quinta-feira, 13 novembro 2025

Exportações do Acre crescem 12% e registram maior saldo comercial dos últimos anos

Redação Folha do Acre

Impulsionado pelas exportações de carne bovina, suína e soja, o Acre registrou crescimento de 12% nas vendas externas entre janeiro e outubro deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O desempenho garantiu ao estado um superávit comercial de US$ 80,2 milhões no período. Já as importações recuaram 7,1%, somando US$ 3,9 milhões, fortalecendo sua posição comercial.

A balança comercial é o indicador que revela a diferença entre o que um estado exporta e o que importa em determinado período. Quando as exportações superam as importações, há superávit comercial; no caso contrário, quando se compra mais do que se vende ao exterior, resulta em déficit. Esse saldo funciona como um termômetro da saúde econômica, da competitividade internacional e da capacidade produtiva de um estado ou país.

Com o desempenho atual, o Acre já se aproxima do patamar de superar o volume total de exportações registrado em 2024, que foi de US$ 87,3 milhões. No acumulado entre janeiro e outubro, esse é o maior valor movimentado dos últimos nove anos. O saldo da balança comercial também bateu recorde para o período, reforçando o avanço do estado no comércio exterior.

Os dados apontam que o principal destino das exportações acreanas entre janeiro e outubro foi o Peru, responsável por 27,5% das operações, com movimentações que somaram US$ 23,1 milhões. Na sequência, destacam-se os Emirados Árabes Unidos, com 9,9% e US$ 8,4 milhões em compras, e as Filipinas, que adquiriram US$ 5,6 milhões em produtos do Acre, representando 6,7% do total exportado.

Os principais produtos responsáveis pelas exportações acreanas foram a carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, a soja e a carne suína, que responderam, respectivamente, por 25,7%, 24,2% e 16,5% do total comercializado no período.

Já nas importações, o Acre adquiriu principalmente aeronaves e outros equipamentos, que representaram cerca de 50% do total comprado no período. Também foram importadas máquinas e dispositivos especializados voltados para setores industriais específicos, incluindo peças e componentes.

Dados de outubro

Considerando apenas o mês de outubro, as exportações do Acre somaram US$ 8,9 milhões, registrando uma alta de 48,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações totalizaram US$ 850 mil, resultando em um superávit comercial de US$ 8 milhões no mês. O pico das exportações ocorreu em abril, quando o estado alcançou US$ 16,9 milhões em vendas ao exterior. No último mês, os Emirados Árabes Unidos lideraram como principal destino, com 30,4% das movimentações, seguidos por Peru (16,8%) e Egito (13,2%). Os produtos mais vendidos continuaram sendo carne bovina e suína, que representaram 51,2% das negociações.

O governador Gladson Camelí destaca que o resultado da balança comercial mostra que o Acre está avançando com responsabilidade e visão de futuro.

“O crescimento das exportações, especialmente de produtos como carne e soja, reflete o esforço conjunto entre governo, setor produtivo e parceiros internacionais. O superávit histórico na balança comercial é mais do que um número, é o sinal de que estamos gerando oportunidades, fortalecendo nossa economia e colocando o Acre no mapa do comércio global. Seguiremos trabalhando para atrair investimentos, abrir novos mercados e garantir que esse desenvolvimento chegue a todas as regiões do estado, sempre com respeito ao meio ambiente e às nossas comunidades”, afirma.

Diferença entre exportação e importação segundo o MDIC

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, os conceitos de exportação e importação são definidos da seguinte forma:

– Exportação: é o envio de bens ou serviços produzidos no Brasil para serem comercializados em outros países. Representa uma entrada de recursos na economia nacional, pois gera receita em moeda estrangeira.

– Importação: é a aquisição de bens ou serviços estrangeiros para consumo ou produção dentro do Brasil. Representa uma saída de recursos, já que envolve pagamento a fornecedores externos.

Essas operações são registradas com base no valor FOB (Free on Board), que considera o custo da mercadoria até o ponto de embarque, excluindo frete e seguro internacional.

Fonte: Agência de Notícias do Acre

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