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Garis expõem dificuldades e pedem melhorias em sessão na Câmara de Rio Branco

Profissionais relataram acidentes, reivindicaram plano de saúde e reconhecimento como categoria essencial

A Câmara Municipal de Rio Branco realizou nesta quinta-feira (27/11) uma sessão voltada à valorização e à proteção dos agentes de limpeza urbana. Durante o encontro, Erivan Neri, que exerce a função há 11 anos, e Leonardo Pereira, com 16 anos de atuação, ocuparam a tribuna da Casa para relatar os desafios enfrentados diariamente e, ao mesmo tempo, apresentar demandas consideradas urgentes para aprimorar as condições de trabalho.

Entre os pedidos, destacaram-se a criação de um convênio médico para os coletores de resíduos, a equiparação do adicional de insalubridade dos motoristas com o dos garis e o reconhecimento oficial da atividade como essencial. Além disso, os servidores lembraram que, mesmo durante a pandemia, o serviço de coleta não foi interrompido. No entanto, não receberam benefícios concedidos a outras categorias, como policiais militares, profissionais da saúde e bombeiros.

Outro aspecto levantado foi a carência de infraestrutura adequada em determinados bairros e condomínios da capital. Em muitos casos, moradores deixam sacolas diretamente nos portões, sem lixeiras apropriadas, o que expõe os trabalhadores a situações de risco e dificulta a execução do serviço.

O presidente da Câmara, Joabe Lira (União Brasil), também se manifestou durante a sessão. Para ele, “a limpeza é sinônimo de saúde. Esses profissionais garantem diariamente a manutenção da cidade e precisam ser valorizados”.

Em sua fala, Lira defendeu a inclusão de assistência médica para a categoria, a criação de normas que obriguem condomínios a disponibilizar caixas específicas para resíduos e lembrou da aprovação do projeto que institui o Dia Municipal do Gari, celebrado em 23 de outubro, com feriado para os trabalhadores da limpeza urbana.

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