A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) aconselhou o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) a disputar o Senado por Acre, Rondônia ou Roraima, em vez de Santa Catarina. A declaração foi dada em entrevista publicada nesta terça-feira (11) pela Folha de S.Paulo.
Segundo Campagnolo, a transferência de domicílio eleitoral poderia encerrar o impasse criado dentro da direita catarinense com a possível candidatura de Carlos no estado.
“Poderia se resolver tranquilamente se o Carlos optasse por um estado que precise mais dele, como Rondônia, Acre ou Roraima, onde o presidente Bolsonaro teve muitos votos e há carência de lideranças”, disse a parlamentar.
A deputada acrescentou que a iniciativa precisa partir do próprio vereador: “Acredito que ele tem um bom coração e pensará no melhor para todos”.
Reação da família Bolsonaro
Após a entrevista, Campagnolo foi criticada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pelo próprio Carlos e por aliados do clã, que a acusaram de ingratidão e traição. Ela relatou ter sido chamada de “Joice de Santa Catarina”, em referência à ex-deputada Joice Hasselmann, que se afastou do bolsonarismo depois de eleita.
Apesar das críticas, Campagnolo minimizou o atrito: “Fiquei triste de pensar que poderia perder a amizade do Eduardo, mas não creio que isso acontecerá. Acredito que ele mantém o mesmo carinho por mim que tenho por ele, e tudo vai se ajeitar em breve”.
Divisão interna no PL catarinense
Conservadora e considerada uma das principais lideranças do PL em Santa Catarina, Ana Campagnolo costuma adotar postura firme em temas de direita. A divergência sobre a candidatura de Carlos Bolsonaro revelou uma fissura no partido e reacendeu o debate sobre a estratégia eleitoral da sigla no estado.
