hoje sou eu, amanhã será quem?”, declarou Camelí.
Em sua fala, Gladson ainda criticou a condução das investigações e afirmou que até familiares foram alvo sem autorização judicial. “Investigaram minha ex-mulher e meu filho sem autorização da Justiça, mas eu acredito que a Justiça não está acima de Deus”, disse.
A Operação Ptolomeu, conduzida pela Polícia Federal, investiga supostos desvios e irregularidades envolvendo contratos e pagamentos no governo do Acre. O caso se arrasta há anos e é considerado um dos mais sensíveis da gestão estadual.
Enquanto se prepara para a decisão do STJ, o chefe do Executivo do Acre reforça que segue confiante. “Eu confio que tudo será esclarecido”, afirmou.
