A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou, entre os dias 17 e 20 de novembro, de operação fiscalizatória para apurar ilícitos territoriais e ambientais na Terra Indígena (TI) Jaminawa do Igarapé Preto, no estado do Acre.
A ação foi realizada em cooperação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) e constatou desmate irregular no território causado por moradores do entorno. Também foi constatada a alteração ilegal de marcos e placas sinalizadoras dos limites da TI.
Por meio da Coordenação Regional Juruá (CR-JUR), a Funai realizou ações de monitoramento ao longo do Igarapé São João — um dos limites naturais da TI — e identificou cerca de cinco acessos na mata utilizados por invasores para fins de caça predatória. As entradas tiveram suas coordenadas geográficas registradas para monitoramento e futuras ações de repressão às práticas criminosas cometidas na região, em parceria com outros órgãos competentes.
A Funai reinstalou, com a ajuda dos indígenas Jaminawa, placas sinalizadoras dos limites da TI nos pontos mais sensíveis em que foram identificadas entradas para a caça ilegal, bem como procedeu o desfazimento de pontes improvisadas que davam acesso não autorizado ao território Jaminawa.
A equipe da autarquia indigenista também conversou com a comunidade e lideranças do Projeto de Assentamento Pimentel, vizinho à TI. O diálogo teve como objetivo destacar a necessidade de respeito aos limites do território indígena e esclarecer sobre as possíveis sanções para quem invade a área com a finalidade de cometer ilícitos, como caça predatória e desmate ilegal.
